Uma das maiores dúvidas de meus clientes e leitores é: como trazer vinho da Itália para o Brasil com segurança? Bom, agora eu descobri a resposta perfeita e vou compartilhar com você!
Como transportar vinho em voos internacionais
Há alguns anos eu vivo no vai e vem intercontinental, geralmente a cada 3 meses que passo no Brasil, fico um mês na Itália, a maior parte do tempo em viagens de pesquisa. E, com isso, já me acostumei a fazer compras na Itália, principalmente de vinhos e produtos da alta gastronomia.
Eu sempre trouxe vinhos enrolados em plástico bolha e enfiados no meio das roupas, mas confesso que suava frio quando pensava que a garrafa do meu Barolo 2010 poderia ter quebrado no meio do caminho, manchado e rasgado minhas roupas. Era um martírio que só terminava quando eu recebia a mala na esteira, aqui no Brasil. Nem sempre intacta…
Eu estava procurando soluções para trazer minhas garrafas de vinho com segurança quando a empresa Lazenne, especialista em malas, bolsas e estojos para transporte de vinhos, entrou em contato comigo e me mostrou as soluções que tinha para transportar as garrafas. Eu fiquei encantada com os produtos pois, além de serem super úteis, são elegantes e bonitos também.
Mala para transporte de vinhos
Sempre que trago vinhos para o Brasil, procuro trazer de safras premiadas ou queles que não são encontrados facilmente aqui. Claro que tais vinhos tem o valor elevado e, não queria mais correr riscos de rompimento das garrafas devido ao manuseio de malas inadequado pelos funcionários dos aeroportos
Assim, escolhi a mala VingardeValise, que tem capacidade para 12 garrafas.
Foto divulgação
Externamente a mala parece uma mala convencional de policarbonato. Tem fecho de zíper e duas cintas de segurança super resistentes. É muito bonita e tem excelente acabamento, além de ser bem leve (carregada ela pesa entre 20 e 25 Kg).
Internamente vem a surpresa. As duas partes da mala são profundas e revestidas com módulos de espuma de alta densidade, com encaixe perfeito para garrafa de todos os formatos, inclusive garrafas de espumantes, que são mais bojudas.
Uma vez as garrafas encaixadas nos módulos, elas recebem uma tampa de espuma que também vai ser presa por 2 cintos e depois uma tampa de tecido com zíper, garantindo que as garrafas ficarão super seguras até o destino final.
Além das garrafas de vinho, você pode transportar também vidros de azeite, cerveja, licores, etc. E ainda sobra espaço para algumas peças de roupa.
Regras para o transporte de bebidas alcoólicas em voos internacionais
Abaixo, listo algumas das regras gerais para transporte de bebidas em voos internacionais, porém, as regras podem sofrer alterações dependendo da tarifa do bilhete e da companhia aérea.
Sendo assim, sugiro que para ter certeza de quais são as regras que se aplicam no seu caso, você se informe diretamente com a companhia aérea com a qual vai voar.
Regras gerais:
Menores de 18 anos não podem embarcar com bebidas alcoólicas na bagagem;
Em voos internacionais, não é permitido transportar mais do que 100 ml de líquido na mala de mão;
Na mala despachada, algumas companhias aéreas permitem o transporte de até 12 litros por pessoa, ou 16 garrafas de 750 ml;
Se o valor das suas compras exceder 500 dólares (vinhos e demais itens), haverá cobrança de imposto correspondente a 50% do valor do produto; portanto, mantenha as notas fiscais com você;
Evite comprar muitas garrafas do mesmo vinho, pois o fiscal da alfândega pode desconfiar que seu objetivo é comercializa-las e, neste caso, pode além de aplicar taxas mais altas de impostos, apreender as garrafas.
História do leitor – A história do leitor deste mês é de Maurício Ribeiro, meu querido leitor cinéfilo que tive o prazer de conhecer pessoalmente no evento São Paulo all’ ITALIAna. Que visitou os estúdios da cinecittà!
A sua paixão pelo cinema foi o fio condutor de sua viagem por Roma. Neste instigante post ele nos leva para uma viagem diferente para a Roma dos sonhos! A Roma do cinema! Vamos com ele? Ana Grassi
Há muitas Romas em Roma…
A primeira, obviamente, fundada por Rômulo, Remo e Augustus. A cidade das Sete Colinas, concebida pelo leite de uma loba aos pés de um Fórum que surge imperial, fenomenal e extraordinário! Que veio e se foi no tempo, ao custo do pão e circo, de gladiadores e coliseus e, do qual, hoje, só restam as ruínas.
A segunda, idealizada pelo triunfante Papado da Renascença. A cidade das catedrais, que nasceu no circo de Nero, sobre pedra, sobre Pedro. E, dali, ao mundo, o crucifixo espalhado pelo barroco, as cúpulas de Borromini, os anjos de Bernini, e tantos outros, o rococó celestial, angelical, senão a apoteose sistina.
Por fim, a terceira, a poderosa Roma de Mussolini, seu marco cravado em mármore branco, escadas e colunas coríntias, o fogo eterno em honra ao Rei Vittorio Emanuele e cavalos simbolizando a Pátria, a liberdade, a glória e a vitória.
Roma, cidade aberta – La dolce vita
E diante de tantas Romas, o turista ávido de ver tudo, cada templo, cada igreja, cada fontana, se esquecem de uma outra cidade concebida em sonhos e de sonhos escritos em película, pelo tempo, pela visão; cada fragmento imaginário de um artista imortal, dali vemos, já vimos, ou veremos, afinal, Roma, a Cidade Eterna. ROMA, CIDADE ABERTA.
E nesse subconsciente, milhares e milhares de turistas vão aos pés da Fontana di Trevi, donde outrora Anita Ekberg se banhou em sua A DOCE VIDA, braços estendidos sob a água fria, seu vestido negro encharcado, o cabelo loiro solto, sua voz doce, tão doce, a nos inebriar, “Marceeeelo, come here...”. E sim, nós iremos, porque assim se constrói o cinema. E assim se visita Roma…
E tudo, ali, idealizado, pensado e filmado outrora na sua porção mais oriental, no mítico Estúdio Cinecittà, que poucos conhecem (poucos turistas vão na verdade), mas para o cinéfilo, qualquer cinéfilo, é um tesouro!
Porque ali se filmou Elizabeth Taylor soberana em CLEOPATRA (1963); Dali, John Neville partiu num balão, nAS AVENTURAS DO BARÃO DE MÜNCHAUSEN (1988); Dali se filmou Anna Magnani, BELÍSSIMA, no mais belo cinema de Luchino Visconti, isso em 1951.
Por lá, passaram Sophia Loren, Akira Kurosawa, Claudia Cardinale, Leonardo DiCapro, Jane Fonda (lembram de BARBARELLA?), Sergio Leone e Clint Eastwood (ambos POR UM PUNHADO DE DÓLARES, 1964) e, claro Federico Fellini e todos os seus filmes.
De lá, partiram Audrey Hepburn & Gregory Peck, A PRINCESA E O PLEBEU numa vespa, pelo trânsito de Roma, as escadarias espanholas, rumo à Bocca della Verità, que logo se tornou uma lenda. E justamente por causa desse filme!
A FÁBRICA DOS SONHADORES
Eu, como cinéfilo desde quando me conheço por gente, fui à Roma justamente para visitar Cinecittà. Da estação Termini do metrô, pela linha A, quase 20 minutos, 14 estações depois, desembarquei na Estação Cinecittà logo pela manhã. Lá perto existe um Parque, chama-se “Parco degli Acquedotti” e, pela manhã, é possível tirar excelentes fotos. O Estúdio, em si, abre às 10h00 (inclusive às Ssgundas, o que o coloca como alternativa de roteiro) e se divide em 4 espaços museológicos: O Museu Fellini, o Museu do Cinema, o Caffè di Cinecittà e a Visita Guiada pelos Estúdios (com guias em Inglês e Italiano).
Logo na entrada, semienterrada na grama, a estátua de Vênus construída para o CASANOVA, de Fellini nos recebe. Esse é o cartão de visita para um universo que somente o cinema é capaz de criar.
No prédio de Fellini, um gigantesco cavalo de brinquedo nos convida para um pouco de história. Há fotos e vídeos de arquivo sobre a fundação e construção do estúdio, também uma sala dedicada ao cineasta italiano, alguns desenhos e figurinos, lembranças de seus filmes e um leve afago à sua esposa, atriz e companheira, Giulietta Masina. Perto desse edifício, existe um ateliê de Figurinos e adereços.
No segundo Prédio, o Museu do Cinema submerge o visitante numa experiência táctil pela sétima arte. E o faz na cacofonia de vozes, música e filmes similar ao que se vê, hoje, nas famosas exposições do Museu da Imagem e Som (em São Paulo) e na Cinemateca de Paris.
Por seus corredores, se vê o cinema italiano desde suas origens, um capítulo especial aos filmes de sandália e espada, o gênero político, o Faroeste Spaghetti, as tragicomédias!
Depois, todo o processo de produção de um filme, incluindo roteiro, figurinos e cenários, para, enfim, nos deparamos no interior de um submarino. Ao final, saindo do prédio, a luz chega a nos cegar, como se estivéssemos literalmente acordando de um sonho. E é ali que está o Caffè di Cinecittà, talvez para um lanche e souvenires. Vários livros sobre cinema, biografias, processos e afins. Há muitos mimos e tentações. Difícil resistir.
Lá, também, é o ponto de encontro da visita guiada. Que começa diante do mítico estúdio n.5, donde Fellini escreveu sua história – e lá foi velado. Em seguida, a viagem prossegue por cenários inusitados, a cidade aonde Jesus cresceu, o foro romano de ROMA, um vilarejo na Toscana, casinhas perdidas de algum faroeste esquecido (na verdade, o cenário de GANGUES DE NOVA YORK, de Martin Scorsese). Tudo falso, naturalmente, feito de compensado e papelão, mas, no entanto, extremamente real.
E, talvez, essa seja a verdadeira mágica… visitando a Cinecittà, por cerca de 2 ou 3 horas, voltei à aurora de minha infância, me tornei Totò em CINEMA PARADISO, fascinado pelas memorias, as histórias, a luz e a nostalgia, tantas imagens e lembranças, meus olhos se arregalaram, o coração foi a mil, uma lágrima corou minha face.
“Alfredo, é belíssimo. Bravo, Alfredo!”. Sim, eu sei, é bobo, mas o cinema é capaz disso.”
Onde ficar em Roma – Na minha opinião, uma das coisas mais difíceis na elaboração de um roteiro de viagem é a escolha do hotel. O hotel errado pode arruinar completamente sua viagem! E para uma escolha certeira, mais importante do que saber se o café da manhã está incluído na diária, é saber qual a LOCALIZAÇÃO do hotel.
E quando falamos numa cidade grande como Roma, que possui uma imensa quantidade de hotéis e bairros, a escolha fica ainda mais complicada.
Mas, não se preocupe, vou te ajudar com isso e dar várias dicas de onde dormir em Roma! Escolhi alguns bairros e fiz uma lista dos hotéis e apartamentos que já me hospedei, que amigos me indicaram e que clientes aprovar.
Onde ficar em Roma – mapa de hotéis
No mapa abaixo você identifica a localização exata de cada hotel;
Clicando sobre o pin, se abrirá uma janelinha com o link para você conhecer o hotel e fazer sua reserva com cancelamento grátis, pelo Booking.
Monti / Via Nazionale – bom para quem vai à Roma pela primeira vez
É uma opção para quem quer ficar perto da estação ferroviária, porém, numa região mais agradável. Daqui pode-se chegar à maioria das atrações turísticas à pé.
Gosto muito da Via Nazionale e suas ruazinhas laterais, movimentadas e com comércio intenso (hotéis indicados no mapa com pins azuis).
Atrações nos arredores: Basílica de Santa Maria Maggiore, Fóruns Imperiais, Coliseu, San Pietro in Vincoli. Monti é um ótimo bairro para quem procura ruínas romanas, passeio e gastronomia.
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A hospedagem está a 450 m da Estação de Metrô Repubblica e a 10 minutos a pé da Estação de Trem Termini de Roma. Os quartos são modernos e elegantes, com wi-fi gratuito e piso em parquet e móveis de design.
Todos os quartos apresentam móveis artesanais projetados especificamente para o hotel, mas cuidado! Alguns quartos estão situados no edifício anexo, se você não se incomodar com esse detalhe, recomendo muito essa hospedagem!
Estação Termini / Piazza della Repubblica – bom para quem vai fazer bate e volta para cidades vizinhas a partir de Roma
Percebo que a maioria dos turistas que visita Roma pela primeira vez prefere se hospedar perto da estação Termini. Existem alguns bons hotéis na zona, mas fique atento, pois grande parte deles são administrados por estrangeiros que não possuem o mesmo padrão de higiene que nós. Além disso, algumas ruas nos arredores não são muito seguras para se caminhar sozinha à noite.
Entretanto, na minha opinião é uma boa região para se hospedar caso você esteja usando Roma como base para bate e volta para cidades vizinhas (no mapa pins amarelos).
Atrações nos arredores: centro comercial da estação ferroviária Termini, igreja de Santa Maria degli Angeli, Museo Nazionale Romano, Piazza della Repubblica, Igreja de Santa Maria degli Angeli e dei Martiri.
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Costuma ser bem agitado, com bar e festas. Alguns clientes jovens que ficaram lá gostaram. Não indico se você quer dormir cedo.
