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Alpes italianos – 7 dicas para sua viagem ser um sucesso!

Para nós, brasileiros acostumados a suar no calorzão tropical pode parecer um pouco assustador viajar para os alpes italianos no inverno. Mas com um bom planejamento e as Dicas da Ana tenho certeza que o frio, a neve e o gelo não vão atrapalhar em nada sua programação.

Neste post vou dar dicas de como se preparar para frio meeeeesmo, o frio das montanhas. Não estou falando de 5 graus positivos, e sim de 20 graus negativos.

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Rifugio Lagazuoi – Alpes italianos

Quando eu estava a 3000 metros de altitude, numa montanha branquinha de neve e com o céu mais azul que já vi na vida sobre minha cabeça, me deparei com um termômetro que marcava – 17 graus. Minha reação foi: “Meu Deus! Eu tô viva! Sobrevivi!”.

E, olha, se a Ana friorenta sobreviveu e nem sofreu tanto assim…você também vai sobreviver. Garantido!

Alpes italianos na prática

1 – Você gosta de frio?

Se você é daquelas pessoas que está de gorro de lã, tomando chá ao lado da lareira com a temperatura na casa dos 18 graus, bom, pode ser que sofra um pouco. Avalie se vale mesmo a pena arriscar  uma mudança tão drástica de temperatura. Pense na possibilidade de começar a visitar lugares mais frios aqui pelo Brasil e veja se se sente confortável.

Mesmo com roupas adequadas, a sensação de frio existe e pode te deixar de mau humor e sem vontade de sair do hotel.

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Dolomitas – Cortina d’ Ampezzo – Alpes italianos
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Alpes italianos

 

2 – Roupas adequadas

A roupa de inverno que usamos no Brasil não dá conta do inverno alpino. O ideal é comprar roupas de inverno na cidade onde será seu desembarque. Reserve um dia para ir a uma loja de departamentos e compre tudo lá.

Se tem intenção de praticar algum esporte de inverno, compre também calças e casacos impermeáveis e calçados anti-derrapantes. É importantíssimo manter as mãos e a cabeça aquecidas, então, invista em gorros e luvas quentinhos também.

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3 – Carro

Se no seu roteiro está previsto o aluguel de carro, dê preferência para aluga-lo já com pneus adequados para neve. Este é um item imprescindível para a segurança de sua viagem. Além disso, em muitas cidades e estradas o uso de pneus de neve é obrigatório.

Eu viajei sozinha por mais de 700 Km pelos alpes italianos e não tive problema nenhum com meu carro com pneus de neve. O único cuidado é quando a neve vira gelo e aí a pista escorrega muito. Mas é bem administrável.

Se o seu hotel não possuir um estacionamento coberto, a chance de ter que tirar a neve de cima do seu carro é enorme! Tenha sempre uma espátula apropriada para tirar a neve e raspar o gelo dos vidros.

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Alguém viu meu carro por aí? – Alpes italianos

 

4 – Hotel

Se tiver sorte vai encontrar muita neve e um céu azul anil maravilhoso, mas pode ser que durante o período de sua viagem se depare com um céu cinza e nevasca. Quem está acostumado com o frio, sai para esquiar do mesmo jeito, mas para quem não está, a vontade é de curtir o hotel com uma boa xícara de chocolate quente nas mãos.

Sendo assim, escolha um hotel confortável, com um bom restaurante e que ofereça algum tipo de atividade, como os spas (centro benessere), por exemplo.

Aconteceu comigo que, esquiando, torci um joelho. No hotel que eu estava o spa era maravilhoso! Acabei passando uma deliciosa tarde de relaxamento e, no dia seguinte, estava novinha em folha!

Leia qui sobre o Hotel Lajadira, em Cortina d”Ampezzo

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O hotel tem hot tube externa e acesso às pintas de esquis – Alpes italianos
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Restaurante do hotel La Tana dell’ Orso – Ponte di Legno, Alpes italianos

 

5 – Esportes de inverno

Se vai começar a praticar algum esporte de inverno (esqui, snowshoeing, escalada em cascatas de gelo), a contratação de um guia experiente é essencial para sua segurança.

Procure por agências especializadas em esporte na cidade que você vai e contrate os serviços com antecedência para não correr o risco de ficar sem.

Leia aqui sobre a caminhada na neve (snowshoeing)

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6 – Não gosta de esquiar?

Existem muitas atividades dedicadas aos SLONS (snow lovers no skiers), ou seja, para aqueles que gostam de neve mas não de esquiar.

Você pode alugar uma bike para andar na neve (fatbike), comprar o passe de esqui somente para passear pelos teleféricos até o topo das montanhas ou distrair-se com a gastronomia local nos maravilhosos refúgios.

Refúgios são restaurantes no topo das montanhas, frequentados por esquiadores ou não. O acesso é exclusivamente feito por teleférico ou bondinhos.

Pesquise também na cidade sobre eventos, mercadinhos ao ar livre, mostras culturais, festas folclóricas, bons restaurantes, fábricas de queijo. Lembre-se que inverno é estação de alta temporada e, geralmente, as cidades estão bem agitadas.

Leia aqui sobre o Refúgio Lagazuoi e a sauna mais alta das Dolomitas

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Rifugio Lagazuoi – Cortina d’ Ampezzo, Alpes italianos

 

7 – Ski Pass

Para utilizar toda a estrutura do complexo de esqui é necessário adquirir o chamado “ski pass”, que te dará acesso à todas as pistas e teleféricos ilimitadamente durante um período de tempo (um dia, uma semana, etc).

Ele é útil também para quem não vai esquiar mas quer subir até o topo das montanhas para almoçar no refúgio ou somente para curtir o visual.

Geralmente os ski pass são vendidos nos escritórios de turismo da cidade ou nos hotéis.

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A subida às pistas e aos refúgios podem ser feitas de teleférico ou funiculares

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Destinos de neve no norte da Itália – mesmo para quem não esquia

Destinos de neve no norte da Itália

Settimana Bianca (semana branca) é o termo italiano usado para identificar as férias passadas nas montanhas na época do inverno, com o objetivo de praticar esportes e curtir o estilo de vida (e a gastronomia!) das alturas. Sempre tive vontade de fazer a settimana bianca, mas me faltava um pouco de coragem para encarar o frio e um pouco de disposição para aprender a esquiar.

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Determinada a me superar, em fevereiro deste ano parti não para uma mas pra quase 3 semanas branquiiinhas de neve no norte da Itália. E descobri uma Itália  pela qual me apaixonei!

No mapa abaixo está o percurso que fiz de carro (em vinho) e também o trecho que fiz com o trem Bernina Express (em laranja).

Em breve todas as dicas dos destinos aqui no blog!

TIRANO, BERNINA EXPRESS e SAINT MORITZ

Comecei por Milão e dali viajei até Tirano, uma cidade da região da Lombardia na fronteira com a  Suíça e de onde parte o famoso trem Bernina Express, patrimônio da UNESCO.

Tirano é pequena, mas eu acho que vale a pena passar pelo menos algumas horas por ali. Descobri um bistrô charmoso perto da estação: o Bistrô Merizzi. A um quilômetro da estação para o lado esquerdo está o Santuario della Madonna di Tirano, local  onde Nossa Senhora apareceu em 1501. E para o lado direito está o centro histórico.

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Café Merizzi, em Tirano – destinos de neve no norte da Itália

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Santuario dellla Madonna di Tirano – destinos de neve no norte da Itália

A bordo do trenzinho, as paisagens que se sucedem são a grande atração. A ferrovia passa por vários viadutos, 55 túneis e 196 pontes até chegar a 2253 metros de altitude.

Minha viagem com o Bernina terminou em Sain Moritz, na Suíça, e as duas horas de viagem se passaram num segundo!

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Bernina Express faz o percurso declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO -destinos de neve no norte da Itália

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destinos-de-neve-na-italia-12Dei muita sorte em Saint Moritz! Era o dia de Turfe Noturno no lago congelado e a cidade estava uma festa!

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O turfe acontece no lago congelado da cidade – destinos de neve no norte da Itália

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Dormi lá uma noite só pois não tinha interesse em conhecer as pistas de esqui e, sinceramente, tirando os esportes de neve sobra muito pouco para se ver em Saint Moritz. Mesmo assim, alguns passeios valem a pena e logo vou dar dicas para vocês.

CORTINA D’AMPEZZO

Meu segundo destino foi Cortina d’ Ampezzo, a cidade mas encantadora das Dolomitas.

Aliás, as Dolomitas – também  Patrimônio da Unesco – são as  montanhas dos Alpes Orientais da Itália formadas por rochas dolomíticas (daí o nome).

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As Doolomitas, também Patrimônio da Humanidade UNESCO – destinos de neve no norte da Itália

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Em Cortina comecei a me aventurar nos esportes de inverno e me apaixonei pelo snowshoeing, chamado de ciaspole na Itália. Tal esporte consiste basicamente em caminhar na neve fresca com “raquetes”  que aumentam a superfície de contato dos seus pés com a neve, distribuindo seu peso e evitando que você se afunde muito na neve…

Atenção! Eu disse “que se afunde muito”, rsrsrs…porque dependendo da quantidade de neve a perna afunda completamente! E isso, além de divertido, é um exercício físico e tanto!

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Snowshoeing com o guia Michele, do Dolomiti Skirock – destinos de neve no norte da Itália

Diferente de Saint Moritz, Cortina d’ Ampezzo tem muita atração para quem curte frio e neve, mas não esportes de inverno. Museus que contam da Primeira Guerra Mundial, excelentes restaurantes, comércio elegante, locais adequados para caminhada e spas.

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Refúgio Lagazuoi, que tem a sauna mais alta das Dolomitas – destinos de neve no norte da Itália

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Andando pelas ruas de Cortina d’ Ampezzo – destinos de neve no norte da Itália

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Cortina d’ Ampezzo ao entardecer – destinos de neve no norte da Itália

Em Cortina também fui pela primeira vez numa partida de hockey no gelo e amei! O Stadio del Ghiaccio (Estádio do Gelo) foi sede das Olimpíadas de Inverno de 1956 e hoje, além das partidas de hockey acontecem apresentações de patinação.

PONTE DI LEGNO

Ponte di Legno é uma cidade alpina de somente 1800 habitantes. O tamanho da cidade é inversamente proporcional à sua importância como destino de férias de inverno. Pra se ter uma ideia, o Touring Club Italiano, em 1912 nomeou a cidadezinha a “primeira estação italiana de turismo e esportes de inverno”.

De lá pra cá o número de pistas só aumentou e hoje o complexo Adamello Ski conta com 111 Km de pistas de esqui, todas interligadas entre si e de todos os níveis de dificuldade, entre as quais, a mais apreciada pelos radicais: a pista Paradiso.

Eu fiz algumas aulas de esqui e esquiei nas pistas azuis, dedicadas aos principiantes. Em outro post conto tudo para vocês!

destinos-de-neve-na-italia-19A vista do quarto do meu hotel La Tana dell’ orso – destinos de neve no norte da Itália

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Além de esquiar, o forte desta região é a gastronomia. Visitei uma fábrica de queijos Silter, fabricado somente ali com rigoroso controle em sua produção. Outra primeira experiência foram os pratos à base de carnes de caça; comi cervo e camurça e não poderia descrever o delicioso sabor deles!

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Fábrica de queijos Silter Andrea Bezzi – destinos de neve no norte da Itália

Enfim, gostei tanto que minha settimana bianca do ano que vem já está reservada no meu calendário!

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Na prática

Site oficial de turismo Saint Moritz: www.engadin.stmoritz.ch

Hostel que me hospedei em Sain Moritz: Youth Hostel St. Moritz

Site oficial para comprar os bilhetes para o trem Bernina Express: www.rhb.ch

Site oficial do turismo em Cortina d’ Ampezzo: www.cortina.dolomiti.org

Instrutores de esqui e esportes invernais em Cortina: www.dolomitiskirock.com/sp/it/

Hotel onde me hospedei em Cortina d’ Ampezzo: Hotel Lajadira & SPA

Site oficial do turismo em Ponte di Legno – Adamello Ski: www.adamelloski.com/it/

Instrutores de esqui e esportes invernais em Ponte di Legno: www.scuolascipontetonale.com/en/

Hotel onde me hospedei em Ponte di Legno: La Tana dell’Orso

Procurando hotel na Itália? Clique no banner abaixo:

Booking.com

Ana Grassi contou com o apoio do escritório oficial de promoção turística de Cortina d’Ampezzo e Ponte di Legno. Mas fique tranquilo, aqui a liberdade editorial é garantida e as opiniões e impressões relatadas são imparcias e verdadeiras.

Review Hotel Ville sull Arno – luxo em Florença

Na minha última viagem para Florença fiquei no Hotel Ville sull Arno, um city resort 5 estrelas bem próximo do centro histórico da cidade.

