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10 dicas para planejar sua primeira viagem à Itália

Preparar Roteiros para a Itália. No início era meu hobby; hoje é minha profissão (leia aqui para saber mais). E nestes anos todos de experiência confirmo o que a maioria dos turistas que se preparam para visitar o país dizem: planejar a primeira viagem à Itália é, sim, um bicho de sete cabeças!

A Itália é um país complicado! O sistema de transporte público é complicado, a categorização por estrelas dos hotéis é complicada, isso sem falar nos trens, restaurantes e passeios. Mas se você chegou até aqui, ótimo! Está no caminho certo. Vou te ajudar a evitar que cometa alguns dos erros de principiante. Basta seguir minhas 10 dicas para planejar sua primeira viagem à Itália.

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1 – Existe a Italy…

frequentada pelos turistas do mundo todo, lotada, com restaurantes caros, comida ruim, garçons grossos e muitas vezes, suja.

E existe a Italia…quella vera, frequentada pelos locais, onde se come e se bebe divinamente, cheia de natureza, arte e poesia e que muito provavelmente é aquela que você tem na imaginação.

Ao começar seu planejamento tenha certeza de qual destes dois países deseja conhecer. Eles são bem diferentes.

Dica: inclua os pontos mais turísticos no seu roteiro, mas inclua também bairros afastados e locais menos turísticos, para que tenha um gostinho do que realmente é a Itália verdadeira!

Saiba como eu me planejo para viajar clicando aqui.

2 – A Itália não é um país tão pequeno!

Sim, é menor que o Brasil e não, não dá para conhece-lo de Norte a Sul em 15 dias.

É muito fácil chegar a esta conclusão. Faça assim: abra o mapa da Itália e tente incluir em 15 dias uma esquiadinha rápida nos Alpes, uma partida do Milan, uma taça de vinho na Toscana, uma volta de Ferrari, um pai nosso com o Papa, um mergulho na Puglia e uma volta de barco na Sardegna. É impossível!

Dica: priorize uma ou duas regiões, diminua o número de cidades e evite fazer viagens gincana, onde a quantidade se sobrepõe à qualidade.

3 – Escolha as cidades-base

Com o mapa ainda aberto, decida quais são as cidades que deseja visitar e não podem ficar de fora da sua viagem.

Decida em quais cidades vai dormir e em quais vai fazer bate e volta. Use a distância entre elas como critério e evite trocar de hotel a cada 50 quilômetros.

Dica: a escolha de cidades estrategicamente localizadas vão contribuir muito para o seu tempo render mais. Mude de cidade somente se estiver de carro e a distância entre uma e outra for de mais de 100 Km. Dê preferência, quando possível, para bate e voltas de trem.

4 – Check in e Check out

Aliás, muito cuidado com a quantidade de troca de hotéis que coloca em seu itinerário, ou sua viagem será uma sucessão sem fim de check in e check out. Leve em consideração que cada mudança de hotel consome pelo menos meio período do seu dia.

Dica: numa viagem de 15 dias, por exemplo, o ideal é que se troque no máximo 4 vezes de hotel.

5 – Escolhendo os hotéis

Dica: não leve em consideração a quantidade de estrelas dos hotéis na Itália.

Os critérios para esta avaliação são completamente ultrapassados. Já me hospedei em hotel  2 estrelas com lustres de design milanês, máquina de café Illy no quarto e até alfaiate particular. Por outro lado, já me hospedei em 4 estrelas com roupa de cama puída e péssimo atendimento.

Leia este post que pode te ajudar a escolher hospedagem em Roma

E este aqui que vai te ajudar a escolher hospedagem em Milão

6 – Localização do hotel

Ainda sobre hotéis: pense na sua localização. Uma boa localização é imprescindível! De preferência perto de uma linha de metrô nas cidades maiores, ou no centro histórico nas cidades menores.

Muitas cidadezinhas são adeptas da siesta. Já pensou você poder voltar para o hotel após o almoço para relaxar um pouquinho antes de continuar o passeio?

Dica: é possível economizar e ficar bem acomodado. Opte por um hotel fora do centro mas com boa conexão de transporte público.

7 – Escolha dos passeios

Escolha passeios e atrações que tenham a ver com sua personalidade. A Itália tem de tudo: montanhas, praias, campos, arte, culinária, vinhos, carros, metrópoles, burgos.

O que eu quero dizer é: se você não gosta de museu porque raios tem que colocar no seu itinerário um museu por dia? Acredite em mim: você não vai se tornar um amante das artes só porque está na Itália!

Pesquise e certamente vai achar atrações que são a sua cara!

Dica: não siga roteiros prontos! Faça um roteiro que atenda à sua expectativas e ao seu gosto. Se não gosta de arte e adora gastronomia, por exemplo, que tal trocar Florença por Bolonha?

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8 – Ingressos antecipados

Muitas atrações das principais cidades italianas, como Florença e Roma, são visitadas diariamente por milhares de turistas. Ficar horas na fila não é agradável e pode acabar com seu dia…

Dica: decididos os passeios, compre ingressos antecipadamente.

9 – Trem ou carro?

Em alguns lugares você não chega a não ser de carro, em outros não pode chegar de carro. Deu pra perceber como a Itália é mesmo complicada?

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Dica: sugiro que reserve carros para os dias que quer fazer passeios dentro de uma mesma região: conhecer o interior da Toscana ou da Úmbria, por exemplo. Use trens rápidos para distância maiores, como ir de Milão a Veneza, ou de Florença a Roma. E use as pernas, bicicleta ou transporte público para se locomover dentro das cidades.

Neste post explico tudo sobre viajar de trem na Itália

10 – Comer

Por último, mas talvez o item mais importante: comida!

Você pode comer muito bem na Itália gastando realmente muito pouco, basta saber onde ir! No post ” Em Roma coma como os romanos”, dou algumas dicas para você não cair nos restaurantes-armadilha para turistas.

Dica: pesquise antes e leve uma lista de lugares indicados por amigos, blogs e revistas. Não deixe para escolher o restaurante quando estiver com a barriga roncando, pois a chance de errar é grande!

Gostou? Foi útil? Deixe sua opinião e sua dica na caixa de comentário.

Roteiro pelo norte da Itália – um itinerário para você se surpreender!

Garanto que leu o título “Turismo no norte da Itália”  logo pensou  em Veneza e Verona, certo?  Tudo bem, estas são mesmo as cidades clássicas de uma viagem para o norte da Itália e que muito provavelmente já estão alfinetadas – ou quase – no seu mapa.

Mas já parou pra pensar que o  norte da Itália não se resume a estas belezuras de cidades?

Passei março todo explorando esta região: revisitei cidades, conheci lugares novos, descobri novos restaurantes e vinícolas e voltei (como sempre) com uma lista enorme de lugares que ainda quero conhecer.

norte da Itália tem um pouco de tudo o que um turista vai procurar no país: você vai encontrar doces colinas cobertas de parreirais, ciprestes ladeando a estrada, altas montanhas protegendo cidades, muita história, arte, cultura, boa gastronomia e só para fechar com chave de ouro (ou abrir, pois meu roteiro começou dali), regiões onde se fabricam alguns dos melhores vinhos italianos.

Venha comigo e descubra que a Itália é mesmo infinita e surpreendente!

Muito provavelmente para executar este roteiro você chegará em um dos aeroportos de Milão. Então, podemos começar dali mesmo, o que acha?

MILÃO

A cidade sede da Exposição Mundial de 2015 (leia o post O que é a EXPO para entender do que se trata) pode parecer uma cidade sem muitos atrativos para a maioria dos turistas, que passa um dia por ali, visita o Duomo e vai embora.

Confesso que já fui uma destas pessoas. E para me redimir, hoje  não canso de cantar as maravilhas da cidade.

Na verdade, Milão foi me seduzindo aos poucos, me surpreendendo a cada nova descoberta. Me rendi completamente no dia que visitei um jardim repleto de flamingos a poucos passos do centro!

Milão tem atração para todo gosto. Se gosta de moda, vai se esbaldar no Quadrilatero della Moda, para quem gosta de arte, que tal visitar A Última Ceia, obra prima de Leonardo Da Vinci? Para os amantes de futebol tem o estádio San Siro, para quem gosta de boemia o Naviglio Grande é a boa da noite.

Isso tudo, claro, sem falar do esplêndido Duomo. Uma majestosa construção de mármore que arranca suspiros e Ah!s e Oh!s de gente do mundo todo.

Leia aqui todos os posts sobre Milão.

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TORINO

Com o título de primeira capital da Itália,  Torino ainda mantém um certo ar aristocrático em sua arquitetura e modo de vida de seus habitantes.

As 3 maiores atrações são:

– o Palazzo Reale,

– a Mole Antonelliana, símbolo da cidade e sede do Museu Nacional do cinema, capaz de deixar qualquer cinéfilo de boca aberta;

– o Museu Egípcio, o segundo mais importante do mundo depois do museu do Cairo.

Mas e os cafés? Como resistir aos cafés históricos espalhados pelo centro, cada um com sua particularidade? E as praças, com seus artistas de rua?

Como se não bastasse a beleza arquitetônica da cidade, a natureza também foi bem generosa com Torino que fica numa planície. A vista que temos da cidade é espetacular, pois os Alpes a abraçam em toda a parte nordeste com seus picos perenemente nevados.

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A vista da janela do meu quarto.

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LANGHE / BAROLO

E já que estamos na região do Piemonte, fui visitar a região denominada Langhe, que desde junho de 2014 foi incluída na lista de Patrimônio da Unesco devido a sua beleza natural e histórica.

Ali são elaborados um dos vinhos mais famosos e apreciados do mundo: o Barolo.

A Strada del Barolo serpenteia pelas colinas da região e no topo de cada uma delas tem um castelo, ao longe avistamos os Alpes perenemente nevados, tudo isso com um cálice de vinho na mão. Se não é o Paraíso, e a estrada para chegar lá!

Sugiro que visitem duas vinícolas: a Ettore Germano, familiar e jovem, mas com vinhos premiadíssimos; e a Marchese Barolo, tradicional e imponente cuja sede fica bem no meio da cidadezinha de Barolo.

Clique ali para ler o post sobre a Strada del Barolo.

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BERGAMO

Uma cidade dividida em duas.

Basta subir no funicular para deixar para trás uma Bergamo jovem dinâmica e moderna e chegar em um burgo cheio de estradinhas estreitas que serpenteiam morro acima. Bergamo Alta, ou simplesmente Città Alta, é uma joia medieval que mantém suas características arquitetônicas há 4 séculos.

Não deixe de tomar um café na Piazza Vecchia e subir na torre cívica (Campanone), para ter uma vista panorâmica espetacular e entender o que estou falando!

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A vista de cima do Campanone (Torre Cívica)

FRANCIACORTA

A região que dá nome ao espumante mais apreciado na Itália… Ops! Chamar o Franciacorta de espumante é erro gravíssimo, passível de olhares tortos: não cometa esta gafe!

A região compreende 21 comuni dedicadas a elabora um vinho com o método champenois, o mesmo do champagne francês. Além de visitar as vinícolas de Franciacorta, aprecie também a gastronomia local, com peixes pescados ali mesmo, no Lago d´Iseo.

Minha sugestão é a vinícola Contadi Castaldi, que funciona num lindo prédio que antigamente abrigava uma olaria e que produz FANTÁSTICOS Franciacorta. Fique com o Satèn, de preferência da safra de 2007.

Leia mais sobre a região da Franciacorta clicando aqui.

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Calçadão ao longo do Lago, na cidade de Iseo.
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Esta vinícola está onde antigamente funcionava uma olaria. As fornalhas se transformaram no lugar ideal para o vinho repousar.

PADOVA

Sim, a cidade do santo português Antônio fica na Itália. Além da Basílica, tem muita coisa para se fazer na cidade.

Para saber sobre Padova leia aqui no blog:

Padova além do Santo

Roteiro de 4 dias em Padova

Todos os posts sobre Padova

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A segunda maios praça da Europa é a Prato della Valle, em Padova. Ideal para um picnic.

VERONA

A cidade de Romeu e Julieta e da Arena Romana continua sendo o destino preferido de casais românticos. Mas, Verona oferece muito mais que isso.