Onde ficar em Roma: IQ Hotel Rome
Nomentano / Piazza Bologna – bom para quem quer conhecer o dia a dia dos romanos
O bairro fica a apenas duas paradas da estação Termini. É um bairro com prédios em estilo liberty/art noveau, cheio de comércio, bons restaurantes, bares e pasticcerie (docerias). Bem desconhecido pelos turistas, é o bairro que me hospedo quase sempre que estou em Roma.
Os hotéis desta zona são espaçosos e muitos deles ficam em vilas históricas rodeadas por verdes jardins (indicado no mapa com pins vermelhos).
Atrações nos arredores: Villa Torlonia, Universidade La Sapienza, bairro de San Lorenzo.
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Piazza di Spagna / Piazza Navona / Via del Corso – bom para quem quer ficar perto do comércio, do luxo e das praças
É um dos bairros mais ricos de Roma, com lojas luxuosas e hotéis famosos (indicado no mapa com pins roxos), muito perto da maioria das atrações da cidade e com ótimas opções de restaurantes.
Atrações nos arredores: Villa Borghese, Piazza del Popolo, Piazza Navona, Fontana di Trevi, Via Condotti, Piazza di Spagna, Campo dei Fiori
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Neste hotel, podemos encontrar quartos com isolamento acústico e com decoração moderna e elegante, além de ser localizado muito próximo a rua comercial Via Condotti.
Com uma linda vista para uma das praças mais famosas da cidade, o hotel ainda possui quartos com ar condicionado um terraço com vista panorâmica da cidade.
Esse edifício histórico foi reformado e para ser transformado em um hotel, que atualmente exibe quartos com decoração contemporânea e uma localização privilegiada, próxima a ótimos restaurantes.
Os cômodos possuem várias regalias, como chaleiras elétricas, secadores de cabelo e mais. Mas o mais legal é o fato do hotel se localizar extremamente próximo à Fontana di Treve e à Piazza di Spagna.
Este hotel oferece uma cozinha compartilhada para quem quiser fazer sua própria refeição, mas também oferece um café da manhã variado com doces e salgados.
Trastevere – bom pra quem gosta de vida noturna
O bairro é bem agitado, com muitos restaurantes, bares, boates, artistas de rua e muita gente jovem (indicado no mapa com pins cinza).
Atrações nos arredores: Isola Tiberina, gueto judaico.
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Próximo das margens do Tibre e do Campo dei Fiore, o hotel Window on Rome possui quartos com frigobar, cafeteiras, ar-condicionado e secador de cabelo!
Antigamente um mosteiro, este hotel exibe quartos espaçosos e arejados, com uma localização também próxima ao centro de Roma.
Onde ficar em Roma – Hotel Ponte Sisto
Prati / Vaticano – bom para quem tem o Vaticano como objetivo principal
Eu adoro ficar aqui também, mas acho um pouco fora de mão pra quem está indo para Roma pela primeira vez. É bem afastado do centro, apesar de ter boas opções de transporte público, inclusive metrô.
Durante o dia, o comércio ferve na via Cola di Rienzo, que é um ótimo lugar para um aperitivo ou jantar à noite também (indicado no mapa com pins verde).
Atrações nos arredores: Museu Vaticano e Capela Sistina, Piazza San Pietro e Basílica de San Pietro, Castel Sant´Angelo.
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Este hotel fica a menos de 500 metros da Piazza de San Pietro e possui uma decoração deslumbrante, com banheiros revestidos em mármore italiano e um luxuoso saguão principal.
Consuelo Blocker é uma das blogger mais queridas do Brasil e do mundo! Herdou o gene fashion e elegante de sua mãe, Costanza Pascolato.
Ela está na lista das melhores blogueiras 50+ do planeta!! Na última terça-feira (29/08/2017), lançou a sua “coleção de básicos” e eu estava lá para conferir! Iupiii!!!
Foto: Paula Zorzi
O evento e a anfitriã
O evento de lançamento aconteceu na loja de Angela Motta, em São Paulo. O ambiente, leve descontraído e elegante estava em sintonia com a personalidade da anfitriã.
Aliás, que anfitriã! Consuelo recebeu suas convidadas com sorrisos largos e braços abertos! Milagrosamente consegui dar atenção especial e exclusiva para todas as suas convidadas e nos deliciou e inspirou com sua elegância acessível!
A tarde e a noite rolaram soltas com muitas risadas, quitutes, docinhos e coquetéis deliciosos!
A Coleção de Básicos de Consuelo Blocker
A “coleção de básicos” de Consuelo foi feita com o tecido fluity, que além de muito confortável e versátil, tem toque macio e um caimento impecável no corpo! Experimentei praticamente a coleção toda e fiquei impressionada com o “efeito alongador” das peças. Afinal, quem não quer ser alta e magra, né?
Foto: Rodrigo ZorziFiz muitas amizades no “provador coletivo” e voltei com minha sacolinha recheada com o look da coleção que escolhi para mim (foto) – Foto: Consuelo Blocker
A entrevista
Consuelo gentilmente concedeu uma entrevista exclusiva para ITALIAna (ai, meu coraçãoooooo!!!) e respondeu às perguntas formuladas por Marcella Moraes, nossa colunista de moda. Confira!
1. Como foi o seu processo criativo para a Coleção de Básicos? Onde buscou referências?
Foi fácil olhei no meu armário, tirei peças que uso muito e que tenho há anos e adaptamos à técnica de Angela, junto com ela e a sua equipe. As peças nasceram de uma ideia e se desenvolveram em algo único onde cada combina uma com a outra.
Foto: Rodrigo Zorzi
2. Qual foi a sua inspiração para essa coleção? De algum modo a Itália estava presente?
A inspiração é a mulher no mundo! São peças práticas e elegantes que não abrem mão da sensualidade. Ou seja, o que acho que uma mulher contemporânea, moderna e independente busca!
Foto: Roberto Leoni
3. Do que mais gosta da Moda Brasileira e da Moda Italiana? Como você mescla essas duas referências no seu dia a dia?
Gosto na moda brasileira a sensualidade e na italiana o acabamento. Escolho peças que gosto e complemento uma com a outra. Por exemplo um vestido que amo branco longo que comprei em Castiglione della Pescaia na Itália uso com uma sandália ultra colorida e alegre brasileira.
4. Uma dica para um look estiloso!
Que seja confortável. Nada é menos elegante do que algo que tem que se puxar aqui e alí o tempo todo. Também estamos vivendo um momento onde o chique são peças mais largas e molengonas. Nada de apertado. O movimento e o carregar da peça é o que importa!
Mas se vc quer um conselho mais prático, aqui vai: controle as costuras, estude a cava e use peças básicas que você faz tuas adicionando acessórios!
5. Cite dois novos designers italianos para ficarmos de olho!
Conheci duas meninas super jovens de Florença, Ludovica e Ginevra Fagioli. São gêmeas e tem uma marca chamada Caftanii. São peças atemporais de alfaiataria, elegantes com um corte incrível e acabamento espetacular! Gosto muito e vou ficar de olho para ver como vão crescer.
A outra é a Chez Dédé que faz as minhas bolsas. São um casal, Andrea Ferolla e Daria Reina. Ele italiano e ela meia belga, moram em Roma. Andrea é um ilustrador de grande talento e juntos criaram a marca, o concept store (maravilhoso) e uma filosofia “Dedeist” onde a estética, originalidade, qualidade e um charme retrô reinam! Vale a visita ao site, senão puderem ir à loja! Loja: Via Monserrato 35, Roma.
Consuelo Blocker e Ana Grassi no Stories
Na prática
As lindas peças da coleção podem ser encontradas na boutique da Angela Motta.
A Itália não é um país com fronteiras muito bem definidas. Muito além da área geográfica que delimita o território italiano, existe uma outra Itália. Aquela que mora no coração de cada descendente de italiano. Aquela que está guardada na nossa memória afetiva, que nos remete à nossa infância, às nossas raízes e à nossa família.
Foi pensando em mostrar para vocês um pouco desta “Itália brasileira” que surgiu o projeto “A Itália no Brasil”. O último evento deste projeto foi o “São Paulo all’ITALIAna”, que aconteceu no último sábado (26/08/2017) e foi um sucesso!!!
Eu sou apaixonada pelo resgate de nossas raízes familiares e, por isso, sou figurinha fácil de ser encontrada no Museu da Imigração do Estado de São Paulo, que está instalado na antiga Hospedaria dos Imigrantes, onde imigrantes de todo canto do mundo chegavam com o sonho de “fazer a América”.
Assim, quando eu e minha equipe começamos a idealizar este projeto em São Paulo, a única coisa que eu tinha certeza era de que eu queria levar meus leitores para conhecer o Museu.
Eu e mais 14 leitores nos encontramos no super charmoso café que fica logo na entrada do museu, após a bilheteria. Ali mesmo a festa já começou! Todos se apresentaram, contaram um pouco de suas histórias, de seus antepassados e nos unimos tendo a Itália como paixão comum.
A Palestra
Logo em seguida, fiz a palestra “Como programar a Viagem Perfeita pela Itália”. Nesta palestra eu compartilho meu conhecimento de 12 anos de experiência trabalhando como travel designer, tudo para que vocês tenham a MELHOR EXPERIÊNCIA de viagem da vida, na Itália!
Os participantes da viagem ganharam um planner para começar a planejar a viagem dos sonhos para a Itália e um cupom de desconto para os cursos oferecidos pela minha escola de italiano.
A visita ao Museu da Imigração
Foto de Maurício Ribeiro
Após a palestra, fizemos a visita pelo museu. É impactante demais entender como foi que milhares de imigrantes italianos partiam de Gênova em busca de melhores condições de vida. As salas do museu são interativas e muito cenográficas. Dá para sentir o medo, a expectativa, a ansiedade e a esperança que nossos pais e avós trouxeram na bagagem. Muitos dos participantes se emocionaram…peguei vários deles com os olhinhos brilhando!
O passeio de Maria Fumaça
Depois desse passeio de grande carga emotiva, mais uma surpresa os esperavam. Embarcamos na Maria Fumaça e fizemos um pequeno percurso de 20 minutos, pelo trecho de ferrovia que trazia os imigrantes dos portos do Rio de Janeiro ou de Santos até São Paulo.
Refizemos, muitos anos depois, o desembarque que nossos antepassados haviam feito…
As histórias da van
Depois de água, fotos e passeio pelo jardim, pegamos a van para ir até o Eataly, onde seria servido nosso almoço!
Tanto o percurso de ida como o de volta na van, foram recheados de histórias de viagem, de dicas da Itália, de muita risada e alegria. O grupo era maravilhoso e muito animado!!!
O almoço no Eataly
Foto de Maurício Ribeiro
Chegando ao Eataly, uma mesa reservada esperava por nós! Nosso cardápio foi cuidadosamente selecionado pela comilona-mor do grupo… eu!
Sou intolerante à lactose, mas … não pude resistir à vontade de apresentar aos meus leitores um dos meus queijos preferidos da Itália, a stracciatella (feito com leite de búfala que, depois de coalhado, matura no próprio soro por algumas horas, e depois é despedaçado, ou “stracciato” , juntando-se à própria nata). De sobremesa, tiramisù da Venchi, café da Lavazza e limoncello da Il Cello.
Alguns participantes fizeram até comprinhas gastronômicas!!! E voltamos todos felizes e bem alimentados para o Museu. Nosso passeio acabou às 17 horas, no café do museu, com abraços afetuosos e novas amizades adquiridas.
Mais fotos do leitor Maurício Ribeiro
Um dos participantes do nosso grupo fez fotos maravilhosas do nosso passeio, que compartilho agora com vocês:
Depoimentos
Participantes da segunda edição de 2018
Quer participar do próximo?
Agradecimentos especial ao Kaio, autor do blog Coisos on The Go e um dos idealizadores do projeto Vem pra Sampa, Meu! que tirou fotos lindas do grupo e que ilustram este post.
As atrações da cidade de Bolonha são suficientes para encher vários dias da sua viagem. A maioria delas ficam no centro histórico da cidade e estão muito perto uma das outras; dá pra fazer tudo à pé tranquilamente!
Neste post vou despedaçar a praça mais importante da cidade pra você: a Piazza Maggiore, a partir de onde sugiro que comece a explorar a cidade.
Vista do alto da Piazza Maggiore
Se você ainda está na dúvida se coloca ou não Bolonha no seu mapa, clique aqui para ler o post “7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa“. Certeza que vão vai querer deixa-la para trás…
Piazza Maggiore
A Piazza Maggiore – ou somente piazza para os locais – foi realizada por vontade do Papa Pio IV e construída em 1564. Aqui se cruzava o “cardo” e o “decumano”, as artérias principais do traçado das cidades romanas e vários edifícios tiveram que ser demolidos para abrir o espaço para a construção da praça. Resquícios de época romana podem ser vistos no percurso subterrâneo da Salaborsa (leia abaixo).
Há muitos anos este é o ponto de encontro dos estudantes da universidade mais antiga da Itália. Meu tio (aquele, bolonhês do ragù, clique aqui para conhece-lo) me conta que em sua época existiam somente duas rodinhas de conversa na praça. Uma cujo assunto principal era política e a outra cujo assunto era o esporte. A “noitada” consistia em ir de uma à outra, discutindo, fumando e bebendo.
Piazza Maggiore é o local onde pulsa o coração da cidade, o núcleo a partir do qual a cidade se expandiu. Ainda hoje tudo acontece em torno desta praça; em seus arredores encontram-se lojas de todo o tipo, bancos, museus, galerias, bibliotecas, bares e as melhores ruas do comércio gastronômico. Enfim, é onde a cidade acontece e o lugar ideal para começar a visitar Bolonha.
