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Review Restaurante La Veranda – Four Seasons Milão

Sabe aquele dia perfeito?

Esse foi um deles. Acordei no Ritz Starhotels em Milão, olhei pela janela e uma chuva fininha caía lá fora. Para muitas pessoas, esta visão seria o prenúncio de um dia chato; para mim que adoro dias assim, sabia que aquele dia prometia coisas boas.

Era meu último dia na Itália e –  após vestir minhas galochas e pegar o guarda-chuva – tomei um café da manhã que considero perfeito: brioche com nutella e cappuccino, e saí para minha visita à Santa Ceia, no convento de Santa Maria delle Grazie.

Tão feliz quanto ver esta obra eu fiquei ao ver  minha querida amiga Mage, autora do blog Milão nas mãos, me esperando na saída, de guarda chuva e sapatilha (já absorveu o estilo “sempre chic” milanês…).

Caminhamos e conversamos muito, ela me levou para conhecer o Quadrilatero del Silenzio e a casa museu Villa Necchi Campiglio.

Fomos almoçar no restaurante La Veranda, dentro do Hotel Four Seasons, numa ruazinha bem no meio do Quadrilátero da Moda.

Eu estava doida para experimentar os pratos de Sergio Mei, e decidi deixar o melhor para o final, para me despedir –  ainda que brevemente – de Milão.

Sergio Mei é um chef muito famoso e respeitado, vencedor de vários prêmios importantes. Sua cozinha tende para o tradicional e ele mesmo a descreve como “comida de gente simples”. Não espere foie gras, trufas e caviar; no lugar destas iguarias, clássicos da cozinha milanesa que enchem o prato!

Para começar pedi  Flores de Abobrinha Recheadas com Ricota, Menta e Pesto Leve  com Salada e Queijo Pecorino.

É, o nome é comprido, mas era exatamente que estava escrito no cardápio. Em italiano.

E só de pronunciar o nome deste prato, quase me engasguei de tanta água na boca.

Depois, pedi o tradicionalíssimo Risotto alla milanese con ossobuco de vitello. A carne desmanchava na boca e o risotto estava simplesmente perfeito!

Tudo o que eu posso dizer é: ei, ei ei, Sergio Mei é nosso rei! (repete 3x).

Tomamos vinho e dispensamos a sobremesa; mas, uma surpresa na hora do café! Uma bandeja de prata com docinhos e biscoitos deliciosos!

O gasto fica em torno de 100 Euros por pessoa e, na minha opinião, vale cada centavo. Além dos pratos deliciosos, o ambiente é muito elegante; o saguão possui alguns afrescos originais da Idade Média e o antigo claustro, transformado em pátio interno, nos permitiu uma agradável caminhada.

Despedi de minha amiga e voltei para o hotel satisfeita, a tempo de arrumar as malas e me preparar para partir. Ah, mas eu volto…

NA PRÁTICA
Ristorante La Veranda
http://www.fourseasons.com/milan/dining/restaurants/la_veranda/
Aberto todos os dias das 12:00 às 16:30 horas para o almoço e das 17:30 às 23:00 pra o jantar.

Assis – 8 dicas inéditas da cidade de São Francisco

A primeira vez que estive em Assis, eu estudava em Perugia.

Fui conhecer a cidade do meu santo de devoção sem pretensão nenhuma e sem estudar nada previamente sobre o local, achando que o que eu tinha pra ver, conseguiria ver em uma tarde.

Doce ilusão! Passei  6 horas na cidade e voltei frustrada por não ter conseguido desfrutar tudo o que aquela cidadezinha minúscula poderia me proporcionar em termos de história, arte e religião.

Naquela tarde, decidi 3 coisas da minha vida:

1 – dentro da Basílica de Santa Clara decidi que minha primeira filha se chamaria Clara;

2 – prometi voltar a Assis toda vez que eu estivesse na Itália (bom, confesso que nem sempre consigo já que nunca imaginei que viajaria de 4 a 5 vezes ao ano para a Itália). Confesso que, às vezes, preciso negociar minhas visitas com Francisco – mas ele é bacana, me entende…

3 – continue lendo e vai saber já-já …

Tente dedicar ao menos um dia a Assis – e mesmo assim, voltará para casa como eu: sempre querendo mais! 

Assim, minha DICA NÙMERO 1 é: não passe correndo por Assis!

A pequena cidade tem uma longa história. Em ordem cronológica e bem resumida:

    • surgiu como uma comunidade nas proximidades do território etrusco;
    • foi cidade romana;
    • após a queda do Império Romano foi destruída pelo godos de Totila;
    • ocupada pelos Bizantinos;
    • conquistada pelos longobardos;
    • por muito tempo fez parte do Ducado de Spoleto;
    • experimentou um pequeno período de liberdade, mas logo foi submetida ao poder de Barbarossa;
    • após várias guerras – das quais Francisco participou como soldado – sucumbiu ao poder perugino (existe até hoje uma “guerra fria” entre a população de Perugia e de Assis);
    • de 1500 até a Unificação da Itália (1861) fez parte do Estado da Igreja.

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COMO CHEGAR

Se estiver viajando de trem, chegue até Assis – a partir de Roma ou Florença – em 2 horas com o Regionale Veloce e o Intercity, respectivamente. A estação de trem fica a 4 Km do centro histórico; pegue um táxi ou o ônibus (Linea C) e desça na Piazza Mateotti para continuar a visita.

Se estiver de carro, o GPS fará tudo por você, mas quando chegar na cidade, lembre-se de estacionar na Piazza Mateotti.

Existem outros estacionamentos e paradas de ônibus no centro histórico, mas na minha opinião, parando na Piazza Mateotti você vai se dar melhor.

Pense bem: Assis fica numa colina  então, é melhor desce-la do que subi-la e esta praça fica no topo da cidade. Assim, a DICA NÚMERO 2: Comece a visita da Piazza Mateotti e visite a cidade descendo pelas ruas íngremes e estreitas – e não subindo.

 O QUE VISITAR

Siga as indicações de percurso que fiz para você e passe por todas as atrações, sem perder nada e sem andar em círculos!


Se você seguiu meu conselho (seguiu, né?), a poucos metros de descida vai avistar a Catedral de São Rufino.

Construída em 1140 e reformada em 1571, ali encontra-se a pia batismal onde – dizem – foram batizados São Francisco e Santa Clara.

Conta-se que foi em um dos leões de pedra na porta da igreja que o jovem Francisco subiu para pregar aos incrédulos sua conversão. E lá mesmo devolveu tudo ao rico pai comerciante, entregando até suas vestes a ele, numa clara demonstração de renúncia aos bens terrenos.

Descendo mais um pouco você sairá no meio da Piazza del Comune, onde estão o Templo de Minerva de épocas romanas – sobre suas ruínas foi construída a Igreja de Santa Maria sobre Minerva.

Sempre que vou pagar minha promessa pra Francisco, dou uma passadinha na Piazza del Comune para fazer 2 coisas (DICAS 3 E 4);

1 –  tomar um sorvete ou degustar os ótimos produtos típicos umbros no Bar Trovellesi. Posso passar horas ali observando o sobe e desce dos turistas …

2 – Visitar a mais antiga papelaria e livraria da cidade, a Zubboli, que desde 1870 é administrada pela mesma família. Ali você pode encontrar os melhores guias de viagem, inclusive todos aqueles do Touring Club Italiano.

Além disso, agendas, álbuns, diários, cadernos, tudo feito em laboratório próprio da marca e em papel 100% algodão! Não deixe de comprar ali por apenas 1 Euro o Cântico das Criaturas de São Francisco impresso em pergaminho. Lindo!

Pegando o Corso Giuseppe Mazzini da Piazza del Comune, você chega na Basilica di Santa Chiara. A igreja, em estilo gótico italiano (1257-1265), guarda duas preciosidades: o corpo de Santa Clara e o famoso Crucifixo de San Damiano, que conversou com Francisco e foi o responsável pela sua conversão.

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Minha filha Clara (de vermelho) em frente à Basílica de Santa Clara. Promessa cumprida!
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Clara em frente a casa onde nasceu e morou Santa Clara até sua conversão. (Hoje Clara é uma linda mulher de 17 anos e adoraria que eu atualizasse essas fotos …rs… mas fala a verdade, ela não está fofa?)

Da praça da igreja de Santa Clara, pegue a Via Agnese até a Piazza del Vescovado, ali está a Chiesa Nuova, antiga casa do pai de Francisco, Pietro di Bernardone, e onde ele morou até sua conversão, aos 24 anos. Em uma tentativa de fazer com que o futuro Santo mudasse de ideia, o aprisionou em uma cela, que vemos à esquerda, no interior da igreja.

De volta a Piazza del Comune, pegue a Via Portica/Via San Francesco e chegue na Basilica di San Francesco.

Neste ponto, você desceu aproximadamente 2 Km e nem se cansou! Viu só? Pra descer todo santo ajuda! Imagina se não tivesse seguido a dica número 2?!

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A Basilica di San Francesco, na verdade, é um edifício: duas basílicas sobrepostas, com uma cripta embaixo. Em todos os lugares, afrescos dos séculos XII e XIII, dentre os quais, alguns famosíssimos de Giotto.

Visitei a cidade logo após o terremoto de 1996 e quase chorei de ver tamanha destruição. Mas, incrivelmente, para o Jubileu de 2000 estava tudo restaurado.

Na cripta está o corpo de São Francisco. Lembra que lá em cima eu pedi que esperasse para saber da terceira decisão da minha vida?

Chega de suspense, vou contar.

Na cripta existe uma vitrine com as relíquias do Santo. Ali, tudo o que ele possuía na vida: duas túnicas, um capuz, uma sandália de couro e o texto original das regras franciscanas.

Fui acometida por uma emoção tão grande que chorei de soluçar! Pra mim, isso serviu para simplificar minha vida: se ele precisou de tão pouco para fazer tudo o que fez, euzinha aqui preciso de mais por quê?

Quer a 5ª DICA quente?

Chegue antes das 18 horas para conseguir visitar tudo, depois deste horário começam as missas e a Basílica Inferior fecha, aí, nada de Cripta para você!