Leia no post Roteiro de um dia em Verona, o que pode fazer por lá!

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A paisagem invernal de Verona também é maravilhosa!

VENEZA

Bem que eu tento, mas raramente consigo deixar de dar uma passadinha em Veneza nas minhas viagens pela Itália. Surpreendente, tem um certo magnetismo que me atrai. Talvez pelo fato da minha origem italiana ser de lá (sim, a família Grassi é proveniente de Veneza!).

Em março segui os passos de Casanova, o personagem mais mulherengo de toda a história veneziana!

Leia no post Roteiro de um dia por Veneza o que deve fazer se tiver só um dia por lá.

Para um completo Manual de Instruções para Veneza, clique aqui.

Leia todos os posts sobre Veneza clicando aqui.

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O Campo Santa Margherita em Veneza mais parece uma cidadezinha do sul da Itália com os varais cheios de roupas.

Roteiro para visitar Siena: como chegar, o que ver, onde comer e onde dormir

Siena é uma das principais cidades da região da Toscana. Construída sobre 3 colinas, seu centro histórico mantém até hoje o traçado estreito e sinuoso típico das cidades medievais e por este motivo é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

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No século XIII, Siena era tão rica e grande quanto Londres ou Paris e apesar de não ter acompanhado o desenvolvimento destas, ainda é dona de uma enérgica efervescência cultural.

Animando as vielas escuras do centro histórico estão os milhares de estudantes da Universidade de Siena e da Universidade para Estrangeiros. São eles que trazem o futuro para uma cidade do passado.

Abaixo você encontrará dicas para conhecer Siena.

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Como chegar

De carro são 70 Km a partir de Florença pelo Raccordo Autostradade Firenze-Siena. Estacione o carro fora do centro histórico em um destes estacionamentos:

– Parcheggio Il Campo, Via de Fontanella – perto da Torre del Mangia

– Parcheggio Santa Caterina, Via Esterna di Frontebranda – perto do Duomo

De trem, a viagem dura uma hora e meia a partir de Firenze, com troca de trem em Empoli.

O que ver

O centro histórico de Siena é pequeno e você pode conhecer as principais atrações a pé.

Encravada no centro histórico está a famosa Piazza del Campo, cuja forma parece uma concha ou, como preferiu descreve-la o filósofo Titus Buckhardt, se assemelha ao manto de Nossa Senhora, que se alarga e toca os palácios à sua volta.

É nesta praça que acontece a mais famosa corrida de cavalos do mundo: o Palio di Siena, um ritual em louvor a Madonna que acontece duas vezes por ano desde o século XVII (2 de julho e 16 agosto) e movimenta toda a cidade.

No fundo da praça está a Torre del Mangia (102 metros), símbolo do poder civil de Siena que foi construída em sua época áurea, quando a cidade ainda lutava contra o domínio de Florença.

A torre está colocada na parte mais baixa da praça, mas consegue dominar de um modo tão desconcertante a paisagem que parece que foi colocada sobre uma colina.

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Existem outros edifícios de grande importância arquitetônica na praça, entre eles o Palazzo Pubblico, construído entre os séculos XIII e XIV para acolher os Nove Senhores que governavam a República de Siena.

Hoje o edifício é sede do  Museu Cívico, que possui obras importantes de artistas locais. A Cappella del Palazzo é toda afrescada com passagens da vida de Nossa Senhora: a Anunciação, a morte da Virgem, a dor do apóstolos, o funeral da Virgem e sua Ascensão. Imperdível!

Do lado oposto ao Palazzo Pubblico está a Fonte Gaia (1409-1419), feita em mármore  com esculturas de Nossa Senhora circundada das virtudes, a criação de Adão e sua expulsão do Paraíso.

Construída onde antigamente se situava o templo pagão dedicado a Minerva, a catedral de Siena, ou Duomo, é uma das igrejas mais bonitas que eu já entrei…e olha que eu já entrei em igreja bonita na Itália, hein!

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Vai ser difícil escolher pra onde olhar primeiro, mas eu te ajudo: olhe para baixo.

O chão em mármore é composto de 56 quadros que representam histórias bíblicas, sibilas, virtudes e outras passagens históricas importantes.

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Bem em frente à escadaria do Duomo, foi construído o primeiro hospital de Siena. Santa Maria della Scala foi, a princípio, abrigo de pobres, peregrinos e crianças abandonadas. No decorrer dos séculos ampliou suas funções assistenciais e se transformou num moderno hospital. Hoje abriga museus, espaços culturais e centros de pesquisas.

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Para informações sobre horários de abertura e compra de ingressos para as atrações descritas acima, clique aqui.

Onde comer

Contrariando minha dica de se afastar de praças muito turísticas para comer bem, o La Mossa é uma tratoria interessante, bem na entrada da Piazza del Campo oferece pratos da culinária local a preços convidativos. Nada muito especial, mas com um bom custo-benefício.

Para algo especial, escolha a Trattoria Le Logge, a 400 metros da Piazza del Campo, a casa é frequentada por celebridades e vips italianos e a comida é ótima.

Mapa da cidade

Clicando no mapa abaixo você poderá encontrar a localização de todos os hotéis, restaurantes e atrações deste post.

Onde dormir (clique no nome do hotel para ir ao link de reserva)

Centro histórico:

Villa del Sole – uma pousada simples e elegante.

Il Battistero Siena – Bed & breakfast charmoso.

Hotel Athena – um quatro estrelas com estacionamento.

Fora da cidade:

Certosa di Maggiano – agriturismo a apenas 2 Km do centro de Siena. Os quartos eram antigas celas monásticas.

Villa Scacciapensieri – hotel nos arredores de Siena, com vista para as colinas do Chianti.

Para continuar sua pesquisa de hotéis na Toscana, clique aqui no banner abaixo:

O blog ITALIAna é afiliado do Booking, isto significa que de cada reserva feita a partir do blog, recebemos uma pequena comissão. É importante salientar que ao reservar a partir do blog, NÃO HÁ ALTERAÇÃO NENHUMA DO VALOR DO PREÇO, muito pelo contrário! Você pode conseguir tarifas com descontos na maioria dos hotéis. Isto quer dizer que você não pagará nada a mais por isso e ainda estará ajudando a manter o o blog no ar, com conteúdo de qualidade!

LEIA TODOS OS POSTS SOBRE A TOSCANA, CLICANDO AQUI.

Bento em vindima – a festa da colheita em Bento Gonçalves

Bento em Vindima – Quem me dá as boas vindas quando chego em Bento Gonçalves é o aroma doce da uva madura, que escapa dos vinhedos carregados e perfuma toda a cidade.

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De janeiro a março acontece a festa chamada Bento em vindima – a colheita da uva – e um clima de alegre euforia toma conta da população que, de uma forma ou de outra, é muito ligada à terra e à lavoura.

Finalmente, chegou a hora de colher o produto de meses de trabalho árduo. E a safra deste ano promete: a mãe natureza cooperou e espera-se a elaboração de ótimo vinhos!

Como comemoração, as vinícolas preparam excelentes eventos para celebrar este momento e receber os turistas. Vou contar sobre alguns deles.

Bento em Vindima

Colheita ao luar – Vinícola Lovara

Já na minha primeira noite por lá me convidam para uma colheita ao luar na Vinícola Lovara. Após uma pequena introdução sobre degustação de vinhos, começam a servir os pratos do jantar. Cada um deles harmonizado com um determinado vinho.

Em seguida, todos recebem uma taça e se dirigem aos parreirais.

Bento Gonçalves

Com a lua cheia iluminando nossos caminhos, pegamos a cesta e começamos a “trabalhar”. Tudo regado a mais vinho, mais comida e boa música. O ambiente que se cria entre os presentes – até então desconhecidos – é de amizade e harmonia.

O passeio todo dura por volta de 3 horas e deve ser agendado na vinícola. Fantástica experiência!

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No dia seguinte, minha carruagem me aguarda na frente do hotel: a jardineira de 1950 da empresa Giordani Turismo nos leva até a Vinícola Cainelli.

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Somos recebidos por um coral de senhoras de vestidos coloridos enfeitados de crochê. Me lembro muito da minha avó e me emociono já de cara.

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A casa de pedra da família está intacta; nos explicam que como a cidade se encontra sobre um derrame de basalto, a pedra era o material mais abundante que os imigrantes possuíam para construir seus lares.

No interior, objetos originais – alguns deles trazidos da Itália-  permanecem ali há quase um século e se misturam com artefatos produzidos pelos imigrantes, como o colchão de palha e o travesseiro de paina.

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A neta de um dos imigrantes nos recebe e conta um pouco da história da difícil adaptação da família italiana no Brasil. Ela repete as palavras dos avós : “Aqui nós não temos nada. E não nos falta nada…”.

Somos convidados a caminhar até os parreirais. E em pleno verão, a névoa baixa dá o tom de mistério e quietude ao nosso passeio. Já debaixo dos parreiras recebemos nossas cestas e a colheita se inicia.

IMG_5571 A festa continua! O coral canta músicas italianas e o tuc-tuc chega carregado de gostosuras para o nosso merendim, o lanche da manhã que os imigrantes trabalhadores faziam na roça.

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Imitando os trabalhadores do início do século, colhemos uva, cantamos, comemos polenta brustolata sob os parreirais e, claro, bebemos vinho!

As risadas ficam por conta de Nei, que nos conta sobre suas recordações da infância, nos leva para um passeio de tuc-tuc e nos dá o apoio na hora de pisar na uva.

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Sim! O passeio se encerra com a pisa da uva. Dentro de uma tina é colocado o resultado de nosso trabalho matinal. Quilos de uvas são pisoteados ao som de gargalhadas e … mais vinho!

Sem dúvida este foi o ponto alto de minha viagem e assinalo este passeio como absolutamente imperdível!

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Visita à Vinícolas

A maioria das vinícolas preparam degustação especial e mini cursos de harmonização de vinhos aos visitantes. Visitei várias delas e conto tudo lá no post 8 Vinícolas para conhecer em Bento Gonçalves. Clique aqui para ler!

[toggle title=”Clique aqui para ler todos os posts do blog sobre Bento Gonçalves” load=”show”]Bento Gonçalves – a Itália que sobrevive no Brasil
7 passeios imperdíveis pelos Caminhos de Pedra de Bento Gonçalves
Onde dormir em Bento Gonçalves
8 vinícolas de Bento Gonçalves[/toggle]

Na prática

Quando ir: a vindima acontece entre os meses de janeiro e março. Para informações sobre as próximas, acesse o site de turismo da cidade, clicando aqui.

Vinícola Lovara – Rua José Benedetti, 222 – Bento Gonçalves

Vinícola Cainelli – Distrito Tuiuty, Rsc 470 – Km 202,6  – Bento Gonçalves

Giordani Turismo – Rua 13 de maio, 581 – Bento Gonçalves

 O blog ItaliAna foi convidado para o evento Bento em Vindima pela Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves. Mas fique tranquilo: aqui, a liberdade de expressão é 100% garantida. Só a verdade e minha opinião pessoal para você!

Roteiro a pé pelas principais atrações de Roma Imperial – com mapa!

Roma

Este post faz parte da série Roma aos Pedaços, que traz uma descrição das principais atrações da cidade em ordem cronológica.

Aguarde os próximos posts!

Roma Imperial

A época imperial romana começa com Augusto (Otávio) após 17 anos de guerra civil, que se sucederam à morte do general Júlio César.

No mapa abaixo, os pinos em azul indicam as principais atrações de Roma Imperial:

Principais atrações

Coliseu (Colosseo)

O verdadeiro nome do Coliseu é Anfiteatro Flavio, mas na Idade Média recebeu o apelido de Colosseo por sua proximidade com a gigantesca estátua de Nero (o Colosso de Nero).

Sua construção começou no ano 70 d.C. pelo imperador Vespasiano, num terreno pantanoso de um lago que fazia parte do palácio de Nero (Domus Aurea). Sua inauguração foi realizada por seu filho Tito, no ano de 80, com 100 dias ininterruptos de festa.

De forma elíptica, o anfiteatro possui 527 metros de perímetro e capacidade para 55 mil pessoas. Ali aconteciam jogos, combates mortais entre gladiadores e lutas de animais selvagens.