Em frente a essa praça encontram-se em outras duas, menores: a Piazza del Nettuno e a Piazza Re Enzo. Alguns edifícios e atrações importantes estão localizados ali.
A Basílica de San Petronio é somente um pedaço daquela que foi concebida para ser a maior igreja do mundo! Sua construção começou em 1390 e foi interrompida em 1663, sem nunca ter sido concluída. Somente a parte inferior da fachada da basílica é revestida de mármore branco e rosa, a parte superior ainda é de tijolos. Mesmo com o projeto executado pela metade, hoje San Petronio é a quinta maior igreja católica do mundo, com 132 metros de comprimento por 66 de largura.
Cuiorsidades sobre a Basilica di San Petronio
A Basílica é um dos alvos católicos do mundo mais ameaçados pelo extremistas islâmicos. Isso porque uma das capelas de seu interior possui um afresco de Giovanni da Modena que representa Maomé no inferno, seminu e sofrendo. Nem sempre a Cappella Bolognini encontra-se aberta para visitação, tentei por várias vezes visita-la, mas só consegui em março de 2015. O controle de segurança para entrar na igreja estava gigantesco, o que é um pouco assustador. Mas uma vez lá dentro, esqueci que algum extremista poderia ter plantado uma bomba ali para se vingar de Maomé no inferno…
Em 1530 Carlo V foi coroado Imperador do Sacro Império Romano dentro da Basílica de San Petronio (uma parte da cerimônia também foi realizada no Palazzo D”Accursio);
Uma parte do Concílio de Trento (cujo objetivo era “conciliar” católicos e protestantes e que durou 18 anos) foi realizada na basílica;
Em 1508 foi instalada uma escultura de Giulio II executada por Michelangelo foi colocada acima de uma das portas da basílica, mas depois de 3 anos foi destruída pela população;
No interior da Basílica encontra-se a maior meridiana do mundo! Possui 66,8 metros de comprimento e mede o equivalente a 0,0006 partes da circunferência terrestre;
A Basílica de São Petrônio somente foi consagrada em 1954.
2 – Fontana del Nettuno
Fontana del Nettuno – Piazza del Nettuno
Projetada por Giambologna, foi colocada na praça em 1564. A fonte do deus dos mares é um dos símbolos da cidade, junto com as “Duas Torres”, é imponente e não dá para passar despercebida. Observe como as pessoas ao seu redor olham insistentemente para os relógios ou celulares como se estivessem esperando alguém…bom, eles estão mesmo! A fonte é o clássico ponto de encontro dos bolonheses.
apesar de ter sido encomendada por sacerdotes, a fonte é bem…digamos… erótica. A água da fonte brota dos seios de 4 sereias que apertam os mamilos e que estão sentadas “de cavalinho” em golfinhos;
na parede da fonte pode-se ler “fori ornamento, populi commodo, aere pubblico” (para a beleza da praça, para o povo, com o dinheiro público). O povo levou a segunda definição ao pé da letra e começou a usar a fonte para lavar roupas e verduras. Foi necessário cercar a fonte (até 1888) para evitar seu mal uso;
durante as duas guerras mundiais a fonte foi desmontada e guardada em lugar seguro para evitar sua destruição;
eis uma das lendas urbanas mais desconcertantes da história da cidade: se você se colocar aos pés da escadaria da Sala Borsa, de costas para a Via Indipendenza e olhar para a estátua, vai ver os reais “atributos” de Netuno, o deus dos mares… se é que me entende…
3 – Palazzo del Podestà
Palazzo del Podestà – Piazza Maggiore
Bem em frente à basílica está o Palazzo del Podestà, é um complexo arquitetônico do século XIII formado por 3 edifícios (Palazzo del Podestà, Palazzo Re Enzo e Palazzo del Capitano).
Aqui encontra-se o Bologna Welcome, o escritório de informações turísticas da cidade. Informe-se sobre os eventos que estão acontecendo em Bolonha com as atendentes. Alguns passeios guiados são oferecidos para os turistas por preços módicos. Recomento o tour gastronômico pelo Mercato di Mezzo, realizado apenas em alguns meses do ano.
Palazzo Re Enzo – repare no lampião na parede lateral. Ele tem 3,5metros! – Piazza Maggiore
Construído entre os anos de 1244 e 1246, possui uma linda fachada medieval. Apenas 3 anos após sua construção, recebeu como “hóspede” ilustre: Re Enzo, o filho de Federico II, que foi feito prisioneiro por 23 anos, até sua morte. Seu corpo foi sepultado na Basílica di San Domenico, onde se encontra até hoje.
Curiosidade
A passagem por baixo dos pórticos entre a Piazza del Nettuno e a Piazza Re Enzo possui um efeito acústico onde é possível brincar de telefone sem fio com um amigo. Basta posicionar-se em um dos pilares que sustentam a Torre dell’Arengo e cochichar na parede. Sua voz vai correr pelas voltas da construção até chegar ao outro lado;
Um lampião colocado em uma das laterais do Palazzo tem uma ligação direta com as maternidades da cidade e se acende toda vez que nasce uma criança.
5 – Palazzo D’Accursio (ou Palazzo Comunale)
Palazzo Comunale ou Palazzo d’Accursio – Piazza Maggiore
Palazzo d’Accursio é na verdade um conjunto de edifícios que, por mais de 700 anos, foi centro do poder político de Bolonha. Em 2008 todos os departamentos da prefeitura foram transferidos para um novo prédio, atrás da estação central ferroviária e hoje o edifício é sede de importantes museus.
Curiosidades
Uma parte da coroação de Carlo V como Imperador do Sacro Império Romano aconteceu aqui e a outra parte na Capela Farnese, dentro da Basílica de San Petronio. Para unir os dois locais foi construída uma passarela suspensa, que passava sobre a Piazza Maggiore, de onde o povo acompanhava a cerimônia. Porém, a passarela caiu e fez muitas vítimas.
A Biblioteca Salaborsa funciona dentro do Palazzo Comunale e merece ser visitada por vários motivos: o wi-fi gratuito, o café charmoso, a área arqueológica subterrânea, a possibilidade de ler jornais e revistas no saguão e a área dedicada às crianças.
Saguão da Biblioteca Salaborsa – Piazza Maggiore
A biblioteca Salaborsa parece uma continuação coberta da Piazza del Nettuno. O vai e vem continua degraus acima para uma das bibliotecas mais agitadas e interessantes que já visitei na Itália.
É bacana pois ela foi realizada para que os cidadãos realmente pudessem usufruir de sua utilidade. Várias iniciativas culturais acontecem ali diariamente, vale a pena consultar a programação no site (veja abaixo).
A arquitetura do edifício, reformado em Parte do chão é de vidro e pode-se ver escavações arqueológicas do seu subterrâneo, que também pode ser visitado. Lembre-se que o Palazzo Comunale foi construído sobre ruínas romanas!
É um passeio que também agrada muito às crianças. Levei minhas filhas para visitar as escavações e depois fomos conhecer a área kids, super colorida e com atividades para os pequenos. Foi o maior sucesso!
Na prática
Basilica di San Petronio
Aberta todos os dias das 7h45 às 13h30 e das 15 às 18h00.
Palazzo Comunale
Aberto ao público todos os dias das 6h30 às 20h00. Algumas salas e mostras tem horário diferenciado. Informe-se clicando aqui.
Biblioteca Salaborsa
Entrada pela Piazza del Nettuno. Informe-se sobre os horários de abertura aqui.
Enquanto preparo este post, estou morrendo de frio. Estamos em um daqueles momentos que chega uma frente fria no fim do outono. É sempre muito curioso escrever “ao contrário” sobre as malas.
Mala de verão
Fico tentando imaginar quais são os planos para o verão de quem mora no hemisfério norte! Dias mais longos, parques, ar livre… esta estação tem todo um contexto diferente. É inevitável relacionar o verão com praia, férias, piscina, sorvete… provavelmente esse combo de palavras vem à cabeça da maioria das pessoas ao ouvir a tão querida palavra ve-rão!
Neste post, vou te contar como fazer sua mala inteligente de verão para a Itália!
Em viagens de férias, é muito comum caminhar bastante. E nesta época do ano, devido à grande exposição ao sol, o protetor solar é o item mais importante da sua mala!
Algumas pessoas preferem usar também, além do protetor, blusas com manga comprida fininha. Vale tudo para evitar queimaduras ou marcas indesejadas na pele.
Como em todos os outros posts da série sobre malas inteligentes (primavera, outono e inverno) fiz uma lista padrão de peças que você pode adaptar conforme seus gostos pessoais, e seu roteiro.
Para montar esta lista, considerei temperatura média: mínima de 16° (norte da Itália) e máxima de 34° (centro e sul do país).
Itens da sua mala de verão
Para 15 dias, esta é a quantidade de peças que eu sugiro:
3 calças
2 shorts
1 saia
1 camisa jeans
1 blusa de manga ¾
8 regatas/ blusa manga curta
2 vestidos
3 casaquinhos
1 sapatilha
1 tênis
1 sandália de salto
1 rasteirinha
1 sacola
1 bolsa média
1 bolsa de mão
lenços
Se o seu roteiro tiver praia/piscina:
3 kaftans
2 biquínis/maiôs
Chapéu
Chinelo
Dicas da Amanda:
Escolha cores e estampas que se coordenam entre s;
Para as blusas, dê preferência para os tecidos que não precisam passar e que sejam fáceis de lavar. Assim, se durante o dia estiver muito calor e você transpirar bastante, você vai consegue lavar a blusa no chuveiro ou na pia do banheiro e ela secará rápido para ser usada novamente;
Talvez você estranhe a presença de terceiras peças na lista. Os casaquinhos funcionam para aqueles momentos que pode ter uma brisa, de manhã bem cedo ou à noite. E também para lugares com ar condicionado (para as friorentas!);
Lembrando que você pode abusar na quantidade de acessórios (brincos, pulseiras, colares e lenços) já que eles transformam a produção e são levinhos.
Se você pretende comprar lenços, bolsas ou qualquer outra coisa que está na lista durante sua viagem, meu conselho é: não leve estes itens daqui. Você pode adquirir o seu lá e já sair usando! Claro que isso vai depender do dia que você vai conseguir comprar e de quando pretende usar a peça desejada! Mas essa é uma dica que vai te ajudar a carregar menos peso na mala.
Minha recomendação é que você separe as peças com 10 dias de antecedência. Separe um cantinho no closet para elas. Porque se faltar alguma coisa, que você faz questão de levar daqui, você ainda terá tempo de comprar sem grandes preocupações! E também é tempo suficiente para lavar o que está sujo.
Com a lista de peças definida, e as malas prontas, como todo bom brasileiro que sabe apreciar sorvete no verão, espero que você delicie um gelato melhor que o outro nesta estação tão linda!
O modo mais simples de explicar o aspecto de Bolonha na Idade Média é compara-la ao que é Manhattan hoje. Ainda que a dona do apelido seja San Gimignano, na Toscana, podemos dizer que Bolonha era a cidade mais vertical daquela época, com dezenas de torres entre 20 e 60 metros.
As torres medievais de Bolonha
Além de garantir a segurança da cidade, as torres eram símbolo de poder político e econômico e eram de 3 tipos:
– torresotti: pontos fortificados de acesso à segunda cinta murária da cidade. A mais famosa é a torre da Via San Vitale.
– as casas-torre: uma ostentação de riqueza das famílias patrícias, tais torres formavam um anexo às casas e possuíam locais habitáveis muito seguros nos pisos superiores. Como um bunker nas alturas, que servia de fortificação em caso de invasão.
– torres: as mais altas e cujo principal objetivo era defensivo (e ofensivo também). Eram construídas por uma família ou um consórcio de famílias com o mesmo interesse político e não era raro que fossem unidas entre si por pontes de madeira, formando uma passarela.
Muitas torres sofreram com incêndios, rachaduras e desabamentos. Mas a ” crise das torres” chegou por volta de 1500, quando deixaram de ser tão úteis. Foi nesta época também que o gosto arquitetônico da população mudou e as torres começaram a ser consideradas “pouco elegantes”, para não dizer super-bregas.
Hoje, Bolonha ainda possui 20 torres medievais em seu centro histórico, entre elas, as mais famosas são a Torre degli Asinelli e a Torre del Garisenda, chamadas de Le Due Torri.
Torre degli Asinelli
Foi construída pela família Asinelli no começo do século XII. Tem uma pendência de 2,23 metros para o oeste, mas sua inacreditável altura (são 97,20m) torna essa inclinação pouco perceptível.
Pode-se subir na torre e para chegar ao topo com a vista mais linda de Bolonha, você sobe 500 degraus. Tá! Mentira…são 498!
A escada, de madeira em espiral, é bem íngreme e a mesma escada é utilizada por quem sobre e por quem desce. Uma divertida confusão medieval!
Olha como a subida é íngreme!Escada medieval também!Plaquinha para indicar que você está apto a subir na Torre di Pisa e que está somente na metade do caminho até o topo!
Dicas da Ana
– A dica mais importante é: suba, suba, suba… a vista de lá é magnífica e nos dias de céu claro a vista do horizonte chega até o Mar Adriático. – Vá de sapato fechado e confortável. Fico imaginando o chinelo de alguém caindo lá de cima…
-Não leve peso pois não há guarda volumes na base da torre.
– Não é necessário uma excelente forma física para subir os 500 degraus (vide a autora) pois quando você está com a língua de fora e a coxa queimando aparece uma plataforma que você pode parar e se recuperar um pouco.
– Entretanto, obviamente não é aconselhado para quem sofre de vertigens, problemas cardíacos e claustrofobia.