DICA 6:  se seu carro está na Piazza Mateotti, não vai subir tudo a pé, vai? Pegue um ônibus (Linea C) ou táxi e em 5 minutos você estará na porta da sua caranga. Essa foi boa, né?

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Peraí, volta aqui! O passeio não acabou!

Pertinho da estação está a Basilica di Santa Maria degli Angeli (1569-1679), que foi construída para abrigar a Porziuncola.

É, deixei o melhor para o fim.

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No meio de um bosque de carvalhos, estava as ruínas de uma igrejinha, que São Francisco restaurou com as próprias mãos, a chamada Porziuncola.

Foi aqui que ele recebeu os primeiros companheiros, fundou a Ordem Franciscana, acolheu Santa Clara e a consagrou, e dizem que foi aqui que, em 1216, Cristo e Maria apareceram para ele e lhe comunicaram que aquele que rezasse naquela igrejinha obteria o perdão de todos os seus pecados. É o famoso Perdão de Assis.

7ª  DICA: a cidade vive da peregrinação turística religiosa e do comércio. São centenas de “lujinhas” atraentes e, se você for parar em todas (desaconselhável: todas são iguais), não vai ser capaz se sentir realmente a vibração da cidade. Tente não enxergar Assis por este ângulo.

8ª DICA: caiu em tentação e está dentro da lojinha? Então, não deixe de comprar o azulejo com o mantra de Francesco: PAX e BENE (paz e bondade) para colocar no umbral da porta de entrada de sua casa. E escolha SEMPRE artesãos locais e contribua para o turismo auto-sustentável da cidade!

E se você se apaixonar tanto pela cidade a ponto de fazer a mesma promessa que eu, me avise: vamos juntos!

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Terraço Duomo de Milão – um passeio imperdível!

Terraço Duomo de Milão – Duomo é o monumento símbolo da cidade de Milão, uma das maiores e mais importantes catedrais góticas do mundo! Obra prima arquitetônica que, certamente, vai te deixar de boca aberta! Mas o que vai te tirar o fôlego mesmo é o terraço do Duomo de Milão!

terraço Duomo de Milão
Os pináculos do terraço Duomo de Milão

Faltam adjetivos e sobram números para apresenta-lo a vocês:

– 500 anos de construção;

– 158 metros de comprimento e 93 metros de largura;

– numa área de 11.700 metros quadrados;

–  8.200 blocos de mármore de Candoglia branco – só na fachada!

– abriga 3.400 estátuas (destas, 2.300 no exterior);

–  52 colunas em seu interior;

– 135 pináculos;

–  a agulha mais alta está a 108,50 metros do chão;

– 201 degraus te levam para o telhado, o chamado terraço do Duomo de Milão ou  Le Terrazze.

terraço Duomo de Milão
Detalhe – terraço Duomo de Milão

Terraço Duomo de Milão

E é justamente sobre o terraço do Duomo de Milão que quero conversar com você hoje.

Pouca gente sabe que pode-se visitar o telhado da catedral; e muita gente pensa que é um passeio dispensável.

Eu, que visitei a catedral várias vezes no passado e nunca pensei em me aventurar pelos seus telhados, posso afirmar com categoria: não faça como eu!

O telhado é absolutamente im- per-dí-vel!

Chega-se lá subindo 201 degraus ou de elevador. Adivinha o que eu preferi? Acertou! Em um minuto já estava lá em cima.

A 70 metros de altura, a vista que se tem de lá é impressionante!

Aos seus pés a Piazza Duomo, em todo o seu esplendor e numa nova perspectiva. Observa-se todo o frenesi metropolitano, mas ali nas alturas reina o silêncio e uma atmosfera de paz.

Acima de sua cabeça, arcobotantes, pináculos, estátuas de animais, gárgulas, vultos e santos.

terraço Duomo de Milão

Na agulha mais alta está La Madonnina, uma estátua dourada de Nossa Senhora, protetora e símbolo de Milão e dos milaneses.

Pensei em ficar por lá uma hora…fiquei 3! Dei duas voltas completas no terraço, subi, desci, tirei mil fotos (incapazes de representar a beleza do lugar) e me sentei num cantinho para ouvir o Canto Gregoriano que subia da celebração da igreja, acompanhada de um odor forte de incenso.

Assim, a manhã se passou… entre vitrais, estátuas, janelas e portais.

Vá por mim: SUBA no telhado!

Atualização: em outubro de 2014 resolvi subir a pé. A escadaria é bem estreita e sem patamares de descanso, mas não é tão longa, dá para subir numa boa.

Na prática

Para visitação, pode-se subir de elevador (13 Euros o bilhete inteiro) ou de escada (9 Euros o bilhete inteiro), das 9 da manhã às 19 horas (pode subir até as 18:10hrs). De maio a setembro a última subida é às 21:10 horas.

Site: http://www.duomomilano.it/

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Review Grand Hotel Villa Medici – Florença

O Grand Hotel Villa Medici, fica na região central de Firenze (Florença), muito perto da Ponte Vecchio, do Duomo, Galleria degli Uffizi e das mais “grifadas” boutiques da cidade.

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Com uma pequena “canelada”  chega-se rapidinho à Estação Central (Santa Maria Novella) e se você estiver de carro, deixe-o no estacionamento do hotel.

O hotel funciona num antigo palácio do século XVIII, que outrora abrigou um mosteiro e que foi completamente reestruturado para abrigar um hotel 5 estrelas. É membro do grupo The Leading Hotels of the World eadministrado pelo SINA Hotels.

 A reforma preservou a arquitetura original: com tetos abobadados, passagens em arcos e colunas de mármore no salão. Um luxo!

O ambiente e o mobiliário também são muito tradicionais, com poltronas revestidas de seda e veludo nos tons de vermelho, turquesa e ouro.

Mas tanta tradição não deixa o ambiente carregado, pesado e triste…

Muito pelo contrário! O hall do hotel possui salas envidraçadas com vista para uma maravilhosa piscina, o que deixa tudo ensolarado, leve e feliz!

São 100 quartos, alguns com decoração moderna. Eu pedi para que me acomodassem num quarto com móveis de época, para sentir bem a atmosfera fiorentina do século 18.

E não me arrependi: paredes revestidas de seda, cortinas de veludo e uma romântica vista me transportaram para outra época.. talvez minhas roupas não fossem as mais adequadas…

Minha suíte possuía uma antessala bem espaçosa com sofás e poltronas, uma escrivaninha maravilhosa – que é meu sonho de consumo e eu pensei até em enfiar na mala – um quarto com uma cama queen size com poltronas(não achei as fotos dos quartos, gente!!!).

Ó minha escrivaninha aqui!

 

O banheiro palaciano é todo revestido em mármore de Carrara, com chuveiro, banheira, roupões felpudos e chinelos confortáveis. O quarto tem ótima conexão com a  internet e duas TVs com canais a cabo.

Olha, pra ser bem sincera, eu só saí do hotel porque a cidade de Firenze é muuuito atraente. Mais do que a minha suíte. Se fosse em outro lugar, pagaria aquele quarto só para dormir, ficar lendo e tomar meu sol toscano no jardim. Como uma marquesa florentina!

Aliás, quando eu decidia sair do hotel após às 17 horas, tinha um motorista à disposição para me levar – e buscar! – onde eu quisesse. Um “mimo” do hotel para seus hóspedes.

O hotel conta com dois restaurantes, que eu não fui, mas ouvi dizer que a sopa toscana preparada ali é deliciosa.

Possui também um Fitness Center, que eu passei bem longe (quem me conhece sabe que eu JAMAIS passo perto destes lugares, rsrsrs…) e um bar onde um visconde fiorentino criou o drinque Negroni, uma mistura de Campari, gim e vermute tinto… só para os fortes! Ali sim eu fui.

 

 

 

Na prática

Preço: paguei 180 Euros a diária da suíte tripla em outubro de 2012.
Grand Hotel Villa Medici
Via Il Prato, 42
http://villamedicihotel.com/
É um ótimo Hotel em Florença!

Conheça o Hotel Brufani, da mesma rede de hotéis, neste post aqui.
www.villamedicihotel.com

Fotos: ItaliAna e Hotel Villa Medici

Roteiro de 15 dias na Itália – Milão, Venezia, Bolonha, Ferrara, Verona, Florença, Pisa, Perugia e Assis

Muitas pessoas tem dúvidas sobre o que ver na Itália e como organizar essa empreitada. Veja aqui nesse post um roteiro pela Itália de 15 dias, incluindo diversas cidades italianas!

Você também poderá gostar:

Roteiro de 2 dias em Veneza!
10 cafés históricos para visitar na Itália!
Ferrara: como chegar, o que ver e porque visitar! 

Este roteiro day-by-day foi o que utilizei para apresentar a Itália às minhas filhas, que na época, tinham 7 e 9 anos.

Num primeiro momento pode até parecer que este roteiro é corrido, mas fizemos todo o programado bem tranquilamente e na velocidade delas, entretanto não foi possível entrar em todos os museus, igrejas e galerias das cidades visitadas.

Privilegiamos os bons restaurantes, as caminhadas ao ar livre, a convivência com amigos e parentes e entramos em 2 ou 3 galerias e igrejas imperdíveis.

É um roteiro pela região norte e central da Itália. A cidade mais ao sul que visitamos foi Perugia, decidimos deixar Roma para uma próxima viagem.

  Dia 1 – Milão

– Chegada ao aeroporto de Malpensa às 15:00 horas;

– Ônibus do aeroporto até a Estação Central de Milão;

– Chegada ao ECHO Hotel prevista para às 17 horas (leia sobre o hotel neste post);

–  Jantar no Obikà Mozzarella Bar, na loja de departamentos La Rinascente (leia sobre o restaurante neste post).

 

Dia 2 – Milão/Bolonha

– Visita ao Duomo de Milão;

– Giro a pé pelo centro histórico para ver: Galleria Vittorio Emanuele II, Teatro alla Scala e Quadrilatero da moda;

– Almoço rápido no Café Sant´Ambroeus;

– Trem para Bolonha às 16 horas;

– Chegada em Bolonha às 17 horas;
–  Jantar na casa do meu tio.