Curiosidades:

  • A partir do século VI serviu como área de sepultura, como fortaleza da família Frangipane e Annibaldi e depois como depósito de material de construção;
  • Muitas pedras de mármore retiradas do Coliseu foram usadas para construir palácios, pontes e boa parte da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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Mercados e Trajano (Mercati Traeanei)

Sua construção começou no início do século II d.C.  pelo imperador Trajano, que nasceu na Andaluzia e não em Roma.

Diferentemente do que o nome sugere, as atividades comerciais ocupavam uma pequena parte do edifício. A maior parte dele era destinada às atividades administrativas e por isso, possuía uma ligação com os Foros Imperiais.

Os andares acima do Mercado abrigam o Museu dos Fóruns Imperiais, aberto de terça a domingo das 9h às 19h.

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Domus Aurea

É o palácio construído para Nero após o incêndio de Roma de 64. Dá pra imaginar como era a casa do imperador megalomaníaco?

Em 250 hectares de terreno encontravam-se um lago artificial, animais selvagens livres,  paredes adornadas de ouro e madrepérola e salas de banho abastecidas com água do mar. Que tal?

Fóruns romanos – Palatino

Um complexo de ruínas de vários monumentos de época imperial e republicana. Não perca a Casa de Augusto, o primeiro imperador romano, que morou ali por mais de 40 anos. A casa foi construída no lugar mais sagrado do Palatino, onde segundo as lendas, teria surgido Roma. Bem perto da Casa de Augusto está a Casa de Lívia, sua mulher.

Curiosidade: a Casa de Augusto tinha uma ligação direta com o Templo de Apolo Aziaco, que o teria protegido na batalha contra Marco Antônio e Cleópatra.

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Arco di Costantino

O Arco fica ao lado do Colosseo e foi edificado para comemorar a vitória do imperador Costantino contra  Massenzio, na famosa batalha de Ponte Milvio, que consagrou Costantino como único imperador romano do ocidente.

Pantheon

O templo pagão foi construído em 25 a.C. por Marco Agrippa e reconstruído por Adriano em 118-128 d.C. Depois de séculos de abandono foi doado ao Papa Bonifácio IV e se transformou numa igreja cristã. Além de Rafael, ali estão sepultados os reis da Itália.

A altura do Pantheon é idêntica ao seu diâmetro, que mede 43,44 metros. Ao entrar, olhe para cima: a cúpula reserva uma surpresa!

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Termas de Caracalla

Construídas entre 212 e 216, as termas podiam acolher mais de 1500 pessoas e funcionaram por 300 anos, até o encanamento dos aquedutos Acqua Marcia e Acqua Antoniniana – que levava água para lá – ser destruído por invasores godos.

Teatro de Marcello

Júlio César começou a construi-lo, mas Augusto que o terminou em 11 a.C. É uma miniatura do Coliseu e encontra-se ao lado do gueto judaico, bem perto da Piazza Venezia.

Ara Pacis

Ara Pacis é um monumento erguido no ano 13 a.C. para comemora a paz romana, que se estabeleceu após campanhas vitoriosas na Gália e Espanha, pelo imperador Augusto.

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Curiosidade: sobre a mesa do altar eram depositados jarros de vinho e animais sacrificados em honra à deusa Pax.

Mausoléu de Augusto

Assim que voltou de Alexandria, após a conquista do Egito e a vitória contra Marco Antonio, Augusto providenciou sua construção.

No século XII serviu de fortaleza dos Colonna e após o século XVIII em sala de concerto. Depois de abandonado e saqueado foi transformado em um terraço para o plantio de uva. Atualmente, obras de escavação e restauração estão em andamento e o mausoléu deve reabrir ao publico em 2015.

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Na prática

Museo Ara Pacishttp://www.arapacis.it/

Mercato di Trajano – Museus Fóruns Imperiais – http://www.mercatiditraiano.it/

Coliseuhttp://www.coopculture.it/

Leia também

Roteiro à pé por Roma Imperial – com mapa para as principais atrações

História do leitor: Roteiro pela Puglia – Renato

Na história do leitor deste mês Renato conta como foi sua viagem de carro pela Puglia, aquela região que fica no salto da bota. Eu até pensei em apresentar o Renato para vocês, mas ele se apresenta de uma forma tão bacana, que não vou nem tentar!

Com vocês: RENATO ACHUTTI!!!


“Gaúcho, gremista, cortei o cordão umbilical há 33 anos, passei uma temporada em Londres e andei pelos quatro cantos do Velho Continente. Assisti ao torneio de tênis de Wimbledon, aos shows do Queen e do Rolling Stones, trabalhei em colheita de uvas no Vale do Loire, na França, no tempo que a colheita ainda era quase toda manual, fui ajudante de cozinha, barman e washing-up em Londres e alguma coisa mais. Aportei no Rio de Janeiro há 30 anos atrás, aqui conheci a Rosa e lancei minha âncora. Amante dos esportes, encontrei na corrida uma grande terapia, já corri algumas maratonas, a última delas em Paris há 10 anos atrás. Engenheiro e financista, ninguém é perfeito, adoro viajar, explorar os locais, conhecer as pessoas, tudo com muita calma, degustando um bom vinho, uma deliciosa comida, sem esquecer da sobremesa e do café. Tudo isso em ótima companhia, é claro!!! Precisa mais?!”

SLOW TRAVEL

Para mim (e para muitos, imagino) um dos grandes prazeres da vida é viajar, contudo quando leio alguns blogs de turismo e vejo o desespero de alguns em aproveitar as viagens para “conhecer” um zilhão de lugares, fico pensando no que estas pessoas, de fato, estariam buscando. Quando leio que vão ficar “dois dias em Paris” e querem aproveitar para conhecer a Disney, ir a Versailles e dar uma passadinha num outro lugar, fico sem entender que tipo de viagem é essa.

Viajar deveria ser uma oportunidade para se conhecer novas culturas, novas pessoas, novos hábitos, novos comportamentos e se conhecer melhor. Me digam qual é a chance de alguém que vai ficar em Paris dois dias, além de ir a Disney e Versailles, vai ter de vivenciar isso?

O que se percebe é que as pessoas não conseguem desacelerar do seu dia-a-dia normal e continuam agindo nas férias como se estivessem atrasados para ir trabalhar, ir buscar o filho na escola ou para ir ao supermercado antes que feche. Pobres de nós, nos tornamos megalomaníacos, tal qual os grandes imperadores romanos, querendo abraçar tudo e expandir nossas fronteiras em tão pouco tempo!!!

Férias exigem planejamento, mas também exigem desaceleração para que se possa vivenciar as coisas com mais intensidade e menos robotização!!!

Não consigo me permitir a ficar menos do que 4 ou 5 dias em uma cidade, mesmo que já tenha estado lá, e não menos do que uma semana em um lugar que ainda não conheça. É claro que existem lugares pequenos que você passa quando está viajando de carro, mas esses nem conto, porque são apenas paradas estratégicas para recarregar as baterias e dar uma boa espiada nas pessoas do lugar!!!

A desculpa que ouço é sempre a mesma, que vão aproveitar para visitar um número imenso de lugares para depois voltar com mais calma aos lugares que mais gostaram … o que nunca acontece!!! O que muitos não percebem é que este troca-troca de cidades consome tempo, pois entre um checkout (malas, conta do hotel, transporte) e um novo checkin, se gasta, no mínimo, quase meio-dia de um tempo precioso que não volta mais.

Há vários anos venho abandonando as coisas fast da minha vida. A fast-food já foi abandonada há muito tempo e a fast-travel nunca foi das minhas preferidas.

Já fiz viagens de carro insanas, rodando mais de 1.500 km em dez dias, mas com o passar do tempo fui percebendo que eram viagens sem sentido, com muito pouco prazer e muita correria, a ponto de não saber diferenciar um lugar de outro, pois a rigor o que os diferencia não são os pontos turísticos, são os locais especiais que temos a chance de conhecer e as pessoas que encontramos em cada lugar!!!

ROTEIRO PARA A PUGLIA

Bem, como este blog é sobre a Itália vou aproveitar para contar um pouco sobre a viagem que fiz em setembro de 2013 à região da Puglia, no “salto da bota”.

É uma região pouco visitada pelos brasileiros, pois não é tão conhecida como a Toscana, mas também não é tão cara como a Toscana, muito pelo contrário.

Antes de viajar pesquisamos (eu e minha mulher, mais ela do que eu) e fizemos nosso planejamento: iríamos entrar na Puglia por Bari, depois nos movimentaríamos a Sudoeste em direção à ponta do “salto da bota”, próximo à cidade de Otranto. Neste sentido exploraríamos mais o caminho pela costa e depois voltaríamos ao ponto de partida (Bari), privilegiando as estradas interiores.

Nossa estratégia em viagens de carro sempre é a de dividir a área a ser visitada em micro-regiões e dentro dessas, estabelecer alguns lugares aonde vamos ficar hospedados e de onde iremos explorar as áreas num raio de uns 50/70 km.

Como iríamos apanhar o carro alugado em Bari, optamos por fazer a primeira escala em Trani, cidade localizada a cerca de 50 km. Embora localizada à oeste, no sentido oposto ao nosso percurso, havíamos recebido recomendação de visitá-la e achamos que se enquadraria em nosso plano de descompressão lenta, pois buscávamos um lugar tranquilo para nos recuperarmos da maratona de uma viagem de 16 horas (incluindo a conexão em Paris).

Efetivamente Trani era tudo aquilo que buscávamos, um local lindo, charmoso e muito tranquilo. Nosso hotel se localizava defronte à Marina, na parte antiga da cidade, e a vista era sensacional. Embora exista uma parte mais moderna, a parte antiga é o local que vale a pena ser visitado.

Trani
Trani – Vista da Marina defronte ao nosso hotel (Hotel Mare Resort). Ao fundo a Catedral, dedicada a São Nicolas, um dos principais monumentos da cidade.

Que belo início de viagem, foram dias sensacionais de muito passeio a pé, boas massas, bons vinhos, enfim tudo o que se espera das férias!!! Aproveitando a temperatura um pouco alta, frequentamos até uma pequena praia de pedras (sem areia), num clube próximo ao hotel.

Quem aprecia vinhos vai encontrar nessa região o “Primitivo di Manduria”, tinto, feito com a uva Primitivo, que produz vinhos encorpados, levemente frutados e saborosos. Existem também rosés deliciosos, feitos com a uva Negroamaro. Para quem quiser conhecer um pouco mais, basta clicar aqui.

Nossa próxima base se localizava em Lecce, distante uns 200 km, aonde iríamos ficar durante oito dias e de onde exploraríamos toda a região localizada no extremo da bota.

Em Lecce ficamos na cidade histórica, muito mais interessante, e dela fizemos várias viagens exploratórias a cidades no seu entorno e nos hospedamos no excelente Hotel Risorgimento, localizado no coração do centro histórico. Lecce é uma cidade média encantadora, tem uma vida noturna bastante movimentada e oferece muitos restaurantes e atrações, além de ser a principal cidade da península salentina.

No deslocamento de Trani à Lecce, percebemos que as viagens por estradas costeiras, nosso plano original, apesar de serem infinitamente mais interessantes e agradáveis, nos forçariam a encarar o trânsito local, redundando em muitas paradas, cruzamentos e sinais, o que nos fez optar por estradas alternativas onde o trânsito fluísse melhor.

Em Lecce, alternamos dias de passeios locais com dias de passeios a lugares no seu entorno.

Numa dessas escapadas fomos a Otranto, uma cidade costeira localizada no Mar Adriático, a cerca de uns 50 km, com uma água límpida, transparente, onde passamos o dia. Foi ótimo!!!

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Otranto

Para quem não conhece, na Itália, assim como na França e em outros lugares da Europa e dos Estados Unidos, existe a praia pública e as praias privadas, normalmente exploradas por clubes, onde o acesso se dá mediante o pagamento de uma taxa. A vantagem das praias privadas é a infraestrutura oferecida, com banheiros, chuveiros, bar e também cadeiras e guarda-sóis. As taxas podem variar bastante, dependendo do nível da infraestrutura e da época do ano, mas normalmente oscilam de 20 a 50 euros. As praias públicas também são boas, embora não ofereceram nenhum tipo de mordomia opcional.