– Crianças costumam aguentar bem (melhor que nós) a subida. Levei minhas filhas de 10 e 12 anos e elas chegaram ao topo inteiras e sorrindo.
A torre abre todos os dias das 9 às 17. O ingresso custa 3 Euros (não há meia entrada) e é vendido na entrada da torre.
Cheguei!!! A vista é linda!Pronto! Agora é só descer os 500 degraus. O primeiro lance tem que ser de ré.
Torre Garisenda
Sua inclinação foi cantada em verso por Dante Alighieri na Divina Comedia (Inferno, XXXI): “qual pare a riguardar la Garisenda/sotto ‘l chinato, quando un nuvol vada/sovr’essa sì, che ella incontro pensa…”
Ela fica bem ao lado da Torre degli Asinelli, sua inclinação é de 3,22 m e não pode ser visitada. A torre já foi mais alta, mas para evitar que desabasse, uma drástica decisão resolveu ” cortar” 12 dos seus 60 metros de altura.
A vista da Torre Garisenda a partir da torre degli Asinelli até parece baixa, mas tem 48 metros!
Curiosidade: você sabia que a largura oficial do tagliatelle cozido (depositada na Accademia Italiana di Cucina) deve ser exatamente 8 milímetros? Isso corresponde a 12.270 partes da Torre degli Asinelli!
Me apaixonei mais por Bolonha vendo-a de cima! Olha a cor! É o famoso rosso bolognese.
Por fora, uma fortaleza; por dentro, um ninho de amor. Essa é a história resumida de um dos mais importantes e bem conservados castelos da Itália.
Desvende os segredos, as lendas e os mistérios do Castello de Torrechiara, que fica a apenas 15 quilômetros da cidade de Parma.
ELE: Pier Maria Rossi, senhor de Parma no século XV. Um homem apaixonado por arte e arquitetura, casado, pai de 10 filhos e que entrou para a história não devido às suas conquistas territoriais, mas sim pelo seu caso extraconjugal.
ELA: Bianca Pellegrini, dama de companhia da Duquesa de Milão, casada. Se apaixonou por Pier Maria e foi viver com ele.
ONDE: Os dois se encontraram na corte milanesa do duque Francesco Sforza e se apaixonaram perdidamente. Pier Maria voltou para Parma e mandou construir o Castello di Torrechiara, para ser o ponto de encontro dos dois amantes.
O Castello di Torrechiara
Como nas fábulas de princesa, o refúgio secreto dos amantes – la camera d’oro – era revestido de ouro e afrescos. Tais afrescos, contam as fases de tal história de amor, começando pelas flechadas do cupido, continuando com a peregrinação de Bianca de Milão a Parma, até sua chegada em Torrechiara, com Pier Maria ajoelhado aos seus pés.
O que parecia ser uma paixão arrebatadora, mostrou ser, ao longo dos anos, um caso de amor verdadeiro. A então esposa de Pier Maria foi morar em um convento, onde ficou até sua morte.
Uma das lendas conta que Bianca, em noites de lua cheia, perambula pelo castelo em busca do seu amor e que beija os homens que encontra pelo caminho.
Fortaleza e Corte no mesmo castelo
Torrechiara foi concebida para servir de fortaleza em tempos de guerra e em corte em tempos de paz (com a presença feminina e festas). Assim, com uma arquitetura completa, praticamente não sofreu intervenções ao longo dos séculos e tudo está praticamente igual ao que era 550 anos atrás.
Quem chega em Torrechiara, geralmente, está ansioso para chegar logo ao quarto dos amantes pombinhos, mas minha recomendação para você é: guarde a ansiedade e aprecie as salas que antecedem a Camera d’Oro, elas também são lindas e contam histórias sobre como era a vida no castelo naquela época. Gostei muito da Sala di Giove e da Sala del Pergolato.
A Camera d’Oro
Mas, é claro que o ponto alto é mesmo a Camera d’Oro. No teto, os afrescos contam a história do casal. Todos os castelos de propriedade de Pier Maria (por volta de 30), são representados com muitos detalhes. Neste cenário, aparece Bianca vestida de peregrina e percorrendo as terras entre Milão e Parma, que a levará ao seu amado. Já no castelo de Torrechiara, Bianca aparece coroando Pier Maria, ajoelhado, como seu vassalo.
Após a morte do casal, Torrechiara passou pelas mãos de muitas famílias poderosas até ser vendido para a administração pública (não sem antes ter todo o ouro arrancado de suas paredes, claro).
Onde comer por perto
Almocei na Taverna del Castello, que fica dentro dos muros da fortaleza mesmo. Comi Tortelli, a massa típica da região, com dois tipos de recheio diferentes: ricota com espinafre e batata (divino). Também experimentei os frios típicos da região, incluindo o prosciutto di Parma, claro! A conta fica por volta de 30 Euros por pessoa.
Outras opções:
Il Mulino – Strada Mulino, 12a, Torrechiara
Villa Pallavicini – strada provinciale per Torrechiara, 14, Pilastro di Langhirano
Dica da Ana
Combine o passeio com…o Museo del Prosciutto!
O museu do Presunto de Parma DOP fica a 6 quilômetros do Castello di Torrechiara e é uma ótima opção de dobradinha para o dia, principalmente para quem se interessa de comida!!
Horário de abertura: O castelo fica aberto o ano todo e fecha às segundas-feiras. De terça à sexta funciona das 9 às 19 e aos sábados e domingos das 10 às 19, nos meses de março a outubro. De novembro a fevereiro fecha às 17 horas.
Ingresso: 3 Euros
Como chegar: de carro pela Strada Statale 665 em direção a Langirano. De trem até Parma e depois com o ônibus número 12 que parte a cada hora da estação.
Eventos: a agenda cultural do castelo é bem agitada, inclusive com concertos, canto gregoriano e vários festivais.
Brunello di Montalcino – o pequeno burgo de Montalcino, localizado nas colinas do Val d’Orcia, é conhecido como a capital do vinho Brunello e oferece inúmeras opções de vinícolas a serem visitadas e vinhos a serem degustados. Para você não se perder na sua escolha, preparei uma lista das minhas vinícolas preferidas da região para você acertar em cheio!
Mapa com indicação das vinícolas – Brunello di Montalcino
1 – Marchesi Frescobaldi – Tenuta di Castelgiocondo
Produtores de vinho há mais de 700 anos. A vinícola fica quase que inteira no subsolo, como uma “cripta do vinho”, onde os Brunello se afinam por anos e anos. Além dos Brunello de diferentes safras, experimente: Riserva Ripe al Convento e Merlot Lamaione.
Site: www.frescobaldi.it e www.castelgiocondo.it Horário de funcionamento: de segunda à sexta-feira das 11 às 15 horas (somente sob reserva) Valor: degustação de 3 vinhos, queijo pecorino e axeite de oliva por 50 Euros.
2 – Tenuta Caparzo
Uma das vinícolas que ajudou a transformar o Brunello em um vinho mítico! Experimente o Brunello La Casa (com uvas de um único vinhedo), o Rosso di Montalcino La Caduta e o branco Le Grance (Chardonnay, Sauvignon Blanc e Traminer).
Site: www.caparzo.it Horário de funcionamento: de segunda à domingo das 9 às 18 horas (reserva aconselhada) Valor da degustação: 4 vinhos por 18 Euros.
3 – Casato Prime Donne
Uma vinícola que é porta bandeira do movimento “enologia pink”, ou seja, proprietária da vinícola e enóloga são mulheres. Experimente o Brunello DOCG Selezione Prime Donne (selecionado por sommeliers do sexo feminino) e o Rosso di Montalcino, afinado por 2 anos em barris de carvalho.
Site: www.cinellicolombini.it Horário de funcionamento: de segunda à sexta-feira das 9 às 13 horas e das 14 às 18h00 (somente sob reserva) Valor: degustação de 3 vinhos, queijo pecorino e axeite de oliva por 50 Euros.
4 – Cantina di Montalcino
É a única cooperativa da região econta com centenas de sócios. O novo projeto arquitetônico da cantina mistura aço, madeira, tecnologia e natureza e é uma ambiente muito agradável para degustar não só Brunello, mas outros vinhos da região, como Poggio dal Sasso Bianco (vermentino).
Site: www.cantinadelmontalcino.it Horário de funcionamento: de segunda à sábado das 9 às 1 horas (reserva aconselhada) Valor: degustação de 2 vinhos com visita à cantina por 10 Euros.
5 – Castello Banfi – Poggio alle Mura
A vinícola foi fundada pelos irmãos ítalo-americanos Mariani em 1978 com o objetivo de elaborar vinhos de qualidade em grande escala. É possível degustar os vinhos, almoçar e visitar a vinícola. Leia o post exclusivo do Castello Banfi, clicando aqui.
Site: www.castellobanfiilborgo.com Horário de funcionamento: das 10 às 19h30 (de 25 de março até 12 de novembro), das 10 alle 18h00 (de 2 dejaneiro a 24 de março e de 13 de novembro a 31 de dezembro). Valor: depende da escolha do vinho a ser degustado.
6 – Máté Winery
A vinícola de Ferenc Máté, autor do best seller “Um vinhedo na Toscana”, que saiu da Hungria, comprou terras em Montalcino e em 3 anos conseguiu elaborar um dos melhores Brunello da região. Leia o post exclusivo sobre esta vinícola clicando aqui.
Site: www.matewine.com Horário de funcionamento: de segunda à sexta, somente com reserva. Valor da degustação: a partir de 15 Euros por 3 vinhos.
7 – Biondi Santi – Tenuta Greppo
Uma das mais tradicionais vinícolas produtoras de Brunello, a qualidade se seus vinhos foi atestada já em 1867, na EXPO de Paris. Não deixe de experimentar o Brunello DOCG Riserva.
Site: www.biondisanti.com Horário de funcionamento: de segunda à sexta-feira (reserva obrigatória) – atualização: a Biondi Santi não recebe mais visitantes!
8 – Caprili
Uma vinícola fundada em 1965, que não tinha como objetivo ser produtora de Brunello, mas que se transformou em uma das vinícolas mais prestigiadas da região. Além dos Brunello, experimente o branco Settimia (uva vermentino).
Site: www.caprili.it Horário de funcionamento:visita guiada à vinícola com degustação às 11h00 em italiano e às 15h30 em inglês.
Neste “Manual de Sobrevivência na Itália”, você vai encontrar tudo o que precisa saber antes de viajar para a Itália. Torne a sua viagem mais organizada e tranquila, com essas dicas essenciais.
Manual de Sobrevivência na Itália
1 – Passaporte e visto
Os brasileiros que ficarem na Itália por até 90 dias, são isentos de visto.
Porém, ao entrar no país, é necessário apresentar um passaporte com prazo de validade de, no mínimo, 3 meses contados a partir da data de embarque.
Assim, se sua data de embarque de volta ao Brasil é dia 01/06/2020, o seu passaporte precisa ser válido até dia 01/09/2020. Se isto não ocorrer, providencie a renovação de seu passaporte antes de viajar.
No momento da imigração, podem também exigir que você apresente:
o bilhete aéreo de volta com prazo não superior a 90 dias;
um Seguro Viagem Internacional para a zona Schengen, com cobertura mínima de 30.000 Euros;
vouchers dos hotéis ou carta convite do cidadão italiano que te convida para a Itália. O modelo da carta convite pode ser visto no site do Consulado da Itália (www.conssanpaolo.esteri.it);
comprovação econômica. Isto quer dizer que você deverá demonstrar que está levando a quantidade de Euros necessária para se sustentar no país durante o período de sua permanência. Confira os valores na seguinte tabela: http://bit.ly/2mtkFRn
Se você entrar na Itália depois de já ter passado por um dos países da Zona Schengen e não for ficar em hotel, deverá providenciar uma declaração de presença na Itália em uma QUESTURA (Polizia dello Stato) no prazo de 8 dias, sob pena de expulsão do país.
Para permanências mais longas ou por motivo que não seja o turismo, consulte a tabela disponível no site: http://www.esteri.it/visti/home.asp para confirmar a necessidade ou não do visto.
2 – Voos a partir do Brasil
As companhias aéreas com voos regulares diretos para a Itália (Roma e Milão) são:
– a Alitalia,
– a LATAM.
Muitas outras companhias voam para estes e outros aeroportos da Itália, mas fazem conexão obrigatória no país de origem da companhia aérea.
No site da Polícia Federal você encontra uma cartilha de como deve proceder neste caso e o modelo do formulário que deve ser apresentado na imigração: http://bit.ly/2qr6BEW
Atenção!!
O formulário deve ser assinado pelo responsável que ficará no Brasil e sua firma precisa ser reconhecida em Cartório. Basta uma cópia, mas por segurança, recomendo que faça duas vias e fique com uma durante a viagem.
4 – Moeda: dinheiro e cartão de crédito
A moeda italiana é o Euro. A forma mais segura de levar dinheiro é através de um cartão de débito pré-pago, como o Visa Travel Money, que pode ser adquirido em casas de câmbio.
A grande desvantagem é que o governo aumentou para 6,38% o IOF incidente sobre o carregamento de cartões de débito com moeda estrangeira.
Assim, a economia é grande quando se compra moeda estrangeira em espécie, cuja alíquota incidente no valor da compra diminui para 0,38% sobre a operação.
Dicas:
leve uma boa quantidade em espécie para evitar o pagamento do IOF e da taxa de saque no exterior, cobrada pela administradora do cartão.
os cartões de crédito internacionais são aceitos na maioria dos estabelecimentos comerciais.
o pagamento da gorjeta não é obrigatório, mas costuma-se dar de 6% a 10% caso o cliente esteja satisfeito com o serviço que recebeu.