 

Dia 3 – Bolonha

– Visita a pé pelo centro de  Bolonha, para conhecer:  Mercato di Mezzo (leia o post aqui), Piazza Ravegnana, Piazza Santo Stefano, Le Due Torri, a Sala Borsa, o Archiginnasio e Igreja de San Petronio.

Leia também:

7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa
Onde dormir em Bolonha: Hotel I Portici.
Onde comer em Bolonha: aqui e aqui.

Bolonha: Catedral de San Petronio

 

Dia 4 – Bolonha/Ferrara/Bolonha

– Bate e volta para Ferrara (leia post sobre Ferrara aqui);

– Visita ao Castello Estense e Pallazzo dei Diamanti;

– Almoço na Trattoria La Romantica;

– Não esquecer de comer panpepato!

Ferrara: Palazzo dei Diamanti

 

Dia 5 – Bolonha/Verona/Bolonha

– Visita à pé pelo centro histórico: Casa di Giulietta, Piazza Bra, Piazza delle Erbe, Torre dei Lamberti;

– Almoço na Antica Bottega del Vino;

– Visita à Arena.

Leia roteiro de um dia em Verona aqui.
Leia como foi nosso dia em Verona aqui.

 

Dia 6 – Bolonha/Veneza

– Trem para Veneza às 9 horas, chegada prevista para às 10:30 h;

– Vaporetto para o Lido di Venezia;

– Deixar as malas no Hotel Pannonia (leia aqui sobre o hotel);

–  Passeio pela praia e almoço;

– À tarde passeio pelaPiazza San Marco: igreja de San Marco, Campanile, café no Florian;

– Passeio pela Riva degli Schiavoni e happy hour no Harry´s Bar (Bellini!!!).

Venezia à noite!

 

Dia 7 – Venezia

– Passeio de vaporetto pelo Canal Grande;

– Visita à Ponte Rialto e mercado de peixes;

– Visita à fábrica de máscaras venezianas e à oficina de um dourador;

– Almoço;

– Passeio a pé pelas ruelas de matar de lindas;

– Passeio de gôndola às 17 horas.

Dia 8 – Venezia/Adria/Padova

– Trem para Adria pela manhã;

– Chegada para o almoço na casa do meu tio;

– À tarde visita à igreja de Santo Antônio de Padova;

– Jantar em Padova.

Ruínas da casa do meu avô em Adria

 

Dia 9 – Adria/Bolonha

– Passeio por Adria e visita às ruínas da antiga casa dos meus avós

– Visita à igreja construída pelos meus avós.

– À tarde, trem para Bolonha, hospedagem no Hotel Mercure, em frente a estação.

Conselho super útil: leve uma bagagem pequena para Venezia. Eu deixei todas as malas na casa do meu tio em Bolonha e depois voltei para busca-las. Se você não tiver um tio em Bolonha, use o guarda bagagem da estação de trem Sta Lucia em Venezia.

Dia 10 – Bolonha/Florença

– Trem parte de Bolonha às 9:30 h e chega em Firenze às 10:05h.

– Check in no Hotel Villa dei Medici, leia sobre o hotel aqui;

– almoço no Mercato;

– passeio à pé pela cidade: visita ao Duomo, Piazza dela Republica, Piazza dela Signoria, Ponte Vecchio;

– Às 17 horas visita agendada à Galleria dell´Accademia para ver o Davi de Michelangelo;

– Jantar no Hard Rock Café.

Passeio de carruagem em Florença

 

Dia 11 – Florença/Pisa/Florença

– Bate e volta para Pisa – leia aqui para saber como subir na torre;

– Subir na torre às 11:30;

– Entrar na igreja;

– Descanso na Piazza dei Miracoli;

– Almoço no Ristorante La Pergoletta;

– Retorno à Firenze;

– Comprinhas na Farmacia Santa Maria Novella e La Rinascente

Dia 12 – Florença/Perugia

– Manhã livre para dormir, caminhar;

– Trem na hora do almoço;

– Chegada em Perugia às 16 horas, check in no Hotel Brufani e piscina no hotel (leia aqui sobre o hotel que nos hospedamos);

– À noite, jantar na Pizzeria Mediterraneo e passeio pelo Corso Vanucci.

Leia aqui os motivos para alfinetar Perugia no seu mapa

Passeio em Perugia

 

Dia 13 – Perugia/Assisi/Perugia

– Trem pela manhã para Assis;

– Visita à Porziuncola;

– Almoço na Trattoria La Stalla;

– Passeio a pé pelo Monte Subasio;

– Visita à Basilica di Santa Chiara,  Basilica di San Francesco e Chiesa di San Ruffino;

– Volta à Perugia e jantar no restaurante do hotel.

Leia aqui: 8 dicas inéditas de Assis

 

Dia 14 – Perugia

– Dia dedicado a comer chocolate na Eurochocolate!

– City tour pela cidade de Perugia.

7 motivos para colocar Perugia no seu mapa.

 Dia 15 – Perugia/Milão

– Trem parte de Perugia às 10:00h e chega em Milão às 14:40h;

– Ônibus para aeroporto;

– Chegada ao aeroporto às 16:00 e check in. Vôo parte às 20:30h.

Espero que tenham gostado e que este roteiro seja uma inspiração para a sua viagem!

Aguarde! Este ano nós voltaremos pra lá com um novo roteiro pela Itália para compartilhar por aqui! Até a próxima!

Leia sobre nossa viagem de 2014 aqui.

As ItaliAninhas!

7 motivos para colocar Perugia no seu mapa

Depois do sucesso do post  “7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa”, aqui está mais um post da série  “7 motivos…”.

E desta vez, vou leva-los à Perugia, capital da região da Úmbria, o coração verde da Itália.

Perugia é um verdadeiro paradoxo.

Com quase 3.000 anos de história mantém-se uma cidade moderna, jovial e dinâmica, numa combinação perfeita de conservação da memória histórica e modernidade.

É uma cidade que soube construir um presente digno do seu glorioso passado.

Muitos estudantes estrangeiros (inclusive eu!) vem para esta cidade para estudar a língua italiana na Universidade para Estrangeiros, e muitos (como eu!) voltam ao país de origem mas mantém um vínculo emotivo indissolúvel com a cidade.

Dos 1.000 motivos para visitar Perugia, escolhi somente 7 – com muita dificuldade – e aqui estão eles:

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Piazza IV Novembre, onde começa o Corso Vanucci, ponto de encontro dos jovens da cidade.

1 – História

Perugia é uma cidade anciã. Estima-se que foi fundada no século IV a.C. pelos etruscos.

Faça as contas: caminhando pelas ruas da cidade você estará mergulhado em nada mais, nada menos que quase 3.000 anos de história!

Pode-se encontrar vestígios do período etrusco –  Pozzo Etrusco, Porta Marzia e  Arco Etrusco – além de 3 quilômetros de muros construídos no século III a. C.

No século I a. C foi promovida a município romano e a partir daí sua história segue em tudo a do Estado Romano, mas desta época não restam tantos vestígios, pois a cidade foi destruída e depois reconstruída por Otávio Augusto.

Muitos edifícios medievais, barrocos e renascentistas estão espalhados pela cidade. Não deixe de conhecer: Pallazzo dei Priori, Fontana Maggiore, Basilica di San Domenico e os edifícios do Corso Vanucci.

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Otávio reconstruiu a cidade e construiu um arco: o Arco di Augusto.

2 – Rocca Paolina, o símbolo de Perugia

É uma fortaleza construída a pedido do papa Paolo III com o objetivo de proteger os habitantes da cidade contra invasores.

Ali  escondiam-se os tesouros da cidade, animais, suprimentos e alimentos de modo que, mesmo em época de guerras civis, seus habitantes pudessem continuar suas atividades habituais protegidos dos inimigos.

Entrar na Rocca é como andar por uma cidade subterrânea. Mas não pense que encontrará paredes úmidas, lugares escuros e vazios. Nunca vi a Rocca deserta!

Ali o movimento é frenético, pois as escadas rolantes que ligam o centro histórico à cidade moderna estão sempre lotadas de pessoas indo e vindo. É como se fosse uma avenida da cidade. Ali, pode-se encontrar também várias lojas, exposições e manifestações. Simplesmente IMPERDÌVEL!
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3 – Umbria Jazz Festival

Há 40 anos Perugia é sede de um dos maiores encontros de jazz da Itália!  E não é só jazz. Soul, blues e R&B também marcam presença.

Se você, ama jazz e não conhece o Umbria Jazz, per favore, não perca mais tempo!

Vários palcos são montados pelo centro histórico da cidade e inúmeros são os shows e jam sessions gratuitos. A cidade fica acordada 24 horas!

Me lembro de um show que marcou minha vida; sabe, aqueles que entram na lista dos MMV (melhores momentos da vida)?

Foi o show de Chick Corea e Bobby McFerrin juntos,  ao ar livre e com uma ilustre lua cheia atrás do palco. Deu pra imaginar?

 O Umbria Jazz acontece sempre no mês de julho. Clique aqui para acessar o site do evento.

4 – Eurochocolate

Se o Umbria Jazz não te convenceu em alfinetar Perugia no seu mapa, com certeza a Eurochocolate te fará cair de amores pela cidade.

Eurochocolate é uma feira temática, cujo único produto que interessa é o… chocolate!

Vários stands são dispostos nas ruas e praças do centro histórico e são organizados diversos eventos, espetáculos e iniciativas culturais.

Fui em 2012 com minhas filhas e nos hospedamos no Hotel Bruffani (leia aqui), bem em frente à praça principal da cidade.

Acreditem, é uma “overdose chocolática“. A cidade cheira a chocolate, você se lambuza de nutella  e come cacau até no prato principal, enfim, de levar qualquer chocólatra à loucura!

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A festa do chocolate em Perugia se chama Eurochocolate e acontece todo mês de outubro. Clique aqui para ir ao site oficial do evento.

5 – Minimetrô

O minimetrô é um meio de transporte que liga o centro histórico à periferia da cidade. É praticamente um funicular com a diferença que os trilhos são aéreos, isto é, você tem uma visão panorâmica da cidade.