Um outro lugar que adoramos e recomendamos a visita é Gallipoli, distante uns 40 km de Lecce, saindo da costa do Mar Adriático para o Mar Jônico. Esta cidade é realmente uma pérola e merece a visita de quem estiver na região. É até difícil descrevê-la, pois tem também, como uma grande parte das cidades italianas, a parte antiga, histórica, preservada, construída em forma de uma fortaleza, isolada do resto da cidade por muros altos e poucas entradas. Neste caso existe somente uma ponte de entrada, construída no século XVI, que a liga ao resto da cidade. Este tipo de construção era muito comum nos séculos passados para proteger a cidade da invasão dos inimigos. No século XVIII seu porto era considerado o maior mercado de óleo de oliva do Mediterrâneo.

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Gallipoli – cidade antiga

Prosseguindo a viagem iniciamos o caminho de volta, mudando nossa base para Ostuni, a cerca de 70 km de Lecce. É uma cidade menor e com uma influência cultural e estética marcadamente influenciada pelos gregos. Desta vez ficamos localizados na cidade nova, dado que o acesso à cidade antiga era restrito para veículos e possuía ladeiras que poderiam dificultar nossa movimentação. A vista da cidade antiga era de tirar o fôlego, percebemos no dia da nossa chegada, quando o sol já começava se a se por. Desfrute e sonhe!!!

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Ostuni

Ostuni possui excelentes restaurantes. Para quem aprecia uma boa comida existem vários restaurantes classificados com uma estrela Michelin, onde se pode comer a preços razoáveis. Acho que vale a pena investir em pelo menos uma refeição dessas e fazer uma viagem no tempo. Fomos a dois restaurantes destes que recomendo: Osteria del Tempo Perso e Osteria Piazzetta Cattedrale. O interior do primeiro é encravado na rocha, é realmente uma viagem no tempo, não só pela comida, mas também por ela.

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Ostuni – cidade antiga
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Ostuni – Ristorante del Tempo Perso

Os passeios pelas ruelas da cidade antiga são igualmente uma viagem no tempo.

De nossas andanças pelas redondezas dois lugares se destacaram pela beleza e originalidade. Em primeiro lugar, Alberobello, conhecida pelos seus famosos trulli, construções de telhado cônico características da região.

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Alberobello
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Trulli di Alberobello

O outro local mágico foi Polignano a Mare, incrustada no Mar Adriático, pelo seu complexo rochoso e suas grotas marítimas de beleza estonteante. Em uma dessas grotas existe um restaurante incrustado muito interessante.

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Polignano a Mare
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Polignano a mare

Bem, acho que já me estendi demais, é que viajar pela Itália é um “prato cheio” para quem tem “fome” de conhecer novos lugares, novos hábitos, novas culturas, novas comidas, que a gente acaba se perdendo e viajando na viagem!!!

Se bem que com a slow-travel” você tem tempo de se perder e de se reencontrar com mais facilidade mais adiante!!!

Espero que tenham gostado, e com licença que meu cappuccino está esfriando!!!

Arrivederci!!!!!


* Se você também tem uma experiência na Itália e quer conta-la aqui, participe da nossa seção “A VIAGEM DO LEITOR”: uma vez por mês, uma história será publicada e a próxima pode ser a sua! Mande um email para ana@italiana.blog.br


 

 

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Leia outras experiências de viagem dos leitores:

Ana Renata conta como viajar para a Itália com crianças

Juliana e Nazaré contam sobre a experiência de viajar sozinha

Filomena conta da sua experiência de estudar em Roma com o intercâmbio ITALIAna

Onde dormir em Bento Gonçalves

Durante o Blogtour que fiz semana passada, conheci muitos hotéis e pousadas, e fiz uma seleção deles para ajuda-los na hora de decidir onde dormir em Bento Gonçalves. Você pode clicar no nome do hotel para ir direto à página de realização da reserva.

Hotel Laghetto Viverone

Me hospedei neste hotel durante toda a minha viagem . É um hotel com quartos confortáveis, banheiro espaçoso e delicioso café da manhã.

Cumpre bem sua função para os turistas que voltam ao hotel somente para dormir e para negócios, já que não há lazer dentro do hotel. Muito bem localizado, fica na parte alta da cidade e no final da tarde os moradores saem pelas ruas dos arredores do hotel  para caminhar ou levar as crianças ao parque. Fica a apenas duas quadras dos melhores restaurantes e lojas da cidade.

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Hotel & SPA do vinho

É o hotel mais luxuoso da cidade. Encaixado no meio de parreirais e tendo como vizinho o mítico Lote 43 da Miolo, é o lugar ideal para férias românticas e relaxantes. As dependências do hotel são elegantes e os quartos muito confortáveis, com banheira e vista de tirar o fôlego.

Dentro do hotel funciona o SPA do vinho, com todos os produtos da marca francesa Caudalíe. O SPA pode ser utilizado também por quem não está hospedado no hotel.

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Hotel & SPA do Vinho. Ao lado direito da foto, o Lote 43 da Miolo.
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Uma das salas da recepção do Hotel & SPA do Vinho

Villa Michelon

Ideal para família com crianças. O hotel conta com piscina coberta, quadra de tênis, parquinho e possui uma equipe de entretenimento.

 Villa Valduga

São 24 suítes na Pousada da Vinícola da Casa Valduga. Ótimo para casais em lua de mel ou viagem romântica, que queiram aprender  ou aprofundar seus conhecimentos sobre vinho, já que podem participar dos cursos oferecidos pela vinícola.

Pousada Cantelli

É uma construção de pedra centenária com 3 apartamentos com decoração simples, mas muito aconchegante. O andar superior da casa é uma suíte dupla, ideal para famílias. Oferece café da manhã.

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Cantinho charmoso da Pousada Cantelli

Ke Kanto Toniolo

Anair e seu marido abrem as portas de sua casa para os hóspedes. Ajuda-los a colher uvas, alimentar os animais e produzir o próprio vinho são atividades cotidianas do sítio e que o casal adora compartilhar com os hóspedes.

As reservas são feitas por telefone: (54) 3454-2519


Para continuar sua pesquisa de hotéis em Bento Gonçalves ou na Serra Gaúcha, clique no banner abaixo.

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Bento Gonçalves: a Itália que sobrevive no Brasil

Carnaval de Veneza

Nós brasileiros, moradores do país do carnaval, podemos achar estranha a ideia de ver um carnaval estrangeiro, menor e muito diferente do nosso. Mas confie em mim, o carnaval de Veneza é uma experiência que vale a pena!

O Carnaval de Veneza!

Veneza reinterpretou a “Saturnalia” da Roma Antiga e as “festas dionisíacas gregas”  para atender às suas necessidades: diminuir as tensões sociais da época.

A festa foi originalmente estimulada pelos nobres da cidade, diferentemente do carnaval brasileiro, que surgiu das classes baixas. O carnaval de Veneza possui raízes milenares, com suas primeiras aparições já no século IX!

As vestimentas desta festa foram sendo moldadas com os anos e atualmente procuram imitar os trajes da alta classe do século XII e XIII, mas reimaginados com mais cores e pompas, resultando em uma roupa um pouco caricata, em alguns sentidos.

As máscaras também sempre foram uma constante no carnaval de Veneza e traziam uma ideia de mistério e anonimato. Mas elas já trouxeram problemas, pois muitos ladrões e contrabandistas podiam tranquilamente se disfarçar e misturar em meio à multidão mascarada. Por isso, as máscaras chegaram até a ser proibidas por período no século XII.

O carnaval enche os arredores da Piazza San Marco com centenas e centenas de pessoas trajadas nas mais variadas cores e plumas, organizando-se em gôndolas e desfiles muito bonitos!

A festa que antigamente podia durar até 4 meses hoje dura 18 dias (31 de janeiro a 17 de fevereiro de 2015), mas a programação é intensa: desfiles, concertos, bailes, teatro, circo e muitas máscaras colorem e aquecem a cidade no inverno.

As fotos foram tiradas pelo meu tio Adriano Tamiso, fotógrafo amador, que há 9 anos faz expedições fotográficas pelas calles venezianas durante o Carnaval.

Carnaval de Veneza
Veneza Carnaval

Carnaval de Veneza

Carnaval em Veneza

Fantasia de Carnaval italiana

Carnaval de Veneza

Carnaval de Veneza

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Roteiro de um dia por Veneza

Bento Gonçalves – a Itália que sobrevive no Brasil

Bento Gonçalves…

…nasceu do esforço dos imigrantes italianos que chegaram à Serra Gaúcha a partir de 1875 provenientes principalmente das regiões do Vêneto e de Trentino Alto Adige, ao norte da Itália.

A história da imigração italiana no Estado de São Paulo, que contei a vocês neste post do Museu da Imigração, não é a mesma dos imigrantes que chegaram ao Rio Grande do Sul.

Quando os imigrantes chegaram ao Sul do Brasil, o que encontraram foi uma terra selvagem.  Não existia nem fazenda, nem casa, nem ferramentas, nem plantação.

As condições eram tão adversas e o trabalho que tiveram foi tão sacrificante que muitos morreram. E os que sobreviveram se apoiaram em um tripé: família, fé e trabalho, para vencer a fome, o frio e o medo.

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O coral formado por descendentes de italianos nos acompanha até o parreiral e alegram a colheita da uva.

Logo colocaram em prática um dos poucos conhecimento que possuíam: começaram a lavrar a terra e plantar uva para a elaboração do vinho.

Junto com a polenta de milho esta era basicamente a alimentação dos imigrantes. E o vinho era tão abundante que conta-se que foi utilizado para preparar a argamassa para a constução da Capela Nossa Senhora das Neves, numa época de grande seca.

140 anos depois, essa iniciativa dos imigrantes transformou Bento Gonçalves na Capital Nacional do Vinho.

A vinícola Miolo e o famoso Lote 43 em baixo à esquerda.
A vinícola Miolo e o famoso Lote 43 em baixo à esquerda.

Mas não é só isso. Bento Gonçalves também é um dos principais pólos moveleiros do país. A vocação moveleira nasceu da necessidade dos imigrantes de construir móveis para uso próprio. E hoje a cidade possui mais de 300 indústrias de móveis de alta tecnologia.

A preservação da memória dos imigrantes ficou a cargo de seus netos e bisnetos, que com muito respeito e devoção mantém casas, móveis e ferramentas intactos. Assim como o dialeto Talian, trazido pelos imigrantes e mantido vivo por mais de 500 mil descendentes.

Passei a última semana em Bento Gonçalves a convite da Secretaria de Turismo Municipal, cujos funcionários trabalham incansavelmente para manter um turismo de qualidade na cidade.

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Esta foi a cada onde o filme O Quatrilho foi filmado e pertence à família Strapazzon.

O objetivo é difundir o turismo de experiência, onde os visitantes possam participar da vida dos locais e integrar-se com a natureza e o meio ambiente.

Confesso que me surpreendi com Bento e seus moradores. Além de hospitaleiros, estão muito preparados para receber turistas e com sua simplicidade nos fazem sentir realmente em casa. E a cidade é encantadora, inspiradora, cheia de cantinhos que se parecem muito com a Itália.

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A partir de hoje, vocês encontrarão no blog posts semanais sobre Bento e tudo o que conheci lá. Dicas práticas, informações úteis, sugestão de roteiros, restaurantes e hotéis.

Como chegar em Bento Gonçalves

Bento Gonçalves é uma das cidades da Serra Gaúcha e possui pouco mais de 100 mil habitantes.

Do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a viagem dura aproximadamente 1h45 até o aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre.

Fui com a Azul e o voo foi muito tranquilo. Na volta, descobri que além dos 5 quilos da bagagem de mão, a companhia aérea permite que você leve até 6 garrafas de vinho. Foi o que me salvou!

Chegando em Porto Alegre, alugue um carro e prepare-se para mais uma hora e meia de estrada até chegar em Bento.

Pode até ser interessante contratar uma operadora para um passeio ou outro, mas na minha opinião o carro te dará a liberdade necessária para a exploração da cidade.