O hotel fica em uma vila renascentista fascinante à beira do Rio Arno, o rio que corta a cidade de Florença. Alguns quartos tem a varanda voltada para o rio e o entardecer ali é lindo…

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A varanda do meu quarto! – Hotel Ville sull Arno

Hotel Ville sull Arno

Por ser uma vila, o hotel não tem grandes proporções, o que eu prefiro! Na minha opinião, o tamanho é perfeito pois o  transforma num local muito acolhedor. O staff ajuda com a sensação de acolhimento; assim que chego me recebem com um abraço e  um copo de chá gelado.

A recepção não é uma verdadeira recepção…é uma sala onde você se senta comodamente em uma poltrona enquanto seu cadastro é realizado (são muito ágeis). Na “recepção” também encontra-se um armário com peças de roupa vintage à venda!! Um charme difícil de resistir!

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As salas do hotel – Hotel Ville sull Arno
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A decoração é uma atração à parte! Eu parava a cada dois passos para admirar os maravilhosos objetos de arte e decoração espalhados pelos salões do hotel.

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Quando eu abri a porta e entrei na minha suíte quase caí de costas! Ah! Mas eles fazem isso de propósito… Imagina o impacto ao ver a porta da varanda do quarto aberta, as cortinas abertas esvoaçando e o Arno correndo tranquilo bem ali… quase que eu podia toca-lo! Uma pintura!

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A vista do meu quarto – Hotel Ville sull Arno

Fiquei uns minutos deitada no recamier de veludo em frente às portas da varanda, admirando o rio e pensando como a vida é boa…

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A suíte

O quarto é extremamente confortável. Cama king size, lençóis e travesseiros macios e confortáveis. E, apesar da tapeçaria de seda e veludo, o ambiente é leve, charmoso e refinado.

Conta com lareira, TV tela plana enorme e um cantinho com tudo o que você precisa para fazer um chá ou um café.

Reserve sua estadia no Ville sull’ Arno com cancelamento grátis, clicando aqui.

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O banheiro é luxuoso. Mas fiquei apaixonada mesmo pelos ammenities, produzidos por uma das farmácias históricas de Florença. Além disso, os produtos vem em embalagens grandes, suficientes para uma semana de viagem!

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Café da manhã

O café da manhã é inacreditável! Eu que sou adepta do parco café da manhã all’italiana (cappuccino e brioche) não resisti às delícias do enorme buffet. Tudo tão caprichado!

Pães frescos e caseiros de todo os tipos, inclusive sem glúten, geleias de frutas frescas,  E o ponto alto para mim! De uma bandeja de favo inclinada escorria um fiozinho de mel sem parar…

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A mesa de doces do café da manhã era enorme! – Hotel Ville sull Arno
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Diante de tanta tentação, passei uma hora e meia indo com o pratinho vazio e voltando com o pratinho cheio para minha mesa… sem pudor nenhum porque falando sério…já vi muuuiitos cafés da manhã bons em hotéis na Itália, mas nenhum como esse!

Reserve sua estadia no Ville sull’ Arno com cancelamento grátis, clicando aqui.

O SPA

Sim…depois do café da manhã…ahahahaha…

A área de café da manhã é luxuosa e muito relaxante. Com sauna seca e a vapor, áreas de descanso com fonte de pedrinhas de gelo e duchas aromáticas (falei sobre elas no post do Castello di Velona). A piscina do spa possui muitas duchas de hidromassagem, cascatas e cromoterapia. A piscina foi construída num local que parece uma “caverna” o que potencializa as sensações provocadas pelas luzes da cromoterapia.

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A piscina possuía cromoterapia, cacheira e muitas duchas de hidromassagem – Hotel Ville sull Arno
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No SPA existem vários tratamentos de massagem e estética – Hotel Ville sull Arno
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A piscina externa estava gelada e não entrei, mas fiquei lendo na sombra das árvores! – Hotel Ville sull Arno

 Localização

O Hotel fica a um quilômetro e meio do centro histórico de Florença e em 5 minutos pedalando a bike que o hotel disponibiliza para os hóspedes você já avistara a  Ponte Vecchio em todo seu esplendor!!!

Uma outra coisa genial: quando você sai do hotel pode levar o aparelho de wi-fi portátil com você sem pagar nada! Para uma blogueira esse foi o toque de ouro!

Enfim, hotel recomendadíssimo para casais, famílias pequenas, e para quem quer relaxar num hotel sofisticado e perto de atrações espetaculares!

Reserve sua estadia no Ville sull’ Arno com cancelamento grátis, clicando aqui.

Itália com crianças – Planejamento da viagem

Ao contrário do que muita gente pensa, não há destino adequado ou inadequado para criança. O mundo todo pode ser um destino possível e a Itália com crianças pode sim ser muito divertida!

Na execução dos Roteiros Personalizados para meus clientes que viajam com filhos, é sempre um prazer ouvir, na volta, que as crianças se divertiram muito e de quebra ainda aprenderam um pouco de arte, cultura e história.

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As crianças adoram andar de bicicleta para explorar a cidade – Itália com crianças

Em outubro de 2012 levei dois de meus quatro filhos pela primeira vez à Itália. Ana Clara e Manuela tinham na época 8 e 10 anos. Elas ficaram muito empolgadas de conhecer o país dos nossos antepassados e o “escritório da mamãe”.

Desde então, sempre que posso carrego as meninas comigo e, com isso, fiquei craque no tema “Itália com crianças”.

Viajar com crianças exige uma dose extra de planejamento. Assim, se possível, comece a se organizar com antecedência. Neste post vou te ajudar com informações sobre os documentos necessários e a escolha do roteiro de viagem adequado.

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Inclua pausas entre uma atração e outra – Itália com crianças

Documentos

  • Passaporte da criança: confira a data de validade, que deve ser de 3 meses após a data da volta para o Brasil;
  • Se apenas um dos pais for viajar com a criança, será necessário levar o formulário de autorização de viagem (veja modelo clicando aqui) caso a autorização não tenha sido feita no corpo do passaporte na ocasião de sua retirada;
  • Se o passaporte ainda é o modelo antigo e não possui filiação, é prudente levar a certidão de nascimento ou o RG da criança;
  • Não há necessidade de visto para entrar na Itália;
  • Não há necessidade de vacina, além daquelas presentes no calendário oficial brasileiro. Porém, neste quesito é sempre bom ficar atento, pois em 2012 houve um surto de sarampo na Itália e eu precisei levar a carteira de vacinação internacional de minhas filhas, comprovando que elas eram vacinadas contra esta doença;
  • Faça o seguro de saúde com uma corretora de sua confiança. Eu utilizo a Real Seguros, se quiser fazer uma cotação, clique aqui.
  • Você pode levar os remédios que a criança toma habitualmente, mas leve também a receita do pediatra, caso te peçam no aeroporto. Remédio vai sempre na mala de mão!

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Se as crianças já são maiores, carregam sua própria mochilinha – Itália com crianças

Planejando o roteiro da viagem

  • Dê preferência para voos diretos ou com conexões confortáveis (nem muito curtas que causem correria,em muito longas que causem irritação)
  • Compre bilhetes de trem antecipadamente, para garantir que se sentarão juntos
  • Se for alugar carro, peça com antecedência a cadeirinha adequada para a idade do seu filho
  • Procure intercalar dias de deslocamentos (de carro, avião, trem) com dias de descanso
  • Monte um QG numa cidade estrategicamente localizada e faça bate e voltas para cidades vizinhas, evitando a constante troca de hotel
  • Alugar um apartamento ou hospedar-se em um flat com mini-cozinha pode ajudar na hora de preparar mamadeiras e lanches de última hora
  • A Itália tem muitas cidades pequenas, com parques e atrações ao ar livre, considere coloca-las no roteiro
  • Compre bilhetes de passeios e museus antecipadamente e evite horas de fila

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Comprar fruta na feira e lavar na fonte para comer! – Itália com crianças

Dicas da Ana

Itália com crianças

  • Sei que criança suja muita roupa, mas não caia na tentação de levar o armário inteiro! Caso haja necessidade, use a lavanderia do hotel ou lavanderias self service, que são fáceis de encontrar
  • Não se preocupe com a alimentação da criança na Itália. Em todo restaurante você encontrará pratos (massas, legumes) que certamente vão agrada-la!
  • Antes da viagem mostre guias de viagem, conte histórias e curiosidades sobre os lugares que irão visitar para que a criança comece a se familiarizar com o destino. Aqui em casa preparo algumas reuniões e decidimos juntas quais cidades serão visitadas. Pesquisamos juntas, montamos um diário pré viagem com muitos recortes e dicas de museus, restaurantes e passeios que gostaríamos de fazer.
  • Respeite o ritmo da criança. Não vai dar para entrar no museu pois ela está cansada ou irritada? Que tal um picnic no parque? Não pense duas vezes em modificar sua programação inicial pelo bem estar de seu filho.

Com essas dicas, sua viagem vai ser tranquila e muito divertida!

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Curso de culinária na Toscana – com receita bônus!

Curso de culinária na Toscana
Curso de culinária na Toscana

Durante o Intercâmbio Cultural Italiana, organizei um curso de culinária na Toscana para o grupo. Foram duas tardes de aula com Beatrice, a cozinheira do Agriturismo Il Poggiarello.

Curso de culinaria na Toscana
O grupo do Intercâmbio Cultural de outubro/2015 – Curso de culinaria na Toscana

 

 A cultura gastronômica na Itália é muito rica e variada. Viajando de norte a sul pelo país já encontrei pratos tão diferentes entre si que é difícil acreditar que pertençam ao mesmo povo.

De peixes à carne de caça, de polenta à spaghetti, de tiramisù à cannollo…Basta escolher os ingredientes de sua preferência e…via! O almoço está servido!

Apesar dos “segredinhos” contidos nas receitas, geralmente os pratos da culinária italiana são facílimos de fazer. Toda vez que vou para a Itália procuro aprender algo novo e coloco mesmo a mão na massa.

Curso de Culinária na Toscana

curso-culinaria-toscana04Beatrice é uma senhora simpática e muito alegre, formada na melhor escola de culinária que existe: a escola da tradição.

Cozinha os pratos da cozinha toscana sem ler nada em nenhum caderno de receitas. Tudo foi memorizado desde sua infância na cozinha onde sua avó e sua mãe cozinhavam e que foi sua escola por muitos e muitos anos.

Diferente de outros professores de culinária, a paciência de Beatrice é infinita. Éramos 15 pessoas espremidas em sua cozinha, gritando, fotografando, rindo e com taças na mão, mas Beatrice não se estressava. Ao contrário! Ria alto também, contava histórias de sua infância, segurava na nossa mão para ensinar como se cortava o chocolate para o tiramisù ou o tomate para o molho …

Curso de culinaria na Toscana Curso de culinaria na Toscana

Beatrice nos deu um ensinamento valioso… nos mostrou que o principal ingrediente de todo prato que sai de sua cozinha é a alegria!

Depois das aulas, nosso début:  sábado fomos “convocados” a ajuda-la com o jantar para os hóspedes do agroturismo. Nem pensamos duas vezes, arregaçamos as mangas, colocamos os aventais, enchemos nossas taças e de nossa cozinha – além de muitas gargalhadas – saiu massa com molho de javali, tortinhas de alcachofra, frango com pimentões, bruschette e até tiramisù!

curso-culinaria-toscana19 Curso de culinaria na Toscana

Se quiser participar do próximo Intercâmbio Cultural Italiana, clique aqui! As inscrições para o próximo grupo já estão abertas!

Curso de culinaria na Toscana

Abaixo, uma das receitas que aprendemos com Beatrice, é um tipo de massa de ovos e cortador de forma irregular, por isso o nome que, em português, significa “mal cortados”. Vai muito bem com molho rústico de tomates frescos!

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Receita maltagliati

400 gramas de farinha
4 ovos
1 pitada de sal

 

 

Modo de preparo

Em uma vasilha coloque a farinha. Faça um buraco no meio e coloque a pitada de sal e os ovos. Misture os ingredientes e amasse-os até obter uma massa lisa e homogênea.curso-culinaria-toscana10
Se a massa ficar muito dura, acrescente um pouco de água morna. Se ficar muito mole, acrescente mais um pouco de farinha.
Forme uma bola com a massa, envolva-a em uma película transparente e deixe-a repousar num lugar seco e fresco. Após 30 minutos, abra a massa com um rolo até que fique com aproximadamente 1-2 mm.

 

curso-culinaria-toscana15Corte em tiras e depois, na horizontal em pedaços irregulares. É importante manter mais ou menos o mesmo tamanho para não ter problema no momento do cozimento. Conforme for cortando, vá colocando a massa em cima de um pano limpo e enfarinhado, para que os pedaços não grudem uns aos outros.

Cozinhe-os numa panela com bastante água e sal por aproximadamente 3 minutos. Coloque o molho, bastante parmesão e buon appetito!

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Fotos Ana Grassi e Gustavo Paravidini

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Lisboa um dia e meio para andar, fotografar e contemplar

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A Italiana e a Lusitana!