Vale a pena dar uma volta  nele mesmo se você estiver pensando em ir do nada pra lugar nenhum, só para curtir a paisagem.

6 – Bate e volta a partir de Perugia

O bate e volta clássico é a maravilhosa cidade de São Francisco –  Assis, que está a apenas 23 quilômetros de distância.

Porém, algumas cidades úmbras merecem uma visita, como por exemplo Spoleto e seu aqueduto romano de 260 metros de comprimento e 90 de altura está a 64 quilômetros de Perugia.

Outras cidades que eu visitei, amei e em breve farei posts são: Spello (29 Km), Gubbio (41 Km) e Orvieto (77 Km).

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7 – Candidata a capital cultural da Europa 2019

Perugia já está na final e, se tudo der certo, será a próxima capital cultural europeia, um título que dará visibilidade à arte, à história e a cultura da cidade.

Um título mais do que merecido!

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Review Obicà Mozzarella Bar

Assim que coloco os pés em Milão, me dirijo o mais rapidamente possível ao Obikà Mozzarella Bar.

Atualização: Em 2014 o nome mudou para OBICÁ.

Só de escrever o post já fico com água na boca!

Obikà, até parece nome de restaurante japonês, mas na verdade, significa eccolo qua no dialeto napolitano, que por sua vez na língua lusitana significa: “aqui está”.

Alguma coisa me diz que o nome parecido com japonês não foi escolhido à toa.

Silvio Ursino, fundador do restaurante, copiou as características de um sushi bar: comida fresca, limpa, bonita de se ver, preparada à vista dos comensais e servida com um rito un pò exagerado.

O bar cujo ingrediente principal é a mozzarella (me recuso a escrever a palavra seguindo as novas regras ortográficas), completa 10 anos em abril. Neste período se alastrou por todo o mundo e hoje conta com 18 restaurantes no mundo todo, inclusive Nova York e… Japão!

Stracciatella di Burrata com pomodorini e pesto di basilico. Bommm…

 

Em todos os bares os ingredientes utilizados nas receitas são 100%  made in Italy e a mozzarella é a verdadeira mozzarella di buffala campana DOP.

E o que isso quer dizer? Que provém de caseifícios selecionados de uma determinada região geográfica e que obedecem regras muito rígidas na sua produção.

Quer saber como é feita? Este vídeo explica:

Só em Milão pode-se encontrar o Obikà em 3 endereços, mas meu preferido fica no sétimo andar da loja de deparatamentos La Rinascente (pegue o elevador ou você corre o risco de fazer tantas paradas que não chegará no último andar nunca!).

As mesas da varanda sempre estão cheias no happy hour e a vista é de tirar o fôlego: nada mais nada menos que a lateral do Duomo! Se esticar a mão acho que até dá para alcançar uma estátua ou limpar um vitral.

Meu prato preferido é a Stracciatella di Burrata (a partir de 13 Euros; o preço varia de acordo com o acompanhamento). As  pizzas também são maravilhosas! Napolitanas, né? Os preços começam em 11,50 Euros. Pode-se pedir a degustação de mozzarella, a partir de 15,50 Euros para 2 pessoas.

 

Obikà Mozzarella Bar
Via Santa Radegonda, 1
www.obika.com
Não é necessário fazer reserva.
Pode-se consultar o cardápio no site.

Review Hotel Brufani Palace – Perugia

No século passado, quando eu era uma estudante em Perugia, costumava me sentar na Piazza Italia com um gelato pago em liras na mão, bem em frente ao hotel mais bacana da cidade e repetia como um mantra: “Um dia vou voltar aqui e me hospedar neste hotel”.

Parecia uma realidade distante para uma estudante que vivia à base de panino e pizza, dividindo o quarto  de um albergue com mais 3 garotas.

Mas, como sonhos bem sonhados costumam se realizar, eis que  mais de 15 anos depois, voltei para Perugia com minha filhas para realizar meu sonho antigo.

Vista da janela do quarto

 

O hotel é o Brufani Palace Perugia. Fundado em 1884, faz parte do grupo dos Leading Small Hotels of the World e hoje em dia é administrado pelo grupo SINA, que coleciona hotéis charmosos e com características históricas pela Itália

Ele fica bem no centro histórico, no melhor local da cidade. E no mais alto também! Olha esta foto tirada da janela do meu quarto.

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Vista de uma das janelas do quarto ao amanhecer

 

Para entender

Perugia é a capital da região da Úmbria e foi fundada pelos etruscos no século IV a. C. Depois de muitas batalhas e invasões o Papa Paolo III mandou construir uma fortaleza, chamada Rocca Paolina – que foi construída sobre ruínas etruscas –  a fim de proteger os habitantes da cidade e seus tesouros dos ataques dos inimigos.

Hoje o centro histórico fica no lugar mais alto da cidade, ainda circundado pelas ruínas da fortaleza, assim como o hotel, que possui vista privilegiada do vale. A piscina do hotel tem o chão de vidro; entre um mergulho e outro dá pra estudar história, observando as ruínas etruscas.

Aula de história divertida! Tá vendo a mancha escura? O chão é de vidro para podermos enxergar as ruínas etruscas.

 

O Hotel

Ficamos numa suíte com vista para o vale. A decoração é elegante e refinada com paredes revestidas de seda e poltronas de veludo. A suíte é composta por uma cama queen size e uma de solteiro, uma salinha com TV e armários espaçosos. A roupa de cama, as toalhas e os roupões são novos e de excelente qualidade.

O quarto é arrumado duas vezes ao dia, de manhã e ao anoitecer. A camareira sempre deixa uns chocolatinhos sobre o travesseiro, um tapetinho ao lado da cama e pantufas.

O banheiro é de mármore branco, com chuveiro e banheira, além de secador (que eu não uso nunca porque levo o meu) e bastante espaço.

O hotel tem um restaurante maravilhoso: o Collins’, com 4 garfinhos no Guia Michelin.

Cheguei da rua lá pelas sete e meia, a tempo de me arrumar para o jantar. Mas, assim que passei na frente do restaurante o mâitre muito solícito me deu uma taça de prosseco e me convidou para entrar.

Bom, minha pancia mandou e eu obedeci. Jantei sem me arrumar mesmo! Me arrependi um pouco porque todos estavam bem arrumados. Depois da terceira taça a vergonha passou. Decidi pelo menu degustação e não me arrependi, estava delicioso! Não tirei fotos (desculpem-me). Só faltava, né?  Dessarumada e pagando mico?

Nos sentamos nessa primeira mesinha

O café da manhã acontece em outro salão e, sem sombra de dúvidas, foi o melhor café da manhã da minha vida! Sem palavras…

Ficamos lá duas noites na suíte tripla clássica e pagamos 408 Euros com café da manhã, internet e um cupom de 50 Euros para utilizar no restaurante.

Olha aí, eu comendo meu panino no banco da praça na frente do hotel! Só para relembrar os velhos tempos…

Na prática

Hotel Brufani Palace
Piazza Itália, 12
www.brufanipalace.com

Review Trattoria della Fonte- Chianti

O Chianti é uma das zonas vinícolas mais importantes da Toscana! Suas cidades, como Greve in Chianti e Panzano in Chianti atraem inúmeros turistas e amantes de enogastronomia todos os anos! Veja aqui uma ótima dica de restaurante na região do Chianti!

Na Toscana, encontramos o Agriturismo Fonte de’ Medici (escrevi sobre ele aqui), que abriga um restaurante delicioso: a Trattoria della Fonte.Chianti

Chianti

 Chianti

Restaurante nas Colinas do Chianti

Numa construção de frente para a piscina, com vista panorâmica para as parreiras da Família Antinori, o ambiente é muito elegante e acolhedor.

 

Cercado por pés de lavanda, alecrim e oliveira, a atmosfera do restaurante é mágica. Principalmente ao pôr-do-sol, onde podemos ter uma vista linda do horizonte da Toscana.

O menu é sazonal e os pratos – tipicamente toscanos – levam ingredientes produzidos naquela zona, todos muito frescos e vibrantes! A carta de vinhos possui uma excelente variedade de tintos, brancos, rosé e até espumantes.

Como antepasto sugiro a tábua de frios toscanos e como secondo recomendo um dos cortes de carne mais apreciados em toda a região Toscana: a bisteca! Especificamente a  Bisteca di Chianina alla brace. Não deixe de experimentar também o queijo pecorino: delicioso!

Leia aqui e descubra os melhores pratos da gastronomia Toscana!

Comer em restaurantes como esse é uma oportunidade incrível de se conectar com a cultura italiana. Imagine você um restaurante em uma tradicional vinícola, entre os parreirais e montes toscanos, comendo pratos extremamente típicos, frescos e deliciosos, enquanto saboreamos um bom vinho. É difícil ficar melhor do que isso!

Na prática

Trattoria della fonte : http://www.trattoriadellafonte.it/
Endereço: Via Santa Maria a Macerata, 21 – San Casciano in Val di Pesa
Preço: Nosso gasto foi de 80 Euros para duas pessoas, com antepasto, primo piatto, sobremesa e meia garrafa de vinho.
Horário: O restaurante fecha às segundas-feiras. Não é necessário fazer reserva.

 

Review Agroturismo Villa de’ Medici – Chianti

Quem nunca sonhou em passar tardes ensolaradas num agriturismo na Toscana na companhia de um bom vinho?

Eu já!

Foi isso que fui fazer e conto para vocês aqui!

Saí de Bologna pela manhã de carro e depois de uma hora e meia cheguei em Greve in Chianti.  Após um passeio pela cidade, almocei no delicioso Ristorante Gallo Nero, leia aqui.

Me dirigi, então, para o agriturismo que escolhi, que fica em Montefiridolfi, um distrito que faz parte da comune de San Casciano in Val di Pesa a 17 quilômetros de Greve. Fácil de chegar com um mapa, mas eu sugiro o uso de um GPS atualizado.

Muito bem localizado, o agriturismo está a apenas 30 minutos de Firenze, 50 minutos de Siena e a 4 Km da autoestrada. Todo o percurso é asfaltado, então, fique tranquilo se chover.

Para chegar até lá pegamos uma estradinha linda, que vai serpenteando por campos repletos de parreirais e oliveiras e então, surge um burgo construído em 1.400 que hoje abriga o Agriturismo Fonte de´ Medici.