Quando ir

A programação cultural e turística da cidade é intensa o ano todo. Mas de janeiro a março Bento está na época na vindima (a colheita da uva) e a beleza da região se potencializa com os parreiras perfumados e carregados de uva. Olha só:

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História do leitor: Filomena conta como foi estudar na Itália

A História do Leitor deste mês é da Filomena, uma apaixonada pela Itália que participou da viagem cultural ITALIAna 2014 e 2016. Neste post ela nos conta como foi sua experiência.

A primeira viagem

“Em outubro de 2010, por conta dos acasos da vida, conheci um romano através da internet. Mas, como o depoimento aqui é sobre meu amor pela Itália e não sobre relacionamentos via web, não entrarei nos detalhes de como conheci este romano, pois é uma linda e longa história…

Fato é que quando começamos a conversar, nos comunicávamos somente em inglês e como tenho interesse em outros idiomas, comecei a questioná-lo sobre algumas palavras, expressões, tempos verbais, advérbios, adjetivos, números, saudações, etc.  Até então, só tinha conhecimento do grazie mille, buongiorno e buonasera. Depois achei necessidade de mais aprendizado, consultei cursos online adquiri alguns materiais, fiz um curso de 3 meses e em pouco tempo começamos a nos comunicar em italiano.

Este romano, chamado Enzo, esteve várias vezes no Brasil e então chegou minha vez. Fui conhecer Roma em 2013 e foi minha primeira viagem ao velho continente.

Medo de ficar sozinha

Estava ansiosa, temerosa, afinal chegaria sozinha em um lugar totalmente desconhecido, o jeito foi desembarcar do avião e seguir as placas. Ao chegar em Fiumicino estava com a garganta seca de tanto medo e nervoso. Medo de comprar uma água, de pegar um carrinho para transportar a mala… Tudo era imensamente assustador!

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Foi quando vi uma máquina, destas de colocar a moeda e sair o produto e vi que não havia ninguém por perto. Tomei coragem, coloquei uma nota de 5 euros e esperei a água e o troco. Uma operação tão simples em qualquer lugar do mundo –  inclusive aqui – mas que longe de casa parecia muito mais complicado.

Quando vi que Enzo estava me esperando no aeroporto fiquei mais tranquila e aliviada. Daí para frente foram as três semanas de férias mais incríveis em minha vida!

Tudo era novo e desconhecido, e lindo e delicioso…

Enzo mostrou uma Roma que turistas visitam e outros pontos conhecidos somente pelos romanos e por alguns blogueiros que se interessam em explorar cada cantinho da Itália.

Fiquei as três semanas somente em Roma, mesmo porque tinha muitos amigos e familiares de Enzo que também queriam me conhecer. Foram também as férias mais longa de toda minha vida. Aproveitei cada minuto; sem programações, sem roteiros, apenas permitindo que um romano me levasse conhecer a sua Roma.

Paixão, paixão e eterna paixão por Roma! Suas ruazinhas, suas motos, seus smarts, castelos, histórias, elegância, cultura, sabores e cheiros.

A segunda viagem

Tinha planos para retornar em Maio de 2015, quando em março de 2014 conheci a Ana. E aí meus planos mudaram.

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Voltei para Itália em outubro de 2014 com o objetivo de estudar italiano.

Pensei: “Meu Deus!! Como conciliar estudos e deixar para trás tantas outras belezas italianas? História, cinema, culinária, moda…”. Achei que não daria tempo. Puro engano! Além de ter passado a experiência mais valiosa em toda minha vida, ainda deu e sobrou tempo para conhecer novos lugares e nova culturas.

Participei da Viagem Cultural do blog ITALIAna, para estudar italiano na escola Torre di Babele.

Além de Ana ser incansável, é uma eterna enamorada e profunda conhecedora de todos os pedacinhos da Itália.

(Nota da Ana: ó que caiu um cisquinho aqui no meu olho!)

Estudar em Roma

Obtivemos a melhor recepção das secretárias e do Diretor da escola, Enzo Consentino. E também da Sra. Daniela, dona do apartamento que morei por duas semanas.Daí para me sentir em casa foi um pulo!

O trajeto diário do apartamento para a escola era uma caminhada prazerosa, alegre e confiante. Estava feliz. Estava em Roma. Estava em casa!

Quanto às aulas diárias de italiano, das seis brasileiras que participavam do intercâmbio somente eu tive o privilégio de cair em uma sala onde não havia mais nenhum brasileiro. Foi uma experiência única estar entre suíços, franceses, alemães, austríacos e até um ebúrneo. Sem contar o empenho e dedicação da professora Laura. Ouvi tanto dela quanto dos demais alunos que eu tinha uma boa pronúncia da língua italiana e isso me encheu de orgulho! Foram generosos, reconheço que tenho muito a aprender e melhorar.

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Passear em Roma

Aulas pela manhã e a tarde e noite livres para conhecermos mais da cidade de Roma. Sempre com as super dicas de Ana, fomos a passeios guiados, shows, partida de futebol, caminhadas por pontos turísticos, aula de culinária, almoços, jantares… E nem preciso dizer que onde tem mulherada, tem muito bate-papo e gargalhadas na certa!

Estar em Roma, poder estudar e conhecer novas culturas, potencializa ainda mais a grande paixão e amor que aprendi a ter por este país, berço de tantas histórias que mesmo após tantos anos e tantas transformações, reina absoluto!

A língua italiana

De outubro até o encerramento de meu depoimento para o blog, só penso em aprimorar meu italiano: ouço o CD  que faz parte integrante do livro e do curso da Torre di Babele diária e continuamente (o trânsito de São Paulo, infelizmente ou felizmente me permite), ouço a rádio italiana SUBASIO; vez ou outra acesso o Corriere della Sera, o La Repubblica, e sigo alguns blogs para me manter atualizada das notícias de lá.

É um amor louco, uma paixão desmedida, uma saudade dolorida. As lembranças do sabor maravilhoso do cappuccino e cornetto dos bares; do perfume com notas marcantes do basílico e dos tomates que darão um molho delicioso a qualquer pasta; do frescor e sabor delicioso do gelato; das águas nas fontanas… são tantas “coisinhas” e lembranças que me remetem diariamente a este país.

Confesso que os retornos ao Brasil  foram sempre doloridos, chorosos e melancólicos, mas sempre com a expectativa do retorno, pois  tenho a impressão que ainda tenho muito a fazer por lá.

Quanto a linda e longa história com o romano que contei no início do depoimento… já é passado, mas a Itália, esta sim está cada vez mais presente em minha vida!

É isto… Quem nunca foi para Itália, minha sugestão é: programe-se para ir o quanto antes! Quem já foi, que volte outras e outras e outras vezes, tenho certeza que sempre descobrirão algo novo e encantador.

Não sou comissionada ou tenho benefícios, esta foi minha experiência pessoal que quis dividir com vocês. Mas como eu disse e repito: é um amor louco, uma paixão desmedida!”

Salvar

Quer se inspirar com mais histórias dos leitores?

Ana Paula Fantin conta como encontrou a si mesma na Itália

Ana Paula Rossa nos inspira a realizar nossos sonhos com seu post

Nazaré e Juliana Sícoli superaram o medo de viajar sozinhas

Você também tem uma história inspiradora para nos contar? Mande seu depoimento para ana@italiana.blog.br e, se for selecionado, poderá ter a sua história publicada aqui no blog ITALIAna!

Meus lugares preferidos para comer em Florença

Se você leu o post onde ensino a escolher restaurantes e evitar cair em armadilha para turistas, provavelmente você encontrou – ou encontrará – bons lugares para comer em Florença. Mas lá, você precisará ficar muito atento para não passar reto de um paraíso gastronômico. Explico: os restaurantes na Toscana geralmente são tratorias e as que se localizam no centro histórico possuem entradas modestas, as vezes quase invisíveis.

Você ficará espantado ao abrir uma portinha e encontrar um enorme salão! Às vezes acontece o contrário, o lugar está tão na nossa cara,  que ficamos desconfiados de sua autenticidade.

Depois da região da Emilia Romagna (cuja capital é Bolonha), a Toscana possui meus pratos preferidos. Adoro a culinária genuína e tradicional, sempre atenta aos detalhes e muito simples.

Vamos começar do café?

CORONA´S CAFFÈ

Fica na esquina da Via del Calzaiuoli com a Via del Corso, bem perto do apartamento com a vista deslumbrante , sobre o qual já escrevi aqui.

Na verdade, o que me cativou neste restaurante foi a atenção que o barista me dispensou em uma de minhas primeiras viagens para Florença, lá pelo século passado.

Com muita calma ele me deu uma verdadeira aula sobre os tipos de café na Itália. Espresso, ristretto,  corretto, cappuccino, caffelatte, conforme os pedidos iam saindo ele os preparava e me mostrava o modus operandi.

O Corona é uma pasticceria maravilhosa e se tiver a tortinha de pera no dia que você for, peça. Duas!

Na hora do aperitivo servem deliciosos panini.

Via del Calzaiuoli 72R

Para um almoço rápido, que tal um panino?

I DUE FRATELLINI

Desde 1875 no mesmo local, servem deliciosos sanduíches. São mais  de 80 panini diferentes! Você pede no micro balcão, pega a sua taça de vinho e se senta no meio fio para comer. Simples assim!

O meu preferido é Bresaola e Rucola, mas também adoro o de Salame e Carciofo. Tem também o de Pancetta e Peperone Arrosto…Hummm…

http://www.iduefratellini.it/

Via dei Cimatori 38R

I due fratellini

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À tarde um gelato cai bem!

GELATERIA PERCHÉ NO!

Podem até tentar me convencer que a Grom ou a Pretto são melhores. Mas pra mim, o mascarpone da Perché no! é imbatível (só às sextas-feiras).

É uma das sorveterias históricas de Florença, aberta desde 1939.

http://percheno.firenze.it

Via dei Tavolini, 19

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E vamos terminar o dia com meu restaurante preferido!

TRATTORIA CAMMILLO

Eu amo este lugar. O ambiente é refinado, mas o espírito é pra lá de descontraído!

Clara, a proprietária, é neta do Cammillo, que tinha uma osteria em Bolonha. Ela manteve a tradição da família, mas mudou o restaurante de cidade.

Eu peço para ficar na mesa da família (tavolo della famiglia), que fica dentro da cozinha. Me divirto brincando com os garçons e assistindo o espetáculo da preparação dos pratos. Certamente não é a mesa certa se você quer tranquilidade.

Os pratos são muito saborosos e a carta de vinhos regionais é bem variada. Preços em torno de 40 Euros por pessoa com vinho.

É melhor fazer reserva: cammillo@momax.it

Borgo S. Jacopo, 57R

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Gostou das dicas? E você, quais são seus lugares preferidos em Florença?

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Meu restaurante preferido de Greve in Chianti.

A melhor mozzarella na minha opinião.

O melhor tortellini que comi em Bolonha.

Dicas essenciais para se dar bem na sua visita por Veneza

Veneza pode ser um tanto assustadora para quem não a conhece. São inúmeras as dúvidas dos turistas, já que se trata de uma cidade tão peculiar e misteriosa. A maioria das pessoas me pedem dicas de Veneza nos comentários e emails.

Pensando nisso, criei este post com dicas práticas para deixa-los mais relaxados e aproveitar tudo o que La Serenissima tem a oferecer.

Dicas de quando ir à Veneza

Primeiramente, achar a data perfeita pode fazer toda a diferença para a sua viagem. Mas não se preocupe, Veneza é linda em qualquer época do ano.

Entre novembro e fevereiro é o período mais vazio, se é que Veneza fica vazia! Mas também é o período de frio, chuva e Acqua Alta, quando boa parte da Piazza San Marco pode estar alagada. Das dicas de Veneza, essa pode ser uma das mais importantes!

Em julho e agosto, além do calor insuportável, as filas para entrar nas atrações são intermináveis e pode ser difícil encontrar um pedaço de chão para colocar seu pezinho.

Por fim, se pensou em ir na época do Carnaval, se prepare, a cidade fica ainda mais lotada! Afinal, o carnaval de Veneza é um dos mais conhecidos e visitados do mundo!

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Dicas de como chegar a Veneza

Se você for fazer um bate e volta, sugiro que chegue bem cedo para aproveitar o dia. Dessa forma, o bate e volta é possível e bem confortável a partir das cidades de Padova, Bolonha e Treviso, por exemplo. Preferencialmente vá de trem e desça na estação Santa Lucia.