Lisboa um dia e meio

Na minha curta passagem por Lisboa, conheci Mariana Araújo, que me hospedou em sua casa no sistema de couchsurfing. Imediatamente nos conectamos e nos tornamos boas amigas. Mariana tem a mesma paixão que eu tenho pela Itália, por Portugal.
Me mostrou sua cidade com tanto encantamento e paixão que pedi para que ela escrevesse aqui no blog ITALIAna um roteiro para quem passa rapidamente por Lisboa, como foi meu caso.
Espero que gostem… o post ficou “muito giro…”


Como se diz por cá, ver Lisboa num dia e meio é o mesmo que “meter o Rossio na Rua da Betesga!” ou seja, pouco tempo para tanta coisa que ver!

Porém, com algumas dicas, é mesmo possível ficar com uma agradável memória da sua visita a Lisboa.

Esta é uma proposta de passeio de contemplação. Existem muitas possibilidades, mas aqui fica o percurso que fiz com a minha amiga Ana, a ITALIAna, e mais umas pitadinhas de lugares especiais.

Roteiro Lisboa um dia e meio

# DIA 1

Vamos imaginar que você chega a Lisboa ao início da tarde do 1º dia. O meu conselho é que vá olhar a cidade de frente. Sabe como? Na margem Sul do Tejo!

Se está hospedado no centro de Lisboa, apanhe o metro ou táxi ou UBER até à estação de barcos do Cais do Sodré. Aqui apanhe um barco até Cacilhas.

Neste lado do rio fica a cidade de Almada, e o seu grande ícone é o Cristo-Rei. As visitas ao Cristo podem ser feitas até às 17h e terá de apanhar um autocarro (101 Cacilhas-Cristo Rei) em frente ao porto dos barcos.

A vista lá de cima é excelente e consegue vislumbrar toda a costa lisboeta, até Cascais.

Roteiro Lisboa um dia e meio
Vista a partir do Cristo Rei – Roteiro Lisboa um dia e meio

Roteiro Lisboa um dia e meio - Italiana Blog
Cristo Rei – Roteiro Lisboa um dia e meio

O regresso a Cacilhas também é melhor de autocarro e quando lá chegar faça o percurso pedonal sempre junto ao rio.

Pelo caminho vai encontrar zonas muito abandonadas que antes foram casas e associações de pescadores. A cerca de 500 metros, vai encontrar o Restaurante Atira-te ao Rio!

Roteiro Lisboa um dia e meio
“Chegar em Lisboa e tomar um vinhozinho à beira do Tejo foi um dos pontos altos da viagem!!!” Ana – Roteiro Lisboa um dia e meio

Este é um local trendy, muito relaxante, onde pode apreciar a vista e o fim-de-tarde para a cidade de Lisboa, com o rio Tejo a banhá-la.

Sugestão: Saladinha de polvo e uma imperial (chopinho).

Depois, se quiser andar mais um pouco e tirar umas belíssimas fotos continue ao longo do passeio até chegar a um pequeno relvado, à beira rio.

Roteiro Lisboa um dia e meio

Regresse a Lisboa antes de o sol se pôr completamente e aproveite agora para ir à Ribeira das Naus. Saindo do barco no Cais-do-Sodré, deve ir para a sua direita. Este local foi recentemente inaugurado e sugere um passeio à beira-rio ou um simples descanso nos degraus .

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Ribeira das Naus – Lisboa um dia e meio

Feche a noite com um jantar agradável no restaurante o Povo e depois um passeio por entre a multidão na Rua Cor-de-Rosa.

Roteiro Lisboa um dia e meio

# DIA 2

Este foi mais ou menos o roteiro que fiz com a minha amiga Ana, quando ela veio conhecer Lisboa e ficou na minha casa.

Se for Sábado, é dia da mais antiga e emblemática feira lisboeta: a Feira da Ladra!

Antigamente, alguns ladrões e vendedores ambulantes vinham para o Campo de Santa Clara e vendiam os seus “achados”. Hoje é um mercado imenso, vibrante, cheio de velharias, roupas, peças de arte, e até novos designers. Tem também o Mercado de Santa Clara onde se vendem géneros alimentares. É um excelente passeio matinal, o ideal é chegar cedo, por volta das 9h30, 10h.

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Feira da Ladra, um mergulho na cultura local – Lisboa um dia e meio

Se não for sábado pode começar pelo Panteão Nacional que se ergue esplendorosamente ao lado do local da Feira. É um edifício do Séc. XVI, antiga Igreja de Stª Engrácia. Aqui estão os túmulos de grandes vultos da história portuguesa, como o de Eusébio, lenda do futebol e do Benfica, dos escritores Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner, e entre muitos outros da fadista que percorreu o mundo com a nossa música, Amália Rodrigues. Qualquer dia escrevo sobre o Fado!

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Panteão Nacional – Lisboa um dia e meio

Terminada a visita, volte ao mercado e em direção ao Miradouro da Graça. Mais umas boas fotos para postal de Lisboa! Se quiser alterar o seu roteiro, o fim de tarde aqui também é muito agradável.

Depois do miradouro, está na altura de se encaminhar para apanhar o mais célebre elétrico português – o 28! Destino: Terreiro do Paço ou Praça do Comércio.

Roteiro Lisboa um dia e meio
Os electricos passam por todo o centro histórico e são um charme! – Roteiro Lisboa um dia e meio

Agora está na chamada Baixa pombalina. A baixa de Lisboa actual foi mandada edificar pelo Marquês de Pombal após o terrível terramoto e marmoto de 1755. A Praça do Comércio ou, comumente chamada Terreiro do Paço, situa-se junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos e que hoje está ocupado por vários departamentos estatais. É considerada uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m).

O meu conselho é que suba ao Arco da Rua Augusta, de onde poderá admirar a arquitetura e simetria da baixa pombalina.

Roteiro Lisboa um dia e meio
Detalhe do Arco da Augusta – Lisboa um dia e meio

Roteiro Lisboa um dia e meio

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Vista da Baixa Pombalina a partir do alto do Arco da Augusta – Lisboa um dia e meio

Depois, suba a Rua Augusta até à Praça da Figueira e, como qualquer bom português fará, tome um café e prove um docinho na Confeitaria Nacional.

Roteiro Lisboa um dia e meio
Praça da Figueira – Lisboa um dia e meio

Roteiro Lisboa um dia e meio
A Confeitaria Nacional fica um prédio elegante e tem ótimos doces! – Roteiro Lisboa um dia e meio

Saíndo da confeitaria, vire à sua esquerda e siga para a Praça do Rossio à sua frente tem o Teatro Nacional D. Maria II e se continuar até ao Teatro irá avistar a estação do Rossio. Uma estação de comboios de estilo manuelino, ou seja profusamente decorada com elementos que apelam aos descobrimentos e ao mundo náutico, inaugurado em 1891. Esta estação faz a ligação entre Lisboa e Sintra.

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Praça Dom Pedro IV (Rossio) – Roteiro Lisboa um dia e meio

Volte agora um pouco mais atrás para ir até ao Chiado.

Aqui é a zona comercial, com muito movimento. Se gosta de compras, aqui e nas ruas perpendiculares encontra vários tipos de lojas, mas a minha sugestão é que suba mais um pouco até ao café, a Brasileira.
Famosíssimo por ter sido o ponto de encontro de vários escritores do final de séc. XIX, início de séc. XX, que lançaram alguns dos mais emblemáticos estilos literários portugueses, como o Modernismo. O grande percursor e grande referência da literatura portuguesa é Fernando Pessoa. E é a sua estátua que está à porta da Brasileira e que nos convida a todos a sentarmo-nos à sua mesa. É uma foto clássica, mas que não vai deixar de gostar de a querer ter no seu albúm.

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Subindo mais um pouco e encontra outro símbolo da nossa literatura, Camões. Quase que estamos a fazer um percurso literário, continue e meta pela rua Calçada do Combro, procurando pelo restaurante Sea me ou a Taberna Portuguesa para petiscar e descansar.Roteiro Lisboa um dia e meio

Depois de almoço está na hora de ir até outra ponta da cidade. Volte à Brasileira e apanhe o metro para o Cais do Sodré. Agora aí, apanhe o comboio para Belém. Este local era o ponto de partida das Naus e Caravelas portuguesas, com destino ao resto do mundo. Foi daqui que partiu a armada de Vasco da Gama em direção à Índia, em 1497 e a de Pedro Álvares Cabral que aportou no Brasil, em 1500.

Passeie ao longo do rio e faça o percurso desde o Padrão dos Descobrimentos até à Torre de Belém.

Roteiro Lisboa um dia e meio

Roteiro Lisboa um dia e meio
Torre de Belém – Roteiro Lisboa um dia e meio

Do outro lado, vai encontrar o majestoso edifício do Mosteiro dos Jerónimos. Mandado construir por D. Manuel I em honra dos monges de S. Jerónimo cujas principais funções eram rezar pelo Rei e assistir aos navegadores que da Praia do Restelo partiam à descoberta de novos mundos. A visita completa demora entre 1 a 2 horas, pelo que poderá registar o exterior e se lhe apetecer visitar a igreja.

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Mas de todos os monumentos o ex-libris é o famoso pastel de Belém! Prepare-se, as filas são longas, mas pode entrar e sentar-se para apreciar um belo Pastel. O espaço parece pequeno, mas ao entrar vai descobrir a sua grande dimensão e sucessivas salas, todas decoradas a azulejo e tijoleira. Meta canela no Pastel, é assim que se come!

Para terminar o dia posso recomendar duas sugestões.

Hipótese 1 – ir até ao Bairro de Alfama (para o lado do Castelo de São Jorge, mas no sopé da colina) para um jantar com Fado.

Eu e a Ana aconselhamos o Baiúca. E, sim, é verdadeiramente uma taberna onde se canta fado vadio à desgarrada. Não são fadistas tradicionais, são amantes do fado que ali passam algumas noites e que, à vez, vão cantar para os clientes. A comida não é de encantar, mas é caseira e os preços são acima da média, contudo têm incluído o espetáculo de fado.

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Baiúca, onde acontecem shows de fado vadio – Roteiro Lisboa um dia e meio

Hipótese 2 – vai até ao Príncipe Real para jantar no Atalho Real, num antigo palacete restaurado que hoje se chama Embaixada. Aqui o entrecôte em bolo do caco é uma delícia. O bolo do caco é um pão doce tradicional da nossa ilha da Madeira. Depois do jantar segue a pé em direção ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, mas pare e entre no bar Pavilhão Chinês para um digestivo.

Roteiro Lisboa um dia e meio

Roteiro Lisboa um dia e meio

Depois vá então até ao Miradouro de São Pedro de Alcântara e despeça-se da cidade.

Roteiro Lisboa um dia e meio

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Na prática

Preparei um mapa no google maps com todas as atrações e restaurantes indicados neste post. Basta clicar no ícone de seu interesse para ter acesso ao endereço, site e telefone do local.

Você pode, inclusive, baixa-lo e leva-lo com você durante sua visita à cidade de Lisboa.

Mosteiro dos Jerônimos

Os preços de visita variam, pode informar-se através do site www.mosteirojeronimos.pt

Vinícolas na região da Franciacorta

Vinícolas na região da Franciacorta
Vinícolas na região da Franciacorta

Existem 96 vinícolas na região da Franciacorta que utilizam o método clássico para a elaboração do vinho desde os anos 60.

Na Europa existem 3 regiões que produzem vinhos utilizando o método champenois (ou clássico), também conhecido como método clássico: a região de Champagne, na França, a da Catalunha (que produz o Cava) na Espanha, e a região de FRANCIACORTA, na Itália.

Tal método se diferencia dos outros que elaboram espumantes pois passa por duas fermentações: a primeira em tanques de inox e a segunda dentro da garrafa. Depois disso o vinho passa por um envelhecimento de 18 a 60 meses (mas que pode durar muito mais) e só então estará pronto para encher as taças dos amantes das bollicine (bolhinhas).

Vinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog

Eu adoro as bolhinhas finas e suaves resultantes desse método e depois da minha primeira taça de Franciacorta bom…foi difícil voltar a amar o prosecco…

Para saber mais sobre o método e a região, leia este post: Franciacorta, a “champagne” italiana

Vinícolas na região da FranciacortaO microclima criado pela paisagem – lago, platô e montanha – com calor durante o dia e frio à noite é perfeito para a produção do  Franciacorta, que é elaborado com 3 tipos de uva: Chardonnay, Pinot Nero e Pinot branco.

 

Vinícolas na região da Franciacorta

Contadi Castaldi

Vinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog
Entrada Contadi Castaldi – Vinícolas na região da Franciacorta – Italiana Blog

O diferencial desta vinícola – e que já vale a visita – é o local onde ela está instalada. Funciona numa antiga olaria, cujos ambientes foram reformulados para abriga-la. As galerias que antigamente coziam os tijolos hoje servem perfeitamente para abrigar as garrafas de Franciacorta em sua fase de afinamento.

