Eu tenho um fascínio especial pelos cafés históricos, eles sempre estão no meu roteiro de viagem. Mas nenhum até hoje me trouxe maior admiração do que o Caffè Pedrocchi, em Padova. Ele estava na minha lista de lugares para conhecer havia 2 anos e, quando em julho deste ano passei uma semana inteira em Padova (leia aqui), não só fui conhece-lo, como me tornei frequentadora assídua!
Na verdade, entrar naquele edifício neoclássico construído para abrigar um dos cafés mais antigos (1831) e famosos do mundo poderia ser motivo suficiente para você visitar Padova, mas a cidade tem muito, muito mais a oferecer, confira neste post aqui.
O estabelecimento, que até 1916 funcionou 24 horas por dia, não possuía portas e além de servir como um “corredor” para ir de um lado ao outro da praça, acomodava, além da alta burguesia padovana, os inúmeros estudantes e intelectuais da Universidade de Padova, que fica bem em frente.
O prédio se dividia em duas zonas bem distintas: o Caffè e o Ridotto.
O Caffè podia ser frequentado por qualquer um, já o Ridotto era reservado para a “nata” da sociedade padovana e ali, além de bailes e festas, aconteciam também encontros de negócios e reuniões secretas massônicas.
No térreo, onde fica a cafeteria existem 4 salas elegantemente decoradas: a sala verde, a sala rossa (vermelha), a sala gialla (amarela) e a sala bianca. No pavimento superior (Piano Nobile) funciona hoje o Museo del Risorgimento.
As salas – verde, vermelha e branca – reproduzem as cores da bandeira italiana.
Todo dia passava ali para meu cappuccio/cornetto e como sou fiel a esta dobradinha, acabei não experimentando os outros doces da pasticceria. Mas sugiro que experimentem o café carro-chefe da casa: o Pedrocchino, feito com menta, panna e cacao.
NA PRÁTICA
Onde fica: o Caffè Pedrocchi fica bem no centro histórico da cidade, na Via VIII Febbraio, 15.
Tradição: até hoje mantem a tradição de acolher a todos, isto significa que você pode entrar lá para descansar, ler o jornal, usar gratuitamente o wi-fi e tomar um copo d´àgua sem pagar nenhum tostão!
Barris de vinho, pratos de spaghetti, bandeirolas coloridas e tarantella. É o que sugere o título deste post, mas não é o que acontece veramente numa festa italiana.
Vou dividir com vocês, com muito carinho, a festa de Bodas de Ouro dos meus tios, que moram na campagna (campo) entre Bolonha e Ferrara. Formam um casal digno de admiração e a convivência tranquila deles é invejável. Aposentados, ambos se dedicam a seus hobbies: ele viaja o mundo fotografando e entre suas aventuras estão Quênia e Israel; ela, muito caseira, prefere a música e aprendeu a tocar piano.
Numa manhã clara de verão, nos dirigimos a uma capela, para as merecidas bençãos. A cerimônia deveria ser maior, na igreja da cidade, mas o terremoto de 2012 causou sérios danos e a igreja precisou ser interditada, por isso, estávamos em poucos. Assim que cheguei, carregada de casacos, máquina fotográfica e bolsas, o padre me puxou para o altar e pediu para que eu lesse a introdução da missa. Li. Então, pediu que eu emendasse a primeira leitura e já que eu estava lá mesmo, a segunda leitura também, rsrsrsrs… foi hilário, praticamente não desci do altar!
Após a cerimônia, fomos todos para o jardim da casa dos meus tios, onde um grupo de excelentes músicos se apresentaram. Após o almoço teve repeteco e eles tocaram por mais uma hora. O interessante – eu amei! – foi que durante as apresentações dos músicos, todos param de conversar e realmente apreciam o mini-concerto com um respeito incrível!
O almoço estava maravilhoso, com boa parte dos pratos tradicionais da culinária bolonhesa e foi servido no jardim, debaixo das árvores que meu tio plantou com as próprias mãos!
A simplicidade autêntica da festa foi emocionante!
Este post faz parte da série Roma aos Pedaços, que traz uma descrição das principais atrações da cidade em ordem cronológica. Hoje, veremos a roma medieval!
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As atrações da Roma Medieval estão assinaladas no mapa em verde.
ROMA MEDIEVAL (SÉC. X A XV)
Com a queda do Império Romano do Ocidente, a época áurea romana foi ficando para trás e no século IV Roma não passava de um burgo com alguns milhares de habitantes. Nos séculos VIII e IX a importância do Papado tornou-a um pouco mais vigorosa, somente para afunda-la ainda mais na miséria em 1309, quando o papado se transferiu para Avignon.
Certo, o que mais se vê na Roma de hoje são vestígios da potente época Imperial, mas obviamente os 1.000 anos da Idade Média deixaram traços por lá também.
IGREJA DE SAN CLEMENTE
História em camadas. É assim que esta igreja se apresenta a seus visitantes. No nível da rua, uma igreja do século XII, um nível abaixo uma igreja do século IV e mais abaixo ruínas de edifícios romanos e um templo dedicado a Mitras.
SANTA MARIA IN TRASTEVERE (século XII)
A igreja foi construída por ordem do Papa Inocêncio II com o mármore proveniente das Termas de Caracalla e foi a primeira igreja de Roma dedicada à Nossa Senhora. Ainda conservam-se dentro da igreja fragmentos de manuscritos, pedras de sarcófagos, antigos afrescos e ruínas da antiga basílica.
SANTA MARIA IN COSMEDIN
Sob seus pórticos se encontra a famosa Bocca della Verità. O que se vê hoje da fachada da Basílica é o aspecto que ela tinha entre os séculos VII e XIII, mas sua construção começou no século VI sobre ruínas de edifícios romanos.
É com muita alegria que trago para vocês umguest post, escrito por uma leitora do blog ITALIANA: a Ana Renata tem um blog de decoração de festas, clique aqui para ver quanto capricho!
Ela viajou duas vezes com sua filha para a Itália e nos conta a deliciosa experiência de viajar para a Itália com criança.
* Se você também tem uma experiência na Itália e quer conta-la aqui, participe da nossa seção “A VIAGEM DO LEITOR“: uma vez por mês, uma história será publicada e a próxima pode ser a sua!
Nossas férias de Julho de 2013 e 2014 foram na Itália. A escolha do destino também se dá ao fato da minha sogra morar lá. Mas não ficamos só na cidade dela, que fica no Piemonte. Passeamos pela Itália nas duas ocasiões e foi maravilhoso.
A Júlia com 8 anos em 2013, foi uma super companheira e curtiu muito os passeios. É claro que tivemos que adaptar alguns para que fossem mais interessantes pra ela.
Nossas viagens foram inesquecíveis e, quando me perguntam o que eu fiz com uma criança na Itália, tenho pelo menos 20 passeios pra citar:
1 – CITTÀ DEI BAMBINI (Padova)
Em várias cidades da Europa, dentro dos bairros, podemos encontrar parquinhos encantadores. Em Padova, fomos à Città dei Bambini. Um parque cheio de brinquedos, árvores, bancos e água potável nas fontes. Uma delícia!
2 – PRATO DELLA VALE (Padova)
Além de ser uma praça linda e enorme, à noite fica super agradável tomando um “gelato”. Recomendo!
3 – CASA DE JULIETA (Verona)
Que criança nunca sonhou em ser uma princesa ou um príncipe? Na casa da Julieta, é possível ver a cama, as roupas dela e ficar na famosa sacada onde ela conversava com seu Romeu, na história de William Shakespeare.
4 – PASSEIO DE GÔNDOLA (Veneza)
Ideal para crianças e adultos. Pagamos 80 Euros o passeio de meia hora. Vale muuuuuito a pena! É diversão garantida.
5 – VER A FABRICAÇÃO DE VIDROS EM MURANO
Se você está em Veneza, não deixe de pegar um vaporetto e ir até a ilha de Murano. Lá vimos como se faz o vidro todo colorido. Foi muito interessante!
6 – CARROSSEL (Firenze)
O carrossel que fica na Piazza della Repubblica, em Firenze, parece de brinquedo. É mágico! Difícil é fazer a criança parar. Haja tickets…
7 – PASSEIO PELOS JARDINS DO PALÁCIO PITTI (Firenze)
O Palácio Pitti é um grande palácio renascentista de Firenze. Situado na margem direita do rio Arno e bem perto da Ponte Vecchio. Os jardins são simplesmente maravilhosos. Para criança criada em apartamento (como é o caso da minha Júlia), é um sonho!