Se for de carro, minha dica é estaciona-lo no estacionamento da Piazzale Roma. Os preços variam de acordo com o tamanho do veículo e o período. Você encontrará preços a partir de 23,40 Euros. Inclusive, você pode reservar a sua vaga on line,  clicando neste link do site oficial do estacionamento.

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A cidade – Dicas sobre Veneza

Desde 1170, Veneza está dividida em 6 bairros chamados SESTIERI: San Marco, Castello, Cannaregio, Dorsoduro, San Polo e Santa Croce.

Quando dou dicas de Veneza sempre falo sobre as ruas. Caminhando pela cidade, repare nas placas indicativas dos nomes das ruas. Parece ser uma confusão danada, mas não é tão difícil assim entender. Olha só:

Calle – é uma rua comum. Se for estreita é chamada de Calleta se for larga Calle Larga.

Fondamenta – é a calçada que costeia os canais.

Sotoportego (sottoportico) – é uma passagem coberta sobre a qual são construídas casas.

Rio Terà – Um canal que foi aterrado e hoje é uma rua.

Campo – é o nome das praças da cidade que antigamente eram gramadas (com exceção da Piazza San Marco). Campiello é um campo pequeno.

Riva – é a calçada que costeia o Canal Grande ou a laguna.

Rio – é um canal pequeno.

Canal Grande (chamado Canalazzo pelos venezianos) – tem a forma de um grande “S” e divide a cidade em duas partes,cada uma com três bairros, ou sestieri.

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Dicas de onde ficar em Veneza

Quem pode gastar mais num hotel, eu fortemente recomendo ficar em Veneza mesmo. Nesse post eu dou dicas de lugares para dormir em Veneza.

Pra quem está com o orçamento mais restrito, saiba que os hotéis em Veneza são caros. Do mesmo modo, hotéis 3 estrelas com preços razoáveis podem ser tão desagradáveis que não vale a pena arriscar. Finalmente, vá com indicação e fique atento à sua localização. Certamente não vai ser bacana se perder nas ruelas empurrando a mala pra cima e pra baixo.

Pessoalmente, o lugar que eu mais gosto de ficar é o Lido di Veneza, distante apenas 15 minutos de vaporetto da Piazza San Marco.

Leia o post sobre o Lido com sugestão de hotel aqui.

Uma outra opção é Mestre, que fica logo depois da Ponte della Libertà. Neste caso, procure um hotel perto da estação e prefira ir de trem até Veneza (o bilhete custa 1,25 Euro).

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Este é o Mar Adriático do meu amado Lido!

Se tiver interesse em descobrir mais dicas de Veneza, visite esse post com atrações imperdíveis da cidade.

Dicas de como se locomover em Veneza

Caminhar é a melhor opção para se chegar às principais atrações turísticas e também descobrir cantinhos inexplorados pelos turistas. Mas quando estiver cansado ou com pressa, minha dica é usar os seguintes meios de locomoção:

VAPORETTO: são barcos grandes e lentos, percorrem todo o Canal Grande e vão até as ilhas da laguna: Burano, Murano, Torcello, etc.

Clicando neste link você pode descarregar o mapa das linhas de navegação com seus respectivos horários. Fique atento pois os horários mudam de acordo com a época do ano. Certifique-se de baixar os horários atualizados.

Assim que chegar na cidade, compre o bilhete turístico por tempo determinado do vaporetto (BIGLIETTO TURÍSTICO A TEMPO):

  • 20,00 € – 1 dia
  • 30,00 € – 2 dias
  • 40,00 € – 3 dias
  • 60,00 € – 7 dias

Clicando neste link você pode pesquisar outros tipos de bilhetes e seus  preços atualizados.

TRAGHETTO: é uma gôndola ou um vaporetto que te leva de uma margem do Canal Grande à outra.

GÔNDOLA: embarcação característica de Veneza, antigamente era usada até mesmo para deslocamentos fora da cidade. Geralmente possui 11 metros de comprimento e é pintada com 7 demãos de tinta preta. Hoje em dia é usada para transportar turistas. O passeio de 30 minutos custa 80 Euros e você pode acertar o percurso e o tempo diretamente com o gondoleiro ou nos guichês espalhados pela cidade.

TAXI: os barcos táxi possuem preço bem salgado. Por isso, combine antes o valor.

** Cadeirantes, pessoas com dificuldade de locomoção ou mães com carrinho de bebê, podem visitar Veneza tranquilamente. Existem itinerários propostos que são completamente adaptados para estas situações. Clicando aqui você pode imprimir os itinerários (em inglês, francês e italiano).

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Os táxis são barcos de madeira escura. Muito charmosos! E caros…

Dentro da mochila

Procure não levar nada muito pesado. Afinal, depois de um dia caminhando, 100 gramas vão parecer 1 quilo!

Enfim, aqui vai uma listinha do essencial:

  • uma garrafinha de água que você poderá reabastecer nos bebedouros de água potável que encontrará pelo caminho;
  • um chapéu ou boné e protetor solar;
  • mapa da cidade;
  • mapa das linhas do vaporetto;
  • um casaco impermeável no inverno;
  • máquina fotográfica;
  • endereço e telefone do seu hotel: não confie no seu senso de direção em Veneza, as ruazinhas parecidas podem te confundir e você corre o risco de ficar perdido ou andado em círculos. Nem o Google Maps conseguiu decifrar Veneza ainda!

As festas

Se estiver em Veneza nestas datas, a festa e a animação estão garantidas! Inclusive, é uma ótima oportunidade para pensar na sua viagem.

6 Janeiro: Regata da Befana

Fevereiro/Março: Carnaval
Sem dúvida, é a festa que atrai turistas de todas as partes do mundo e as ruazinhas se enchem de máscaras, concertos e espetáculos.

Maio: Vogalonga
Centenas de embarcações percorrem 30 km. É a maratona das regatas.

Julho, terceiro domingo do mês: Festa do Redentor

Festeja-se o fim de uma epidemia de peste. As embarcações são decoradas e formam uma ponte no Canal da Giudecca por onde os fiéis passam em procissão até chegar à Igreja do Redentor. Finalmente, à noite, fogos de artifício!

Setembro, primeiro domingo do mês: Regata histórica
Das mais de cem regatas que acontecem anualmente em Veneza, esta é a mais famosa.

Novembro: Madonna della Salute
Para agradecer Nossa Senhora pelo fim da epidemia de peste, em 1630, o Duque de Veneza mandou construir uma igreja e prometeu que todos os anos se dirigiria em procissão até lá, caminhando sobre uma ponte de barcos.

Dicas de Veneza – #dicadaAna

  • Procure sair um pouco da rota turística e descubra cantinhos novos e interessantes; sem dúvida não vai se arrepender!
  • As atrações de Veneza costumam ter filas enormes, principalmente no verão e no Carnaval. Por isso, organize-se e compre os ingressos antecipadamente e com horário marcado;
  • Informe-se se encontrará maré alta em Veneza (Acqua Alta). A Piazza San Marco costuma inundar e não é uma boa ideia caminhar descalço por lá. Assim, caminhe pelas passarelas ou por percursos alternativos. Se for caminhar pela praça, leve botas de borracha ou compre-as nas barraquinhas de souvenir por aproximadamente 15 Euros;
  • Vai mesmo dar comida aos pombos? Cuidado! Eles não são educados e podem assustar principalmente as crianças, além disso, o risco de uma gaivota gigante aproveitar o lanchinho e voar na sua cabeça é grande! Esta prática é desaconselhada pela administração da cidade, pois além de causar doenças elas sujam muito os edifícios e monumentos;
  • Não compre souvenirs falsificados de vendedores informais. Procure pelos produtos originais e artesanato feito pelos locais. Afinal, a diferença é grande e a economia, nem tanto.
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Hum…não me parece uma boa ideia!

Para mais informações:

Site oficial de promoção turística de Veneza: www.turismovenezia.it

Escritórios de Informação Turística (para reservar passeios, comprar mapa da cidade, etc) :

  • Stazione Ferroviaria Santa Lucia – aberta todos os dias das 8 às 18h30
  • San Marco 71F – aberto todos os dias das 9h30 às 15h30
  • Piazzale Roma – aberto todos os dias das 9h30 às 16h30

Leia aqui o post dos hotéis que sugiro em Veneza

Review Apartamento Via del Corso – Florença

Pra chegar no apartamento que fica no quarto andar do prédio não tem elevador, já vou logo avisando!

E são 8 lances de escada.

Mas, ao chegar ao apartamento, largar as malas na sala e sair se arrastando para o quarto para saber se a subida valeu a pena, a vista que você vai encontrar é essa:

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Responda você…Vale a pena?

Eu acho que sim! Além do mais, confesso que não carreguei as malas, pois Samuel – o proprietário do apartamento – é de uma gentileza sem fim e levou todas as malas para cima. Na última viagem de malas, me explicou que o apartamento contará com um elevador privativo e me mostrou as obras, que estavam a todo vapor (vapor italiano, quero dizer…).

O apartamento fica na VIA DEL CORSO, uma rua encravada no centro histórico de Firenze. De lá, faz-se tudo a pé, inclusive ir até a Estação Ferroviária. Como estava chovendo, preferimos pegar um táxi, o que nos custou 8 Euros.

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O apartamento – além da vista deslumbrante – tem uma cozinha muito bem equipada, uma saleta com varanda, dois quartos e um banheiro.

Um dos quartos tem cama de casal com dossel,  o outro, duas camas de solteiro com uma varandinha bem charmosa. A roupa de cama e os travesseiros estavam impecáveis; mesmo assim, foi difícil pregar o olho com aquela vista maravilhosa!

O badalar do sino tão perto pode incomodar quem tem sono mais leve, pois a janela do quarto não é anti-ruído.

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Para quem viaja com pouca bagagem e precisa lavar roupa, o apartamento conta com uma lavadora de roupas. Achei bem prático. O sinal wi-fi também é rápido e gratuito.

NA PRÁTICA

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Eu fiz a reserva pelo site do AirBnB (clique aqui para acessar a página e ver mais fotos). 

Nunca havia utilizado o site, mas achei tudo bem tranquilo. Assim que fiz a reserva, mandei uma mensagem para o proprietário do apartamento e assim fomos nos correspondendo e acertamos a hora do check in.

Pagamos 200 Euros por noite em outubro de 2014. O preço pode variar de acordo com a época do ano.

Para continuar sua pesquisa sobre hospedagem em Florença, clique no banner abaixo:

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7 motivos para colocar Treviso no seu mapa

Eu tenho uma mania durante minhas viagens de exploração pela Itália. Sempre escolho uma cidade para visitar sem me preparar, sem ler nadinha antes. Um pouco para ter aquela sensação de “Ahhh!!!” e “Ohhhh!!!” que todo turista que não é travel blogger merece, um pouco porque é uma brincadeira para mim, como uma caça ao tesouro!

Treviso foi a última cidade escolhida para esta brincadeira…e me surpreendeu. Tenho certeza que estes 7 motivos serão suficientes para você alfinetar Treviso no seu mapa.

Treviso recebeu o apelido de Piccola Venezia, porque assim como sua irmã mais velha, distante apenas 30 Km, também mantém um relacionamento muito estreito com a água. Mas para um bom observador, a semelhança acaba aí.

Em Veneza as águas são calmas e tranquilas; em Treviso muitas vezes são rumorosas e atrevidas. Em Veneza os turistas apertam o passo para chegar até a próxima atração; em Treviso a atração é andar lentamente pelas suas ruazinhas.

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1 – Os canais

Treviso é banhada por diversos canais, ramos originários dos rios Sile e Botteniga. O famoso canal chamado Buranelli recebe este nome porque aqui se estabeleceu o comércio dos habitantes da ilha de Burano.

A Isola della Pescheria é uma ilha no meio dos canais e ali até hoje funciona o mercado do peixe.

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2 – Os moinhos

Os moinhos  funcionam com a força da água e alguns se encaixam, muitas vezes, em espaços minúsculos, entre uma ponte e uma casa.

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Olha o moinho lá no fundo, espremido entre duas construções.

3 – O tiramisù

Minha sobremesa preferida no mundo foi inventada onde? Em Treviso!