A construção é tipicamente toscana, com casas de pedra, praça e até uma capelinha, em perfeita harmonia com seu entorno. Na verdade, o burgo todo é circundado pelas parreiras da família Antinori cujas uvas são utilizadas para a elaboração de dois vinhos premiados: o Solaia e o Tignanello.

A recepção fica num prédio separado, onde também funciona o restaurante. O staff é muito genti e, se o hóspede quiser, elas preparam excursões de bicicleta, tours para Siena e San Gimignano e visita guiada à Cantina Antinori (eu fui! Leia minha experiência aqui!).

Os apartamentos acomodam de duas a seis pessoas. Eu fiquei na suíte dupla e ela é enorme! Possui uma sala separada com TV, lareira, um banheiro super confortável com uma banheira gigante, muitas janelas com vistas deslumbrantes, e, só para ficar perfeito, um vinho e taças me esperando… é o Paraíso!!!!

Tratei de aproveitar bem este paraíso: fiz uma caminhada pela propriedade, sentindo os odores de lavanda e alecrim, que estão por toda a parte, tomei um banho de piscina, depois jantei no restaurante do hotel.

Aliás, o restaurante do  merece um post só para ele (clique aqui para ler), mas adianto alguma coisa aqui para vocês. A Trattoria della Fonte não é exclusividade dos hóspedes pois é aberta ao público. Com uma vista de tirar o fôlego, cada detalhe recebe atenção especial. Todos os ingredientes são escolhidos a dedo e o menu é sazonal. A carta de vinhos é excelente e os preços bem justos para o padrão de qualidade.

O café da manhã é servido ali e cada croissant e torta te esperam bem morninhos ao amanhecer… ai, ai… é realmente o paraíso…

Comi tudo antes de tirar foto! Bom, se você está procurando um lugar tranquilo, bonito e com espírito toscano, este é o lugar!

Na prática

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Dica de leitura: Mil dias em Veneza

Acabei de ler “Mil dias em Veneza” (Marlena De Blasi) e adorei o modo pelo qual a autora descreve La Serenissima.

É como se o leitor desse um mergulho nas águas calmas da laguna veneziana e, ao acabar a leitura, se sentisse completamente integrado à cultura e ao modo de viver daquele povo.

Com astúcia e um senso aguçadíssimo de observação a autora descreve os dias passados em Veneza seguindo o ritmo da cidade: ora lenta e melancólica, ora apressada e alegre.

Também consegue definir as principais características dos venezianos –  e ela acerta, acredite em  mim, que venho de família veneziana – com muita perspicácia.

Ao final do livro ainda encontram-se algumas ótimas receitas e um delicioso roteiro romântico. Vale a leitura!

Alguns trechos:

“…Existe um locandiere, dono e gerente, de uma pensione simples e uma osteria de quatro mesas que não atualiza seu cardápio há 30 anos. Todo dia de manhã ele prepara os mesmos cinco ou seis pratos venezianos típicos e legítimos. A comida que não vende em determinado dia é devidamente separada e guardada. No dia seguinte. ele torna a cozinhar, servindo os pratos preparados no dia para seus clientes assíduos e o arroz com ervilhas, a massa com feijão ou o ensopado de peixe da véspera para os clientes de passagem. Assim, o casal da Nova Zelândia está comendo o mesmo tipo de comida das duas matronas venezianas sentadas na mesa ao lado. A única diferença é que a comida dos neozelandeses foi temperada com dois ou três dias de descanso, pelos quais o locandiere provavelmente irá lhe cobrar 30 por cento a mais do que às senhoras de Sant’Angelo que tornará a ver no dia seguinte.”

“A primeira coisa a aprender é que tudo o que acontece em Veneza depende da água. Veneza foi fundada para servir de refúgio, e seu caráter inacessível é justamente sua razão de ser. Em 1.500 anos pouca coisa mudou, ou seja, nada pode pegar a cidade de surpresa. Tudo e todos precisam percorrer seus cintilantes domínios de barco…Portanto, o preço de cada batata, de cada prego e de cada saco de farinha, de cada lâmpada e de cada caixa de petúnias sofre um acréscimo devido à travessia da lagoa e dos canais, Tanto para os viajantes como para os moradores, Veneza é a cidade mais cara da Itália…”

O livro é recheado de histórias assim!!! Uma delícia, não?

Ristorante e Enoteca Gallo Nero – Greve in Chianti

Greve in Chianti

O território do Chianti clássico – produtor de vinhos –  fica na região da Toscana e é formada por 9 comuni (ou cidades), localizadas entre as províncias de Firenze e Siena.

Greve in Chianti é É considerada a porta de entrada e o coração desta região. Encontra-se ao longo da estrada estatal SR222, a também chamada Via Chiantigiana, a 30 quilômetros de Firenze e 40 de Siena.

Estrategicamente posicionada, é o lugar ideal para uma pausa para o almoço durante sua visita pelas colinas ou  se você estiver indo de Firenze para Siena ou vice-versa.

O símbolo do Chianti Classico é um galo preto, o já famoso Gallo Nero; e este também é o nome do meu  restaurante preferido da cidade.

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Gallo Nero Enoteca e Ristorante

Na verdade, este não é um restaurante qualquer, é “O RESTAURANTE” da cidade.

Administrado por uma família: Duilia, com seus lindos 82 anos e sua filha Lucia, seu marido Saro e seus filhos Lisa e Francesco, os proprietários são pessoas comprometidas com a região e se mantem fiéis aos seus produtos e tradições gastronômicas.

A carne, especialidade da casa possui  os cinco “I”, isto quer dizer que é provenioente de um animal nascido na Itália, crescido na Itália, abatido na Itália, distribuído na Itália e, finalmente, consumido na Itália.

As massas, estendidas à mão por dona Duilia, usa somente ovos frescos, “os mais amarelinhos” segundo ela. Já está com água na boca?

A carta de vinhos possui inúmeras opções – a maioria do Chianti – e ali você também pode comprar vinhos para trazer para casa.

O ambiente é acolhedor e elegante, em tons de vermelho, toalhas de linho e cadeiras estofadas, é o local ideal para descansar um pouco, antes de continuar a viagem.

Eu fui ao restaurante após visitar a Cantina Antinori (leia o post aqui).

DICA DA ANA:  se você tirou o dia para visitar vinícolas, acho uma boa ideia visitar uma delas pela  manhã, almoçar numa cidade pequena, fazer uma caminhada e depois visitar mais duas ou três no período da tarde.

Pedi bruschetta al pomodoro fresco de antepasto; uma massa feita em casa com molho de carne de javali – le papardelle con cinghiale –  como primeiro prato (foi a primeira vez que comi javali e caí de amores por ele!).

Experimentei a bisteca fiorentina, mas meu segundo prato foi uma tagliata di carne. De sobremesa, fui de tiramisù, só para variar, mas a torta de maçã também estava divina!

Lucia, gentilíssima, também nos trouxe flores de abobrinha fritas e empanadas de cortesia para experimentarmos. Tão boas! Sugeri que ela viesse para o Brasil para fazer as abobrinhas, eu faria a caipirinha e faríamos muito sucesso. Garantido!

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Agora o melhor de tudo: para obter um desconto de 10% na conta (bebidas excluídas), basta dizer que é leitor do blog ItaliAna!!!

NA PRÁTICA:

Enoteca e Ristorante Gallo Nero
Via Cesare Battisti, 9 – Greve in Chianti

Franciacorta – o “champagne” italiano

FRANCIACORTA é uma zona da província de Brescia, na região da Lombardia ao norte da Itália, e sua extensão, de aproximadamente 240 quilômetros quadrados, compreende 21 comunes.

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Dentre as diversas lendas que tentam explicar a origem do nome Franciacorta, a mais aceita é que esta região leva este nome pois na Idade Média, uma comunidade de monges beneditinos (corti) estabelecidos ali, possuíam isenções fiscais (franchigia ou franchae) para o transporte de suas mercadorias para outros estados. Eram os corti franche, ou em bom português: a corte isenta de tributos.

Sinto desaponta-los, mas o nome não tem nada a ver com o corte de cabelo tigelinha dos padres…

O fato é que o termo Franciacorta, além de ser o nome da região, é também o nome do vinho, e quem aprecia vinhos, com certeza já o experimentou ou já ouviu falar. Nunca tinha ouvido falar? Fique tranquilo, o Franciacorta é muito jovem, nasceu nos anos 60; além disso, 80% da produção do vinho é consumida lá na Itália mesmo.

Método champenois

Os Franciacorta são produzidos com o método champenois, ou método clássico, exatamente como os espumantes franceses, chamados de Champagne porque produzidos naquela região da França.

O que diferencia o método champenois de outros é que neste é necessário que o vinho passe por uma segunda fermentação que acontece diretamente na garrafa graças à adição do liqueur di tirage, um xarope de vinho, fermentos selecionados e açúcar, produzido pelo enólogo da vinícola.

Após o repouso, as garrafas são inclinadas com o gargalo para baixo e giradas um quarto de volta por dia, até ficarem completamente de ponta cabeça. Desta forma, os resíduos e leveduras estarão acumulados no gargalo, que é congelado para a retirada dos resíduos, deixando o vinho perfeitamente límpido.

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Por último, a garrafa é preenchida com o liqueur d´expédition, um outro xarope a base de vinhos e açúcar e estará pronta para o consumo.

As uvas utilizadas na elaboração do Franciacorta são do tipo Chardonnay, Pinot nero e Pinot bianco. A partir da colheita todo o processo leva pelo menos 25 meses, 18 dos quais em lenta fermentação.

É caro, demorado e muito complexo, mas os melhores espumantes do mundo são aqueles elaborados com este método, pois desenvolvem aromas complexos, com um bom equilíbrio, capazes de acompanhar perfeitamente pratos da cozinha internacional.

Cantina Berlucchi

Quem me levou para lá foi minha querida amiga Mage, autora do Milão nas Mãos, um blog recheado de boas dicas da cidade e seus arredores. Leitura obrigatória.

Magê é guia acompanhante e pode te levar conhecer as maravilhas desta região!