8 – VULCÃO VESÚVIO E A CIDADE DEVASTADA DE POMPÉIA
O passeio em Pompéia é impressionante. É possível passear pela cidade que foi soterrada pela chuva de cinzas do vulcão Vesúvio. História viva!
9 – EMPURRAR OU SEGURAR A TORRE?
Ninguém deixa de tirar a tradicional foto com a Torre de Pisa. Foi bem divertido!
10 – JOGAR MOEDINHAS E FAZER PEDIDOS NA FONTANA DE TREVI (Roma)
A Fontana de Trevi é maravilhosa. Quem não quer jogar uma moedinha e fazer um pedido? Dizem que quem joga a moeda uma vez, volta para Roma. Na dúvida…
11 – PROVE QUE VOCÊ NÃO MENTE NA BOCCA DELLA VERITÀ (Roma)
Para os adultos, o passeio não chega a ser interessante, mas para as crianças sim. Diz a lenda que se você não diz a verdade, a boca devora sua mão. Quem arrisca colocar a mão na boca da verdade?
12 – ÔNIBUS TURÍSTICO (Roma)
O passeio no ônibus turístico, principalmente para quem senta no andar superior, é bem divertido e você usa um fone que vai contando (na sua língua) os principais pontos turísticos. A Júlia adorou!
13 – BIOPARCO DE ROMA
Toda criança ama zoológico e este é especial, com uma quantidade enorme de animais diferentes. O parque deixa a agenda de alimentação dos bichos disponível para os visitantes irem na hora da bagunça. Bem legal!!!
14 – MUSEUS DO VATICANO
Uma verdadeira aula de História! Simplesmente fascinante.
15 – PASSEIO DE BARCO PELO LAGO DE COMO (pertinho de Milão)
O lago de Como, além de ser enorme (é o 3º maior da Itália), é lindo, com casas luxuosas de celebridades que resolveram morar por lá. Um passeio delicioso!
16 – CANTINA ITALIANA EM MONTEPULCIANO (Montepulciano)
Se para os adultos degustar vinhos em Montepulciano é um passeio imperdível, para crianças conhecer as cantinas com seus imensos tonéis também é sensacional.
17 – PICNIC NA MONTANHA (Certosa di Pesio)
Pode parecer romântico (e é!), mas também é um super passeio com crianças. Os parques são lindos e com infraestrutura para passar o dia fazendo picnic em família. Delicioso!
18 – PARQUINHO O DIA TODO (Peveragno)
Nas pequenas cidades do Piemonte, é bem fácil encontrar um parquinho com pais passeando com carrinhos de bebê e crianças correndo e brincando por todo lado. Diversão garantida e gratuita!
19 – FESTAS LOCAIS (Peveragno)
Nas pequenas cidades, os moradores costumam fazer festas. Na cidade em que nos hospedamos (Peveragno, no Piemonte), a festa foi numa noite, em frente à Prefeitura. Com teatro, shows musicais e cadeiras para que todos pudessem assistir tranquilamente, foi uma noite bem divertida e agradável!
20 – BRINCAR NA RUA (Peveragno)
Se por aqui está difícil brincar na rua, em algumas cidadezinhas da Itália isso é possível até anoitecer. A Júlia amou!
* Se você também tem uma experiência na Itália e quer conta-la aqui, participe da nossa seção “A VIAGEM DO LEITOR”: uma vez por mês, uma história será publicada e a próxima pode ser a sua! Mande um email para ana@italiana.blog.br
Spaghetti con le polpette, tortelloni recheado com molho ragù, tiramisù de chocolate e pizza com abacaxi.
Ficou com água na boca?
Bom, sinto informar que um vero italianoJAMAIS escolheria um prato destes do cardápio! E eu explico porque: estes pratos são modificações de receitas originais típicas italianas. Mas…invenções não são bem vindas quando falamos em comida na Itália. Assim, estes pratos são feitos para turistas e se encontrar um destes descritos no menu…humm…então a chance de você ter se sentado para comer num restaurante- armadilha-típico-italiano é grande.
Eu sei, eu sei…para um estrangeiro é praticamente impossível não se enrolar no emaranhado de spaghetti e fettuccine oferecidos no cardápio, por isso vou te ajudar com algumas dicas para que sua experiência gastronômica em Roma – e em toda a Itália – seja de tirar o fôlego e encher a barriga!
DICAS PARA COMER NA ITÁLIA
1 – Pode ser bem atraente jantar num restaurante ajeitadinho bem em frente à Piazza Venezia, com as luzes do colossal monumento dedicado à Vittorio Emanuele brilhando diante dos seus olhos.
Mas, atenção ao PERIGO!!!! Geralmente os restaurantes e bares perto de atrações turísticas estão lá para os …TURISTAS. E a qualidade do que é servido é bem duvidosa. Para comer bem, como comem os italianos, afaste-se um pouco das grandes atrações, embrenhe-se por ruazinhas estreitas e certamente encontrará um restaurante de verdade.
2 – Que mundo globalizado! Os pratos descritos no menu do restaurante possuem versão em inglês, chinês e até…árabe? SAIA CORRENDO!
Procure por restaurantes com cardápio escrito em ITALIANO. (Não entende nada de italiano? que tal aprender italiano comigo? Clique aqui.)
3 – A cultura gastronômica italiana é muito rica e cada região tem suas tradições e seus pratos típicos. Descubra quais são os pratos típicos da região que você está, nada de comer Bistecca alla Fiorentina na Sardegna e Saltimboca alla Romana no Piemonte.
4 – Sabe quem pode te ajudar muito? Os garçons! Pergunte a ele o que te aconselha experimentar ou qual a especialidade da casa. Muitas vezes eles nos oferecem pratos que nem estão no cardápio. Foi assim que experimentei -e amei – carne de javali. Se não fosse aquele garçom…bom, se não fosse ele eu poderia estar uns quilos mais leve!
5 – Faça pesquisas em blogs, pergunte para amigos e saia de casa com uma lista de restaurantes testados e aprovados. A chance de errar, neste caso, diminui bastante!
Este post faz parte da série Roma aos Pedaços, que traz uma descrição das principais atrações da cidade em ordem cronológica.
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Roma Paleocristã (a partir de 313 d.C.)
Ano: 313 Local: Roma Protagonista: Imperador Costantino Documento: Edito de Milão Ação: com a assinatura do Edito de Milão, Costantino garante a iberdade de culto aos cristãos. Pode parecer simples, mas para se chegar a este ponto, a luta não foi pequena, não! Mas, com este documento, o Cristianismo se transformou na religião oficial do Império Romano e igrejas começaram a ser construídas.
A maioria das construções desta época estão nos subterrâneos de outras igrejas ou foram modificadas ao longo do tempo, vale a pena conferir as atrações que listo para vocês neste post.
As atrações da Roma Paleocristã estão assinaladas no mapa com o ícone amarelo.
Catacombe di San Sebastiano
É um cemitério subterrâneo ao longo da Via Appia Antica. Sua origem remonta ao século III e aqui foram conservados os corpos de Pedro e Paulo por um bom tempo. Site para informações sobre as visitas:http://www.catacombe.org/
Igreja de Santa Maria Maggiore
Construída no monte Esquilino a partir de 432, por vontade de Papa Sisto III, foi modificada nos séculos sucessivos. Destaque para o seu campanário (torre do sino), o mais alto de Roma (75 metros)! Aqui foi sepultado o artista Gian Lorenzo Bernini.
Grutas do Vaticano
Estão a 3 metros abaixo da nave central da Basílica de São Pedro e contém ruínas da basílica de Costantino, construída entre 319 e 333. Se trata de uma verdadeira igreja, rica de capelas, nichos e corredores que guardam as sepulturas dos papas e de soberanos católicos, como Ottone II e Cristina da Suécia.
Batistério de San Giovanni
Construído no IV século, foi o modelo para todos os batistérios construídos posteriormente. Faz parte do complexo da Basílica de San Giovanni in Laterano (que merece uma visita também). Tem forma octagonal e foi construído sobre uma antiga terma.