Vinícolas na região da Franciacorta
Os antigos fornos da olaria servem agora de túneis onde as garrafas repousam

 

O nome sintetiza a história milenar da região. Olha só que interessante:

Contadi – assim eram chamados os condes daquela região em época medieval

Castaldi – eram os senhores do condado que cuidavam das terras dos condes

Flavio nos acompanha durante a visita às galerias e nos explica que o vinho, além da técnica, também é feito com o coração. E isso fica evidente quando assistimos ao processo manual da remuage, o ponto alto da visita.

Vinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog

A remuage consiste no seguinte: as garrafas em segunda fermentação são colocadas em cavaletes de madeira e várias vezes ao dia durante várias semanas uma pessoa dá exatamente 1/4 de volta na garrafa. O cavalete vai aos poucos deixando a garrafa com o gargalo para baixo a fim de que os sedimentos sejam ali depositados e depois retirados, mantendo, assim, a limpidez do líquido. Milhares de garrafas…todos os dias…várias vezes ao dia…só muito amor ao vinho dá conta disso mesmo!

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Ao final da visita, num salão com uma linda vista acontece a degustação. Eu gostei muitíssimo do Satèn 2007 Millesimato, feito com 100% de uvas Chardonnay. Recomendo colocar uma garrafa na mala.

De todas as vinícolas na região da Franciacorta que já visitei, a Contadi Castaldi foi a minha preferida. Considere inclui-la no seu roteiro.

Montenisa

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A vinícola fica em um dos edifícios históricos mais importantes da região, o Palazzetto Maggi, construído no século XVI e com afrescos originais de Lattanzio Gambara, um importante artista da época.

Vinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog
Detalhe – afresco feito por Gambara – Vinícolas na região da Franciacorta – Italiana Blog

Em 1999 a família Antinori, talvez a mais tradicional e antiga família ligada ao vinho na Itália e muito conhecida pela produção dos vinhos Chianti na Toscana, se uniu à família Maggi para produzir Franciacorta. À frente da vinícola, a “geração pink” dos vinhos, as irmãs Alessia, Allegra e Albiera, filhas do Marquês Piero Antinori.

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Sou a-pai-xo-na-da pela história da Família Antinori e nestes dois posts abaixo conto sobre a mais linda vinícola de todo o Chianti e também do agriturismo que me hospedei, ambos de propriedade da família.

Dica da Ana
Franciacorta é linda em todas as estações, mas se puder, tente coincidir sua visita com o Festival Franciacorta, que acontece geralmente na segunda quinzena de setembro.

Ronco Calino

Vinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog
Vinícolas na região da Franciacorta – Italiana Blog

A villa, situada numa colina, possui uma das mais lindas vistas de toda a Franciacorta. Por muitos anos foi residência de um famosíssimo pianista italiano (Arturo Michelangeli) e hoje é propriedade de um apaixonado pelas bollicine (bolhinhas). Em 1996 Paolo Radici fundou a Ronco Calino com um só objetivo: a qualidade total dos seus produtos.

Foi muito rigoroso em suas escolhas e nos métodos produtivos utilizados. Basta pensar que construiu todo um complexo semi enterrado para oferecer aos vinhos em afinamento condições de temperatura e  repouso adequados para a vinificação.

Quem me levou para conhecer a vinícola foi a simpática Lara, proprietária da Ronco Calino que contou toda a história da realização do sonho do casal de produzir Franciacorta. Ao final me levou para um agradável salão onde serviu vários vinhos.

O maravilhoso vídeo abaixo mostra um pouco da paixão que existe em torno da marca Franciacorta. Nele você também vê o processo manual de remuage.

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Na PráticaVinícolas na região da Franciacorta - Italiana Blog

Contadi Castaldi

Site: www.contadicastaldi.it
Endereço: Via Colzano 32 – Adro, (Franciacorta Brescia)
Email para reservas: contadicastaldi@contadicastaldi.it
Vendem diretamente ao consumidor

Montenisa

Site: www.montenisa.it
Endereço: Via Paolo VI, 62, Cazzago San Martino (Franciacorta – Brescia)
Email para reservas: info@montenisa.it
Não vendem diretamente ao consumidor

Ronco Calino

Site: www.roncocalino.it
Endereço: Via Fenice, 45, Frazione Torbiato, Adro(Franciacorta – Brescia)
Email para reservas: info@roncocalino.it
Não vendem diretamente ao consumidor

Mais informações: www.franciacorta.net

A lista de todas as vinícolas na região da Franciacorta pode ser vista, clicando aqui.

Leia também sobre a Vinícola Berlucchi, de onde saiu a primeira garrafa de Franciacorta, clicando aqui.

Vinícola Muralia na região de Maremma – Toscana

Vinícola Muralia

A Vinícola Muralia está localizada na região da Toscana denominada Maremma e Stefano, o proprietário, é um milanês que abandonou a cidade grande para se dedicar com paixão à elaboração de vinhos.

vinícola muraliaNas minhas andanças pelas vinícolas da Toscana identifico em toda boa garrafa um ingrediente que faz a diferença na qualidade do vinho: a paixão.

Sim, porque sem a paixão não há cor, não há aroma, não há corpo, não há respeito pela terra, não há vinho, não há nada!

E a paixão de Stefano fica muito evidente quando recebe, de braços abertos, o grupo do Intercâmbio Cultural Italiana em sua vinícola. O ex-paraquedista se lançou no negócio do vinho com a mesma determinação e coragem que se lançava do avião a 1200 pés de altura em sua juventude.

Antes de começar a visita nos conta um pouco da sua trajetória e nos ensina o quanto a paixão e a coragem podem nos ajudar a realizar nossos sonhos. É uma mini-aula de inspiração para a vida.

Então Stefano nos leva nas salas de fermentação e repouso do vinho nos esclarecendo cada fase do processo de sua elaboração, numa conversa informal, despretensiosa e sem pressa.

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Tanques de fermentação dos vinhos – Vinícola Muralia

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Barris de carvalho francês onde os vinhos descansam por até 60 meses – Vinícola Muralia

Na verdade, o assunto de vinho vai e vem e em determinado momento a visita deixa de ser uma visita guiada e passa a ser uma conversa de amigos entre barris e garrafas de vinho. Ele nos explica que a vindima tinha acabado de acontecer e por pouco não pudemos participar da colheita da uva nos parreirais (que acontece entre os meses de setembro e outubro) mas deixa o convite para a próxima visita.

vinícola muralia

Muralia pode ser considerada uma vinícola boutique pelo tamanho e qualidade da produção. São 6 tipos diferentes de vinhos, do rosé 100% Syrah, ideal para tomar gelado num aperitivo com os amigos até o Muralia (IGT Maremma Toscano Rosso) mais encorpado e excelente para acompanhar pratos com carnes e molhos. Os vinhos podem ser adquiridos no local por ótimos preços.

vinícola muralia

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Na prática muralia-ape

Site: www.muralia.it

Endereço: Via del Sugheretto, Roccastrada, GR – Toscana

A Muralia fica na mesma localidade do Agriturismo Il Poggiarello, cuja proprietária é Chiara, mulher de Stefano. Falei sobre o agroturismo neste post aqui.

 

Vinícola Máté em Montalcino – a vinícola do best seller “Um Vinhedo na Toscana”

O título do post é também o título de um livro, cujo autor é Ferenc Máté, um húngaro que realizou o nosso sonho de possuir um vinhedo na Toscana.

Sim, pois quem de nós não sonha com um lar rodeado de campos de girassol, um vinhedo no quintal e cogumelos porcini no jardim?

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog
A casa de Ferenc Máté – Vinícola Máté

Um vinhedo na Toscana

Mas o começo da história não é esse, pois há 25 anos tudo o que Matè adquiriu foram 70 acres de um terroir promissor e uma mosteiro do século XIII em ruínas.

Sua paciência, coragem e determinação ao longo de vários anos foram recompensados e hoje sua linda casa – onde também funciona a vinícola – está encaixada numa das colinas de Montalcino, a zona vinícola de maior prestígio da Itália. Seus vinhos, como o Brunello di Montalcino, são reconhecidos internacionalmente e vencedores de vários prêmios.

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog
Casa de Ferenc Maté, autor de “Um vinhedo na Toscana”

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Eu li o livro “Um Vinhedo na Toscana” (ed. Seoman) em 2012, quando fiz minha primeira viagem de carro em busca de vinícolas no sul da Toscana. Não sei bem porque acabei deixando Matè de fora do roteiro, mas o fato é que o desejo de conhecer a propriedade nunca me abandonou.

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog
Vinhedos da vinícola Máté – Um vinhedo na Toscana

Foi durante a organização da Viagem Cultural Italiana 2015 que incluí a vinícola Matè no programa da viagem. Pedi que todos os participantes lessem o livro para que a visita fizesse mais sentido e fosse, de alguma forma, mais emocionante.

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog

A partir do Agriturismo Il Poggiarello, onde estávamos hospedados, a viagem durou 50 minutos pela estrada provinciale Cipressino.

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog

Fomos recebidos  por Alessandra, uma funcionária que diz que faz parte da família Matè, pois todos os funcionários lá se sentem assim. Já dá para imaginar o amor que transborda dali, né?

Ela nos leva até a casa de Matè, nos acompanha pelos jardins e vai contando in loco acontecimentos narrados no livro:

“- Aqui é o lugar onde foi encontrada a urna etrusca!”

“- Esta é a nascente de água que foi encontrada ao acaso por Matè…”

“- Aqui que um tonel de vinho explodiu…”

E continuamos assim, rindo por cenários deslumbrantes e vistas de tirar o fôlego até que chega a hora da degustação dos vinhos.

Um vinhedo na Toscana - Vinícola Mate - Italiana Blog
Fonte que Máté encontrou por acaso em sua propriedade – Um vinhedo na Toscana

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A degustação é muito simples…Bom, digamos que é de uma simplicidade luxuosa, já que cada garrafa do Brunello di Montalcino da vinícola de Matè pode custar o equivalente a 800 reais e…vamos falar a verdade: não é todo mundo que toma vinho na casa de Ferenc Máté!!!!

Numa mesinha de madeira no porão da casa de Matè degustamos 5 vinhos. Os principais foram: Brunello di Montalcino safra 2007 e safra 2008 Riserva, que obtiveram respectivamente 94  e 91 pontos na Wine Enthusiasts (55 Euros).

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Quer visitar a Vinícola de Máté com a Ana? Clique aqui e inscreva-se para a próxima Viagem Cultural Italiana! As vagas para 2016 já foram preenchidas. Inscreva-se para 2017!

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O vinho tem uma qualidade excepcional. Além do cuidado na escolha dos clones dos vinhedos plantados, toda a colheita é feita à mão, a fermentação é feita em pequenos tonéis de aço e, em seguida, o vinho envelhece por pelo menos dois anos e meio em barris de carvalho francês d’ Allier para somente então ser engarrafado.

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Infelizmente não foi possível visitar os galpões onde os vinhos são elaborados, pois estava na época da vindima e as visitas não acontecem entres os meses da colheita (setembro-outubro).

É possível adquirir os vinhos por preços muito atraentes! Acredite, os preços são muuuito mais baixos dos que praticados no Brasil, isso quando você consegue encontrar um Maté por aqui!

Preste atenção nas garrafas, que contém duas obras de arte: o vinho e o rótulo. Os rótulos são réplicas de pinturas feitas por Candance, mulher de Ferenc, uma famosa artista plástica.

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Curiosidades

– descobriu-se que já na época da Antiga Roma, naquelas terras eram cultivadas uvas para fabricação de vinhos;

– as vinícolas são rodeadas por bosques com plantas e árvores frutíferas selvagens;

– a área é tão rica que foram identificados 7 terroirs diferentes!

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Na Prática

Máté Winery

Informações e reservas: info@matewine.com  |  alessandra@matewine.com

Site: www.matewine.com

Endereço: Località Santa Restituta, Montalcino, Toscana

Para não errar o caminho: a partir de Montalcino, siga as indicações para Grossetto. Depois de 2,7 Km, vire à direita em direção à Tavernelle; Após 1 Km vire à esquerda prosseguindo para Tavernelle. Após 3 Km vire à esquerda (estrada de terra) seguindo as indicações “Caprili”, “Case Basse”, “Pieve Santa Restituta”. Permaneça nessa estrada, passe entre dois prédios. Depois de 1,5Km verá à sua direita uma igreja (Santa Restituta), mantenha-se à esquerda, a propriedade está à esquerda e possui um portão de ferro com a placa Máté.

Livro: Um vinhedo na Toscana – una passione italiana, Ferenc Máté – Ed. Seoman

Fotos Ana Grassi e Gustavo Paravidini

Universidade de Padova – a segunda mais antiga da Itália

A segunda universidade mais antiga da Itália, a Universidade de Padova,  foi fundada em 1222 por alunos e professores que queriam maior liberdade de expressão do que possuíam na universidade de Bolonha (a mais antiga), que sofria massiva intromissão eclesiástica. Os dissidentes foram apelidados de “sbolognati“, alguma coisa como “os desbolonhados” e em Padova conseguiram a instituição laica que tanto sonhavam.