A região fica há apenas uma hora de Milão. Basta pegar a autoestrada A4 em direção a Venezia, sair na saída Rovato e seguir as indicações para Franciacorta/Lago d´Iseo.

Ao sair da autoestrada, a paisagem muda completamente: parece que estamos a anos-luz de Milão. Num oásis verde, vinhedos perdem-se de vista, o clima é mais fresco, algumas vilas antigas aparecem aqui e ali.

Nos dirigimos para uma cantina em Borgonato di Corte Franca, chamada BERLUCCHI.

Numa elegante villa chamada Palazzo Lana Berlucchi, a família  produz espumantes há mais de 50 anos e é a maior produtora de Franciacorta da Itália, com 5 milhões de garrafas ao ano.

Vencedora de muitos prêmios, a vinícola obedece rigorosamente o método champenois, e mantem-se no topo graças à utilização de avançadas técnicas que permitem a máxima valorização das uvas.

A visita começa com uma curta explicação sobre o trabalho da empresa. Logo após, descemos 12 metros, nas cantinas onde repousam os vinhos. Lá embaixo a temperatura é baixa, por isso, não se esqueça de levar um casaco.

O guia que vez o tour conosco foi muito gentil e bem didático. Respondeu à todas as nossas leigas perguntas com muita paciência, saímos de lá experts na elaboração do Franciacorta.

Depois, passamos por várias galerias onde eles mantém uma certa quantidade de vinhos dos anos anteriores.

Logo em seguida está a parte mais moderna, o lugar onde os resíduos da garrafa são retirados, lembra-se?

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Por último, minha parte preferida: a degustação!

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Eu e Magê.

Nos oferecerem 3 vinhos: o Vintage, o Satèn e o Rosè. Como foi praticamente impossível escolher meu preferido, acabei comprando todos na loja que está dentro da vinícola mesmo.

Existem muitas outras vinícolas na região, que eu pretendo visitar aos poucos. E você? Conhece Franciacorta? Deixe-nos seu relato!

 Na prática

Berlucchi
Piazza Duranti, 4 – Borgonato, Brescia
Tel. 030 98 43 81
www.berlucchi.it
As visitas devem ser agendadas e custam 20 Euros com a degustação.

Leia também:

Uma visita à Cantina Antinori no Chianti , clique aqui.

Um passeio pelo mercado de Bolonha – Mercato di mezzo

mercado de Bolonha

O mercado de Bolonha, chamado de Mercato di Mezzo ou Quadrilatero, é uma área de antiga tradição comercial, que teve seu maior desenvolvimento na Idade Média e que mantém até hoje sua vocação mercantil.

Fica bem no centro histórico, delimitada pelas Piazza Maggiore, Via Rizzoli, Piazza dela Mercanzia, Via Castiglione, Via Farini, Piazza Galvani e Via dell´Archiginnasio. Dá pra fazer o circuito inteiro a pé sem se cansar!

Acordei cedinho pois não queria perder a montagem das barraquinhas do mercado de Bolonha. Cedinho que eu digo são sete horas, pois por aqui a feira não começa a ser montada às 4 da manhã, como no Brasil. Como uma boa dorminhoca o meu deslumbre já começou por aí.

Tive como companhia meu tio: “bolonhês do ragù” – se assim pode-se dizer – que me mostrou suas lojas preferidas, os empórios tradicionais, o café frequentado por Chet Baker (ééé, ele também adorava Bolonha) e outros segredinhos que divido com vocês agora.

Mercado de Bolonha – Mercato di mezzo

Algumas das ruazinhas, estreitas e bloqueadas para o tráfego de carros, ainda levam o nome das antigas profissões das pessoas que se instalavam por ali, como um shopping center organizado.

Deste modo, se você saísse de casa a fim de comprar uns cabritinhos, deveria se dirigir para a Via Caprarie (rua das cabras). Se quisesse um dia de glamour, poderia dar uma passadinha na Via Drapperie (rua dos tecidos) para comprar um corte de tecido novo e depois na Via Orefici (rua dos ourives), para um adorno de ouro. Quer peixe? Via Pescherie (rua dos peixes).

Hoje em dia, muita coisa mudou. Eu, por exemplo, não encontrei nenhuma cabra pelo caminho! Rsrsrs…

mercado de Bolonha

De qualquer forma, ainda dá para sentir o pulsar da antiga tradição mercantil. E quando digo tradição, quero dizer que estas lojas, ou botteghe, são passadas de geração para geração, como uma herança compulsória.

Os chineses, indianos e árabes que já tomaram conta de outros mercados em Bolonha não conseguiram se infiltrar neste quadrado. Espero que continue assim!

Na esquina da Via Caprarie com Drapperie está localizado um dos meus empórios preferidos: o Tamburini. Desde 1932 a família produz os produtos típicos da região e especialidades da cozinha bolonhesa. Se você quiser, pode trazer para o Brasil uma caixa devidamente embalada com os verdadeiros tortellini!

mercado de Bolonha

mercado de Bolonha

Bem ao lado encontra-se outro empório maravilhoso: o Paolo Atti, no ramo há cinco gerações, desde 1903 produzindo diversos tipos de massas,  pães e docinhos.

Na Via Orefici está a sorveteria e chocolateria Venchi, que produz o inigualável chocolate cremino desde 1878!

A Via Pescherie (sim, a antiga rua dos peixeiros!) e a Drapperie são as mais animadas: banquinhas de frutas e verduras coloridas espalhadas pelas ruas, odores espalhados pelo ar, vozes dos comerciantes atraindo os clientes para uma degustação…

mercado de Bolonha

Uma atração para todos os sentidos! Mas, cuidado, nem pense em usar o tato, pois por aqui: tu tochi, tu compri! Traduzindo: relou, pagou!

mercado de Bolonha

Ainda na Drapperie, a bottega Gilberto merece uma visita. De tradição familiar desde 1905 vende vinhos, licores, molhos, vinagres balsâmicos, docinhos e todos os ingredientes necessários para se fazer em casa o “Licor Do Meu Tio”, que vou ensinar  a fazer passo a passo em outro post.

mercado de BolonhaEste empório é tão excitante que comprei 3 quilos de um sal que nunca vi na vida. Depois acabei deixando no hotel, fiquei com medo do que a polícia pensaria se revistasse minhas malas, rsrsrsrs…

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Mercado de Bolonha: interior do empório Gilberto

mercado de Bolonha No Vicolo Ranocchi, há mais de meio século está a Macelleria Equina, ou açougue de carne de cavalo. Alguém já provou? Eu gosto muito!

Na Piazza Galvani, localiza-se o Café Zanarini, desde 1930 entre os bares da moda da cidade. Na hora do aperitivo, peça uma bebida alcoólica e ganhe um monte de petiscos gostosos! Se for época de morango, peça o Rossini, uma delícia!

Bem ali pertinho está a Galleria Cavour, a primeira galeria da cidade, projetada nos anos 50 para recuperar um quarteirão destruído durante a guerra. É um shopping de luxo, com lojas de grandes marcas e é aqui que você atualmente poderá passar umas horas de glamour.

Por todo o percurso você encontrará botteghe de queijos, de vinhos, de flores, de especiarias; além de lojas de artigos de couro, roupas, grandes marcas, enfim, meu conselho é: perca-se nas vielas do quadrilátero e surpreenda-se com tantos segredos escondidos ali. Ah! e depois, volte aqui para conta-los!

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Mercado de Bolonha – os bomboloni são meus doces preferidos!!

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Mercado de Bolonha – os melhores produtos de cada região italiana

Roteiro Ferrara: como chegar, o que ver, onde comer

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Eu com minhas filhas em frente a Catedral

 

Ferrara está na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade.

Só este já seria motivo suficiente para visita-la, já que vivo perseguindo os lugares carimbados pela Unesco na Itália. Mas, ao chegar a Ferrara descobri muito mais do que esperava. Uma cidadezinha elegante e nobre, que mantém intacto seu passado glorioso.

A cidade foi fundada no século VI como porto fluvial e foi um importante centro comercial da Idade Média.

Entretanto, foi com a regência da família Este que a cidade atingiu seu ápice e se transformou na corte mais fascinante e espalhafatosa de toda a Europa. A família Este construiu castelos, chamados de Delizie Estense, em todo o Delta do Po’, que inclusive, também estão na lista da Unesco…

Como chegar

Ferrara localiza-se no norte da Itália, na região de Emilia-Romagna e está há apenas meia hora de Bolonha.

Se você seguiu meu conselho (clique aqui) e está em Bolonha, pode fazer um bate e volta pegando um trem Frecciargento ou Frecciabianca, cujo percurso dura 20 minutos (o bilhete custa 11,50 Euros). Da estação, caminhe por 20 minutos até o centro histórico ou pegue uma das linhas de ônibus (1, 2, 3C, 4C, 9 ou 21).

Se estiver de carro, venha pela A13 (Bologna-Padova), pegue a saída Ferrara sud ou Ferrara Nord  e estacione em um dos estacionamentos da cidade (o Parcheggio Ex-Mof é gratuito).

O centro histórico é rodeado por 9 quilômetros de muros praticamente intactos e entre os mais famosos da Europa, que podem ser percorridos a pé ou de bicicleta. Aliás, bicicleta é o transporte favorito dos ferrareses.

Chegando no centro histórico, esqueça as horas e tente se perder pelas ruelas tranquilas e silenciosas, capazes de transportar nossa imaginação para um passado distante.

O que ver


As atrações imperdíveis da cidade são:

1) Castello Estense

Foi construído em 1385 para proteger Nicolò II d’Este e sua família da população revoltada com sua administração. O castelo é uma verdadeira fortaleza, com pontes levadiças, torres e fossos. Com o passar dos séculos, cessado o perigo, o castelo se transformou na residência da corte, com balcões de mármore, afrescos e apartamentos luxuosos.

2)  Catedral

Construída a partir do século XII, mostra os sinais de todas as épocas da história de Ferrara. Fique atento, pois a igreja fecha das 12:00 h às 16:00h.

3) Piazza Trento e Triste

Antigamente chamada de Piazza delle Erbe, pois era o principal mercado da cidade.