Como a maioria dos meus leitores sabem, sou professora de italiano no Brasil há 19 anos… \o/
E muitas pessoas me escrevem pedindo indicação de escola para estudar italiano na Itália. Sempre tive receio em indicar uma escola, pois com exceção da universidade que estudei em Perugia, não conhecia pessoalmente nenhum instituto que oferecesse curso de italiano de curta duração para estrangeiros.
Até que eu tive a oportunidade de conhecer o proprietário de uma escola em Roma, que realmente se empenha e trabalha para oferecer cursos de italiano de qualidade.
Eu e os proprietários na recepção da escola Torre di Babele
Assim, em outubro, levei um grupo de mulheres para a Itália (leia aqui e aqui) e o objetivo da nossa viagem era, além de passear e conhecer lugares novos, estudar italiano. É o que chamamos de vacanze-studio (férias-estudo).
O acolhimento aos alunos, a dedicação dos professores, o método de ensino da escola são realmente excelentes. E, por isso, indico esta escola para vocês e conto todos os detalhes de como fazer para estudar italiano na Itália.
A escola
O Centro di Lingua e Cultura “Torre di Babele” existe desde 1984 e é uma escola autorizada pelo Ministero della Pubblica Istruzione para o ensino da língua italiana para estrangeiros.
Está localizada em um bairro central, bem perto da estação Termini e da universidade La Sapienza. O bairro se chama NOMENTANO e eu caí de amores por ele. É um local cheio de estudantes, bares, restaurantes, com edifícios estilo liberty e muito autêntico, com pouquíssimos turistas circulando (logo conto mais detalhes sobre o bairro).
O lindo edifício da escola em estilo liberty
Os cursos
A escola oferece uma gama enorme de cursos: além dos cursos intensivos, existem os cursos de longa duração, curso de italiano e culinária, italiano e fotografia, além de seminários de cinema, literatura, história da arte e vinhos.
Meu grupo fez duas semanas do curso intensivo. As aulas eram realizadas pela manhã e à tarde as meninas saíam pelas ruas da cidade, colocando em prática tudo aquilo que haviam aprendido.
Os grupos possuem, no máximo, 12 alunos por sala, o que permite ao professor dar atenção a cada um dos alunos, garantindo assim o aprendizado.
Estudantes dos quatro cantos do mundo no jardim da escola
Na prática
O aluno que já sabe um pouco da língua, é submetido a um teste escrito e um oral já no primeiro dia de aula, a fim de definir exatamente qual é seu nível de conhecimento. Mas mesmo quem ainda não sabe NA-DA de italiano pode estudar lá. Neste caso, obviamente, entram no primeiro nível da escola (são 10 no total).
A escola pode providenciar alojamento para o aluno em hotel, casa de família e apartamentos. Meu grupo ficou num apartamento alugado, a apenas 200 metros da escola.
Para estudar na Torre di Babele, mande um email para ana@italiana.blog.br
Assim que você arruma a mala e sai da porta pra fora de casa, o mundo se entrega a você! Entregue-se ao mundo também! Essa é uma das minhas dicas essenciais para uma viagem feliz!
Muitas pessoas que me acompanham pelas mídias sociais me perguntam como viajar leve e feliz!
Abaixo listei as dicas essenciais que fui acumulando durante minha vida viajante e que, garanto, vão transformar a sua viagem numa experiência de felicidade infinita!
Nunca é tarde para começar a viajar, mas se for possível, comece logo!
Viaje com os olhos e o coração abertos.
Aprenda um pouco da língua do país que vai visitar. Não espere que os outros falem a sua língua. Lembre-se: você é o ” intruso”!
Aprenda sobre a cultura também: tudo vai fazer mais sentido.
Sorria!
Não julgue os costumes e hábitos locais.
Ao invés disso, respeite-os e aprenda com eles.
As coisas não são como são na sua casa. Adapte-se!
Comunique-se com as pessoas de uma forma simpática e empática!
Não tenha medo de dizer SIM…
Muito menos NÃO.
Deixe uma boa impressão do seu país por onde você passar.
Seja educado! A boa educação é admirada e entendida em todo o mundo.
Experimente a comida local.
Continue sorrindo!
Organize a sua viagem! Prepare seu itinerário, faça uma lista das atrações que quer conhecer, das cidades que quer visitar, das comidas que quer experimentar, etc.
Porém, seja flexível, talvez seja necessário modificar um pouco o roteiro no meio do percurso. E isso não é um problema…
Esteja aberto para novas oportunidades!
Lembre-se, você está de férias! Não precisa cumprir horários, checar todas as atrações da cidade e nem se estressar.
Viaje leve…não precisa levar o guarda-roupa inteiro!
DICA DE OURO DA ANA:
Não faça safári fotográfico! Quem está interessado nas suas fotos? Melhor do que a máquina fotográfica é levar sua alma de férias com você! Relaxe, observe, respire, admire, SINTA o local que está!
Traga registrado dentro de você as impressões, os odores, os sons e as cores de sua viagem. Isso sim, vai fazer toda a diferença…
Tá sorrindo ainda? Continue…
Essas são as minhas dicas essenciais para uma viagem feliz. Quais as suas?
Desde a infância nosso imaginário se povoa de reis e rainhas, príncipes e princesas. Castelos grandiosos e contos de fada.
Por isso, acredito que dentro de cada um de nós existe aquela vontade nostálgica de dormir em um castelo de verdade. Talvez para transformar todas essas imaginárias recordações em algo mais palpável.
Então, durante a programação do meu blog tour pelo Veneto, fui convidada pela família Iseppi para conhecer um castelo de verdade administrado por eles: o Castello Bevilacqua.
Aceitei e convidei minhas filhas para me acompanhar nesta aventura.
Bevilacqua é uma cidadezinha de 1.800 habitantes, cuja única atração é o castelo e que possui uma localização estratégica, entre Padova e Verona.
Chegamos como 3 gatas borralheiras, empurrando nossas malas pelas estradas empoeiradas da estação. Mas, assim que avistamos o castelo, a abóbora se transformou em carruagem.
Imaginem só: um castelo com mais de 700 anos de história que após um minucioso trabalho de restauração está à sua disposição para você ser protagonista do seu próprio conto de fadas!
A entrada principal, ladeada por ciprestes, nos leva até a porta principal do castelo, onde está a recepção. No hall, no elevador e nas áreas comuns do Castello Bevilacqua, toca incessantemente uma música medieval, que nos ajuda a entra no clima.
Rapidamente nossas malas são levadas a uma das 7 suítes: a Suíte Superior Generale La Massa, em uma das 4 torres do castelo. Pronto, já nos sentimos a Rapunzel, rsrsrs…
ACOMODAÇÃO
A suíte possui uma cama de casal e uma de solteiro (montada a pedido do hóspede), um armário, ar condicionado, uma TV pequena e um banheiro muito moderno, com banheira de hidromassagem.
A decoração segue o estilo renascentista e as paredes são completamente tomadas por afrescos representando faunos e ninfas num jardim encantado. É um pouco inquietante, mas você acaba se acostumando com aquelas presenças místicas.
JARDIM SUSPENSO
Assim que nos acomodamos fomos visitar os jardins suspensos do castelo, o segundo maior da Europa. Em agosto, o jardim estava florido e muito bem cuidado, cada cantinho nos preparava uma surpresa e ficamos umas duas horas por ali, conversando e passeando.
HISTÓRIA DO CASTELO
Se as paredes do castelo pudessem falar, nos contariam histórias de guerras, incêndios, romances e conspirações.
O Castello Bevilacqua foi construído em 1336 para defender a família Scaligeri de Verona de seus vizinhos: Os Carraresi e os Estense. Ótima vizinhança…
Na época do domínio da República Veneziana, o castelo se transformou em residência de nobres. E em 1848, soldados austríacos atearam fogo ao castelo, que foi restaurado pela Condessa Bevilacqua e seu marido General Giuseppe la Massa (cara, dormi no seu quarto!!).
Depois disto, foi asilo para anciãos, escola salesiana e até foi ocupado pelo exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Até que em 1966, aconteceu o terceiro incêndio devido à explosão de uma caldeira e o castelo foi vendido para a família que hoje administra o hotel e que o restaurou completamente.
Depois do tour pelo castelo fomos nos arrumar para o jantar no restaurante All’ Antica Ala, mas isso merece um post exclusivo! Aguardem!
No dia seguinte, ainda teve visita aos calabouços do castelo, à câmara de tortura, além de aula de arco e flecha medieval.