Brasões da Universidade de Padova
Os brasões das famílias dos alunos que estudaram na Universidade de Padova

Por séculos as aulas foram ministradas em vários edifícios espalhados pela cidade, até que no começo do século XVI, o Palazzo Bove vem designado para ser a sede da universidade. Chamado de Palazzo Bo, é ali que acontecem as visitas guiadas.

A visita  guiada à Universidade de Padova é uma viagem através de 8 séculos de arte e ciência. Basta imaginar que entre seus professores estão nomes que fizeram parte da história da ciência, como Galileo Galilei e Copernico.

Catedral de Padova
Na Sala dei Quaranta ainda encontra-se a cátedra de Galilei, construída pelos seus alunos e onde ele ensinou por 18 anos. Antigamente era recoberta de tecidos.

E não é só isso! A visita à Universidade de Padova é repleta de curiosidades:

# Em 1594 é construído o primeiro teatro anatômico, ou seja, uma classe para o estudo da anatomia humana em cadáveres. Como este tipo de estudo era proibido pela igreja, encontrar defuntos que servissem para este propósito era praticamente impossível!

Foi assim que os professores da universidade decidiram doar, em testamento, o próprio corpo para seus alunos concluírem os estudos. Como homenagem na Sala di Medicina encontramos os crânios destes respeitados professores, que colaboraram para o desenvolvimento da ciência.

Teatro anatômicos Kalibos
A iluminação do teatro recria a atmosfera de velas medieval. (Foto: Kalibos)

# Em 1545 nasceu o primeiro Horto Botânico Universitário do mundo, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e que também pode ser visitado.

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O Horto Botânico é bem pertinho do Palazzo Bo, pode-se ir à pé tranquilamente!

# Em 1678, Elena Piscopia foi a primeira mulher do mundo a se formar e receber o diploma de Filosofia.

Elena
Imagina só! Esperamos até 1678 para conseguir o canudo!

# Em 1921, na Aula Magna, ninguém menos que Albert Einstein proferiu uma palestra em italiano!

Aula Magna
Porta de entrada da Aula Magna

Pontos altos da visita à Universidade de Padova:

Teatro Anatômico: todo em madeira e com  com capacidade para 250 alunos

Sala de Medicina: que além dos crânios dos professores possui um afresco dos anos 40 representando corpos humanos com detalhes de músculos e ossos em evidência

Aula de Medicina
Aqui estão em exposição alguns crânios dos professores que doaram o corpo para estudo.

– A arquitetura racionalista (de época fascista) projetado pelo famoso arquiteto Giò Ponti

Arquitetura

Sala dei Quaranta: onde, além da cátedra de Galileu, estão 40 retratos de estudantes estrangeiros que frequentaram a universidade entre os séculos XV e XIX e se tornaram personalidades famosas em suas áreas de estudo

Universidade-padova-Cattedra di Galileo

Aula Magna, a imponente sala principal da universidade, decorada com brasões e poltronas, toda em tons de vermelho e dourado

Universidade de Padova - Palazzo Bo - Italiana Blog
Imponente, foi aqui que Albert Einstein ensinou. Hoje, é proibido tirar foto lá dentro.

Scala del Sapere (escada do saber), a decoração começa com a imagem de um estudante nu ao lado de seu mestre e termina com o mesmo estudante – já idoso – que rodeado por livros pronuncia as seguintes palavras: “Ainda aprendo”.

Sem duvida uma lição para a vida!

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A Escada do Saber

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Na prática

Palazzo Bo – sede da univerdidade de Padova

Endereço: Via 8 febbraio 1848

Fica bem em frente ao Caffè Pedrocchi, reduto dos estudantes e filósofos, sobre o qual escrevi este post aqui.

Visitas guiadas aos sábados e domingos às 10, 11h30, 14h45 e 16h15

Duração: uma hora e meia

Ingresso: 8 Euros

Reservas pelo email: bo@unipd.it

Site: www.unipd.it

Com crianças: Fiz a visita com minhas filhas de 10 e 12 anos e elas ficaram muito interessadas em tudo! Uma delas até sonha em estudar lá…

Castello Banfi em Montalcino – almoço, vinhos e visita à vinícola que produz o Brunello

Montalcino é uma província da Toscana conhecida mundialmente pelo famoso vinho Brunello, que leva o nome da região como sobrenome: BRUNELLO DI MONTALCINO.

Na minha última viagem pela Toscana, em outubro, dediquei um dia inteirinho para conhecer o Castello Banfi, um dos principais produtores de vinho da Toscana.

A vinícola foi fundada pelos irmãos ítalo-americanos Mariani em 1978 com o objetivo de elaborar vinhos de qualidade em grande escala.

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A propriedade chamada Poggio Alle Mura possui 2830 hectares que se estendem do sul de Montalcino até o Val d’Orcia, um dos pedaços mais lindos da Toscana, na minha opinião. Um terço deste terreno é coberto de vinhedos e o restante é ocupado por oliveiras, árvores frutíferas e bosques. Dali saem os vinhos Brunello, Rosso e Moscadello di Montalcino.

Minha visita começou às 12h00 na Enoteca Banfi, um lugar enorme que recria o ambiente de um verdadeiro armazém toscano, com imponentes estantes e mesas de madeira escura. O prédio era, em época medieval, um depósito de vinhos e com o passar dos anos foi sendo aumentado e revitalizado até chegar no estado que vemos hoje.

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Assim que você chegar, dirija-se ao bar no fundo do salão. Ali você pode escolher os vinhos que quer degustar. Como almocei no Castello e já iria experimentar os vinhos tintos com os pratos, decidi experimentar os vinhos produzidos no Piemonte com o método clássico e charmat: Banfi Brut, Cuvée Aurora e Cuvée Aurora Rosé.

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Após a degustação saí às compras. Na Enoteca pode-se comprar todos os vinhos produzidos na Toscana e no Piemonte, além de produtos típicos toscanos. Claro que me empolgo nesses locais e acabei trazendo na mala 9 garrafas, a maior parte Brunello, já que o preço é muuuito conveniente, na faixa dos 40 Euros. Eles embalam muito bem, mas não expedem para o Brasil.

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banner-afiliadosÀs 13 horas começam a servir o almoço no restaurante Taverna Banfi, antiga cantina onde outrora repousavam os barris de madeira para o afinamento do Brunello.

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O ambiente refinado e elegante abre para o almoço e a reserva é obrigatória, pois são poucos os lugares disponíveis. Pode-se tanto escolher a la carte como escolher um dos menus de degustação. Eu escolhi o menu degustação 5 pratos + 5 vinhos. Podem rir…mas eu não pretendia de jeito nenhum perder a oportunidade de experimentar tudo o que coubesse (ou não) em mim. Se você é mais comedido do que eu, peça o menu de 3 pratos + 3 vinhos.

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As taças se multiplicavam na minha frente!

Os pratos estavam fantásticos! Além de deliciosos, a apresentação, os aromas, as cores e os diferentes sabores me levaram numa viagem interna gastronômica pelas terras toscanas. Deu para entender?

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Obviamente a harmonização dos vinhos com os pratos é perfeita!

Assim como é perfeito o ‘timing‘ do staff. Quem já me conhece sabe que detesto quando esperamos o prato demais ou quando a troca dos pratos é muito rápida, quando demoram para encher a taça, enfim…

Acredito que o tempo exato entre o antepasto, primeiro e segundo prato deve ser calculado, equilibrado e acontecer sem que o cliente perceba, de modo a manter o progresso da refeição sem correria nem interrupção. Na Taverna é assim: eles foram per-fei-tos! O almoço durou duas horas e meia.

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Às 4 da tarde fui visitar a vinícola, isto é, o local onde os vinhos são elaborados. Distante uns 5 Km do restaurante, cada um deve ir com seu próprio carro, acompanhado de uma guia, que vai na frente.

Através de uma ponte elevada, a guia passa por todas as área importantes da vinificação e pode-se ter uma ideia bem completa de sua elaboração. Da desengaçadeira ao afinamento nas barricas, tudo é explicado de modo didático e sem complicação. Pode-se escolher faze-lo em inglês ou italiano.

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Mesmo que você não entenda sobre vinhos, o passeio é interessante e educativo. Além do mais, se você tomar 9 taças de vinho como eu, a melhor coisa a fazer é passear um pouco pela propriedade antes de pegar a  direção de novo.

Pode-se hospedar no Castello e, claro, isso facilita muito as coisas…mas eu parti às 18 horas, pois ainda precisava ir para Assis…e encontrar um posto de gasolina!

NA PRÁTICA

Site: www.castellobanfi.com

Endereço: Località Poggio Alle Mura, a 15 Km ao sul de Montalcino. O punico modo de chegar é de carro. Coloque o endereço acima no GPS, mas leve todas as indicações escritas com você. O sinal ali é bem instável.

Almoço

Menu degustação 5 pratos harmonizados com 5 vinhos custa 90 Euros por pessoas; 4 pratos e 4 vinhos custa 80 Euros e 3 pratos e 3 vinhos, 70 Euros. Água, café e grappa estão incluídos no preço (Ah…sim…esqueci de dizer que tomei a grappa também ;)…)

A reserva é obrigatória. Para quem vai almoçar é oferecida uma taça de vinho na enoteca antes do almoço e o tour na vinícola é gratuito.

Visita à vinícola

Quando: De março a outubro a visita à cantina pode ser feita de segunda à sexta-feira às 16 horas. Nos demais meses a visita acontece às 15h30.

Duração: aproximadamente uma hora

Para reservas do almoço ou da visita: reservations@banfi.it

Para se hospedar no Castello Banfi – Il Borgo, clique aqui


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Review UNA Hotel – Roma

Durante o último Intercâmbio que fiz com meus leitores para Roma, me hospedei na casa de uma senhora no bairro Coppedè (contei do bairro neste post).
Mas, como nunca havia me hospedado perto da estação, resolvi testar um hotel nas proximidades por uma noite para poder dar as minhas impressões para vocês de como, afinal, é se hospedar perto da Estação Termini de Roma?

UNA Hotel Roma

Comecei a procurar e dei de cara com esse vídeo aqui:

O marketing emocional funcionou comigo e decidi me hospedar no UNA Hotel Roma. UNA é uma rede italiana de hotéis, presente nas principais cidades do país.

O hotel de Roma fica a apenas 100 metros da estação Termini, excelente localização para quem chega na cidade de trem ou precisa devolver o carro alugado em uma das locadoras que existem naquela zona.

 Vamos falar a verdade, arredores de estação não costumam ser lugares calmos e bonitos. Assim, a estação Termini segue a norma. Muito barulho, muito vendedor ambulante, muita sujeira e um certo caos reinam nos 100 metros que separam a porta da estação da rua do hotel.

Porém, a rua do hotel foi devidamente reformada para receber um 4 estrelas e se destaca das outras: limpa, bonita, organizada.

UNA Hotel Roma

O check in foi rapidíssimo e o pessoal do staff foi muito solícito. Até me arrependi de recusar o mapa e as informações sobre Roma que o recepcionista me ofereceu. Ele ficou tão decepcionado! Queria mesmo ajudar…

As área sociais são amplas e confortáveis, com muitas salas e sofás e decoração clean.

UNA Hotel Roma

banner-afiliadosAlguns quartos tem varanda. O meu não tinha mas o tamanho era ótimo para uma pessoa só. A cama era box de solteiro, piso em parquet, cortinas black out e janela anti-ruído. Dormi muitíssimo bem.

Além do conforto do quarto, alguns mimos nos alegram, como a pantufa e o menu de travesseiros.

IMG_1250 UNA Hotel Roma - Termini - Italiana Blog UNA Hotel Roma

O café da manhã é bom, com tudo aquilo que se espera de um café da manhã de um hotel 4 estrelas internacional. Como vocês sabem, meu café da manhã é all’italianacornetto alla crema e cappuccino. Portanto, só vou opinar sobre isso: fantástico o cornetto!

Compre aqui seu ingresso para os Museus Vaticanos!

UNA Hotel Roma

Vantagens de hospedar-se perto da estação Termini:

– chegando na estação poder ir caminhando até o hotel, sem precisar pegar ônibus ou táxi;

– a locomoção para todos os cantos da cidade é facílima já que além dos metrôs, a Piazza del Cinquecento, em frente à estação Termini conta com o terminal de ônibus e duas linhas de bonde (tram) passam por lá também;

– para quem vai fazer bate e voltas a partir de Roma, a hospedagem perto da estação facilita muito;

– dentro da estação existe um shopping com lojas de tudo o que podem imaginar: roupas, livros, comida, farmácia. É muito conveniente!

– existem muitas atrações interessantes nos arredores da estação, que podem ser visitadas à pé, como por exemplo, a igreja de Santa Maria degli Angeli, Santa Maria Maggiore, o Museo Nazionale Romano e a Piazza dela Repubblica.

desvantagem? Além de não ser um bairro característico romano, isto significa que não é charmoso, tem-se que tomar um certo cuidado com os batedores de carteira que adoram aquela zona. Mas, esse não é um motivo para evitar  hotéis ali. Muitas vezes já caminhei tranquilamente à noite pelos arredores da estação. Quando me hospedei no UNA mesmo, cheguei tardíssimo, depois da festa despedida do grupo no Lanificio 159, e foi tudo muito tranquilo.