5 – Devolução de imposto (Tax Free)
Turistas residentes fora da União Europeia podem requerer o reembolso do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) que incide sobre a mercadoria e varia entre 12% e 35%. Porém, para ter direito a este reembolso a compra deve superar o valor de 154,94 Euros na mesma nota fiscal.
O processo é bem fácil, siga este passo a passo e lembre-se de chegar com bastante antecedência ao aeroporto, para conseguir realizar todo o procedimento.
Na loja que você realizou a compra, apresente seu passaporte e peça o formulário do tax free. Será entregue a você um envelope da Global Blue (ou outra empresa que administra o reembolso do imposto), onde você deverá colocar a fatura de compra e o formulário preenchido;
No aeroporto, antes do check in, apresente-se no guichê da Alfândega com o envelope, as faturas e o passaporte. Eles podem querer verificar sua compra, por isso, sugiro que a mantenha separada na mala;
Obtido o carimbo da alfândega, dirija-se aos guichês de reembolso. Você pode pedir para ser ressarcido imediatamente na moeda do país (com desconto de uma taxa) ou através do cartão de crédito.
O reembolso somente é válido para bens que você está levando para fora do país, não é aplicável para gastos em restaurantes, hotéis e demais serviços.
6 – Aluguel de carro
As locadoras de veículos, em geral, exigem dos brasileiros apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no momento da retirada do veículo alugado, por isso, é comum que todos pensem que apenas esse documento seja suficiente para poder dirigir na Itália, MAS NÃO É!
Para as locadoras de veículos, é suficiente um documento de identificação que demonstre que o locador está apto para dirigir. Isto porque, no contrato de locação de veículo existe uma cláusula na qual o locador afirma possuir todos os requisitos e documentos necessários e válidos para dirigir em solo italiano e que se responsabiliza, de modo exclusivo, por eventual multa em virtude da falta de documentos obrigatórios que são de sua inteira responsabilidade.
O artigo 135 do Código da Estrada, que regula as normas de comportamento no trânsito italianas, estabelece que um estrangeiro, proveniente de uma região fora da União Europeia, para poder dirigir regularmente em solo italiano deve estar munido da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) + PID (Permissão Internacional para Dirigir), válidas*.
A Permissão Internacional para Dirigir (PID) deve ser solicitada no DETRAN de sua cidade e os valores variam de estado para estado.
7 – Zonas de tráfego limitado
Fique atento às zonas de tráfego limitado presentes na maioria das cidades italianas (sinalizadas com placas “ZTL”). As multas de carros sem permissão para circular por essas zonas costumam ser bem caras.
Para evita-las, estacione o carro fora do centro histórico das cidades, Se o seu hotel for no centro, entre em contato com ele antes e peça para que eles te enviem uma permissão especial para chegar até o hotel.
8 – Trem
Se preferir viajar de trem, a Itália possui uma excelente malha ferroviária, com trens de alta velocidade. Pode-se comprar o bilhete diretamente nos guichês das estações ou através do site www.trenitalia.it ou www.italotreno.it.
A compra antecipada de trens de alta velocidade, garante que você pague sempre o menor preço.
Do norte para o sul do país, as diferenças climáticas são enormes!
No norte, os invernos são rigorosos e o verão é quente e úmido. Na região central do país, predomina o clima temperado, com invernos menos rigorosos e mais curtos e verões mais quentes e longos. No Sul e nas ilhas o inverno nunca é rigoroso e a primavera e o outono são parecidos com o verão: quente e abafado.
Guie-se pelo site http://www.meteo.it para conferir a previsão do tempo nas cidades que irá visitar e consultar o arquivo das temperaturas dos anos anteriores.
10 – Fuso horário
A Itália está a +4 horas do horário de Brasília.
De março a outubro esta diferença aumenta para 5 horas devido ao horário de verão italiano. De outubro a fevereiro a diferença é de 3 horas devido ao horário de verão brasileiro.
11 – Aparelhos elétricos
A rede elétrica da Itália é de 220 volts, com tomadas de dois pinos arredondados (padrão europeu). A maioria dos hotéis possuem adaptadores universais, mas sugiro que leve o seu.
12 – Água
A água da Itália é potável; pode-se tranquilamente toma-la da torneira ou das inúmeras fontes espalhadas pela cidade. O consumo da água das fontes somente é impróprio se estiver com a indicação: acqua non potabile.
13 – Telefonia e internet
Do telefone fixo ou de celular, é possível ligar para o Brasil utilizando o serviço Brasil Direto da Embratel e os custos da ligação serão debitados na conta do seu telefone fixo do Brasil.
compre um chip pré-pago em bancas de jornal (SIMCARD ricaricabile) por 10 Euros e carregue-a de acordo com sua necessidade (neste caso você só tem o plano de voz, sem internet);
vá a uma loja de telefonia (Tim, Vodafone, Wind) com seu passaporte, e faça um plano de dados + voz. Geralmente as operadoras tem pacotes com validade de 30 dias feitos especialmente para turistas. O preço varia de 30 a 50 Euros, dependendo da operadora e do pacote escolhido.
14 – Língua
A língua oficial é o italiano, falado por toda a população e presente em todos os meios de comunicação. Entretanto, você irá encontrar muitas variações de pronúncia e muitos dialetos pelo caminho. Procure aprender um pouco da língua para uma experiência autêntica de viagem e use o inglês quando necessário, principalmente nas grandes cidades e nas principais atrações turísticas, você sempre encontrará alguém que fale inglês.
15 – Números de emergência
113 – Polícia Civil 112 – Polícia Militar 115 – Bombeiros 118 – Ambulância 803.116 – Emergência na estrada
Conhecida como a pérola do Mar Jônico, Taormina inspirou artistas, pintores, poetas e escritores. Ficou muito famosa nos anos 80, quando serviu como locação do filme Imensidão Azul.
Taormina – uma pérola entre o céu e o mar
A história de Taormina começa no século IV a. C., quando alguns gregos sobreviveram ao massacre de Naxos,em 403 a.C. e decidiram ficar por ali mesmo, naquele lugar “mais ou menos” entre o mar e o vulcão Etna. Chamaram aquele lugar de Tauromenion, pois as colinas se assemelhavam ao touro (Monte Tauro).
A cidade grega foi, depois, dominada pelos romanos, pelos bizantinos e pelos normandos, sucessivamente. E já era meta turística desde épocas romanas!
Taormina continua inspirando até hoje! E você vai sentir isso na própria pele assim que chegar a uma das praças do centro da cidade, verdadeiros terraços panorâmicos. A vontade é de cantar, dançar, recitar poesias para aquela ABSURDA natureza que se apresenta.
Eu gostei muito de Taomina, mas tenho que confessar que o turismo “de um dia só” lá não me agrada! Isso porque a cidade tem segredos escondidos e, se você ficar um dia só, corre o risco de fazer o percurso básico turístico e deixar o mais bonito de fora.
Meu conselho é que se hospede pelo menos uns 3 dias em Taormina. Se quiser, pode usar um dia para fazer um bate e volta pelos arredores (visitar os cânions vulcânicos, por exemplo) ou curtir as lindas praias…
O que fazer em Taormina
1 – Corso Umberto I
A principal rua da cidade leva o nome do primeiro rei da Itália, Umberto I di Savoia (1878-1900) e era parte integrante da Via Valeria, que atravessava a cidade e chegava até o mar.
A rua ligava a cidade de Messina à Catânia e por isso é delimitada pela Porta Messina ao norte e Porta Catânia ao sul.
Percorrendo a rua, vai ver que existem milhaaares de lojinhas dedicadas tanto ao artesanato local, quanto às marcas de grandes redes. Preste atenção nos edifícios, construídos ao longo do tempo, com estilos diferentes: árabe, normando, gótico e barroco.
Não deixe, porém, de visitar a Igreja de San Pancrazio (construída sobre o Templo greco-romano de Júpiter) e a Igreja de Santa Catarina (construída sobre os restos do Odeon).
2 – Piazza Duomo
Na Piazza Duomo, estão:
a catedral dedicada a San Nicolò di Bari (São Nicolau), apelidada de Catedral-fortaleza devido aos elementos arquitetônicos típicos de construções de fortalezas medievais.
a fonte Quattro Fontane, construida em 1635, em estilo barroco.
3 – Piazza IX Aprile
Você vai reparar que nesta praça há uma porta, a Torre do Relógio (Torre dell’Orogio) que fazia parte dos muros medievais que separavam o burgo medieval das construções do período clássico.
A grande atração da praça é a vista! Dali você conseguirá avistar o vulcão Etna, a baía de Naxos e o Teatro de Taormina. Niente male…
Depois, ainda visite:
Igreja de San Giuseppe, construída com pedra de Siracusa entre os séculos XVI e XVII;
Ex-convento di Sant’Agostino (séc. XV), que se transofrmou em uma biblioteca.
4 – Palazzo Duca di San Stefano
O palácio onde moraram famílias potentes e importantes, como: os duques de Santo Stefano di Brifa e os Príncipes de Galati é lindo! Em seu interior acontecem exposições temporárias gratuitas.
5 – Teatro grego de Taormina (ou Teatro Antico)
É o mais antigo e mais bem conservado monumento de Taormina, construido no século III a.C. Em época romana imperial, foi ampliado e restaurado para que os espetáculos com gladiadores e animais ferozes pudessem acontecer ali.
O Teatro Grego de Taormina é o segundo maior da Sicília, depois do de Siracusa e ainda hoje acontecem espetáculos e eventos culturais em seu interior, principalmente entre os meses de junho a setembro.
6 – Villa Comunale (também chamado de Villa Colonna)
O que hoje são os jardins púbicos, antigamente era o jardim privativo de uma nobre inglesa, Lady Florence Trevelyan, que casou com o prefeito da cidade.
O jardim inglês é rico de plantas e flores provenientes de todo o mundo. O que eu achei mais interessante no jardim foi uma construção, em forma de pagode, de onde Lady Florence praticava seu hobby preferido: birdwatching (observação de pássaros).
7 – Isola Bella
A ilha, que já pertenceu a Ferdinando I di Borbone, é um dos simbolos da cidade de Taormina. Como ela fica muito próximo da praia Mazzaró, basta esperar a maré baixar e caminhar até lá! Assim, fácil, como se estivesse caminhando sobre as águas (dica: vá te chinelo porque as pedrinhas machucam muito o pé).
Lady Florence, aquela que casou com o prefeito da cidade, incluiu em meio a vegetação mediterrânea da ilha, algumas plantas tropicais, que ainda estão lá! E construiu no meio da ilha uma casinha, onde se refugiava nas horas mais quentes do dia.
Em 1954, uma vila foi construída na ilha. Olha gente…pra falar a verdade, eu não caminhei muito por lá pois ali existe um tipo raro de lagartixa e, se tem uma coisa que eu morro de medo nessa vida é lagartixa!
Já decidiu o que levar para a a sua viagem, mas ainda está em dúvida sobre qual a mala ideal para você? Este post vai te ajudar!
Que mala!
Nunca vou me esquecer como descobri porque chamar alguém de “mala” não é um elogio!
Eu tinha 19 anos, tinha acabado de passar no vestibular e estava indo estudar fora da minha cidade. Meus pais me levavam de carro à rodoviária e para eu chegar ao destino final eu pegava um ônibus de linha e 2 circulares (aquele tipo de ônibus que você nunca consegue sentar e mal consegue se segurar nas curvas).
Quando eu chegava, tinha que enfrentar 3 lances de escada. Sem elevador! Demorou bastante tempo para eu parar de sentir ódio ao ouvir a palavra “mala”!
Além da dificuldade no transporte, também tinha o transtorno em decidir o que levar para passar a semana! Será que vai fazer frio? E se eu resolver sair? Será que vou conseguir caminhar? Toda semana era assim. Muita energia desperdiçada para um assunto “tão simples”. Felizmente, descobri que outra vida é possível quando falamos de mala!
Existe uma infinidade de opções de malas no mercado: rígida, de tecido, zíper no meio, na superfície, roda fixa, roda 360º, etc.
Pode parecer bobagem comprar uma mala mais cara quando existe aquela ali do lado, bem mais barata. Mas, como em tantos outros casos, o barato pode sair caro! Por isso, leve em consideração a qualidade e não o preço!
Sabemos como as malas são tratadas depois que despachamos. E por isso mesmo, uma mala que aguenta o tranco, tem maiores chances de aparecer na esteira do jeitinho que você despachou.
E , se acontecer alguma avaria na mala durante ausência, assim que você recepcioná-la poderá contatar a companhia aérea e verificar se é um caso de reembolso ou, pelo menos, se o conserto da mala pode ser pago por eles.
A mala e seu estilo de viagem
Eu sempre falo para as minhas clientes sobre a versatilidade das roupas, e principalmente se a roupa cabe no estilo de vida delas. Por falar tanto disso e comprovar os resultados na prática, acabo levando esse conceito para várias outras coisas na minha vida. E com a escolha da mala, não deve ser diferente!
Antes de adquirir a sua, pense nos tipos de viagem que você faz: suas viagens são longas ou curtas? Você viaja no frio ou calor? Férias ou trabalho? Sozinha ou acompanhada? É possível ter uma mala que sirva para todas as situações da sua vida? Quantas malas você realmente precisa ter?
No mês passado postei sobre mala inteligente de primavera. Com aquela lista de peças sugerida, ajudando uma cliente a fazer a mala, constatamos que seria possível levar tudo em apenas uma mala pequena (de levar a bordo) e uma mochila.