VANTAGEM: a experiência de dormir em um castelo de verdade é inesquecível. As crianças adoram e, para casal, é bem romântico. Pode-se reservar um jantar particular à luz de velas com champagne e violino!
DESVANTAGEM: não faça como nós! Chegar ao castelo de trem é bem complicado! Prefira carro. Além disso, se você estiver sem carro, ficará preso no castelo, sem muitas opções de lugares para visitar.
LOCALIZAÇÃO:Situado entre Padova e Verona, a posição é estratégica. Se você estiver de carro, em menos de uma hora chegará a: Verona, Vicenza, Mantova, Vicenza e Padova.
O blog ITALIAna é afiliado do Booking, isto significa que de cada reserva feita a partir do blog, recebemos uma pequena comissão. É importante salientar que ao reservar a partir do blog, NÃO HÁ ALTERAÇÃO NENHUMA DO VALOR DO PREÇO, muito pelo contrário! Você pode conseguir tarifas com descontos na maioria dos hotéis. Isto quer dizer que você não pagará nada a mais por isso e ainda estará ajudando a manter o o blog no ar, com conteúdo de qualidade!
O blog ItaliAna foi convidado para se hospedar no Castello Bevilacqua durante o Blog Tour Veneto de 2014. Mas fique tranquilo: aqui, a liberdade de expressão é 100% garantida. Só a verdade e minha opinião pessoal para você!
Que tal aprender a fazer tagliatelle com uma verdadeira mamma italiana?
A mamma, na verdade, é mia zia (tia), nascida e criada em Bolonha. Quando se aposentou decidiu morar na campagna, cultivando uma vida tranquila e feliz e dedicando-se a duas grandes paixões: a culinária e a música.
Sempre que vou à Itália, passo alguns dias em sua casa e me divirto muito cozinhando – e depois comendo – as delícias da culinária bolonhesa.
Ano passado, no dia da festa de comemoração de suas Bodas de Ouro, ela me presenteou com um livro de suas deliciosas e secretas receitas. E em agosto deste ano, ensinou minhas filhas a preparar o tagliatelle.
O primeiro tagliatelle a gente nunca esquece!
Tagliatelle é uma massa típica da região da Emilia Romagna e tipicamente é servida com o ragù: aquele molho com carne moída que chamamos de bolonhesa aqui no Brasil e que aliás, não se parece em nada com o original.
CURIOSIDADE
Em 1972, a Accademia Italiana di Cucina registrou na Câmara de Comércio e Agricultura de Bolonha a autêntica receita do tagliatelle, cuja largura deveria corresponder a 7mm, ou seja à 12.270 avos da Torre degli Asinelli, a torre símbolo da cidade.
A receita original do tagliatelle é facílima e, se você pegar o jeito, nunca mais vai querer comprar macarrão no supermercado. Vamos começar? É brincadeira de criança!
INGREDIENTES
Para cada 100 gramas de farinha você vai precisar de um ovo, calcule 70 gramas por pessoa
Uma pitada de sal (opcional)
Um fiozinho de óleo
Um pouquinho de água (appena, appena…)
MODO DE FAZER
Coloque a farinha e o sal numa tigela.
Quebre os ovos sobre a farinha e comece a misturar com as mãos, adicione um fiozinho de azeite e um pouco de água (1 colher de sopa).
Amasse bem até obter uma mistura homogênea.Retire a massa da tigela e sove-a por mais 10/15 minutos numa superfície enfarinhada até a massa adquirir uma consistência lisa e elástica.
*Nesta fase a receita original diz que a massa deve descansar por 30 minutos coberta com papel filme. Minha tia não deixa descansar e dá certo! Tente as duas alternativas e veja qual te agrada mais. A que me agrada mais é não esperar porque geralmente meus 4 filhos estão famintos esperando o jantar ficar pronto.
Após o descanso (ou não), você pode abrir a mão com um rolo de macarrão ou na máquina.
Com o rolo: divida a massa em duas partes e abra a massa até obter um disco de mais ou menos 8 mm. Polvilhe a superfície com farinha e deixe repousar por uns 5 minutinhos. Enrole a massa, como um rocambole bem fininho e apertado e corte-o em fatias de mais ou menos meio centímetro.
Desenrole a massa e enrole-a nas mãos fazendo os ninhos característicos do tagliatelle.
Com a máquina: divida a massa em duas partes, polvilhe farinha em um dos lados e passe diversas vezes pela máquina até obter uma massa fina. Regule a máquina para cortar no formato de tagliatelle e passe a massa pelo cortador.
Nos dois casos é importante deixar a massa secar um pouco antes de cozinha-la.
DICA DA ANA: na água que vai cozinhar o tagliatelle coloque um fio de azeite e sal.Você pode fazer um molho de tomates que está acostumada ou o ragù (vou dar a receita em outro post).
CONSERVAÇÃO
A massa pode ser mantida por um dia na geladeira, coberta com um pano de prato. Pode-se congelar.
LENDA (EU ADORO ESTAS HISTORINHAS…)
Segundo a lenda, o tagliatelle foi i nventado em 1487 por um cozinheiro bolonhês famoso chamado Zefirano. Quando Lucrezia Borgia e o duque de Ferrara Alfonso I d´Este se casaram, o cozinheiro inventou esta massa tendo como inspiração os loiros cabelos da noiva.
Burano é uma ilha de 3.000 habitantes faz parte da lista das 10 cidades mais coloridas do mundo e está a apenas 45 minutos de barco da Piazza San Marco.
Logo que desembarco do batello, tenho a impressão de que a pequena ilha está bem mais distante do caótico vai-e-vem dos turistas de Veneza do que os 11 Km que as separam.
Caminhando às margens do canal, que leva à única praça da cidade – Piazza Galuppi – parece mesmo é que entrei em um dos desenhos coloridos pelos meus filhos: um sem fim de casinhas estreitas enfileiradas, numa explosão de cores vibrantes.
As casinhas típicas, de dois ou três andares, são coloridas por um motivo nada especial: servem somente para delimitar as propriedades, já que as habitações são geminadas.
E talvez porque o motivo seja tão sem graça, criou-se muitas lendas a este respeito. Se os homens pescam, as mulheres da ilha bordam e fabricam uma renda lindíssima chamada merletto. Para isto também existe uma lenda.
Saiba mais sobre as lendas da ilha de Burano no ROTEIRO DE DOIS DIAS EM VENEZA em formato ebook, clicando aqui.
Outra coisa que chama muito a atenção dos turistas é a torre torta do sino: com 53 metros de altura, base de 6,20 metros de lado e com uma inclinação de 1,83 metro. Em cima da torre existia um anjo, que caiu em 1867 durante um temporal; no seu lugar, colocaram uma cruz de ferro.
Na Pizza Galuppi pode-se também visitar a igreja de San Martino Vescovo, que guarda uma obra muito importante do artista Gian Battista Tiepolo. Ao lado da igreja está a Capela de Santa Bárbara e o Museu do Merletto.
Há 70 anos a Sra. Bruna se senta para bordar por 8 horas díárias. Não deixem de visita-la.
Na prática
COMO CHEGAR
A partir da estação Santa Lucia são 2 barcos para te levar até Burano. Primeiro pegue um barco das linhas abaixo:
– Linha 3 até Murano Faro
– de Murano Faro a linha n. 12
O QUE FAZER
passear pelas margens dos canais;
visitar a igreja de San Martino;
visitar o Museo e Scuola del Merletto, no Palazzo del Podestà.
Se quiser conhecer uma autêntica rendeira, que tem 78 anos e borda desde os 8, visite a Sra. Bruna, na loja da família,a Annamaria Tagliapietra (Calle San Mauro, 305). Diga-lhe, por favor, que mandei um abraço beeem apertado.
QUANTO TEMPO FICAR
Três ou quatro horas é tempo suficiente para conhecer a pequenina ilha, mas pode ser que você queira ficar mais!
Da primeira vez que estive lá fiz um picnic e li meu livro embaixo da sombra de uma árvore por muitas e agradáveis horas.
O QUE E ONDE COMER
Você vai comer peixe, claro! As opções são inúmeras, peça sugestão ao garçom.