Pra quem nunca experimentou…Bom, seria motivo suficiente para voar até a Itália imediatamente! É uma sobremesa tipo pavê feita com biscoito embebido em café, mascarpone e cacau. 

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A consistência do tiramisù que comi em Treviso é bem cremosa e macia…hummmm…

4 –  A culinária

A cidade possui uma das culinárias mais ricas de todo o Veneto. Procurem por pratos que usem ingredientes locais, como radicchio (folha que pertence a família da chicória), asparagi bianchi (aspargos brancos) ou funghi.

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5 –  O centro histórico

Treviso é uma das urbs picta  mais bonitas de toda a itália. As construções civis e militares eram afrescadas e até hoje encontram-se fragmentos de afrescos pelos edifícios da cidade.

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A Fontana delle Tette é a atração do centro e conta-se em festas da República Veneziana, jorrava vinho branco de um lado e vinho tinto de outro.

Não deixe de visitar a Piazza dei Signori,  a Loggia dei Cavaliere, o Duomo e a Igreja dedicada a São Francisco. Nós fomos em um domingo de verão. As lojas estavam abertas e havia muito entretenimento com artistas de rua.

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Loggia dei Cavalieri, um ponto de encontro.

 6 – O Restaurante Odeon alla Colonna

Este restaurante merece um tópico especial. E uma visita! Sem dúvida foi meu preferido desta viagem.

Ele está situado num local encantado… As mesas são dispostas sob pórticos; os pórticos dão para um canal e o canal possui um moinho! A atmosfera elegante do restaurante e a paz oferecida pelo barulhinho pacífico da água contribui para amenizar o susto quando chega a hora da conta! Mas vale a pena…garanto!

Eu experimentei uma massa com a primeira colheita de tartufo da estação. E comi tiramisù, claro!

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7 – Explorar as rotas famosas da região do Veneto

A partir de Treviso, é muito fácil sair em exploração pelas 3 rotas famosas da região: a estrada do prosecco, a estrada do vinho de Piave e a estrada do radicchio.

Na Rota do Prosecco, uma estradinha serpenteia cortando um vinhedo sem fim. E as cantinas abertas para degustação se sucedem uma após a outra.

Você pode encontrar itinerários prontos para estas rotas no site Visit Treviso.

NA PRÁTICA

Treviso está situada a apenas 30 Km de Veneza. Chega-se facilmente de carro ou de trem. Pode ser percorrida a pé.
Restaurante Odeon alla Colonna: www.odeonlacolonna.it/

Leia também:

7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa
7 motivos para colocar Perugia no seu mapa

Fui à Roma e vi o Papa! Saiba como participar da Audiência Papal

Assim que Papa Francisco foi eleito, marquei minha passagem para a Itália. Eu precisava ver aquele Papa que tinha escolhido o nome do meu santo de devoção.

Como o objetivo principal da minha viagem era ver o Papa, reservei um apartamento na Viale Vaticano; isto quer dizer que Francisco foi meu vizinho por 4 dias.

Na quarta-feira, acordei bem cedinho e às 8 horas cheguei à Piazza San Pietro. Como o Papa havia acabado de sair de uma internação no hospital e estava muito calor, a audiência foi transferida para  a Sala Paolo VI um recinto fechado com capacidade para 6 mil pessoas.

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A maravilhosa escultura do Altar.
Audiência Papal - Sala Paolo VI
Particular da escultura

DICA DA ANA:  Se a audiência que você for participar for transferida para a Sala Paolo VI, o melhor lugar para ficar é o mais próximo possível do corredor central, onde ele passa tanto na ida quanto na volta a pé.

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O corredor por onde ele passa duas vezes.
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Todos esperando o Papa Pop.

Pontualmente às 10 horas começam a transmitir a imagem do Papa chegando ao recinto.

Gente!!! É uma comoção geral! Realmente, nosso PAPA É POP!

Foi uma gritaria: FRANCESCO! FRANCESCO! Cheguei a pensar que estava no show de rock, rsrsrs…

E Francisco passa sorrindo, pacientemente, acenando a todos e caminhando devagar. Confesso que não achei que eu fosse tão católica…Fiquei realmente emocionada com sua presença e energia.

 

Eu estava com minhas lindas duas filhas e o “Papa-que-adora-crianças” se aproximou delas para uma benção. Bom, embacei a vista com minhas lágrimas, desfoquei as fotos e senti uma alegria e paz indescritíveis.

Audiência Papal
Audiência Papal - Italiana

A celebração começou às 10h30 e durou exatamente uma hora e meia. Após isso ele deu as bençãos especiais para mais de 50 casais que estavam casando ou renovando os votos. O percurso de volta começou por volta das 13h00. Foi uma Audiência bem longa.

Como muitas pessoas já haviam ido embora, fica mais fácil ve-lo e fotografa-lo no momento da saída. Era perceptível seu cansaço e, provavelmente por isso, na volta ele fez menos paradas.

A experiência foi fantástica e por isso hoje entendo que se você for a Roma, precisa ver o Papa!

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Audiência Papal NA PRÁTICA

Quando
A Audiência Papal é pública e gratuita e acontece todas as quartas-feiras na Piazza San Pietro.

As audiências são suspensas no mês de julho e podem ser canceladas sem aviso prévio, portanto, confirme o evento pelo site: http://w2.vatican.va/content/vatican/it.html ou http://www.vatican.va/various/prefettura/it/udienze_it.html

Como
O convite para participar da Audiência deve ser apresentado nos portões de acesso à Piazza San Pietro.

Para requerer o seu convite, preencha o formulário que encontra-se neste link. Traduzi ele para você só preencher e enviar!

A orientação do Vaticano é para que o formulário seja encaminhado por fax para o número (+39) 06 698 85863 ou por correio para Prefeitura da Casa Pontifícia, 00120, Cidade do Vaticano.

Porém, há pouco tempo foi disponibilizado um e-mail para a requisição dos bilhetes, que parece estar funcionando muito bem (não tive problema com nenhum cliente até agora): ordinanze@pontificalisdomus.va

Caso você não receba o seu convite por e-mail ou pelo correio, deverá retira-lo no escritório localizado no Portão de Bronze (Praça de São Pedro, lado direito), a partir da terça-feira anterior à data da Audiência escolhida, das 15:00 até às 19:00 horas, ou então no próprio dia do evento, pela manhã, a partir das 7:30.

Dress Code
Roupas curtas, decotes, shorts e regata são proibidos. Os seguranças podem barrar sua entrada. Evite-os!

Crianças
Minhas filhas se comportaram bem durante toda a cerimônia, mas já são crescidinhas tem 10 e 12 anos (hoje já tem 17 e 15…o tempo voa ou o quê?). Com crianças pequenas, acredito que seja um pouco cansativo e difícil entretê-los, já que não há muito espaço para se movimentar, brincar ou correr.  Sugiro que leve um lanchinho para aguentar bem até o final da cerimônia.

Dicas de ouro
A Audiência começa pontualmente às 10h00, assim, chegue com, pelo menos, duas horas e meia de antecedência para garantir um bom lugar.

Confira a Agenda do Papa e seus compromissos, clicando aqui.

Leia também:

Como “furar fila” para entrar no Museu Vaticano e Capela Sistina

 Guia de Hotéis em Roma por bairros

Especial Roma aos Pedaços, com indicação das atrações da cidade em ordem cronológica.

Perfumaria Santa Maria Novella Florença – a farmácia da família Medici

Você não está preparado para o que vai encontrar ao atravessar a porta do numero 16 da Via della Scala, em Florença. Afinal de contas, você está entrando numa farmácia, certo? Errado.

A sede da Officina  Profumo Farmaceutica Santa Maria Novella (Perfumaria Santa Maria Novella) é um edifício, com muita, mas muita história para contar. E você vai ficar fascinado pela beleza do lugar, assim que colocar os pés lá dentro. Foi assim que aconteceu comigo há uns 15 anos atrás. Hoje, confesso que muitas vezes incluo Firenze no meu roteiro somente para dar uma passadinha na Farmácia e repor meu estoque caseiro.

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Nunca sei se faço compras ou tiro fotos!

A Profumeria nasceu da dedicação dos frades dominicanos, que preparavam medicamentos, bálsamos e unguentos para doentes e feridos. Abriu suas portas ao público em 1612, mas tem-se registro do seu funcionamento exclusivo no convento pelo menos um século antes desta data.

Antes desta data também, os frades foram “adotados” pela Família Medici, então governadores poderosos de Florença, e a farmácia se transformou no laboratório oficial da nobreza, preparando inclusive, perfumes, que eram enviados para outras cidades italiana e até para outros países.

Depois de séculos administrada pelos frades, em 1871 a farmácia passou a ser propriedade privada, mas algumas das receitas ainda se mantém fiéis àquelas originais.

O EDIFÍCIO

Na sala principal de vendas – onde estão os perfumes e cosméticos –  funcionava uma das capelas do convento de Santa Maria Novella. Paolino Sarti afrescou o teto da sala representando os quatro continentes, que já sugeria  a fama mundial da Farmácia naquela época.

A Sala Verde edificada entre 1335 e 1337, ficava entre a enfermaria do convento e a capela. Hoje, expõe produtos para perfumar a casa, como velas, incensos e o famoso e tradicionalíssimo pot-pourri, uma mistura de folhas e flores das colinas florentinas.

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Na Sacristia hoje funciona a biblioteca da Officina. Suas paredes são afrescadas com lindas cenas da Paixão de Cristo e os livros podem ser consultados.

Além destas salas, existe uma sala dedicada à venda de medicamentos fitoterápicos; um museu, que dispões de una coleção de cerâmicas, utensílios e maquinários e um jardim inspirado naquele cultivado pelos frades há muitos anos atrás.

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OS PRODUTOS

Não são baratos…já vou avisando. Mas, a qualidade e a tradição compensam o investimento.

Sou completamente dependente de alguns produtos da farmácia. Costumo presentear amigos e parentes com eles quando volto de viagem e o que consigo? Uma tonelada de encomendas para minha próxima visita à Firenze, rsrsrs…

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Minha profumeria particular.

Gosto de muita coisa da Profumeria, mas estes aqui são os meus produtos preferidos:

Acqua di Rose: minha paixão absoluta! Fabricada com as rosas cultivadas pelos frades, é um ótimo tônico para a pele, mas já foi usada como desinfetante de ambientes na época da peste e como medicamento diluído no vinho (ainda vou provar isso!).

Sapone Fior d’Iris: se você tem pele oleosa e tendência à acne, não pode viver sem!

Schiuma da barba (espuma de barear): se eu não trago para meu marido, ele não faz a barba…e pronto! rsrsrs…

Pomata Mimosa Elicrisio: é a única pomada que hidrata e protege a pele de minha filha, que tem dermatite atópica.

CURIOSIDADE

Em 1533, na ocasião de seu casamento com o rei da França Henrique II, Caterina di Medici encomendou um perfume especial para a ocasião: L’Acqua della Regina (Colônia da Rainha). Sua fórmula se mantém a mesma e é vendida até hoje.

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NA PRÁTICA

Via della Scala, 16
site: http://www.smnovella.it/
Aberto de segunda a sábado das 9h00 às 19h00.

 

Leia também

– 8 atrações imperdíveis de Florença

– opções de hospedagem em Firenze: apartamento e hotel.

Com a mão na massa – aula de culinária com uma chef romana

Tem coisa mais bacana do que ir para a Itália e colocar a mão na massa?

Foi isso que eu e meu grupo de intercâmbio fizemos.

**Leia aqui para saber sobre o Grupo de Intercâmbio Italiana.

A Escola Torre di Babele organizou tudo e fomos para uma aula de culinária na casa de Greta Marta Corduas, uma chef romana.

Nos assustamos um pouco com o complicado menu, mas demos conta de faze-lo em 3 horas e meia.

MENU

Fritto misto di verdure
Gnocchi di patate, pomodoro e basilico (gnocchi de batatas com molho de tomate e manjericão)
Melanzane alla parmigiana (beringela a parmigiana)
Semifreddo di cassata siciliana

A minúscula cozinha do apartamento de Greta acolheu 8 mulheres e todas colocaram a mão na massa. Não houve muita dificuldade na execução do fritto misto. Mas o gnocchi…ah…nunca imaginei que não pudéssemos cozinhar as batatas para faze-lo. Você sabia?