Seria o cenário ideal se não houvesse a vontade de fazer compras na Itália. Diante disso, foi mais sábio levar uma mala maior, com espaço sobrando.
Claro que sempre há a opção de comprar uma mala no destino. Mas para quem já tem a mala, não faz sentido gastar dinheiro com algo que já tem. Pode ser muito mais bacana investir tempo e dinheiro em outras experiências.
Se você está pensando em adquirir uma mala, no Brasil ou na Itália, quero dividir com você o que aprendi nos últimos anos
1 – Mala rígida x mala tecido
A mala de tecido pode se adequar ao que colocamos dentro dela. Principalmente quando está no limite do espaço físico (aquele momento que você quer colocar Roma dentro do Vaticano). O ponto negativo é que ela rasgar, e com isso ficar inutilizada.
Mala de tecido
Já a rígida, aguenta melhor o impacto do trajeto (principalmente quando despachada), e é geralmente mais leve, ou seja, bônus pra você que pode levar ou trazer mais coisas. Este tipo de mala pode sofrer alguns riscos com o passar do tempo, mas isso não atrapalha no desempenho da sua função.
Mala rígida
2 – Zíper no meio x zíper na superfície
Olhando para a mala, pode parecer mais sensato que o zíper seja na superfície, pois temos a impressão que caberá muito mais roupa dentro dela.
Porém, se você tiver apenas de passagem por um hotel e não for o caso de desfazer toda a mala, fica muito mais difícil selecionar o que você precisa. E você acaba não tendo opção de não bagunçar tudo o que levou até encontrar o que precisa.
Mala com zíper na superfície
Com a opção de zíper no meio, você pode distribuir as duas metades da mala seguindo algum critério: conforme seu roteiro, ou por tipo de peças, etc. Cada lado fica mais raso, ou seja, muito mais fácil acessar peças específicas.
Mala com zíper no meio
3 – Rodas fixas x Rodas 360º
Eu não dava importância para as rodinhas 360º até comprovar na prática como a minha vida mudou. O peso fica muito mais distribuído na segunda opção, além de ser muito mais fácil transportar, porque a mala fica do nosso lado.
Com a roda 360º, você não precisa puxá-la, ela simplesmente vai te acompanhar. Com as rodas fixas, além de você ficar muito mais cansada, não consegue andar na mesma velocidade que andaria sem a mala e subir uma simples rampa se transforma em uma missão bem mais complicada.
Dicas finais para fechar negócio
Verifique se a mala tem garantia
Verifique se a mala tem cadeado
Verifique o peso da mala
Confira as especificações para levar a bordo, se for o caso
Durante esta semana participei de um emocionante evento no Eataly de São Paulo: uma coletiva de imprensa que aconteceu simultaneamente em São Paulo, Nova Iorque e Milão. O motivo? O Eataly vai patrocinar a nova restauração da “Ultima Ceia”, de Leonardo Da Vinci. Continue lendo o post que conto tudo para vocês.
A obra mais representativa da arte italiana vai durar mais 500 anos, graças ao esforço conjunto do Ministério dos Bens Culturais da Itália e do empório gastronômico Eataly.
Oscar Farinetti, proprietário da rede e apaixonado por gastronomia, foi coerente com seus negócios ao escolher ajudar na restauração d’A Última Ceia. A obra de Leonardo Da Vinci foi pintada nas paredes do refeitório do monastério de frades dominicanos de Santa Maria delle Grazie e representa o último jantar de Jesus com seus discípulos.
Utilizando uma técnica experimental, Leonardo, em vez de aplicar pigmento ao gesso úmido – como acontece na técnica de afresco – decidiu aplicar a técnica da têmpera, que consiste em misturar pigmentos coloridos com gema de ovo e aplica-la sobre o gesso seco.
A escolha da técnica mostrou-se inadequada, já que em menos de 20 anos a superfície pintada já mostrava sinais de deterioração. Várias restaurações já foram realizadas na obra, e a última, que terminou em 1999 trouxe novamente as cores já apagadas pelo tempo à cena.
A nova restauração: “um jantar assim não pode acabar”
A nova restauração -prevista para terminar em 2019, a tempo das comemorações de 5 século da morte do gênio Leonardo – não será na realidade uma restauração da obra, mas do ambiente no qual ela se encontra.
Devido às micro partículas poluentes, carregadas anualmente pelos 400.000 sortudos que conseguem estar cara a cara com a Última Ceia, a obra sofre uma degradação contínua. Assim, não dar a atenção devida ao ambiente que a circunda é garantia de que um dia as futuras gerações não terão o privilégio de conhece-la.
Hoje, a emissão de ar limpo para dentro da sala é de 3.500m³ . Com a nova campanha, batizada de “Um jantar assim não pode terminar”, a emissão será triplicada, o que vai aumentar a vida da obra em 5 séculos e ainda permitirá que um número maior de pessoas a visitem diariamente (hoje, a cada 15minutos é permitida a entrada de somente 30 pessoas no recinto).
Nós também poderemos participar desta campanha!
Para ajudar no financiamento da restauração, será possível comprar, nas lojas Eataly, um ingresso especial para visitar a “Última Ceia”, que permitirá que o tempo de permanência admirando a obra seja se 50 minutos e não dos usuais 15 minutos. A visita acontecerá à noite e um especialista em arte narrará a história e os segredos da obra.
Ana Paula faz um relato emocionante sobre sua viagem para a Itália. Entre acasos, dúvidas e inseguranças, partiu para uma viagem solo e encontrou muito mais do que lugares bonitos, encontrou a si mesma. Inspirador!!
“Eu realizei meu maior sonho!
É tudo que meu coração consegue sentir agora, transbordando…
Conhecer a Itália e passar 3 semanas lá foi a maior realização que a minha alma poderia ter.
Sozinha, em um país desconhecido, cheio de pessoas diferentes, com o desafio de um idioma lindo mas complicado, uma tradição fantástica e as paisagens mais belas que eu já vi.
Foi assim que eu recebi a Itália, de braços abertos para todos os desafios e alegrias que eu poderia ter.
Antes da viagem: o encontro com o blog ITALIAna
Há muito tempo eu estava pensando, planejando, adiando, voltando a pensar nessa tão esperada viagem, até o dia em que meu coração não conseguiu mais esperar. Eu precisava partir.
Foi então que, no meio desse caminho, a vida me levou a encontrar a Ana Grassi, através do Blog ITALIAna.
Ela chegou meio que “por acaso”, (embora para mim o acaso não exista). De mansinho fui conhecendo seu trabalho e me encantando. Um contato aqui, outro acolá e, de repente, lá estávamos nós, falando sobre a Itália por dias e dias e eu descobrindo que existia gente que, assim como eu, também havia se apaixonado por aquele país desde pequena.
Não foram poucas as vezes em que ela me viu chegar de mansinho, fazendo uma perguntinha aqui, outra ali, tímida com tantas dúvidas para tirar… Até chegar na semana anterior à minha viagem e eu dizer: “Ana, preciso falar com você, me ajuda!” (risos).
E ela, sempre paciente, me auxiliava e me mostrava no blog dela as matérias que poderiam me ajudar.
Foi no blog dela que eu me encorajei a conhecer Treviso, cidade natal do meu avô e, chegando lá, provei o melhor Tiramisú da minha vida.
Foi no blog dela que eu decidi que deveria dedicar mais tempo à Florença, que tinha tantos encantos a ser descobertos.
Foi lá no blog que eu li sobre Burano, uma ilha próxima à Veneza, que foi um dos lugares mais encantadores que conheci.
Enfim, foi lá que meu sonho começou a acontecer também…
A minha viagem começou quando iniciei o planejamento, meses antes de partir.
Tantos palpites…
Depois de tanto ouvir de diversas pessoas, inúmeras palavras de desencorajamento, como por exemplo: “Mas você vai sozinha?” ou “A Itália é tão romântica. Por que você não espera um namorado ou marido para ir para lá?”. Eu então comecei a dar mais atenção à pessoas que, assim como a Ana Grassi, me encorajavam a ir.
Durante a viagem
Viajei por cinco cidades diferentes: Florença, Treviso, Veneza, Roma e Pisa. Uma sequência de surpresas boas e ruins, afinal, imprevistos também acontecem em viagens. Mas nenhum deles foi maior do que a emoção ao ver com os meus próprios olhos a Fontana Di Trevi pela primeira vez, sentir o corpo inteiro arrepiar ao me deparar com o Coliseu e ficar espantada ao perceber que todas as fotos que eu vi dele na internet são totalmente diferentes do que ver ao vivo.
Estar na Itália foi como voltar para casa e reviver a tradição ensinada pelo meu avô.
Depois da viagem
Hoje, quase dois meses após o meu retorno ao Brasil, aqui estou eu, com um sentimento de gratidão incrível pela vida, escrevendo esse texto com os olhos marejados e uma saudade sem tamanho da Itália. É assim que a gente fica quando sabe para onde quer voltar.
Obrigada Ana Grassi! Ver transparecer no seu olhar, nas suas postagens e no seu dia a dia, o mesmo amor que eu sinto pela Itália, foi encorajador e é bonito de se ver. Poucas são as pessoas que conseguem unir um amor tão grande assim entre a vida pessoal e o trabalho.
Que seu trabalho continue a motivar muita gente a fazer essas viagens de descobertas e redescobertas do nosso próprio ser.”
Você também tem uma história inspiradora para nos contar? Mande seu depoimento para ana@italiana.blog.br e, se for selecionado, poderá ter a sua história publicada aqui no blog ITALIAna!
Ahhh a primavera! Aquela estação em que o frio começa a ir embora, as flores desabrocham, as cores começam a aparecer e… chove!
Fazer mala para viajar na primavera pode ser um pouco mais fácil do que no inverno, já que as temperaturas são amenas e conhecidas pelos brasileiros e muito provavelmente você já possui todas as peças que vão funcionar na sua mala inteligente, aquela mala que rende muitos looks com as mesmas peças.
Mala de primavera
Na construção da nossa mala de primavera, considerei temperaturas entre 5º e 22º, que é a variação que ocorre percorrendo a Itália de norte a sul.
Mas ser mais assertivo na escolha das peças, recomendo que você consulte o histórico de previsão do tempo para cada cidade do seu roteiro antes de montar os looks. Desta forma, será mais fácil garantir o seu conforto térmico durante toda a viagem.
Fazendo um paralelo das temperaturas, várias roupas do nosso inverno vão funcionar bem na primavera da Itália. Principalmente na primeira metade desta estação. Na segunda metade da estação, as temperaturas começam a subir, principalmente no centro sul do país e as temperaturas podem até superar os 30º em alguns lugares. Isso quer dizer, a mala tem que estar preparada para tudo!
Dicas
É muito importante que você leve apenas o necessário, isso vai te ajudar a fazer e desfazer a mala em cada parada do roteiro.
Para definir as peças, você pode selecioná-las de acordo com os looks que você já usa aqui.
Olhe mais atentamente no seu guarda-roupa, para descobrir novas possibilidades e assim conseguir criar looks diferentes para as fotos e para você não enjoar.
Faça os testes dos looks antes de embarcar
Se você identificar possibilidades de coordenações que nunca havia feito, prove para verificar se no corpo as peças funcionam bem juntas e fotografe o look para você lembrar quando for usar e para te ajudar a escolher a coordenação durante seu passeio. Isso vai te proporcionar segurança e poupar muito seu tempo durante a viagem.
A mala perfeita!
A ideia da mala inteligente é que, ao variar a coordenação de peças, haja uma mudança na formalidade e, portanto, na ocasião de uso. A mesma blusa pode compor um look mais formal ou informal. Ou ainda, um look mais fresco ou mais quentinho (ao adicionar a terceira peça). Os acessórios ajudam muito nesse sentido! E como eles são pequenos e leves, você pode levar vários para serem seus aliados!
Para te ajudar, fiz uma lista de sugestão de peças para uma mala inteligente de primavera.
1 cardigan neutro e 1 colorido
1 sueter neutro
1 blazer
1 jaqueta esportiva
1 casaco ou jaqueta impermeável
1 casaco
1 camisa
1 blusa de manga comprida
7 blusas (manga curta/regata)
4 calças
1 saia neutra
1 short neutro
1 vestido neutro
1 par de luvas
2 pashminas (1 neutra e 1 colorida)
1 lenço leve
1 bota sem salto impermeável
1 tênis de passear (que não é o da academia)
1 sandália
1 sapatilha
1 sacola de couro
1 bolsa média
1 clutch
meias-calças em cores neutras
roupa de dormir, meias, lingerie e acessórios à vontade
Uma vez lá, se acontecer alguma mudança do que você planejou, como: visitar algum lugar que exija roupas diferentes das que você tem na mala; mudança brusca de temperatura; perder alguma peça que ainda iria usar (por esquecer no hotel ou por derrubar algum alimento que mancha), você poderá comprar as roupas que estiver sentindo falta!
Ser amiga de uma blogueria e travel designer especializada em Itália, é ter a oportunidade realizar roteiros maravilhosos! Como por exemplo, a cruzada para ver obras de Caravaggio em Roma.
E é sobre o roteiro especial dos “Caravaggios” escondidos em Roma, que ganhei da Ana Grassi, que vou falar nesse post.
Antes de começar minha divagação sobre arte e Caravaggio, é bom esclarecer que não sou uma entendida, nem estudiosa. Mas apenas, uma simples mortal que aprendeu muito cedo a apreciar o que é belo e o que aquece meu coração.
Então, não esperem informações muito detalhadas ou precisas, mas um relato de momentos mágicos que somente a Itália pode proporcionar.