TRATTORIA DA PRIMO E PAOLO: pratos de peixe e opções vegetarianas. Piazza Galuppi, 285
TRATTORIA AL GATTO NERO: um dos restaurantes mais conhecidos pelos turistas. Ganhador do prêmio de excelência do Trip Advisor em 2013. Via Giudeca, 88
TRATTORIA AL FUREGHIN: um restaurante bem pequeno, mas aconchegante.Via San Martino Sinistro, 888
Conheça o primeiro ebook da marca ITALIAna:
Roteiro de 2 dias em Veneza.
Ele é perfeito para quem vai para Veneza e quer conhecer as atrações principais da cidade e também as ilhas da laguna veneziana!
Há quem diga que Itália não é lugar para crianças. Na verdade, a maioria dos roteiros que preparo são para casais em fuga romântica, que deixam os filhos com os avós. Ok, nada de mal nisso, a Itália é romântica também.
Mas, além do romantismo, existe um país perfeito para férias em família! Que tal levar a criançada da próxima vez?
Neste post vou dar algumas sugestões de passeios que as crianças adoram e que podem ser realizados na maioria das cidades do seu roteiro.
Itália com crianças
1 – Pic-nic
Criança adora pic-nic! E uma praça italiana é o lugar perfeito para estender a toalha e curtir uma tarde na companhia dos filhos. Montei um pic-nic charmoso e divertido na praça Prato della Valle, em Padova,
Pela manhã fomos ao mercado para comprar frutas e alguns panini. De casa levamos água, suco, bicicletas e livros.
Foi o maior sucesso!
2 – Carrossel
Na Piazza della Repubblica em Firenze tem um carrossel que encanta as crianças!
Mas não é só lá, não. Muitas cidades, principalmente em época de festivais e no verão, o colocam nas praças. Aproveite, deixe a vergonha de lado e entre na brincadeira! É risada – e tontura – na certa!
3 – Passeio de carruagem
Concordo que o preço do passeio de carruagem é caro. Em Firenze e Roma, uma volta de 30 minutos pode custar 50 Euros! Mas, se couber no seu orçamento, dê isto de presente aos seus filhos. Eles vão adorar!
As minhas ITALIAninhas se sentiram como princesas…
4 – Aula de culinária
Crianças adoram colocar a mão na massa! Várias cidades possuem aulas de culinária para os pequenos. Após o preparo, elas podem levar a massa para casa ou comer lá mesmo! É uma imersão na cultura gastronômica italiana.
5 – Passeio de bicicleta
Dá para alugar bicicleta em qualquer cidade, mas o ideal e mais seguro é pegar a magrela numa cidade pequena, com tráfego de carros limitado: Padova tem uma riviera tranquila, em Lucca pode-se dar a volta na cidade pelo muros medievais, Ferrara é plana e cheia de bikes. Lugar não falta: escolha a cidade e vamos pedalar!
6 – Festivais e Sagras
Palio di Siena, Corsa dei Ceri di Gubbio, Regata Storica di Venezia, os festivais costumam agradar crianças e adultos.
A festa preferida aqui de casa é a Eurochocolate, que acontece em Perugia durante o mês de outubro. É chocolate para todo lado!!!
7 – Aula de história “in loco”
Aprender sobre o Império Romano em Roma, sobre o Renascimento em Florença, sobre vulcões aos pés do Vesúvio e sobre cristianismo no Vaticano. Certeza que será uma experiência inesquecível para as crianças. Ah! As notas da escola também vão melhorar!
8 – Hospedar-se num castelo de verdade
A Itália está cheia de castelos que se transformaram em hotéis. Para ter esta experiência, escolhemos o Castello Bevillacqua (leia o post aqui), um castelo medieval na província de Verona. Até aula de arco as ITALIAninhas tiveram!
Depois ver todas estas ideias, experimente perguntar onde seus filhos vão querer passar as próximas férias!
Como já disse para vocês neste post aqui, o blog ItaliAna foi convidado para um blogtour na região do Veneto, com a tarefa de descobrir cantinhos escondidos e destinos turísticos pouco explorados pela maioria dos turistas.
Nossa base foi a cidade de Padova, muito conhecida pela Basílica dedicada a Santo Antônio e com uma localização estratégica, que funciona muito bem como ponto de partida para bate e volta para Verona, Vicenza, Treviso, Bolonha e Veneza.
Nos hospedamos no Belludi Home, um apartamento na rua de trás da maior praça da Itália (Prato della Valle) e a apenas 600 metros da famosa Basílica de Santo Antônio. Localização perfeita!
Assim que chegamos ao apartamento – depois de 20 horas de viagem – mal contivemos nossa surpresa e alegria com o que encontramos. Geralmente, não há muito o que comemorar ao se alugar um apartamento na Itália. Mas esse é diferente!
Num prédio residencial de 4 andares, o primeiro andar possui 4 apartamentos, todos pertencentes a Belludi Home. O apartamento está completamente reformado; a decoração é clean, com cores neutras e toques extras de elegância, como os aromatizadores de ambiente e as fotografias em preto e branco.
A proposta do Belludi é fazer com que o hóspede se sinta em casa e acolhido e é exatamente isso que sentimos durante nossa hospedagem. Minhas filhas não queriam mais sair de lá! Tudo é pensado nos mínimos detalhes para o bem estar do hóspede.
O kit de boas vindas aos hóspedes possui produtos típicos regionais
O nosso apartamento possuía dois banheiros, dois quartos com duas camas de solteiro cada e uma sala de estar/cozinha, bem completa. Mas vamos por partes:
QUARTOS: camas, travesseiros e roupa de cama de alta qualidade e muito confortáveis.
COZINHA: completíssima! Com todos os utensílios de cozinha, forno elétrico, micro-ondas geladeira, cafeteira americana e… a cafeteira ILLY! Com cápsulas!
BANHEIRO: completamente novos os banheiros possuem ótimo chuveiro. Em um deles tem uma máquina de lavar roupas, ferro de passar e varal (tudo bem que não pretendia usar minhas habilidades domésticas nas férias, mas quando se viaja com criança…enfim, achei uma boa lavar tudo o que estava sujo antes de continuarmos a viagem! A dona de casa não sai de mim!).
SALA: não é beeem uma sala, é um sofá confortável dentro da cozinha. Mas, responda rápido: já viu italiano ficar na sala de estar?
Me surpreendi com a quantidade de “agradinhos” oferecido aos hóspedes. Pensei que fosse porque eu sou blogger e aquela história toda, mas – hehehe -fui entrevistar os outros hóspedes com a intenção de trazer informações para vocês e eles me confirmaram que a cortesia não era exclusividade minha, não!
Sucos, água, uma garrafa de vinho tinto da região, biscoitos, salame, além de pantufas e ammenities eco-friendly fazem parte do kit de boas vindas.
VANTAGEM: quem se hospeda nos apartamentos do Belludi Home, pode usar os serviços do Belludi 37, um hotel-boutique administrado pela mesma família e que oferece um delicioso café da manhã. O staff muito bem treinado pode organizar passeios sob meida , que vão desde um picnic num dos parques da cidade até a confecção de um terno sob medida confeccionado pelo melhor alfaiate da cidade. Os donos falam português e até os recepcionistas serão capazes de te ajudar na nossa língua.
A internet do apartamento é rápida e gratuita.
DESVANTAGEM: Nos quartos não tem TV (o que pra mim não fez diferença nenhuma), a única TV do apartamento fica na sala. Se você não quer arrumar sua cama, lavar louça e cair em tentação de lavar roupa, tente um hotel.
PREÇO: a partir de R$ 359,00 a diária em agosto de 2014.
BELLUDI HOME
Clique aquipara reservar o apartamento.
Via Acquette, 14 – Padova
Clique aqui para ler o Roteiro de 4 dias por Padova.
Disclaimer: o blog ItaliAna foi convidado para se hospedar no Belludi Home durante o Blog Tour. Mas fique tranquilo: aqui, a liberdade de expressão é 100% garantida. Só a verdade e minha opinião pessoal para você!
A fila para entrar no Museu Vaticano costuma ser imensa! E apesar de muitas vezes andar com certa rapidez, o bom mesmo é chegar e entrar direto; sem ficar de pé, no sol, na chuva ou no vento e sem perder seu precioso tempo de turista!
Esta foto eu tirei às 8 horas da manhã. Imagina só!
E para furar fila é muito fácil! Basta se programar e comprar o ingresso com antecedência. Siga este passo a passo que fiz para você.
1 – Entre no site oficial de compra de ingresso online, clicando aqui;
2 – Clique em BIGLIETTO DI INGRESSO.