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Review Agroturismo Il Poggiarello na Toscana: entre e sinta-se em casa!

Já pensou em chegar numa villa toscana e sentir-se em casa?

É exatamente isso que acontece quando você chega neste agriturismo na Toscana! Il Poggiarello fica na região da Toscana chamada Maremma e foi lá que me hospedei com o grupo do Intercâmbio de outubro 2015.

Agriturismo Il Pogiarello - Toscana

Assim que abri a porta do carro Chiara, a proprietária do local, chegou correndo de braços abertos para nos receber, acompanhada de Syrah, que abanava o rabo de alegria!

Entre beijos e abraços, como se fôssemos velhas amigas, nos levou para dentro, onde um perfume de comida nos acolheu e abriu o nosso apetite.

De bochechas rosadas e com o sorriso mais genuíno que já vi na vida, Beatrice saiu da cozinha, enxugando as mãos no avental, para nos saudar efusivamente. Os beijos e abraços continuaram quando Stefania, outra funcionária chegou.

O lugar cinematográfico e o staff acolhedor fez com que todos se sentissem em casa mesmo a milhares de milhas de distância do lar. E só isso já seria o bastante para eu indicar o Agriturismo para vocês; mas acontece que tem muito, muito mais para ser dito.

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

Foi até engraçado: estávamos em 3 carros e, assim que embiquei na rua ladeada de ciprestes que leva à villa, os outros motoristas que estavam atrás de mim pararam, todas as portas se abriram e eles se abraçavam, riam e gritavam como crianças. Era o “sonho toscano” se realizando!!!

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Nessa hora meu coração ficou quentinho e eu agradeci a oportunidade de ter como profissão ajudar as pessoas a realizar seus sonhos. Entrei na brincadeira, saí do carro, me embrenhei com eles pelos vinhedos ainda carregadinhos e ri…ri muito!!

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Aliás, acho que há muito tempo não me divertia tanto com um grupo! Fizemos um curso de culinária toscana com Beatrice, visitamos a vinícola Muralia, de propriedade do marido de Chiara, colhemos azeitona na propriedade da vizinha e ainda conhecemos várias cidadezinhas charmosas que ficam nas proximidades, como Montalcino, Pienza, Massa Marittima e Castiglione della Pescaia.

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

O agriturismo

Um casarão de 1700 completamente renovado, circundado de parreiras, oliveiras, bosques e lavanda. Sua casa na Toscana é assim!

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

A Vinícola Muralia, que fica na mesma propriedade, produz ótimos vinhos! Fiquei apaixonada pelo rosè syrah e trouxe algumas garrafas para casa!

Leia aqui para ler sobre a Vinícola Muralia

As áreas sociais estão todas juntas, exatamente para favorecer o convívio: a sala de estar com lareira, as salas de refeição, a adega para degustar os vinhos e a cozinha com a porta sempre aberta!

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

A propriedade também conta com uma piscina,churrasqueiras e bicicletas à disposição dos hóspedes.

O staff pode organizar sob medida tours de bike, wine tours, festas, cursos de culinária e degustações de vinho.

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Acomodações

São 10 apartamentos completos, que acomodam de duas a seis pessoas confortavelmente! Os apartamentos variam de 42 a 106 metros quadrados. Todos com sala, cozinha com utensílios, TV, ar condicionado e alguns com 2 banheiros.

A decoração é simples e de bom gosto, com colchão e travesseiros super confortáveis e roupa de cama e banho macias.

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

O café da manhã

Logo cedinho Stefania já está na cozinha fazendo biscoitos, que ficam divinos se comidos com a geléia de frutas feita pela tia de Clara! Além dos biscoitos, pães feitos em casa, um bolo fresquinho e bruschette com tomates colhidos no jardim.

Agriturismo na Toscana - Italiana Blog

O jantar

Você pode fazer sua reserva para comer as delícias da culinária toscana feitas pela Beatrice, que não economiza serviço para agradar o paladar de cada cliente. Ela conhece os hóspedes e sabe o gosto de cada um! Fez um segundo prato sem carne para uma cliente vegetariana, uma opção à tortinha de alcachofra para outra que não gosta de alcachofra…é muito amor!

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Curso de culinária

Beatrice nos ensinou vários pratos da culinária toscana e o jantar de sábado para os hóspedes foi feito adivinha por quem??? Pelo grupo ITALIAna!!! Ficou ótimo…recebemos muitos elogios.

Leia sobre o curso de culinária clicando aqui

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Na prática

O único modo de chegar é de carro. Como fica muito perto da superstrada, não é difícil encontrar, com GPS dá para chegar fácil.

Para fazer sua reserva, acesse o site do Agriturismo, clicando aqui ou mande email para ana@italiana.blog.br

Endereço: Via del Sugheretto, Roccastrada, província de Grossetto, Toscana.

Leia também

Agriturismo no Chianti – Toscana

Aula de culinária com uma chef romana

Vinícola Mátè, em Montalcino

Almoço com vista para o Val d’Orcia, em Montalcino

Castello Banfi – almoço e visita à vinícola onde produzem o Brunello di Montalcino

Turismo de experiência na Itália – 15 passeios para você se inspirar

Afinal, o que é esse tal de “turismo de experiência” que todo mundo está falando e parece que virou moda?

O turismo de experiência nada mais é do que imergir na cultura local do lugar visitado, envolvendo-se com a pessoas, experimentando o modo de viver daquela localidade, agregando emoções e sentimentos à viagem.

Ué! Mas não é esse mesmo que deveria ser o propósito de toda viagem? Sim! Mas o turismo de massa acabou deturpando um pouco o o conceito de turismo e muita gente, infelizmente, comprou a ideia.

O turismo de massa criou uma coisa chamada viagem-gincana, que consiste em ir para o maior número de lugares em um menor número de dias.

Também desconfio que o safári fotográfico foi  obra deles … o safári fotográfico consiste em fotografar tudo o que conseguir em pouco tempo. Quando chega em casa, você se senta no sofá, olha as fotos e fica tentado se lembrar em que momento da viagem você se deparou com aquilo: “será que passamos meeesmo por aqui? Não me lembro!”.

Eu sim, me lembro de um dia que acompanhando um grupo em Veneza e caminhando tranquilamente,  uma senhora me abordou e me pediu para eu tirar uma foto dela em frente à Ponte dei Sospiri. Tirei a foto, ela arrancou a câmera da minha mão e disse para amiga. “Ai! Graças a Deus! Acabamos os pontos turísticos de Veneza! E agora?” . Eram 11 horas da manhã…

“E agora?”. Fiquei tão triste por ela…pela sua ânsia de cumprir um protocolo e não ouvir o que seu coração, seu corpo e sua mente queriam naquele momento…naquele paraíso que é Veneza!

Por isso, quando comecei o blog tinha um objetivo muito claro: levar meus leitores para a verdadeira Itália, não para a Italy…

Isso não significa que os lugares turísticos ficarão de fora da viagem! De jeito nenhum! Todos os pontos e micos turísticos DEVEM ser incorporados no roteiro! Eu já paguei todos os micos que podem imaginar numa viagem à Itália: abracei gladiador, coloquei a mão no peito da Giulietta, segurei a torre de Pisa, pisei nos genitais do touro…

A única diferença é que você deve visitar estes lugares com consciência…lembra deste post que fiz aqui para uma viagem feliz? Volta lá para ler!

E foi seguindo este propósito que comecei a oferecer no blog o serviço de Roteiro Personalizado  e que criei a Viagem ITALIAna com os leitores .

Abaixo, fiz uma lista de 15 passeios que você pode fazer seguindo este conceito de viagem de experiência. E que serve para qualquer destino!

Inclua um (ou mais) destes passeios no seu roteiro de viagem e tenho certeza que não vai se arrepender!

Espero que goste das ideias e que elas te inspirem, renovem e emocionem!

1 – Fazer um curso para aprender italiano

Que tal se matricular em uma escola por uma semana? Uma experiência autêntica, divertida e cultural!

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Turma do Intercâmbio 2015 na Torre di Babele

2 – Assistir um show do seu cantor preferido

Procure na programação cultural das cidades por onde vai passar se vai acontecer algum show durante o período que estiver lá. Foi o que aconteceu com o pessoal do Intercâmbio 2015: fomos para o show do Eros Ramazzotti!

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Show Eros Ramazzotti na Palalottomatica, em Roma

3 – Hospedar-se num agroturismo familiar

Já pensou em chegar na Toscana e se sentir em casa? Num agroturismo com administração familiar é isso o que vai acontecer!

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Agriturismo Il Pogiarello – Toscana

4 – Fazer um curso de culinária regional

Já levei meus grupos para aula de culinária com uma chef romana e para um curso de culinária toscana. A experiência é íntima e empolgante, você se sente pertencente ao território mesmo!

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Curso de culinária toscana com a chef Beatrice

5 – Participar da colheita de azeitonas

E o que dizer de se meter no meio das oliveiras com os camponeses para ajudar na colheita? Essa eu não consigo nem descrever o sentimento! Vai ter que experimentar para saber como é …

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Colheita de azeitonas na Toscana

6 – Participar da vindima de uma vinícola

Sim! É possível! Colher uva e participar de alguma atividade na vinícola! Tem coisa mais italiana (e sonhada) que essa?

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Vindima na Vinícola Muralia – Toscana

7 – Alugar uma bicicleta e se perder pelas ruas de uma cidadezinha

Descobrir a cidade sobre duas rodas pode te trazer um monte de surpresas! Na próxima viagem, considere alugar uma!

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Bairro Isola em Milão. Até em grandes centros é possível andar com a magrela!

8 – Visitar oficinas de artesãos locais e, quem sabe, colocar a mão na massa com eles?

Já tive oportunidade de visitar oficinas de artesãos de renda, máscara veneziana, papel, jóias, artefatos de couro. É divertido e muito interessante!

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Artesão de couro em Pienza. Fez várias pulseiras para mim!!

9 – Hospedar-se num apartamento

Hotel é ótimo! Mas que tal esticar a viagem, se hospedar por alguns  dias num apartamento e fazer de lá seu lar? Costumo fazer isso quando vou com milhas filhas e curtimos muito o dolce far niente italiano.

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Apartamento Belludi Home, em Padova

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10 – Fazer compras no supermercado do bairro ou na feira da praça e preparar seu próprio jantar

Já dá até para colocar em prática o que aprendeu na aula de culinária!

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Participantes do intercâmbio de 2014 cozinhando em casa

11 – Participar de uma festa folclórica

A cidades italianas tem muitas festas folclóricas e sagras ao ar livre. Coincida sua viagem com uma destas festas!

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Calendimaggio – a festa medieval mais importante de Assis

12 – Fazer um pic nic

Que tal passar na feirinha, preparar uma cesta de gostosuras italianas e passar uma tarde preguiçosa no gramado de um parque lendo um livro?

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Pic nic no Prato della Vale, Padova

13 – Sentar no banco de uma praça e ver a vida local acontecer

Velhinhos jogando boccia, noivos fotografando, crianças correndo…tudo pode acontecer numa praça italiana.

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Nas praças encontra-se de tudo, principalmente noivos em sessão de fotos

14 – Que tal um vinho à beira mar? Sem pressa nenhuma…

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Castiglione della Pescaia – Toscana

15 – Assistir uma partida de futebol e torcer para o time da casa

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Participantes do Intercâmbio 2015 no Stadio Olimpico, Roma

Saiba como assistir uma partida de futebol clicando aqui

Gostou? Deixe aqui sua sugestão de passeios!

Quer programar algum destes passeios para a sua viagem? Contrate a consultoria de viagem ITALIAna!

Fotos de Ana Victor Carnevale e Gustavo Paravidin


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Lanificio 159 Cucina Roma – arte, happy hour, jantar e discoteca num só lugar

Lanificio 159

Para a festa de despedida da turma da Viagem Cultural 2015, escolhi um lugar muito especial (e bem escondido), que como os participantes disseram, jamais encontrariam sozinhos, o LANIFICIO 159 CUCINA. Estava há algum tempo  namorando o local para a festa de despedida da viagem e achei que poderia ser o lugar ideal para a última recordação do grupo da cidade de Roma. E pelo jeito foi. Todos adoraram!

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Só as meninas do Intercâmbio

Lanificio 159

Onde hoje funciona um local super cool, conhecido pelos locais e desconhecido pela maioria dos turistas (até agora! Rsrsrs…) funcionava uma fábrica de tecidos de lã. A arquitetura da antiga fábrica foi mantida e por isso existem diversas áreas que parecem independentes, mas que fazem parte do mesmo complexo.