4) Via delle Volte

Uma rua longa e estreita, símbolo de Ferrara, onde havia uma grande concentração de atividades comerciais durante a Idade Média.
As “voltas”são passagens elevadas que uniam a casa dos comerciantes às suas lojas. Segundo uma outra teoria, elas serviam para recuperar espaços habitáveis em uma zona de altíssima concentração de pessoas.

Via delle Volte

 

5) Palazzo Municipale

Construído a partir de 1243. Foi sede da residência da família Estense até o século XVI, quando a corte se transferiu para o Castello.

6) Palazzo Diamante

Assim chamado devido aos mais de 8.500 blocos de mármore que compõem a sua fachada. Um dos palácios do Renascimento mais famosos do mundo, projetado por Biagio Rossetti, começou a ser construído em 1493. Em 1832, o Palazzo foi comprado pela prefeitura e hoje abriga a Pinacoteca Nazionale di Ferrara, sede de importantes mostras e exposições.

Onde comer

Quando a fome bater, procure uma das muitas tratorias do centro histórico. Eu gosto muito da Trattoria La Romantica, na via Ripagrande, 36. Experimente “tortelloni alla zucca“, que são capeletis grandes recheados de abóbora, um prato muito típico da cidade.

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Review Hotel I Portici – Bolonha

O Hotel I Portici, em Bologna, é uma ótima opção para se hospedar na cidade, confira abaixo!

Da Estação Central de Bolonha até a praça principal da cidade (Piazza Maggiore) são 20 minutos a pé, ou 1,4 Km pela Via dell’Indipendenza, a principal rua de comércio da cidade, cheia de lojas, pasticcerie e bons restaurantes. Ótima para bater perna.

Um dos meus hotéis preferidos é um 4 estrelas de luxo, o HOTEL I PORTICI BOLOGNA.

Ele situa-se na Via dell’Indipendenza, 69, bem perto da estação central. Se chegar à cidade de trem, nem precisa pegar táxi, vá arrastando a mala até lá. Se estiver de carro, o hotel tem um estacionamento privativo.

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O hotel ocupa cinco andares do antigo Palazzo Macaferri, um edifício de 1800 que foi completamente restaurado. São 89 quartos, um diferente do outro. Alguns com decoração minimalista, outros em estilo liberty e outros com maravilhosos afrescos descobertos durante a restauração do prédio.

I portici

Me hospedei em um quarto single, com cama de solteiro, TV, escrivaninha, frigobar, um pequeno armário, ar condicionado e um banheiro muito limpo e confortável. O hotel oferece roupão, pantufas e amenities. O uso da internet wi-fi está incluída no preço, assim como o café da manhã.

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Por falar nisso, o café da manhã é bem farto com produtos de altíssima qualidade e é servido num ambiente que já foi um teatr. O restaurante, comandado pelo chef Agostino Iacobucci, possui uma estrela Michelin e cozinha mediterrânea.

Além deste restaurante, o hotel possui um lounge bar e um bistrot, o La Terrazza, que dá para um parque, o Parco del Pincio, onde os bolonheses praticam jogging pela manhã.

As diárias dependem muito do quarto e do período de hospedagem. Eu paguei 110 Euros em junho, ou seja, alta temporada. Na baixa temporada as diárias começam em 80 Euros.

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magic_teatro eden 2 I Portici Hotel BolognaLeia também aqui no blog:
Onde comer em Bolonha: aqui e aqui.
Mercado de Bolonha.
7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa.
Bate e volta a partir de Bolonha: aqui e aqui.



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7 motivos para colocar Bolonha no seu mapa

Você vai para a Itália e está pensando em não visitar Bolonha?

Não tome nenhuma decisão antes de terminar de ler este post! As chances de você incluir Bolonha no seu roteiro são grandes!

Por que visitar Bolonha?

Bolonha é um mix perfeito dos melhores clichês italianos: gastronomia, história, arte e estilo de vida.

Situa-se aos pés do Apenino Tosco-Emiliano, uma cadeia de montanhas que separa as regiões da Toscana e da Emilia-Romagna, região que Bolonha é a capital.

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Três bate e voltas perfeitos a partir de Bolonha

Um passeio pelos mercados de Bolonha

Fundada pelos etruscos, atingiu seu maior desenvolvimento comercial em épocas romanas. Na Idade Média, foi um centro cultural de grande relevância, tanto que foi apelidada de “la dotta” (a doutora), pois foi sede da primeira universidade da Europa.

Também chamada de “la turrita” (a cheia de torres), pois houve um dia que 200 torres existiam ali. Hoje, restam poucas, e as mais famosas são a Garisenda e Asinelli, localizadas bem no centro histórico.

Visitar Bolonha
A Torre mais alta está aberta à visitação para aqueles que tem folego e disposição para encarar 600 degraus! Garanto que vale a pena…

Outro apelido de Bolonha é “la grassa“, ou “a gorda”. Já sabe por que? Ah! este é um dos bons motivos pelo qual você deve alfinetar Bolonha no seu mapa. Confira:

Visitar Bolonha
Vista do alto da Torre degli Asinelli, a 100 metros do chão.

1 – Localização estratégica

Se você já foi de carro de Venezia para Firenze, com certeza passou por Bolonha, pois a cidade é o maior ponto de intersecção de autoestradas da Itália.
As estradas que ligam o norte da Europa ao sul do país, passam por aqui: A1 ou Autostrada del sole (Milano-Napoli), A13 (Ferrara, Padova, Venezia) e Trieste, A14 (Rimini, Ravenna, Ancona e Bari).
Também é o principal ponto de intersecção ferroviária, com trens de alta velocidade capazes de te levar para Firenze em 37 minutos, para Milão em 65 minutos e para Roma em 2 hora e 22 minutos.
Há 15 minutos de ônibus do centro histórico da cidade, o Aeroporto Internacional Guglielmo Marconi, um dos maiores da Itália, liga a cidade aos principais aeroportos italianos e europeus.

Visitar Bolonha
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As ruazinhas do tradicionalíssimo Mercato di Mezzo, uma explosão de cores e aromas!

2 – Tem o tamanho perfeito!

O centro histórico de Bolonha tem todas as vantagens que uma cidade grande tem e nenhum defeito.
Quer fazer compras? Aqui tem todas as lojas das melhores grifes italianas.
Quer museus e obras de arte? Aqui tem.
Procura bons restaurantes e bons hotéis? Tem também.
Trânsito? Poluição? Não, nada disso.
Podemos facilmente andar por todo o centro histórico e visitar as principais atrações a pé. O centro fica fechado para carros aos finais de semana e algumas ruas são zonas de tráfego limitado mesmo durante a semana. É uma cidade sob medida para os turistas!

Visitar Bolonha
Os pórticos que levam ao Santuário della Madonna di San Luca: 4 km de subida!

3 – Os pórticos

Se pudéssemos alinhar os pórticos bolonheses eles cobririam uma distância de 40 quilômetros!
Os pórticos guiam os visitante pelo centro histórico, pelo seus monumentos, lojas, restaurantes e museus. Isso significa que seu passeio estará garantido e será agradável mesmo em dias chuvosos ou muito quentes.

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Piazza di Sato Stefano

4 – Arte, história e cultura 

3.700 anos de história. Visitar Bolonha significa encontrar traços das civilizações que já passaram por aqui, como os etruscos e os romanos.
Palácios barrocos, renascimentais e medievais encontram-se lado a lado, numa mistura de estilos impressionate.
Não deixe de visitar a Fontana del Nettuno, a Torre degli Asinelli e a Torre Garisenda, o Santuario della Madonna di San Luca, a Basilica di Santo Stefano e a Basilica di San Petronio. Além do teatro anatomico do Archiginnasio, que foi sede da antiga universidade da cidade.

Visitar Bolonha
Uma das vitrines dos famosos empórios gastronômicos da cidade.

5 – Gastromia

Bolonha é a cidade gastronômica por excelência, reconhecida como tal em todo o mundo. Portanto, uma visita aos mercados da cidade é completamente imprescindível para você entender a cultura local.

Comer bem em Bolonha é fácil, inspire-se nos posts gourmets do blog ITALIAna.

Os pratos mais tradicionais e que merecem ser experimentados são: tortellini, lasagne verdi, tagliatelle e cotoletta alla bolognese.

E, não se esqueça que esta também é a região da mortadela, do molho ragù, do parmiggiano-reggiano, do aceto balsamico e dos vinhos Sangiovese, Lambrusco e Trebbiano.

Padova é um bate e volta perfeito a partir de Bolonha. Na foto, um dos canais que cortam a cidade.

6 – Bate e volta

É a cidade ideal para um bate e volta às principais cidades no norte da Itália por dois motivos: os hotéis costumam ser mais baratos do que nas outras cidades do norte e a locomoção de trem ou de carro é prática e fácil.

Portanto, monte sua base por aqui – preferivelmente num hotel perto da estação central – e aventure-se por cidades próximas como Milão, Verona, Ferrara, Padova e até Florença!

Visitar Bolonha
Uma delícia levantar cedo e ver a cidade acordando…

7 – Pessoas

Os bolonheses são gentilíssimos. Muito educados e prestativos. Quando visitar Bolonha, você pode conseguir a receita do seu prato preferido com a dona do restaurante ou ter uma aula de história com o senhor sentado na praça. Basta falar italiano! Ou ser bom de mímica…

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Vinícola no Chianti – Cantina Antinori

Minha paixão pela Famiglia Antinori começou na prateleira de uma livraria, com o livro “O Perfume do Chianti“, que conta sobre a vida do atual patriarca da companhia Piero Antinori, chefe da famigerada Cantina Antinori!
A história começa há mais de seiscentos anos, ou 26 gerações, os marqueses Antinori se ocupam da elaboração de vinhos.

Piero está no comando da empresa familiar desde 1966 quando decidiu que elaboraria o Chianti Classico mais elegante de toda a história vinícola.

Conseguiu! O Tignanello, o Solaia e o Cervaro della Sala são alguns dos vinhos mais premiados do Chianti (lê-se Kianti).

Com suas três filhas: Albiera, Allegra e Alessia construíram uma adega-templo no coração das colinas do Chianti, que promete mudar a concepção sobre a arte vinícola.