Em busca de Caravaggio em Roma
Existem muitas obras de Caravaggio em Roma, os mais famosos estão nos Museus Vaticanos, na Galleria Borghese, Galleria Doria Pamphili, Museus Capitolinos, entre outros.
Mas, a Ana selecionou 3 lugares especiais para mim (todos grátis), com um percurso muito gostoso para ser feito à pé, começando pela Igreja de Santa Maria del Popolo, passando pela Igreja de Santo Agostinho e terminando na Igreja de São Luiz dos Franceses e vou compartilhar com vocês esse percurso.
Piazza del Popolo
Meu passeio começou na Piazza Del Popolo que, para mim, foi apenas uma das surpresas do dia, pois mesmo tendo estado em Roma mais de 20 vezes nos últimos 7 anos, somente com a Ana eu descobri que ainda não conhecia a cidade.
A praça é enorme, fica aos pés da linda Villa Borghese e do Parque do Pincio (para quem gosta de esculturas, Villa Borghese é “O” lugar), e é composta por uma fonte central belíssima com um obelisco egípcio de XIII a.C., trazido para Roma a pedido do Imperador Augusto no século X a.C.
De cada lado da praça existem fontes, uma dedicada à Deusa Minerva e outra dedicada a Poseidon. Além das fontes, existem três igrejas ao redor da praça: Santa Maria del Popolo, Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli.
Basílica de Santa Maria del Popolo – os dois primeiros Caravaggio de Roma
Em um dos quatro cantos da monumental Piazza del Popolo (o que em Roma é algo comum; não existe nada “não monumental” nessa cidade ), fica a Igreja de Santa Maria del Popolo. E dentro dela, encontro os primeiros “Caravaggios” do dia: A Crucificação de São Pedro e A Conversão de São Paulo.
As telas estão na última capela, na lateral direita da igreja (chamada Capella Cerasi), bem ao lado do altar principal. E foram desenvolvidas pelo artista, para serem colocadas exatamente no lugar onde se encontram atualmente, e obrigar o espectador a observá-las de lado, para se ter uma melhor visão da sua profundidade.
Aqui, Caravaggio foge do convencional, apresentando os personagens despidos de características “heróicas” e, ao invés de colocar soldados romanos amarrando São Pedro à sua cruz, representa os algozes do mártir como simples operários.
Os movimentos daqueles que amarram São Pedro à cruz, demonstram que eles estão ali apenas obedecendo ordens de seus superiores, sem entender bem a motivação de tudo aquilo.
Os detalhes são impressionantes, desde o olhar melancólico de São Pedro, em uma mistura de sofrimento pelo que está passando e êxtase por saber que, ao final, encontrará o Reino dos céus, até os pés descalços e sujos de seus malfeitores.
Nessa obra, contrariando a tradição da pintura de Merisi*, onde normalmente a luz se concentra no personagem principal, a luz abraça todos os personagens e serve de elo de ligação entre todos os indivíduos presentes na tela, como se representasse uma espécie de perdão àqueles que martirizam São Pedro . É realmente, deslumbrante!
Você sabia? O verdadeiro nome de Caravaggio é Michelangelo Merisi, Caravaggio se refere ao nome da cidade em que viveu. Por um período os historiadores acharam que ele tinha nascido lá, mas hoje, sabe-se que ele nasceu em Milão.
Nessa tela, o artista representa com detalhes e fidelidade a passagem bblica dos Atos dos Apóstolos onde o soldado Saulo (ou Paulo) de Tarso, que perseguia os cristãos, foi envolto por uma forte luz Divina, que o fez cair de seu cavalo e ficar cego.
Conversão de São Paulo
Cegado pela luz de Deus, Paulo ouviu o chamado de Cristo, para que deixasse de perseguir os cristãos e então se converteu.
Mais uma vez, o movimento é o ponto forte da obra. Seja no cavalo que é o objeto principal da tela (e motivo de muitas discussões, já que para a Igreja, o Santo deveria ter sido o foco), seja no apóstolo Paulo, que mesmo caído e já cego, tem uma expressão serena, com os braços levantados em sinal de aceitação e conversão.
Também aqui, Caravaggio inundou a obra de luz, simbolizando a forte presença divina. Observar essas telas é como ver uma poesia em forma de quadro.
No dia em que visitei a Basílica, tive a sorte de presenciar uma cantora lírica cantando musicas lindas, isso deixou ainda mais emocionantes a minha jornada pelos Caravaggio em Roma!
Via di Ripetta
Terminada a visita em Santa Maria del Popolo, minha próxima parada seria em Sant’Agostino. Para isso, a Ana me aconselhou a pegar a Via di Ripetta (atravessando a praça) e seguir um percurso de 15 minutos à pé até o meu destino.
E…que delícia! Uma rua cheia de pequenos e acolhedores restaurantes e lojas. E, no caminho, descobri a casa de Goethe em Roma . Pensei: “Ai meu Deus!….vou parar…mas acabei deixando para outro dia. Mesmo assim, fiz uma paradinha para a foto! E vou voltar lá!. Mal sabia eu que pararia muitas outras vezes no percurso.
Sim, porque caminhando por essa rua, passei em frente ao lindo prédio da Academia de Belas Artes de Roma. Depois, pelo Museu dell’Ara Pacis, pelo Mausoleo de Augusto, pelo Largo San Rocco e a linda Chiesa di San Rocco.
Em cada lugar fiz uma breve parada, uma foto e senti aumentar em meu coração uma vontade enorme de ter 12 vidas para poder conhecer cada pedacinho da Cidade Eterna.
Igreja de Santo Agostinho
Depois da caminhada (que deveria ter levado 15 minutos, mas devido às minhas infinitas paradas de deslumbramento, levou mais de 1 hora), em uma pequena praça, quase escondida e meio acanhada, encontrei a Igreja de Santo Agostinho. E lá dentro, pude observar de perto a obra mais linda do dia: a Madonna di Loreto (Ou Nossa Senhora dos Peregrinos).
Essa tela realmente, ganhou meu coração, passei horas admirando cada detalhe e a força das cores, dos rostos. Na minha opinião, singelo não é uma palavra que define Caravaggio, mas nesse caso, se aplica sim. Dentre todas as obras de Caravaggio em Roma, esta foi uma das minhas favoritas.
A tela representa a aparição de Nossa Senhora para dois viajantes cansados. É uma tela cheia de particularidades.
A primeira é a representação de Nossa Senhora de modo quase popular. Contrariando a representação convencional da Madonna em um trono, aqui ela é uma pessoa simples, do povo.
O ar divino se revela pela sutil aureola, pelo menino Jesus que impõe sua mãozinha sobre os viajantes e nos pés da Santa que quase tocam o chão, simbolizando que ela desceu dos céus para abençoar os viajantes.
Também a postura dos peregrinos, ajoelhados aos pés de Nossa Senhora, em sinal de respeito e com olhar de contemplação, denotam o caráter divino daquela mulher.
Além disso, outra coisa impressionante é o realismo com que todos presentes na tela são representados. As roupas surradas dos viajantes e os pés sujos e inchados nos fazem imaginar o quanto caminharam para chegar ali.
Uma curiosidade é que diz-se que o rosto de Nossa Senhora teve como modelo uma prostituta chamada Lena, amante que tem seu rosto figurado em outras obras do artista. Diz-se que Lena era amante de Merisi e que teria sido o pivô da briga na qual ele acabou matando um homem (mas essa é apenas uma das tantas versões dessa história).
Já os viajantes são pessoas reais, bêbados, mendigos. De fato, Caravaggio costumava representar pessoas reais, de origem humilde como santos e personagens de seus quadros.
Piazza Navona e o restaurante de Julia Roberts
Depois de todo esse deleite visual, e antes da última parada na minha busca por Caravaggio em Roma, resolvi seguir a dica da Ana e parar no Restaurante Santa Lucia, ao lado da Piazza Navona (outra praça espetacular de Roma, que só descobri nessa viagem).
A particularidade desse restaurante é que ele foi cenário do filme Comer, Rezar, Amar. Para quem assistiu, foi nele que foi gravada a cena em que Julia Roberts faz o pedido do menu em italiano, para todos que estão à mesa.
A dica é sentar mesmo na parte externa, que é linda, um clima super romântico, atendimento ótimo e comida deliciosa (por favor, peça o filet mignon com trufas!). Não poderia ter melhor lugar para almoçar, depois de visitar tantas igrejas.
Igreja de San Luigi dei Francesi
Após almoçar e caminhar admirando a linda e suntuosa Piazza Navona, me encaminhei para a última etapa da minha busca, São Luiz dos Franceses.
Uma igrejinha encantadora, que é a igreja nacional dos franceses em Roma desde 1589 – missas e confissões são realizadas em francês . O teto merece especial atenção, pois, é simplesmente lindo!
Aqui encontrei as últimas 3 obras do meu roteiro ‘caravaggiano’:
A vocação de São Matheus
O momento em que Jesus convida Matheus, um cobrador de impostos, para se tornar seu discípulo é representado por Caravaggio em modo bastante particular.
Na tela, enquanto Cristo à esquerda, ao lado de São Pedro e sob uma luz externa, considerada a luz de Deus, aponta para Matheus, este por sua vez olha para Jesus com espanto e aponta para si mesmo, como quem tenta confirmar se, realmente, é ele que está sendo convidado.
Ao redor de Matheus, uma mesa com moedas, representando sua profissão e seus assistentes, contando o dinheiro enquanto o próprio Cristo se faz presente. Uma detalhe interessante da tela é que Jesus e São Pedro, são representados com vestes de seu tempo, enquanto Matheus e seus assistentes, usam roupas elegantes típicas de 1600, fazendo com que a cena se torne mais próxima da realidade do artista.
São Matheus e o anjo
Nessa obra São Matheus é o protagonista central e absoluto, precedido do anjo que lhe traz uma mensagem celestial. O santo é representado como se estivesse apressado para anotar a mensagem trazida pelo anjo. A sensação de movimento é trazida pela banqueta sobre a qual está são Matheus e pelo anjo que, envolto por um manto branco, traz luminosidade e leveza ao quadro.
O Martirio de São Matheus
O quadro representa o momento em que, segundo a lenda, São Matheus foi assassinado enquanto celebrava uma missa. O motivo do homicídio seria o fato de Matheus ter feito da filha do Rei da Etiópia e freira, sua concubina. A tela é uma das mais complexas da obra de Caravaggio e representa o ápice de sua maturidade artística.
O jogo de claro e escuro nos instiga a descobrir os personagens, com destaque especial para a expressão de raiva do assassino e para o anjo que oferece a palma do martírio para São Matheus (até hoje não se sabe se o mártir tem os braços estendidos para alcançar a palma ou para se defender de seu algoz).
Os demais personagens são pessoas que assistiam a missa e, suas expressões minuciosamente representadas, demonstram surpresa, pânico, medo. E, em uma observação mais detalhada, bem ao fundo da tela, em linha com o assassino de São Matheus, um dos espectadores é o próprio Caravaggio, em um autorretrato impecável e melancólico.
Depois dessa viagem pela obra de Caravaggio me restou tomar um enorme sorvete na Piazza Navona, observando os artistas de rua e guardando na memória casa detalhe desse dia especial!
Na prática
No mapa abaixo você encontra o percurso que eu fiz e a indicação de todos os locais citados neste post de Caravaggio em Roma. O passeio todo dura aproximadamente 4 horas, sem contar o almoço!
Veneza é considerada uma das mais românticas cidades do mundo e é um lugar onde natureza, arte, história, mistério e magia se encontram.
A mais romântica cidade do mundo, também pode ser um tanto assustadora para quem não a conhece!
Isto porque são inúmeras as dúvidas dos turistas que visitam a cidade, que não sabem onde se hospedar, onde comer, como se locomover e o que ver. E isso é normal, já que Veneza é, realmente, uma cidade muito peculiar e cheia de segredos.
Roteiro de dois dias para Veneza
Para visita-la com tranquilidade, é necessário um bom planejamento! E pensando em ajuda-lo com a organização de sua visita pela cidade, preparei um Roteiro de 2 dias em Veneza, incluindo passeios para as ilhas da laguna (Murano, Burano e Torcello).
Esse é o primeiro de uma série de ebooks (livros em formato eletrônico) com o selo ITALIAna, que serão vendidos a preços acessíveis (R$ 29,90) e que contém informações que farão uma enorme diferença na sua viagem!
O que você vai encontrar no ebook:
– informações sobre a cidade;
– melhor período do ano para ir à Veneza;
– as festas de Veneza;
– informações sobre como chegar e como se locomover;
– sugestões de hotéis e restaurantes;
– roteiro detalhado de 2 dias em Veneza, Murano, Torcello e Burano;
– mapa com todas as atrações;
– mapa das llinhas de navegação da cidade;
– e muitas Dicas da Ana!
Você pode imprimir o ebook (fica lindoooo) ou baixa-lo no PC, tablet ou celular e consulta-lo em qualquer momento da viagem!
Após efetuar o pagamento, você receberá o seu exemplar por email. Tudo é feito através da plataforma Hotmart, 100% segura e confiável. Por comprar com fé!!
Comprando os produtos ITALIAna você ajuda a manter o blog no ar com informações de qualidade! E leva para sua viagem informações preciosas, que recolhi durante os 10 anos trabalhando com turismo para a Itália e como travel designer. Grazie mille 🙂
O maior medo do viajante que vai para a Itália: comer mal! E o que parece impossível de acontecer, acontece se você entrar naquelas trattorias-típicas-armadilha-pra-turista.