As batatas são assadas numa caminha de sal, pois se cozidas absorvem muita água e aí é preciso muita farinha e o resultado é uma massa pesada e farinhenta. Como não pensei nisto antes?

Compre aqui o seu ingresso para o Coliseu e Fóruns Romanos!

Foi bem tenso o momento de descascar as batatas pelando, amassa-las, fazer rolinhos e corta-las. Segundo a chef o segredo é fazer tudo isto com a massa bem quente. Não dá tempo de reclamar da mão queimada nem se pode fazer uma pausa para fotos. E eu que queria fotografar tudo para mostrar para vocês, por pouco não fui expulsa da linha de produção, rsrsrs…

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Pausa rápida para a foto, antes que a chef veja..

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A preparação e nossas mãos queimadas!!

O prato mais demorado foi a berinjela, que deve ser empanada e frita antes de ir ao forno com o delicioso molho que fizemos.

 Tem segredinho pra tudo! Pra tirar as folhas do manjericão do caule, para cortar o chocolate, para fritar a cenoura… Tanta informação preciosa!

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Os ingredientes do doce…

Greta sabia que éramos cozinheiras de meia tigela e nos deu tudo por escrito para praticarmos em casa. Mas nossa vontade e dedicação resultou num jantar delicioso que foi servido numa mesa montada na biblioteca do apartamento da chef. Um charme!

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Nossa obra de arte!

 NA PRÁTICA

Os alunos da escola Torre di Babele podem pedir na secretaria para fazer a aula de culinária. Pagamos 25 Euros por pessoa, incluído o preparo, o jantar e o vinho.

A escola também oferece 4 tipos de cursos de culinária, clique aqui para maiores informações.

Onde comer em Padova – dicas de bares, restaurantes e sorveterias

Não me canso de escrever sobre as belezas da cidade de Santo Antônio e de como ela me encantou (leia aqui e aqui). As opções gastronômicas são muitas e todas deliciosas. Aqui estão algumas dicas de onde comer em Padova.

Que tal ficar para jantar com o Santo?

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Piazza Prato della Valle, 4 (aberto todos os dias, exceto às quartas-feiras). No cardápio, especialidades regionais com um toque de modernidade. Por volta de 45 Euros o menu completo para uma pessoa.

A melhor localização de Padova. Que tal jantar bem em frente à deslumbrante praça Prato della Valle? As mesas, dispostas num gazebo florido é o restaurante mais elegante e refinado que encontrei na cidade.

A comida é deliciosa, experimentei praticamente todo o cardápio sazonal, pois voltei lá várias vezes durante a semana que me hospedei em Padova (leia aqui sobre meu apartamento na cidade).

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Bem perto da Basílica do Santo,  na Via Galileo Galilei, 59 (aberto todos os dias, menos terça-feira, das 12 às 14 e das 19 às 24; em julho e agosto aberto às terças-feiras e fechado aos sábados). Pizzas e massas a partir de 7 Euros. Serve pratos da culinária regional além de deliciosas pizzas.

Aqui trabalha Salvatore, o pizzaiolo napolitano mais brasileiro que eu já conheci! Nascido em Nápoles, vive em Padova há mais de 20 anos e é apaixonado pelo Brasil.

Com a bandeira brasileira estampada em seu uniforme, prepara pizzas maravilhosas e as batiza com nomes de personagens famosos. Eu, comi a  BETH CARVALHO, com azeitonas picantes! Não poderia deixar passar… Mas, se preferir uma pizza mais leve, pode escolher a Regina ou o Troisi para algo mais pesado.

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Piazza Cavour, 15 (aberto todos os dias das 9 às 15 e das 18 às 2).

O restaurante fica em uma das praças mais modernas da cidade, com lojas grifadas em cada esquina. Com mesas ao ar livre o lugar é ótimo para um aperitivo, para uma pizza, para ver o movimento e conversar com os amigos. Gostamos tanto que fomos duas vezes!

BAR DEI OSEI
Piazza dei Frutti, 1

28 anos de história em 17 metros quadrados. O bar, que fica num cantinho do mercado da cidade pode passar desapercebido para a maioria dos turistas. Mas para você isso não vai contecer!

Abra bem os olhos e procure por Betty ou Marco, sente-se em uma das mesinhas da calçada e peça um sanduíche de porchetta  e uma ombretta (cálice de vinho da casa) e sinta-se um padovano.

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PASTICCERIA E CAFFETTERIA BREDA
Via Umberto I, 26

Desde 1967 produz artesanalmente tortas, doces, mousses, biscoitos, bombons, geléias… É o paraíso para as formiguinhas de plantão. Foi, sem dúvida nenhuma, o melhor brioche alla nutella da temporada. Cheguei a pedir 2 de uma vez só!

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CAFFÈ PEDROCCHI
Via VIII Febbraio, 15 (aberto todos os dias).

Este café histórico padovano recebeu um post especial: clique aqui para ler!

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GELATERIA PRETO
Via Umberto I, 1

Claro, na Itália tomo sorvete todo dia, né? No verão mais do que um! E ter a Pretto ali, na esquina de casa, era mais do que eu poderia desejar! Além dos gostos clássicos, invenções de chefs renomados entram e saem do cardápio de acordo com a estação do ano. Latte-miele é o meu sabor!

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GELATERIA GROM
Piazza dei Signori, 33 e Via Roma, 101.

O famoso sorvete GROM, cujos proprietários tem uma certa obsessão com a excelência do produto está em Padova em dois endereços. É uma ótima opção para quem tem intolerância a glúten, leite, noz, porque eles possuem várias sabores para aqueles que possuem algum tipo de intolerância alimentar. Na GROM, torroncino é o meu sabor!

A história do seu avô – e do meu – está no Museu da Imigração em São Paulo

A história de nossas vidas começa muito antes de nosso nascimento. Somos o resultado dos sonhos de nossos antepassados. Quem nunca olhou pra trás e se perguntou: quais são minhas origens? Como eu vim parar aqui? Onde começa a minha história?

Com estas perguntas na cabeça, há muitos anos atrás,  saí em busca das respostas.  Com a ajuda de um primo que mora na Itália, conheci minha árvore genealógica desde 1300 e encontrei histórias de alegria,  amor, paixão, brigas, dores e sonhos.

Aos poucos, estou percorrendo o caminho da imigração que meu avô fez há exatos 116 anos atrás. Começo a conta-lo para vocês de trás para frente, e para isso apresento o MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Museu da Imigração de São Paulo

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“Merica, Merica!”

A partir do final século XIX, pessoas de mais de 70 países chegavam ao Brasil com uma só intenção: FAZER A AMÉRICA. Isto significa que desembarcavam em terras tupiniquins para refazer a vida trabalhando nas lavouras de café e na indústria paulista.

Foi por isso que meu avô – e talvez o seu – chegou ao Brasil.

A grande maioria dos imigrantes desembarcava no porto de Santos e era encaminhada para a Hospedaria de Imigrantes (onde hoje funciona o Museu), o principal local de abrigo de estrangeiros recém-chegados, que recebeu mais de 2,5 milhões de pessoas entre os anos de 1897 a 1978.

Chegando ali, os imigrantes eram desinfetados, tomavam banho, se alimentavam, se registravam e aguardavam um emprego. Normalmente esta espera não durava mais do que 24 horas, tamanha era a necessidade de mão de obra no Brasil. Entretanto, muitos chegavam doentes e, neste caso, dentro da própria hospedaria havia uma central de serviços médicos, onde o imigrante e sua família se restabeleciam.

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Uma das salas multimídia que explica de onde chegavam os imigrantes.

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Exposição das cartas de chamada, nas quais os estrangeiros que já estavam estabelecidos aqui no Brasil, convidavam os parentes e amigos para encontra-los aqui.

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Um exemplo de carta de chamada.

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O espaço dos quartos coletivos recriados, com alguns móveis da época.

O choque cultural era gigantesco e isto, somado ao cansaço da viagem e ao medo do desconhecido, renderam histórias trágicas. Algumas delas  os anos se encarregaram de transformar em comédia e o Museu fez uma seleção delas – que são contadas pelos próprios imigrantes ou por seus familiares – e as apresenta ao público em um ambiente multimídia.

Como alguns belgas que não se conformavam que aqui se comia tudo misturado no mesmo prato e não paravam de comentar: “olha, olha, eles misturam tudo! Comem como porcos!!”.

Ou da mãe italiana do Andrea que se recusava a dar qualquer coisa diferente de pasta aos filhos e por isso cozinhava spaghetti escondido no quarto da hospedaria.

O Museu mantém um Centro de Preservação, Pesquisa e Referência completamente digitalizado, que pode ser consultado on line. Foi ali, por exemplo que descobri que no dia 17 de dezembro de 1898 meu avô desembarcou do Vapore Sempione, proveniente de Gênova e que foi trabalhar em uma lavoura de café da cidade de Mogi-Mirim, cujo proprietário se chamava Tião Aranha.

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Os jardins são lindos.

Museu Imigração São Paulo
Fui num dia de semana e o museu estava vazio.

NA PRÁTICA

O museu fica bem perto da estação de metrô Bresser-Mooca e este é o jeito mais fácil de chegar até lá.

Dentro do museu tem um café muito charmoso, com doces gostosos e preços estratosféricos.

No site do museu – clique aqui – existem mais de 250 mil páginas para consulta e download gratuito. Está tudo ali, e você pode descobrir muito sobre sua família também!

Horário de funcionamento: terças a sábado das 9h às 17h. Domingo das 10h às 17h. O ingresso custa R$ 6,00  inteira e R$ 3,00 meia entrada. Aos sábados a entrada é livre.

Duas vezes ao ano levo meus leitores para reviver a chegada de seus antepassados no Museu da Imigração. Um passeio cheio de emoção troca de experiências. Saiba mais sobre os encontros clicando aqui.

Quanto custa entrar nas principais atrações da Itália?

Ao  organizar uma viagem para a Itália, é muito importante escolher com antecedência quais são os museus e atrações que pretende visitar. Algumas atrações são tão concorridas, que você corre o risco de ficar sem conhece-las, se deixar para comprar o bilhete de entrada na última hora. Além disso, a compra antecipada também evita a espera em filas de bilheteria quilométricas, otimizando o seu tempo.

Abaixo, listei apenas as principais atrações da Itália (cidades visitadas num roteiro clássico); são aquelas que, ao meu ver, deveriam estar no roteiro de viagem de todos os apreciadores de  arte e história, numa primeira viagem à Itália.

Clicando no nome de cada atração, você será direcionado para o link da Ticketbar, uma empresa holandesa de venda de ingressos e passeios online.

MILÃO

A Última Ceia + audio guia – 18 Euros

Castello Sforzesco – 5 Euros (geralmente há pouca fila na bilheteria do Castelo).

Terraços do Duomo – 12 Euros de elevador e 7 Euros a pé
Leia sobre a visita ao Terraço do Duomo neste link.

Pinacoteca di Brera – 12 Euros

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Terraço do Duomo de Milão
 

PADOVA

Cappela degli Scrovegni – 13 Euros

 

VENEZA

Palazzo Ducale – 16 Euros
Inclui a visita no Museo Correr, Museo Archeologico Nazionale e Sale Monumentali della Biblioteca Nazionale Marciana.

Passeio de gôndola – 80 Euros por meia hora

 

FLORENÇA

Galleria degli Uffizi – 12 Euros

Galleria dell’ Accademia – 12 Euros

Cúpula de Brunelleschi, Campanile di Giotto, Battistero di Giotto e Santa Reparata – 10 Euros, ingresso único

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Campanile e Cúpula de Bruneleschi

 

PISA

Subir na torre – 18 Euros
Clique aqui para ler sobre a Torre di Pisa.

 

ROMA

Coliseu e Fóruns Romanos e Palatino – 14 Euros
Museus Vaticanos e Capela Sistina – 16 Euros

Cúpula da Basílica de San Pietro – 7 Euros (compra na hora)
Clique aqui para ler o tutorial de como comprar seu ingresso.

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Vista do Vaticano a partir da Cúpula da Basílica de São Pedro