3 – Clique em MUSEI VATICANI E CAPPELLA SISTINA.
4 – Selecione o MÊS E NÚMERO DE INGRESSOS (máximo de 10).
5 – Escolha a data da visita.
6 – E o horário.
DICA DA ANA: à tarde o museu costuma ser mais vazio! Fica mais fácil de transitar e apreciar as obras sem ninguém te empurrar!
7 – Escolha a quantidade e o tipo de ingresso. Você também pode alugar o audioguia nesta fase.
8 – Pronto! Agora basta incluir seus dados e os do cartão de crédito. Vai tranquilo, eu sempre compro por este site para mim e meus clientes e nunca tive problema algum.
ATENÇÃO:
1 -O ingresso inteiro custa 16 Euros e o reduzido 8 Euros (para crianças de 6 a 18 anos e estudantes menores de 26 anos). Para cada ingresso, será cobrada uma taxa de 4 Euros para a reserva do dia e horário.
2 – O ingresso dá direito a visitar os museus e a Capela Sistina e é válido somente para o dia escolhido, sem possibilidade de reembolso.
3 – Porém, até uma hora antes da sua entrada você poderá mudar a data da visita (se houver disponibilidade de horário para a nova data) diretamente na bilheteria.
3 – Você receberá um email para confirmação do endereço eletrônico. Depois da confirmação, receberá um voucher com o código de reserva, que deverá ser apresentado na bilheteria do museu.
4 – O museu abre de segunda a sábado, das 9h00 às 18h00 e fecha aos domingos – exceto o último domingo do mês, quando a entrada é gratuita das 9h00 às 11h30. Clique neste link para ver outras datas nas quais o museu não abre.
O Aperol Spritzestá começando a fazer sucesso nos happy hours do Brasil. Mas na Itália, ele já está na moda faz tempo!
Conta-se que quando o Império Austríaco invadiu Veneza (1792), os soldados austríacos – apesar de acostumados ao consumo de vinho – estranharam a alta graduação alcoólica dos vinhos vênetos e para transforma-los numa bebida mais leve, acrescentavam um pouco de água a eles. Daí a origem do nome, pois spritzen significa “borrifar” em alemão.
Depois de muitas intervenções criativas, chegamos ao delicioso Aperol Spritz muito consumido como aperitivo nas lindas tardes italianas de verão.
Trouxe para vocês a receita original que Andrea, uma amiga que mora em Padova, me ensinou.
INGREDIENTES
2 partes de Aperol
3 partes de prosecco
um pouco de água com gás
gelo
meia fatia de laranja (opcional, mas dá um gostinho delicioso)
1 – Seguindo esta ordem coloque numa taça: gelo, prosecco, água e Aperol
2 – Mexa devagar
3 – Coloque a fatia de laranja dentro da taça
4 – BEBA!
Viu? É facílimo e não leva mais do que 5 minutos para ser feito. Vamos, reúna seus amigos e … ALLA SALUTE!
Não acho nada confortável viajar de avião, muito menos de classe econômica! É econômico e ponto, mais nada… Para suportar bem 11, 12 horas de avião – às vezes com conexão – exagero nos meus cacarecos de viagem. Sempre tento diminuir o que levar na mala de mão, mas raramente consigo. E quando deixo algo para trás, bem, é aquilo mesmo que me faz falta!
A MALA DE MÃO
Na minha opinião, a escolha da mala de mão é importantíssima! Além de estar dentro dos padrões exigidos pelas companhias aéreas, precisa ser funcional e bonita.
A NECESSAIRE DO AVIÃO
Para manter a dignidade no desembarque levo um monte de coisas que fui colecionando durante minhas viagens e acho finalmente cheguei ao kit perfeito:
– lenços umedecidos refrescantes: gosto do Summer Wipes da Kiko, que pode ser usado no corpo e no rosto e dá uma sensação de limpeza;
– lenços umedecidos íntimos;
– lencinhos de papel;
– removedor de maquiagem: levo a embalagem pequena do demaquilante azul da Sephora e uso os lencinhos da Kiko no lugar do algodão;
– sabonete líquido para as mãos e para o rosto;
– hidratante: gosto do hidratante para tudo da Sephora que serve até para os cabelos;
– álcool gel;
– escova, pasta de dentes e enxaguante bucal;
– escova de cabelos;
– desodorante;
– máscara para olhos e protetores de ouvido: já pensou se o seu vizinho é um bebê fofinho mas que chora ou um insone que fica com o monitor ligado a noite toda?
Dentro da aeronave o ar é seco e viciado, então me preparo com um KIT “vaificartudobem” contendo:
– colírio;
– soro para o nariz;
– extrato de própolis para a garganta;
– Jet Lag Prevention: um medicamento homeopático que ajuda a prevenir os sintomas de jet lag. Funciona mesmo e não voo mais sem;
– Acconitum: outro medicamento homeopático que ajuda o corpo a sentir menos os efeitos do ar condicionado;
– um calmante fraquinho chamado Valeriana que compro no supermercado na Itália e uso caso eu não consiga dormir (difícil, hein!);
– Nozin (compro nos EUA): uma ampola nasal que ajuda reduzir o risco de infecções dentro do avião e em ambientes fechados e que mata 99,99 dos germes;
– remédio para dor de cabeça.
Parece exagero? Mas juro que uso tudo! Bem pense só… até eu conseguir usar isso tudo, já cheguei na Itália… pelo menos é uma técnica para passar o tempo, rsrsrsrs…
Claro que levo tudo em embalagens pequenas:
Cabe tudo aqui dentro!
Os gadgets na mala de mão
Como toda blogueira que se preze, vivo rodeada de gadgets e fios! Coloco tudo numa bolsinha junto com:
– bateria extra e chip do meu celular italiano;
– máquina fotográfica e cartão de memória extra;
– IPod e fones de ouvido;
– um adaptador universal de tomadas: importantíssimo se você quiser usar todo o resto.
Roupa extra na mala de mão
Desde que fiquei em Nova Iorque 3 dias sem minha mala, que foi parar em ROMA – mala viciada! – nunca mais fiquei sem a famosa “muda de roupa extra”.
– costumo levar uma legging, uma camiseta e um conjunto de lingerie;
– um par de meias;
– um cachecol quentinho para o avião.
A bolsa
Na bolsa, que costuma ser pequena e sempre transversal, levo:
– óculos de sol (depois dos 40 ainda enxergo tudo, minha gente!);
– carteira;
– passaporte;
– celular;
– kit básico de maquiagem: rímel, batom, CC Cream e protetor solar.
Exagerei? Esqueci alguma coisa? Me conta o que você leva também, comente no box aqui embaixo.
No post anterior contei como Padova possui muitas maravilhas.
Bem pertinho da Basílica de Santo Antônio tem muita coisa deslumbrante para ver! Não se limite à igreja!
Aqui, apresento um roteiro que considero ideal. Não foi exatamente o que eu fiz, pois peguei alguns dias chuvosos, em outros tive reuniões, e assim tive que adapta-lo um pouco às minhas necessidades.
Minhas filhas me acompanharam nesta viagem e o roteiro se adapta bem às férias familiares, com muita convivência, cultura e momentos maravilhosos de dolce far niente.
Dia 1 – Vou considerar que você está chegando de Milão e, neste caso, você só verá Padova à tarde.
A partir de Milão, para chegar Padova, pegue um trem. O Frecciabiancafaz o percurso em 2h07, parte a cada meia hora da estação central de Milão e custa 34 Euros.
Depois de relaxar um pouco no hotel (no nosso caso foi um apartamento lindo: o Belludi Home), vá direto para a segunda maior praça da Europa e maior da Itália: Prato della Valle. Uma caminhada depois de horas de avião vai cair muito bem! Jante na Trattoria al Prato, bem na frente da praça, que oferece cardápio com ingredientes típicos da região e uma linda vista.
Trattoria al Prato: vista linda e comida deliciosa!
Dia 2 – Imagino que você esteja super ansioso para ver O Santo. E é pra lá que vamos hoje.
A Basílica de Santo Antônio oferece um percurso para o peregrino; logo na entrada você pega um folheto explicativo, executa todos os passos da peregrinação e ao final recebe um certificado de peregrino de Santo Antônio. Eu fiz, claro!
DICA DA ANA: Se for conhecer a Basílica como se deve, reserve toda a manhã para isso.