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Sim, pois o Lanificio não é só um excelente restaurante. Todo o complexo  compreende:

  • Lanificio 159, onde funciona uma discoteca e também acontecem mostras, festas particulares, eventos e espetáculos;
  • Lanificio Performa, um espaço dedicado à dança e artes performáticas e sede do Spellbound Contemporary Ballet;
  • Lanificio Cucina, o restaurante onde aconteceu nossa festa;
  • Lanificio Orto, uma horta urbana no topo do edifício, onde no verão acontecem festas ao por do sol com música ao vivo. Imperdíveis por sinal…
  • Lanificio Officina, que organiza laboratórios criativos e de restauração de móveis.

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Nossa festa aconteceu no Lanificio Cucina, que considero a moderna combinação da alta gastronomia, elegância e informalidade.  Um lugar que te provoca já na entrada pela criativa decoração, que te domina no primeiro drink e que te coloca de joelhos na primeira garfada. Sem exageros!

 E já que estamos falando de drinks… O cocktail bar é comandado por uma mulher que manda muuuito bem! Você pode escolher pelo cardápio ou falar do que gosta e ela prepara um de acordo com seu gosto. Obviamente deixei a cargo dela, deixando bem claro que gostava de drinks old fashioned. O escolhido foi Mint Julep (base de boubon e menta), um dos melhores que já tomei. Depois tive a oportunidade de experimentar também o Velvet Manhattan e o Frech Ginger 75, todos excelentes.

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Na hora do jantar, como estávamos em 20 pessoas, pedimos TODOS os antepastos e experimentamos de tudo! O mesmo fizemos com as divinas sobremesas.  O menu é sazonal, pois são feitos com ingredientes típicos de cada estação.

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Lanificio 159
Prato

Na prática

Sitehttp://www.lanificio.com/

Endereço: Via di Pietralata, 159

Como chegar: eu fui de metrô e de táxi, mas não recomendo pois é fácil para quem não consegue se perder. O melhor jeito é ir de táxi. A partir da estação Termini fica uns 15 Euros.

Dica da Ana: você pode chegar mais cedo para uma exposição, fazer o happy hour no drink bar, jantar no restaurante e terminar a noite dançando! Perfetto!

Bairro Coppedè em Roma ou “O fantástico mundo de Gino”

Coppede Roma

Ano passado avistei o Bairro Coppedè pela janelinha do ônibus e fiquei estarrecida! Desci do ônibus para ver de perto aquilo. Aquelas casas e edifícios eram tão complexas e ricas de detalhes e mistérios que não me senti suficientemente preparada para entender tudo aquilo e nem tinha muito tempo disponível também. Fiz algumas fotos, que ficaram horrendas e não faziam jus à beleza do lugar e fui embora prometendo voltar.

Como geralmente cumpro minhas promessas, voltei em outubro e me hospedei por duas semanas no bairro. Queria tempo para ver toda aquela arquitetura de perto e me familiarizar com a fantasiosa genialidade do arquiteto que o projetou.

E para trazer a vocês um retrato fiel do que existe por ali, levei comigo meu fiel escudeiro e super talentoso fotógrafo do blog, Victor Carnevale, para arrasar nas fotos!

Luigi “Gino” Coppedè

Gino Coppedè foi um daqueles artistas completos, uma daquelas almas renascentistas que sabe fazer de tudo e bem feito. Além de arquiteto foi escultor, decorador e professor.

Ficou famoso após construir o Castello Mackenzie em Genova. E logo depois foi contratado para projetar um complexo de casas para a alta burguesia romana.

Em sua homenagem, o pedaço do bairro Trieste onde estão construídas estas casas foi batizado com seu nome.

Coppedè

O bairro

Projetado e construído nos anos do fascismo, seu projeto arquitetônico era exatamente o oposto do racionalismo italiano (uma arquitetura fria e monumental com linhas retas e duras).

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O bairro começou a ser construído em 1916 e terminada por Paolo Emilio André somente alguns anos após a morte de Gino Copeddè (1927).

Nas quase 50 construções que projetou, entre casas, edifícios e vilas, o impacto da decoração arquitetônica é causado pela mistura (quase lambança mesmo) dos estilos utilizados. Possuía uma certa quedinha pelo art noveau, mas não pensava duas vezes antes de incorporar ao projeto  elementos do art deco, da arte gótica, barroca e até pitadas medievais.

Clique nas fotos para aumenta-las

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Por isso deve ter gostado quando pediram para ele dar uma “cara de Roma” ao projeto. Obediente, utilizou a matéria prima principal das construções de Roma Antiga, o mármore travertino. Além disso, fez uma entrada em arco para o bairro (em alusão aos arcos do triunfo da Roma Imperial) e separou as zonas das casas segundo o critério de divisão das casas dos patrícios romanos: ambientes sociais onde recebiam os convidados e ambientes sagrados dedicados exclusivamente ao convívio íntimo familiar.

Não foi só isso. Símbolos místicos foram incorporados e ,muitas vezes, “escondidos” nas fachadas. E descobrir cada um deles é muito divertido!

Aqui está a listinha para você ir descobrindo cada um destes símbolos pelo caminho

– carneiro
– touro
– coelho
– coruja
– rã

– aranha
– abelha
– galo
– borboleta
– mariposa

– dados
– tabuleiros
– relógio solar
– cruz

Entrando pelo portal da Via Tagliamento (você não está em Nárnia… talvez precise repetir isso algumas vezes), vai se deparar com a Fontana delle Rane, na Piazza Mincio e é este o ponto de partida para começar a exploração do bairro, já que a maioria das construções ficam nos arredores desta praça.

 Tanto a Piazza Mincio quanto os arredores são constantemente movimentados, já que muitos dos edifícios do bairro foram transformados em escritórios e embaixadas. O passeio noturno também vale a pena, as poucas luzes amareladas dão um ar de mistério-romântico ao complexo. Não raramente eu encontrava casais passeando de mãos dadas por ali.

Principais construções

Palazzo degli Ambasciatori

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Um arco de onde pende um enorme lustre de ferro batido e que liga dois edifícios é a entrada para o mundo fantástico de Gino Coppedè. Procure o nicho com a imagem de Nossa Senhora, colocada ali para proteger as casas. Junto com ela baixos relevos de deuses pagãos  e uma inacreditável quantidade de elementos arquitetônicos colocados em modo assimétrico.

Via Tagliamento 8-12, via Brenta 2-2a, piazza Mincio 1, via Dora 1-2, via Tanaro 5

Piazza Mincio e Fontana delle Rane (1924)

Coppedè Roma - Italiana Blog Coppedè Roma - Italiana Blog

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A praça Mincio é completamente tomada pela Fontana delle Rane, que é muito parecida com a Fonte delle Tartarughe (Piazza Mattei), também em Roma.

Ficou mundialmente conhecida quando os integrantes dos Beatles entraram vestidos nela depois de um concerto em uma famosa casa de show que existe ali perto: a Piper.

Villino delle Fate

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Em uma das esquinas da Piazza Mincio você vai encontrar o Villino delle Fate, a construção que eu mais gostei e que ganho tantos clicks do Victor que eu resolvi fazer uma galeria com todas!

Em uma das laterais da construção existe uma homenagem à Florença, com as figuras de Dante Alighieri e Petrarca. Do outro lado uma homenagem à Veneza, com o desenho de um leão alado de San Marco. E ainda teve lugar para representar a lenda da fundação de Roma, com Rômulo e Remo sendo amamentados pela loba.

Aqui ele caprichou no uso dos materiais construtivos. Você vai encontrar mármore, azulejo, vidro, madeira, cerâmica e ferro batido: tudo junto e misturado. E é exatamente isso que traz o encantamento e o ar de conto de fadas para a vila.

Outras construções importantes:

– Palazzo del Ragno -Piazza Mincio, 2

– Edifício da via Olona 2, 7 e 11

– Villino di Via Ombrone, 7, 8 e 11

– Villino da via Brenta 26

Curiosidades

  • o interior das casas também foi decorado segundo projeto de Gino: maiólica esmaltada na cozinha, mosaicos para as salas e mosaicos no estilo de Pompeia para os banheiros;
  • em 1921, Gino projetou o castello Villa La Gaeta, no Lago di Como, que foi locação da última cena do filme 007 Cassino Royale.

Como ir

O bairro fica muito perto do centro histórico de Roma, entre a Via Tagliamento e a Piazza Buenos Aires. Eu testei todos os meios de transporte para chegar lá e o meio mais rápido e que aconselho é:

– metrô até estação Policlinico;

– no Viale Regina Margherita pegue o tram 3 ou 9 e desça na Piazza Buenos Aires;

– descendo do bonde pegue a sua direita e chegará no Portal de entrada do bairro.


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Review Castello di Velona Termal Spa & Winery – Toscana

Se estar sob o sol da Toscana já é bom e arranca suspiros de desejos, estar sob o sol da Toscana em um castelo é indescritível!

Neste outono me hospedei em um castelo na Toscana! O Castello di Velona Thermal Spa & Winery, que  está localizado em uma colina de Montalcino, pertinho de onde antigamente serpenteava a Via Clodia, que ligava a Etruria à Roma.

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O Castello di Velona fica em Castelnuovo dell’Abate, na província de Montalcino.

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Curiosidade: podemos encontrar VELONA representada nos afrescos das cartas geográficas do Vaticano.

O hotel

Construído como uma fortaleza no século XI, foi transformada em uma villa residencial durante o Renascimento. Depois disso foi abandonada e restaurada há poucos anos atrás – respeitando sua estrutura original – para abrir suas portas como hotel e spa em 2003 e nos oferecer uma das melhores experiências da vida!

Antes de contar como foi minha experiência, assistam o vídeo abaixo. São imagens do castelo feitas com drone e mais capazes do que minhas palavras de mostrar a você a beleza do lugar.

Saí de Florença perto da hora do almoço para enfrentar as duas horas de estrada até o castelo. A viagem foi tranquila; preferi fazer metade dela pela A1 e metade pelas estradas provinciais.

Olha, eu já vi lugar bonito nesta Itália, mas tenho que dizer que a beleza outonal dos arredores do castelo me tirou o fôlego! Parei o carro, olhei à minha volta e sabe quando aquele sentimento de gratidão te invade?

Toda aquela exuberante natureza ali para mim…para nós! Pronta para ser apreciada, tocada, vivida!  Deixei-me levar pelo sentimento e gastei um tempinho curtindo a paisagem…sem pressa… Ah! A vantagem de viajar lentamente…

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A chegada ao castelo foi surreal. Mil anos de história condensados em arte, luxo e conforto. O átrio de entrada é uma enorme sala de teto envidraçado e é ali que acontece o farto café da manhã.

O quarto

A recepção é tão rápida, que pisquei e já estava dentro da minha suíte! E que suíte!!!

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A vista da janela

Mal tinha me recuperado da beleza da paisagem na minha janela, quando a campainha da porta me tirou de meus devaneios… ao abri-la, uma bandeja de doces foi colocada na minha frente e o garçom (elegantíssimo) disse somente: “Seja bem vinda! Com os cumprimentos do chef!”.

Ahahahaha! Pára tudo! Morri e fui pro céu? Claro que acabei com a bandeja de doces na frente da janela!

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O quarto possui uma cama de casal queen size daquelas que te envolvem tanto, que não fosse a vista da janela me chamando para ver as belezas lá fora, ela ali mesmo que eu ia passar a manhã!

O banheiro é todo em mármore e com ducha e banheira. Os ammenities personalizados são produtos de qualidade excepcional e com o mesmo perfume que permeia todo o castelo.

Além dos docinhos, roupões, pantufas, chinelos e água fazem parte dos mimos de boas vindas.

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O castelo

Explorando o castelo, acabei chegando na piscina e  – eu tô falando sério – um pintor estava pincelando num quadro a paisagem do Val d’Orcia que se descortinava à nossa frente… Não tive opção a não ser aceitar o Mojito que o garçom me trouxe e contemplar aquela cena cinematográfica até o sol se esconder atrás das colinas.

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Castelo na Toscana – Italiana Blog

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O jantar

Depois de um bom descanso e uma taça de Brunello, fui para o jantar, que  foi servido no restaurante principal, o Settimo Senso. Foi tão difícil, mas tão difícil escolher os pratos que acabei chamando o mâitre e solicitei que o chef decidisse o que eu iria comer.

Ok…eu pedi .. E me fizeram um chef’s table de menu completo. O jantar durou 3 horas e meia e cada prato veio harmonizado com um vinho. Perfetto!

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A sala onde os hóspedes tomam um cálice de vinho antes de ir jantar.

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O café da manhã

Depois de encher o pratinho de biscoitos, tortas, croissants, pães, geléias – tudo feito no castelo – me sentei numa poltrona forrada de veludo vermelho e tomei meu cappuccino admirando o céu de outono da Toscana. Achei demais a ideia de uma sala de café da manhã que não é um restaurante. É uma ambiente elegante  e informal, onde você pode passar horas conversando, lendo…comendo…

Além de tudo o que coloquei no meu pratinho, ainda tinha uma mesa especial com produtos gluten free.

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A sala do café da manhã

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O SPA

Neste dia decidi aproveitar o SPA. E aí a diversão começou.