Para ajuda-lo, neste post vou te dar uma lista de lugares para você comer em Roma tranquilamente! E bem….muito bem!
Comer em Roma
Acho muito difícil preparar uma lista dos meus restaurantes preferidos, primeiro porque são vários, depois porque se em um dia eu comeria um boi inteiro, no outro me contento com uma saladinha. Um dia quero comer um hambúrguer e tomar cerveja e no outro quero um prato feito por um chef renomado harmonizado com um vinho carésimo. Assim, cada dia tenho um restaurante preferido!
Imagino que isso aconteça com vocês também. Por isso, fiz uma lista de alguns dos restaurantes que já fui em Roma e tentei separa-los por tema.
Não vou te dizer “essa é a melhor pizza” ou ” esse é o melhor sorvete”, porque gosto é muito particular. Mas posso garantir que a lista in-te-ra só tem lugar de qualidade reconhecida.
No mapa, vocês vão perceber que a maioria dos restaurantes ficam fora da zona turística, justamente porque prefiro lugares frequentados por locais. Por isso, prefira visita-lo no jantar e, se possível, faça a reserva com antecedência.
Checchino (local histórico) Via Monte Testaccio, 30 – http://www.checchino-dal-1887.com/ Pratos típicos da culinária pobre romana, como rabo, língua e vísceras cozidos com alcachofra, salsão e uva passa. Preço médio 70 Euros.
Sora Margherita Piazza dell 5 Scole, 30 Minúsculo restaurante com 10 mesas e tooodas as especialidades da cozinha romana. Experimente a alcachofra, as abobrinhas recheadas de atum e o cacio ricotta e pepe. Abetto somente na hora do almoço e sexta-feira no jantar também. Preço médio 20 Euros.
Felice Testaccio Via Mastro Giorgio, 29. Site: http://www.feliceatestaccio.com Típica tratoria romana, aberta desde 1936. Serviço rápido. Preço médio 35 Euros.
Trattoria Da Lucia Vicolo del Mattonato, 2/B – Trastevere Tratoria típica no Trastevere, mas escondida e fora da rota dos turistas. Coma o “spaghetti alla gricia”, por favor! Preço médio 20 Euros.
Spaghetti “alla gricia” do Da Lucia…hummmm – Onde comer em Roma
Ai 3 Scalini Via Panisperna, 251 – Bairro Monti http://colosseoorg.wix.com/aitrescalini Aberto em 1895, ambiente informal. Experimente o “Cacio al Coccio”, querijo gratinado na cumbuca de barro. Preço médio 20-25 Euros.
Trattoria Santa Lucia Largo Febo 12 – Piazza Navona – http://www.ristorantesantaluciaroma.it/ O restaurante que Julia Roberts foi no filme Comer, Rezar, Amar. Sem mais! Preço médio 30 Euros.
Melo Trattoria Via Magnanapoli, 6 Bem perto do Coliseu e dos fóruns imperiais, perfeito para uma pausa. Deliciosos antepastos! Preço médio 15-20 Euros.
Ristorante Krug Via Properzio, 30 – Perto do Vaticano Opção boa para uma taça de vinho ou pratos de massa típicos. Valor médio 25 Euros.
Ba Ghetto Via del Portico d’Ottavia, 57 – http://www.baghetto.com/it/ No gueto judeu de Roma, comida kosher e especialidades romanas-judaicas. Experimente alcachofra frita (carciofo alla giudia). Valor médio 30-40 Euros.
No “restaurante da Julia Roberts” Santa Lucia – Onde comer em Roma
Rapidinhos
Mi’zzica Via Catanzaro, 30 – http://www.mizzicaroma.com/ Arancini, morrazarella in carroza e tooodas as coisas boas típicas da Sicília, inclusive os doces! Tem pratos de massa por 5 Euros no almoço!
Mondo Arancina Via Marcantonio Colonna, 38 – http://www.mondoarancina.it/ Típico siciliano, com arancini,pizzas, doces…tudo feito com ingredientes sicilianos.
Mercato Centrale Estação Termnini – http://www.mercatocentrale.it/roma/ Várias opções dos melhores produtos a região. Pasta, panino, gelato, caffè, pizza… tudo mesmo! Preços acessíveis. Você vai querer repetir a experiência. Certeza!
Enotecas
Cul de Sac (local histórico) Piazza di Pasquino, 73 – http://www.enotecaculdesacroma.it Mais de 30 anos de história e 1000 rótulos de vinho. Frios e queijos italianos e franceses, sopas e tortinhas. Preço médio 30 Euros.
Uve e Forme Via Padova, 6-8 – http://www.uveeforme.it/ Uma enoteca que organiza degustações a pedido do cliente e serve ótimos pratos no almoço, com menu completo fixo de 18-20 Euros.
Enoteca Regionale Palatium Via Frattina, 94 – http://enotecaregionalepalatium.it Todos os vinhos da região do Lazio possíveis e pratos de encher a boca d’água, cozinha comandada pelo chef Dino De Bellis.
Menu mais elaborado
Lanificio 159 Para entender esse local fabuloso, leia o post que escrevi dedicado a ele, clicando aqui.
Open Colonna Via Milano, 9A – http://antonellocolonna.it/open/ Comandado pelo renomado chef Antonello Colonna, o restaurante serve City Lunch (all you can eat) por 16 Euros e brunch aos finais de semana por 30 Euros.
Momart Caffè Via XXI Aprile, 19 – http://www.momartcafe.it/ Aqui aconteceu o aperitivo de boas vindas para as leitoras que viajaram comigo em 2016. É um dos lugares cool do momento. Excelente para o happy hour. Preço médio 20 Euros.
Ferrovecchio Via dei Sabelli, 32 Sabe aquele hambúrger que não te dá peso na consciência de comer? Tudo caseiro, inclusive o pão! Escolhi este local para o aperitivo das leitoras que viajaram comigo em 2015. Um antigo ferro-velho foi revitalizado para receber a lanchonete. Super divertido! Num dos bairros onde os jovens romanos se divertem! Preço médio 20 Euros.
Open Balladin (cervejaria) Via degli Specchi, 6 – http://www.baladin.it/en Cerveja, cerveja, cerveja… o paraíso para quem é fã da bebida. Escolha a sua cerveja num menu com dezenas delas a sua escolha! Preço médio 10 Euros.
Open Baladin, para os amantes de cerveja – onde comer em Roma
La Zanzara Bistrot Via Crescenzio, 84 – http://www.lazanzararoma.com/ Boa a opção para o almoço depois de visitar o Vaticano. Ótimo para o happy hour.
Pastificio San Lorenzo Via Tiburtina, 196 – http://www.pastificiosanlorenzo.com Levo todo amigo que eu gosto muito para lá! Tudo perfeito: ambiente, comida, drinks. Vai gastar muito, mas vai ser culpa do barman…
Os drinks do Pastifico San Lorenzo são os melhores!
SAID Bistrot Via Tiburtina, 135 – http://said.it/en/ Uma fábrica de chocolates que serve pratos deliciosos e requintados.
Aqui só tem local!
Trattoria Da Neno Via Ravenna, 30 – http://trattorianeno.it/ Aqui aconteceu o jantar de despedida do grupo de 2016 que viajou comigo. Comida boa e ambiente super agradável! Preço médio 25 Euros.
Dai Toscani Via Forlì, 41 – http://www.daitoscani.com/ Especialidades da cozinha De Florença. Preço médio 30 Euros.
Tram Tram Via dei Reti, 46 – http://www.tramtram.it/ Um achado! Comida tradicional e de qualidade, administração familiar. Preço médio 20-25 Euros.
Sempre que possível reserve com antecedência, principalmente na alta temporada. A antecedência pode ser somente de algumas horas antes do jantar. É praxe reservar na Itália.
Atenção aos horários de funcionamento dos restaurantes. Muitos fecham às 14 horas e só reabrem para o jantar. Confira no site o horário correto e, em caso de dúvida, vá almoçar às 13h00 e jantar às 20h00.
O valor médio é referente a uma refeição sem bebidas alcoólicas.
Oi! Sou Ana Grassi, 40 e tantos anos, casada, mãe de 4 filhos pequenos (7, 10, 12 e 14 anos), sou travel designer, empresária e viajo sozinha. E muito!
Quando eu digo que viajo sozinha e deixo em casa marido e filhos para me aventurar pela Itália, a pergunta que me fazem com olhares que variam entre admiração, incredulidade e julgamento é: “Como você consegue?”
Bom, a resposta não é tão simples e previsível quanto a pergunta. Há tempos penso no “como” e no “porquê” de viajar sozinha. E para acabar com a curiosidade (a minha e a de vocês) vou tentar responder isso de uma vez por todas.
Mas já adianto: viajar sozinha é um estilo de vida. E se o bichinho viajante solo te picar…ah… você sempre na vida vai dar um jeitinho de escapar sem ninguém, não por falta de opção ou companhia… mas por escolha própria.
Como você consegue viajar sozinha?
Nem sempre tive prazer em viajar sozinha. O início foi difícil…eu não sabia o que fazer ou onde ir, não conseguia me divertir e passava horas pensando: “ai, se Fulano/a estivesse aqui…”.
Minha primeira vez sozinha na Alemanha foi praticamente uma sucessão de visitas a banheiros públicos, tamanho o desarranjo intestinal de nervoso que me deu.
E mesmo na Itália não foi melhor! O espaguete não descia goela abaixo nem com litros de vinho.
Me sentia mal em reservar mesa para UMA pessoa no restaurante, sentia medo de sair sozinha à noite e entediada de passar horas na companhia de mim mesma.
Mas aos poucos foi acontecendo…e de repente, tive certeza que EU era a minha melhor companhia!
Tenho que dizer que o processo foi bem mais rápido do que eu imaginei. Hoje, muitos anos e muitas viagens depois daquela primeira, posso dizer que a maior desvantagem que encontro em viajar sozinha, é colocar minha mala no vagão do trem e trocar o pneu furado do meu carro.
Por que você viaja sozinha?
Primeiro porque eu adoro! Depois porque minha vida profissional exige que eu fique muito tempo fora de casa, e é impossível levar a trupe toda atrás de mim no meu “via-vai”.
A cada 3 meses que passo no Brasil, passo um na Itália em viagens de pesquisa. Bom, sim, meus filhos foram criados acostumados com esse bate e volta. E , para eles, a Itália fica ali…bem na esquina de casa! Tudo natural, nada de drama ou sofrimento.
Obs. muuuuito importante: olha que mundo perfeito: meu marido não gosta de viajar! Por isso, fica com a criançada em casa numa nice…hihihi… beijo, marido!
Dicas para começar a viajar sozinha
Ao longo do caminho, juntei algumas dicas que me ajudaram e que podem ajuda-la depois de tomada a decisão de viajar sozinha.
1 – Aprenda a gostar de sua própria companhia
Para viajar sozinha é preciso aprender a apreciar sua própria companhia.
Parece óbvio e corriqueiro, mas não é.
Tente se lembrar: qual foi a última vez que você se convidou para jantar? Atenção! Não é para responder qual foi a última vez que jantou sozinha…mas sim qual foi a última vez que você se convidou para jantar, que se arrumou, se maquiou, reservou um restaurante só para você e foi se encontrar?
Qual foi a última vez que você ouviu o que você tinha para falar com você mesma?
Qual foi a última vez que saiu não para fazer coisas para os outros, mas para fazer algo pra você e só com você?
Se estas ações não são habituais em sua vida, meu conselho é: crie o hábito de apreciar sua companhia.
Saia mais vezes sozinha. Vá ao cinema, reserve um restaurante só para você, crie situações que você vai encontrar no dia a dia de uma viagem solo e analise se se sente confortável com isso.
Só depois, prepare sua malinha e parta.
2 -Comece devagar
Você pode até apreciar passar umas horas consigo mesma, mas passar dias e semanas sozinha é beeem diferente.
Por isso, meu conselho é: comece a viajar sozinhas por períodos curtos e em lugares de língua que você domina.
Não vai fazer como eu! Que escolhi a Alemanha pós queda do muro de Berlim para dar uma voltinha sozinha…sem falar alemão ou russo! É dor de barriga na certa!
Começando lentamente, você terá mais tempo de se acostumar com você mesma e com essa nova situação.
3 – Afaste a solidão
Viajar sozinho não é a mesma coisa que estar solitário.
Se você está naqueles dias que precisa de companhia, procure uma! Abra-se para novas amizades!
Minhas dicas: procure restaurantes com mesas coletivas, cursos de culinária em grupo, hospede-se em hostel, faça visitas guiadas em grupo, vá ao estádio de futebol, etc.
Se vai começar a viajar sozinha para o exterior, saber inglês ou a língua do país a ser visitado facilita muito! Matricule-se em um curso de línguas para aprender pelo menos o básico antes de partir.
4 – Mantenha os sentimentos sobre controle
Todo sentimento que você dá atenção, cresce.
Se na primeira dorzinha no coração, você abre o berreiro e liga chorando pra casa ou “prasamiga”, a chance de pagar uma multa e alterar a data do seu bilhete de volta é grande!
Calma! Respira! Viajar sozinha é quase uma meditação. Vai ser necessário treinar o autocontrole.
Eu faço assim: quando ligo para meus filhos ou meu marido, claro que fico triste e com saudades, né? Meu coração é mole, não é de pedra.
Aí eu me permito “sofrer” de saudade por uns 7-10 minutos: choro, borro a maquiagem, me xingo por ter escolhido essa vida…depois eu seco tudo, passo rímel de novo e saio feliz em minha companhia. Só “sofro” de novo no dia seguinte!