Bem pertinho da Basílica está o Horto Botânico mais antigo do mundo! O jardim não é tão grande, em duas horas você vê tudo.
Se estiver com pique, alugue uma bicicleta e faça um passeio pelas margens dos canais que circundam a cidade. É tudo bem plano, dá pra ir sem se cansar, mas se preferir uma coisa mais leve, vá conhecer a igreja de Santa Justina.
Basílica de Santo Antônio
Basílica de Santo Antônio ao anoitecer
Visitamos o Horto Botânico debaixo de chuva!!
Encontramos cantinhos lindos durante o passeio de bicicleta
Dia 3 – Faça uma caminhada pelas ruas de comércio da cidade, a Via Umberto I e Via Roma, exclusivas para pedestres – e bicicletas. Mas não olhe só as vitrines, saia dos pórticos, olhe para cima e vá admirando os edifícios históricos. Um mais bonito que o outro!
Ao final da Via Roma você chegará no mais famoso e elegante café da cidade: oCaffè Pedrocchi. Pausa para um cappuccino e um brioche.
Aproveite para conhecer a segunda universidade mais antiga da Europa, que fica no Palazzo Bo bem em frente ao Pedrocchi. Galileo Galilei ensinou nesta universidade e ali se formou a primeira mulher. O ponto alto da visitação – que dura 50 minutos – é a Sala de Anatomia, a mais antiga e preservada do mundo.
Dirija-se ao Palazzo della Ragione, em seu primeiro andar funciona um mercado, você pode almoçar por ali mesmo. Nas duas praças que envolvem esta construção – Piazza delle Erbre e Piazza della Frutta – acontece todo dia uma feira de frutas e verduras.
Que tal comprar um panino e umas frutas para um pic nic amanhã?
No segundo andar do Palazzo está uma enorme sala pênsil com mais de 500 afrescos.
Passe o restante da tarde caminhando pelo centro histórico. Se quiser fazer compras, ali mesmo você vai achar ótimas lojas de departamento como a La Rinascente, Coin, Upim e também boutiques das grandes marcas.
Sente-se em uma das praças para um spritz…Sim, spritz time!!! E para fechar o dia que tal uma pizza? Sugiro a PePen na Piazza Cavour.
Pelas ruas históricas de Padova
O Café mais charmoso e antigo da cidade
O Palazzo della Ragione parece um barco de cabeça para baixo
O teto do Palazzo della Ragione é todo afrescado!
Barraquinhas coloridas do mercado diário da Piazza della Frutta
Praças lindas por todo o centro histórico
Dia 4 – Padova possui quilômetros de afrescos, mas a obra prima de Giotto é imperdível e está na Cappella degli Scrovegni. Além da capela, com o mesmo ingresso dá para conhecer também o Museu Arqueológico e o Museu de Arte Medieval.
DICA DA ANA: faça a reserva da visita neste link e não fique na fila.
À tarde você pode fazer um pic nic na praça Prato della Valle, ou fazer um bate e volta para Treviso, a cidade conhecida como Piccola Venezia e que fica a apenas 40 minutos de trem de Padova.
Suas férias padovanas chegaram ao fim… Se quiser continuar por aqui, pode utilizar a cidade como base para conhecer Veneza, Bolonha, Verona, Vicenza; todas encontram-se a menos de uma hora de trem de Padova.
Gostou? Pretende usar o roteiro? Deixe sua opinião!
Como a maioria dos turistas que já visitaram Padova – ou que estão pensando em ir – a primeira vez que visitei a cidade foi para ver “O Santo”. Assim é chamado carinhosamente Antônio pelos moradores da cidade, que adotaram como seu o santo português.
Cheguei por volta das 17:30 horas, imaginando que até às 19, horário de fechamento da Basílica, eu já teria visto tudo. Mas não…não vi nada. Saí da igreja com a sensação que ainda tinha muito a ser visto por ali.
A cidade – que vi rapidamente – cheia de praças, famílias andando de bicicleta, cafés, me dizia que ali existia um potencial turístico muito grande…e por isso eu precisava voltar.
E como o destino sempre nos aproxima dos nossos sonhos, eis que o blog ITALIAna foi convidado por um empresário do ramo hoteleiro para explorar as maravilhas desconhecidas de Padova.
E que maravilhas!!!
Chegamos ao Aeroporto de Linate em Milão; dali são 30 minutos de ônibus até a estação Central e mais um trem de duas horas até Padova.
Nos hospedamos no apartamento Belludi Home, que fica bem perto da Basílica do Santo e na rua de trás da maior praça da Itália: Prato della Valle. Jantamos bem em frente à praça, na Trattoria al Prato e fomos dormir.
No dia seguinte, um passeio a pé pela cidade nos deu um indício de quanta coisa existia a ser explorada! Fiz um roteiro (clique aqui para ler) bem organizado que me permitisse, desta vez, não perder nada!
Ficamos de boca aberta com a Cappella degli Scrovegni: obra prima de Giotto que a afrescou em 1302. Visitamos a segunda mais antiga universidade da Europa, onde Galileo Galilei ensinava e onde se formou a primeira mulher da história ocidental. Além de muitas outras coisas! Confira aqui nas fotos:
Conhecemos o Pallazzo della Ragione e seus mercados, e era ali que comprávamos as frutas e os ingredientes para nosso almoço
Fizemos picnic no Prato della Valle
Passeamos de bicicleta pelas rivieras padovanas
Tomamos cappuccino no lugar mais famoso e elegante da cidade: o Caffè Pedrocchi
Caminhamos pela Via Umberto I e Via Roma, admirando os edifícios históricos e o comércio local
Conhecemos o Horto Botânico mais antigo da Europa
Encontramos o cornetto mais gostoso da cidade
E voltamos com uma vontade enorme de ficar.
Agora me fala: dá para ir à Padova e só conhecer O Santo?
Se pudéssemos voltar no tempo, entre os anos de 1400 e 1500, encontraríamos pelas estradas de Florença gênios como Dante Alighieri, Donatello, Brunelleschi, Masaccio e Michelangelo, que transformaram a cidade pequena e tranquila nas margens do rio Arno no berço do Renascimento.
Ainda hoje, caminhando pelas ruas de pedra da cidade, a única coisa que consigo pensar é: “como os homens conseguiram criar tantas maravilhas? ”.
Não se iluda, Florença não pode ser vista em um só dia, ainda mais se você quiser ficar frente a frente com obras primas míticas da história da arte universal.
Para uma primeira viagem – outras virão, pois você vai se apaixonar por Florença – fiz uma lista das 8 atrações imperdíveis da cidade com uma breve descrição de cada uma e em outros posts vou falar de cada uma delas mais detalhadamente.
1 – DUOMO, CAMPANILE DI GIOTTO E BATTISTERO
Juntei tudo isso num item só pois ficam na mesma praça, porém cada uma destas obras é única e importante. Sua maior decepção por aqui vai ser a de não conseguir tirar uma foto decente de toda a construção.
O Duomo é a catedral dedicada a Santa Maria del Fiore e foi construída para fazer inveja para as catedrais de Pisa e Siena. A cúpula do Duomo di Firenze ainda é a mais alta construção da cidade e foi a obra prima do arquiteto Brunelleschi.
O Campanile (campanário) situado à direita da catedral, foi projetado por Giotto, que começou a construção mas morreu antes de vê-la concluída. Na torre estão representados os planetas, a astrologia, a medicina, a construção civil, as virtudes dos teólogos entre outras coisas.
O Battistero di San Giovanni é o monumento mais antigo da praça e, em sua origem, foi um templo pagão, transformada em batistério cristão foi reconstruído a partir da metade do século XI. As portas desta construção são em bronze e trazem várias passagens bíblicas, como a Adoração dos Magos, a Crucificação, a Ressurreição, etc.
A cúpula do Duomo e a torre do sino
2 – BASÍLICA DE SANTA CROCE
Esta igreja está cheia de tumbas construídas para guardar os restos mortais de italianos importantes e famosos, como Michelangelo, Galileo Galilei, Antonio Canova, Nicolò Machiavelli e Rossini. Entretanto, esses personagens não estão enterrados lá.
Mas não é só isso que você vai encontrar lá dentro: ao fundo da igreja estão as capelas afrescadas por Giotto e que contam a vida de São Francisco, a Cappela dei Pazzi, onde Giuliano Médici foi assassinado, além do famoso Crucifixo de Cimabue.