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Fui visita-la logo depois de sua inauguração, que aconteceu em outubro de 2012. E conto tudo aqui para vocês.

A vinícola Antinori, fica em San Casciano in Val di Pesa, a apenas 30 minutos de Firenze.

Demorou sete anos para ser construída e é uma construção moderna, com baixo impacto ambiental e que utiliza materiais locais e naturais como madeira, ferro e vidro.

A construção é monumental, mas fica milagrosamente invisível entre as plantações de uva que a circundam, como se fizesse parte da paisagem.

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A vinícola é aberta ao público e pode ser visitada. A visita com degustação de vinhos dura aproximadamente uma hora e pode ser feita com guia falando italiano ou inglês.

Começamos conhecendo os vinhedos. Ali são plantadas as uvas típicas para a elaboração do Chianti Classico: Sangiovese, Canaiolo, Ciliegiolo, Colorino, Malvasia Nera, Mammolo, além de uma pequena parte de Cabernet Sauvignon e Franc.

Logo em seguida, a guia nos adverte que estamos para entrar no Templo do Vinho. Entramos por um corredor escuro – na verdade um passarela elevada – que percorre diversos ambientes e de onde podemos ver todas as fases de elaboração do vinho.

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A guia nos explicou muito bem cada fase do processo e foi sempre muito solícita e gentil respondendo às milhares de perguntas que fizemos.

Terminada esta fase, passamos pelas salas de descanso do Vinsanto e do azeite e terminamos com a degustação dos vinhos produzidos na cantina:

Villa Antinori Chianti Classico

– Marchese Antinori Chianti Classico Riserva

– Pèppoli Chianti Classico

– Vinsanto del Chianti

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Após a degustação ficamos livres para passear por uma espécie de museu, que contém objetos importantes da família. Tudo, claro, sempre relacionado aos vinhos e aos vinhedos.

Também existe ali uma réplica de uma máquina inventada por Leonardo da Vinci para esmagar as uvas.

Uma loja vende os livros e os vinhos produzidos pela família a preços muito atraentes, mas infelizmente não enviam para o Brasil.

Comprei 12 garrafas e trouxe na mala que despachei; eles embrulham tudo muito bem em plástico bolha e caixas de papelão. Todas as garrafas chegaram inteiras!

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Na Prática

Cantina Antinori
Sitewww.antinorichianticlassico.it

– Para quem quiser almoçar na Cantina Antinori, o restaurante Rinuccio 1180 serve especialidades da culinária toscana. Como minha visita acabou às 11 horas e o restaurante estava fechado, não pude experimentar as delícias do menu.
– As visitas podem ser agendadas pelo site e custam 20 Euros em grupo com degustação.
– A cantina fecha às terças-feiras.
– Chega-se à cantina somente de carro.

Leia mais sobre vinícolas na Itália, clicando aqui

Roteiro de um dia por Veneza

 

É muito difícil conhecer todos estes encantos de Veneza em um dia só, mas se você tiver só um dia para visitar La Serenissima e optou por um bate e volta, eis o que deve ser feito.

Roteiro de um dia em Veneza

Primeiramente, esse roteiro se encaixa para quem vai visitar Veneza em um dia, no esquema bate e volta. Por isso, tente chegar em Veneza o mais cedo possível para conseguir visitar todas as atrações listadas abaixo.

Não se preocupe quando estiver completamente apaixonado pela cidade. De fato, é algo impossível de não acontecer. Lembre-se que Veneza sempre estará de braços abertos te esperando!

Manhã

Piazzale Roma/Stazione Ferroviaria Santa Lucia

Saindo da estação de trem, você vai ver os pontos do vaporetto. Pegue a linha 1 em direção à Piazza San Marco. O  vaporetto vai percorrer o Canal Grande. Assim, aproveite para admirar a sequência de prédios históricos e pitorescos à suas margens. Inclusive, muitos deles hoje são galerias de arte, museus e hotéis. O trajeto leva cerca de 40-45 minutos.

Piazza San Marco

Um dia apelidada de “a sala de estar do mundo”, a Piazza San Marco é uma praça em forma de trapézio circundada por magníficas obras arquitetônicas, cafés históricos e pela grandiosa Basilica di San Marco.

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Basílica de São Marcos

Fique na fila para entrar na Basilica di San Marco (o que pode levar hoooras dependendo da época do ano) ou reserve seu ingresso com hora marcada aqui e pule a fila!

 Palazzo Ducale

Se você reservou seu ingresso na Basílica, já estará livre para a próxima atração. Caso contrário, pule esta etapa! Aqui é importante lembrar que as filas costumam ser enormes!
O Palazzo Ducale é uma obra prima da arte gótica, aqui morava e trabalhava o duque, governador de Veneza.

Compre o ingresso com visita guiada para o Palazzo Ducale antecipadamente, clicando aqui.

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Almoço – Lanche

No final da manhã, se tudo tiver dado certo, você já terá visitado a Basílica e o Palazzo e estará morrendo de fome!
Saindo do Palazzo Ducale, pegue a Riva degli Schiavoni à esquerda e encontre o Harry´s Bar. Ali, peça o famoso Bellini, um refrescante drink a base de prosseco e pêssego, acompanhado do tira-gosto veneziano ou cicchetti, em dialeto.

Dica da Ana: Não há muito tempo para sentar-se em um restaurante e comer, se quiser continuar a visita à cidade. Assim, prefira um sanduíche, leve uma fruta e coma rapidinho.

Tarde

Riva degli Schiavoni

Andando para o lado oposto ao Harry’s Bar, ainda na Riva degli Schiavoni, você verá a Ponte dei Sospiri,

Ponte dos suspiros

Passeio de Gôndola

Se você disser que foi à Itália, sempre vão te perguntar: “Visitou Veneza?”

E daí, certamente irão te fazer outras duas perguntas: “A cidade está mesmo afundando?”  e  “Você passeou de gôndola?”.

Tomara que a resposta à segunda pergunta seja SIM, pois o passeio de gôndola é outra daquelas coisas que você precisa fazer pelo menos uma vez na vida (se bem que eu já fiz algumas e continuo sempre querendo mais, rsrsrs).

Na própria Riva degli Schiavoni pode-se comprar um passeio de gôndola de 30 minutos por 80 euros. Aliás, fuja do gondoleiro que quiser te cobrar mais.

Se quiser comprar o passeio de gôndola antecipadamente, clique aqui (atenção, neste caso a gôndola é compartilhada com outros turistas).

Santa Maria della Salute

Ponte Rialto

Se a disposição ainda for grande, vá a pé até a Ponte Rialto. É uma boa caminhada, mas a beleza do lugar irá te distrair e, quando menos esperar, você estará sobre a ponte mais antiga e famosa de Veneza.

Se não tver disposto a caminhar, pegue o vaporetto de volta para Santa Lucia e desça na estação Rialto, a mais famosa e antiga ponte que cruza o Canal Grande.

Dica da Ana: Se você gosta de mercados, visite primeiro a Ponte Rialto, onde acontece todos os dias pela manhã o mercado de peixe – e depois prossiga para a Piazza San Marco, de vaporetto mesmo ou à pé!

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Viram que esta ponte esta no logotipo do blog ItaliAna? É minha preferida em Veneza!

Depois de mais um aperitivo – que tal um spritz desta vez? – está na hora de ir embora.

Mas não fique triste, você poderá voltar. Veneza estará aqui te esperando, porque não, ela não está afundando!

Se quiser descobrir mais algumas das principais atrações da cidade, aproveite para ler esse post. Sem dúvida ele também vai te ajudar a montar o seu roteiro de um dia por Veneza.

Conheça o primeiro ebook da marca ITALIAna:

Roteiro de 2 dias em Veneza.

Ele é perfeito para quem vai para Veneza e quer conhecer as atrações principais da cidade e também as ilhas da laguna veneziana!

Clique aqui para conhece-lo!

Restaurante bom e barato em Bologna – Grotta Azzurra

Muita gente já me disse que foi pra tália e comeu mal. Pode até  ser difícil entender uma afirmação dessas, mas sei que mesmo no país mais gastronômico do mundo, isso pode acontecer.

 

Minha dica é a seguinte: fuja dos restaurantes muito próximos às atrações turísticas! E se possível, antes da viagem, pesquise sobre os bons restaurantes da cidade que você vai visitar!

Leia aqui como evitar armadilhas pra turistas!

Comer bem na Itália nem sempre é sinônimo de pagar caro. Para demonstrar isso apresento a vocês o Ristorante Grotta Azzura, em Bolonha, a cidade conhecida pelos bons e caros restaurantes.

Admito que não chegaria sozinha jamais neste restaurante, quem me levou lá foi minha “prima bolonhesa”, pois é um lugar muito frequentado pela minha família.

Não muito distante do centro, o restaurante fica num bairro outrora charmoso e que hoje abriga fábricas de roupas chinesas de baixa qualidade. A sensação que se tem é que a família que administra o Grotta Azzura é a única que ainda não cedeu seu espaço para os estrangeiros.

Não é um local acostumado a receber turistas, muito pelo contrário: lá só tem local! A decoração é antiga, mas acolhedora, os garçons são gentis e a comida demora um pouco a chegar porque – aposto! – é tudo feito na hora. Portanto, vá num dia que tenha tempo para sentar à mesa, relaxar e comer bem…muuuuito bem.

De antepasto escolhi um prato de Bresaola com rúcula e parmigiano, temperado com o verdadeiro balsâmico de Modena e limão siciliano. Tudo fresco e delicioso!

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Meu primeiro prato foi Tortellini di gorgonzola. Saborosos e levíssimos.

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E de secondo fui de Tagliata di carne con grana e glassa balsamica (não achei a foto). Sublime!!!!

Não aguentei a sobremesa, infelizmente, mas me ofereceram um licor caseiro de gianduia inesquecível! Minha prima pediu uma pizza e tomamos cerveja.

A conta ficou em inacreditáveis 47 Euros!!! Recomendo o restaurante pelos pratos maravilhosos e preço acessível.

Na prática

Ristorante Grotta Azzura
Via di Corticella, 125
tel 051 358181

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