 O SPA ocupa uma área de 1500 metros quadrados e é todo revestido de mármore travertino. Os tratamentos de beleza, que vão de banho turco a fangoterapia, também podem ser usufruídos por não hóspedes, no sistema chamado “day-spa“.

A água que chega até as piscinas do hotel provêm de um vulcão inativo no Monte Amiata. É a mais quente de toda a Toscana e muito rica em sais minerais e substância com propriedades terapêuticas. São 4 piscinas, duas delas internas.

Meu passatempo preferido foi a chamada “ducha emocional“, que é um percurso sensorial que consiste num corredor de duchas que se diferem não só na temperatura, mas também na pressão simulando por exemplo, a água da chuva, ou a água de uma cachoeira. Junto com os jatos de água há uma sincronia de cores e perfumes. A sensação de bem estar é deliciosa e muito relaxante!

Por respeito à privacidade dos hóspedes, não são permitidas fotos na área do spa.

Há muitas atrações interessantes nos arredores do castelo, como a cidade de Montalcino e a Abazia de Sant’Antimo.

Clique aqui para saber como assistir ao canto gregoriano na Abazia di Sant’Antimo

Se você também quer se dar de presente alguns dias de relax total, o Castelo di Velona é o presente perfeito para o corpo e a alma!

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O blog Italiana hospedou-se no Castello como convidada, mas fique tranquilo, as impressões e a opinião são pessoais. Os links do post envia o leitor para uma página de parceiro do blog, para saber sobre a política de monetização do blog, clique aqui.

Bendita acomodação! Como é a hospedagem em casas religiosas

A Itália possui centenas de casas religiosas administradas por padres e freiras. Elas se assemelham às nossas pousadas e todas, sem exceção, são muito simples. Algumas oferecem café da manhã e muitas vezes os banheiros são compartilhados.

Você pode encontra-las em grandes e pequenas cidades e, se tiver sorte, vai acabar ficando em algum edifício histórico muito charmoso!

A hospedagem em casas religiosas é uma prática muito comum entre os europeus e está ganhando a atenção dos brasileiros pouco a pouco.

O que é e como funciona a hospedagem em casas religiosas

A minha experiência

Eu nunca havia me hospedado em um lugar administrado por freiras e, meu maior medo era ser acordada às 6 da manhã para ir à missa, rsrsrs…Como vocês sabem, acordar cedo não é meu forte!

Mas em setembro, durante meus estudos sobre a vida de São Francisco, senti que seria autêntico e interessante sob o ponto de vista da pesquisa, hospedar-me em um convento de clarissas, as seguidoras de Santa Clara de Assis.

A reserva mostrou-se uma tarefa um pouco mais difícil do que eu imaginava. Acostumada a fazer reservas com o Booking, estranhei  a falta de informação nos sites das estruturas sobre a disponibilidade da acomodação, tarifas, fotos etc.

Por e-mail contatei mais de 10 estruturas perguntando sobre a disponibilidade de me receberem. Menos da metade respondeu. Das que me responderam, uma só tinha disponibilidade para os 5 dias que eu ficaria em Assis. Não tive escolha e reservei este mesmo. No escuro…sem uma foto para ver o que me esperava.  Me acalmava saber que a localização era perfeita: entre as basílicas de Santa Clara e São Francisco, no centro da cidade.

Depois de preencher um formulário de reserva, precisei fazer um depósito de metade do valor da hospedagem antecipadamente e mandar um comprovante. Depois disso…silêncio…

15 dias depois me respondem que o departamento financeiro estava verificando se o pagamento havia sido realizado corretamente. Mais 15 dias e a confirmação da reserva chegou.

Eu estava animada! Cheguei após às 9 da noite no Monastère Sainte Colette, um convento de freiras clarissas de clausura francesas.

Tudo escuro, quieto e fechado. Depois de apertar a campainha uma dúzia de vezes, um hóspede muito gentil veio me receber. Como ele só falava francês e francês je ne parle pas, trocamos alguns sorrisos, algumas palavras sem sentido, recebi as chaves do quarto e voilà…eu estava no convento! Carregando minha mala cheia de garrafas de vinho escadaria acima!

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A administração, o local onde as freiras moram e a sala do café da manhã ficava em outro prédio.

O quarto estava muito limpo e a decoração, como eu já havia imaginado, era franciscana. Duas camas, um armário, um criado mudo e acabou. Mas o banheiro era só meu… e isso já foi um grande alívio.

No café da manhã do dia seguinte pensei que eu estivesse na França. Nada de falar italiano!!! Uma senhora que ficava às vezes na recepção me explicou algumas coisas sobre horários, estacionamento, etc. Uma freira me sorriu e me desejou boas vindas e pronto! Não vi mais freiras até o final da minha estadia.

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Podia entrar e sair  o horário que eu bem entendesse, pois eu tinha as chaves da porta principal e, apesar do parco café da manhã, ninguém nunca me acordou às 6 da manha para participar da missa. Era como se eu tivesse alugado um apartamento.

Não tinha TV, não tinha serviço de quarto, nem wi-fi. Mas tudo isso foi devidamente compensado com a tranquilidade do local e a beleza do jardim! Sem falar do preço: 35 euros por noite!

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A capela do jardim do convento

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Tinha varandinha no meu quarto!

Era possível passear pelos jardins, fazer picnic, pegar livros na biblioteca e se eu quisesse – ouçam bem SE eu quisesse – poderia participar da missa das 6 da manhã. Eu gostei muito da experiência e tenho certeza que vou repetir.

Dica da Ana: se você viaja sozinho, hospedar-se num convento pode ser uma boa opção. Não iria com meus filhos, pois o silêncio deve ser muito respeitado e crianças são barulhentas. Em alguns lugares, é obrigatório entrar até às 22h30.

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A gruta de Santa Colette no jardim

NA PRÁTICA

Os preços praticados são bem abaixo de uma estrutura turística similar. Alguns conventos aceitam doação livre como pagamento da estadia.

Encontrei alguns sites nos quais é possível pesquisar e fazer reservas:

http://www.istituti-religiosi.org/
http://www.ospitalitareligiosa.it/#
http://www.vacanzereligiose.it/

Eu fiquei no Monastère Sainte Colette
sitehttp://www.clarissesdassise.com/
email: ospitalita@santacolette.com
Borgo San Pietro, 3 – Assis

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Museo del 900 – arte contemporânea em Milão

Milão é uma cidade rica de museus. Você pode encontrar maravilhosas obras da arte antiga (inclusive múmias e artefatos egípcios) até obras da arte moderna e contemporânea.

Durante minha última passagem por Milão, fui visitar obras exponenciais da arte contemporânea do século XX, no Museo del 900.

MUSEO DEL 900

O Museo del 900 está localizado na Piazza Duomo, ao lado do Duomo de Milão e praticamente de frente para a Galleria Vittorio Emanuele, no edifício chamado Palazzo Arengario (Palácio Arengário).

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Fachada do Palazzo Arengario – Museo del 900

Desde que o Civico Museo di Arte Contemporanea  fechou – em 1998 – faltava um museu em Milão dedicado às obras do século XX. Em dezembro de 2010, após uma reforma de 28 milhões de euros o problema foi solucionado com a abertura ao público do Museo del 900.

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Signorina Seduta (1934) – Lucio Fontana

A primeira atração do museu é sua própria instalação. O prédio de linhas externas retas e fachada austera ganha um movimento incrível em seu interior com a escada em espiral que leva os visitantes ao terraço panorâmico, de onde se tem uma vista incrível da Piazza Duomo. A vista e a escada já valem o ingresso, mas o  museu oferece muito mais.

Visitei o museu num dia que estava vazio, mas fiquei um pouco preocupada com a organização dos espaços na alta temporada, pois algumas salas são realmente pequenas e para ir de uma sala até outra é preciso utilizar escadas rolantes.

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O acervo conta com 4 mil obras, das quais 400 fazem parte da exposição permanente. Visitei o espaço em pouco mais de duas horas, mas acredito que o percurso possa ser feito mais rápido. Eu gosto de me sentar para apreciar as obras, ler todas as informações, etc.

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Minha obra preferida…é uma menina correndo, tá vendo?

Algumas de minhas obras preferidas, não por acaso estão entre as mais importantes do período.

Adoro por exemplo “Femme nue” de Picasso, Odalisca de Matisse e Beatrice Hastings de Modigliani, que reinterpretam a beleza feminina, diferente dos padrões das pinturas europeias em vigor.

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Odalisca (1925) – Matisse

Outras obras que também merecem sua atenção:

  • Composizione, de Kasndinsky;
  • Wald Bau, de Paul Klee;
  • Retrato de Paul Guillaume, de Modigliani;
  • A menina que corre no balcão, de Giacomo Balla ( a minha preferida de toda a exposição);
  • Senhora sentada, uma escultua de bronze de Lucio Fontana.

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Wald Bau – Paul Klee

 

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Merda d’ artista (1961) – Piero Manzoni

Curiosidade

Em maio de 1961, Piero Manzoni lacrou 90 latinhas idênticas às usadas para embalar carne. Lá dentro não havia carne e sim fezes, a sua “obra”.  Rotulou todas:  Merda d’artista. Contenuto netto gr. 30. Conservata al naturale. Prodotta ed inscatolata nel maggio 1961” (Merda de artista. Conteúdo bruto 30 gr. Conservada ao natural. Produzida e embalada em maio de 1961).

Colocou à venda pelo preço equivalente a 30 gramas de ouro. Hoje a obra está avaliada em 70 mil Euros, mas em 2007 um colecionador comprou o exemplar número 18 por 124 mil Euros. A latinha número 80 pode ser vista no Museo del 900.

NA PRÁTICA

Museo del 900
Site: www.museodelnovcento.org
Piazza Duomo, entrada pela Via Marconi,1
Ingresso: 5 Euros

Restaurante do museu (entrada independente)
Giacomo Arengario, menu com pratos tradicionais da culinária milanesa revisitados.



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Visitei o Museo del 900 durante o projeto Blogville Lombardia. 

Playlist roadtrip Toscana – as músicas que ouvi na viagem

Pra explorar a Toscana do jeito que se deve, só carro cumpre a função! E, uma vez que você sai da autoestrada e se embrenha pelas estradinhas da Toscana, se perder é fácil. E “talvez-muito-provavelmente” você vai se perder!

Nestes momentos, não se desespere: aumente o volume, diminua a velocidade e curta a paisagem!

Montalcino - Toscana
Montalcino – Toscana

Na minha última viagem para a Toscana, em outubro, viajei sozinha por mais de 1000 Km e as músicas, claro, me fizeram companhia!

Resolvi compartilhar com vocês as que mais ouvi. Pra quem quer conhecer músicas italianas além de “Funiculì, funiculà” e “Volare”, esta é uma excelente playlist!

Tem de tudo! De rap a ópera. Não gostou da música? Vai para a próxima! Uma delas tenho certeza que você vai gostar!

Gravei a playlist no Spotify, clique aqui para acessa-la e aperta o play!

Clicando no título da música, você vai para o vídeo oficial da música no Youtube.

1  Baciami e portami a ballare (Alex Britii) – boa para acordar!!! Anima qualquer um…

2 Pronto a correre (Marco Mengoni) – Mengoni é meu cantor preferido da vez…de gordinho sem graça passou para lindão popstar!

3 Roma-Bangkok (Baby K e Giusy Ferreri) – Giusy é uma das vozes roucas mais lindas que já ouvi. Se juntou com Baby K para um rap de chacoalhar o esqueleto!

4 L’amore eternit (Fedez e Noemi) – Noemi é minha segunda voz rouca preferida. aqui canta com o rapper Fedez.

5 Colpisci (Neffa) – Neffa é o preferido de minhas filhas e não poderia ficar de fora da minha playlist!

6 Pieno di vita (Jovanotti) – Música alegre que te faz sorrir mesmo que você não entenda a letra!

7 Senza fare sul serio (Malika Ayane)

8 Lontano (Francesca Michielin)

9 Non passerai (Marco Mengoni) – Mengoni de novo…scusa!

10 Se bruciasse la città (Nina Zilli) – cantou essa versão no último Festival de Sanremo.

11 L’ amore si muove (Il Divo) – Il Divo são aqueles 3 moleques tenores que além de cantar bem são lindos e simpáticos.

12 Attenta (Negroamaro) – Amo Negramaro…todas as músicas!

13 Il mare immenso (Giusy Ferreri) – A voz nº 1 de novo.

14 L’amore si odia (Noemi) – a voz nº 2 de novo.

15 La notte (Arisa) – romântica para chorar de saudades do marido!

16 Sei un pensiero speciale (Eros Ramazotti) – nova do Eros, que conheci no show dele em Roma e entrou por último na minha lista.

Espero que gostem e divirtam-se!

Pogiarello-Grosseto
Agriturismo Il Poggiarello, Toscana

Li a ideia de compartilhar a playlist com os leitores no blog Café Viagem, que fez essa playlist aqui e que também é ótima!!!



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