Túmulos de personalidades famosas estão aqui. Inclusive do Michelangelo!
3 – PONTE VECCHIO
Sem dúvida, a ponte mais linda de Florença e a mais antiga também! Em sua primeira versão, ela era de madeira e foi construída pelos romanos para atravessar o Rio Arno no seu ponto mais estreito. Sobreviveu a incêndios e aluviões.
Nem sempre a ponte acolheu joalherias maravilhosas como a que vemos hoje. Na verdade, a ponte era lugar de verdureiros, peixeiros e açougueiros e somente com a construção do Corridoio Vasariano (o segundo andar da ponte que liga o Palazzo Pitti ao Palazzo Vecchio; olha pra cima!) o espaço foi concedido aos ourives e artesãos.
O corredor acima da ponte é o Corridoio Vasariano, construído para ligar o Palazzo Pitti ao Pallazo Vecchio
4 – GALLERIA DELL´ACCADEMIA
Tem muita obra importante, mas o ingresso vale nem que for só para ver o Davi de Michelangelo. Ok, eu sei que existem várias cópias do gigante espalhadas por Florença, mas ouça bem: são cópias!
A obra mais visitada e fotografada do museu tem 5,17m de altura e foi esculpida quando o mestre tinha apenas 26 anos.
Além disso, acho muito interessante ver as obras inacabadas do artista, que possuía um método muito interessante, pois esculpia como se o corpo da estátua emergisse de uma piscina.
A obra mais famosa da Galleria dell’ Accademia
5 – GALLERIA DEGLI UFFIZI
Pense num quadro que você gostaria de ver. Muito provavelmente ele estará aqui!
Acho que eu poderia passar minha vida inteira aqui dentro sem enjoar, sabia? Entre os maiores museus do mundo, a Galleria também é um dos mais antigos museus da Europa. Sua abertura oficial foi em 1765, mas dois séculos antes pessoas autorizadas já podiam visita-la.
A pedido de Cosimo I de’Medici, o arquiteto Giorgio Vasari – o mesmo do Corridoio Vasariano – projetou um grande palácio para ser a sede administrativa e judiciária da cidade. Hoje o edifício abriga milhares de obras de arte do mundo todo, entre esculturas, pinturas, e miniaturas.
Galleria degli Uffizi e Palazzo Vecchio ao fundo
6 – PIAZZA DELLA SIGNORIA: PALAZZO VECCHIO, LOGGIA DEI LANZI E FONTANA DEL NETTUNO
A praça é o coração político da cidade desde épocas medievais e acolhe as três construções citadas acima. Ainda hoje é o centro da vida social, civil e política de Florença.
O Palazzo Vecchio é mais um daqueles lugares que você vai querer fotografar e a foto não vai sair como você quer, pois é impossível fotografa-lo por inteiro. Tenho um monte de foto dele aos pedaços, dá pra fazer um quebra-cabeças.
Na Loggia dei Lanziexistem várias esculturas, entre elas a famosa escultura de Cellini, o Perseu em bronze e o Rapto das Sabinas, de Giambologna.
A Fontana del Nettuno, à esquerda do Palazzo Vecchio, representa o deus do oceano e foi construída para comemorar a inauguração de um aqueduto da cidade.
Um pedacinho do meu quebra-cabeças da praça…
Uma das esculturas da Loggia
7 – PALAZZO PITTI
A construção que foi residência dos duques da Toscana e do rei da Itália hoje é um museu com importantes pinturas, esculturas, porcelanas, além de ser um ambiente histórico muito bem conservado.
8 – MERCATO CENTRALE
O mercado central reabriu suas portas este mês e está completamente renovado.
Além de conhecer a autêntica gastronomia italiana e fazer compras – algumas lojas enviam para o Brasil – também é o lugar ideal para almoçar, jantar ou tomar um aperitivo.
Olhe para cima de novo: o lindo teto de ferro e vidro é obra de Mengoni, o mesmo arquiteto que projetou a Galleria Vittorio Emanuele em Milão.
O andar de cima do mercado é um ótimo lugar para um lanchinho gourmet rápido.
NA PRÁTICA
Para comprar ingressos para os museus de Firenze, clique aqui.
Pisa tem muito a oferecer, mas o que todo turista quer ver de verdade é a Torre, que enfrenta os séculos com uma inclinação surpreendente e mantem-se de pé por obra da engenharia moderna humana ou por um milagre – a segunda opção me parece mais acertada.
A Torre começou a ser construída em 1173 para abrigar o sino da Igreja – isso mesmo, a Torre di Pisa é um campanário – mas as obras foram interrompidas no terceiro andar devido ao cedimento do terreno. Somente 100 anos depois a construção foi retomada com o acréscimo de mais 3 anéis; outros 100 anos se passaram antes de colocarem a cereja do bolo, ou seja, o último andar com os sinos. E somente então a torre pode cumprir sua função.
Piazza dei miracoli
Com 58,36 metros de altura, 14.453 toneladas e inclinação de 5.5º, a Torre só poderia estar localizada em um lugar: na Piazza dei Miracoli (Praça dos Milagres), como se tornou mundialmente conhecida graças ao poeta Gabriele d´Annunzio que a apelidou assim pela sua beleza e originalidade.
Bem ali nesta praça passava um rio – Auser – que desembocava no Arno, onde existia um importante porto fluvial que funcionou por mais de um milênio. Muito provavelmente esta é a causa da inclinação da torre, pois o terreno ali é muito macio e úmido.
Além da Torre, a Piazza dei Miracoli acolhe também o Batistério, a Catedral e um cemitério e desde 1987 a está entre os Patrimônios Mundais da Humanidade da UNESCO.
Catedral de Santa Maria Assunta
A visita à Catedral é imperdível, na minha opinião é uma das igrejas mais lindas da Toscana. Possui 5 naves e uma abside em estilo românico com muita influência oriental que rapidamente influenciou a arquitetura da Itália e sobretudo da Toscana.
Em 1595 sofreu um incêndio, mas por um milagre (tá vendo?) obras importantes da Idade Média conseguiram se safar, como o mosaico do interior da abside, o púlpito e a porta de entrada.
A primeira vez que visitei Pisa não pude subir na torre, pois estavam finalizando as obras de restauro, mas em outubro de 2012, quando levei minhas filhas, subimos juntas e foi uma experiência, no mínimo, divertida.
Comprei os ingressos com antecedência pela internet e no horário marcado entramos na Torre e ouvimos uma pequena explicação sobre sua construção. Senti um pouco de vertigem no início, pois lá dentro percebemos “como é torta esta coisa!“. Parece a casa maluca dos parques de diversões.
Assim que eu melhorei, subimos os 297 degraus até o topo. A subida é tranquila, pois existem várias aberturas, o que tira um pouco a sensação de claustrofobia, além disso, existem alguns patamares para um descanso rápido.
Chegando lá em cima, a sensação que temos é que toda a cidade esta torta. A paisagem é linda e os detalhes da construção, muito interessantes.
Telhado da Catedral vista a partir do topo da Torre
Depois, fomos visitar a Catedral e o Batistério e ainda tivemos tempo para um descanso no gramado da praça. Dá para fazer o passeio todo em um período de 4 horas, mas nós decidimos ficar. Almoçamos no restaurante La Pergoletta, e voltamos para a estação à pé, caminhando pelo Corso Italia, uma rua de comércio.
Como visitar a torre de Pisa na prática
COMO CHEGAR
Se estiver de trem, desça na estação Pisa Centrale. Dali até a Piazza dei Miracoli são 25 minutos a pé, se preferir pegue o ônibus LAM Rossa e desça na Piazza Manin.
De carro: existem alguns bolsões para estacionar o carro. Eu uso o estacionamento turístico de Via Pietrasantina, a apenas 5 minutos a pé até a praça.
ONDE COMPRAR O INGRESSO
Se estiver pensando em ficar poucas horas em Pisa, compre o ingresso antecipadamente pela internet e evite esperar na fila. Você deve chegar com meia hora de antecedência para deixar as bolsas no guarda volumes. Cuidado para não perder hora (e nem deixar a máquina fotográfica dentro da bolsa, como eu fiz).
A visita é desaconselhada para pessoas com dificuldades motoras e cardíacas. As crianças menores de 8 anos também não podem entrar e as menores de 18 somente acompanhadas pelos pais.
