Roteiros Personalizados
Início Site Página 6

Armani Silos – o museu fashion de Giorgio Armani, em Milão

Armani Silos

GIORGIO ARMANI, estilista, empreendedor, visionário, já foi o designer de moda independente mais bem conceituado do mundo.

Destacou-se por transformar peças de roupas masculinas em roupas femininas, inovando no corte, tecido e acabamentos.

Se você, como eu, é fã do trabalho de Armani…bom…esse “museu” deve estar no topo da sua lista quando for a Milão. Vamos visitar Armani Silos comigo?

Armani Silos

ARMANI SILOS nasceu para festejar os 40 anos de Giorgio Armani no mundo da moda. Para a sede de seu novo espaço expositivo, escolheu um ex-armazém de grãos da Nestlè (silos), construído nos anos 50. Não à toa. Giorgio criou um “link” entre os grãos outrora armazenados ali e a moda: ambos são necessários para a vida.

Mesmo se você estiver perdido na zona Tortona, onde Armani Silos está, tenho certeza que ao avistar o edifício você vai dar um grito: “só pode ser esse!”. Cinza, elegante, de linhas retas e uma imponente simplicidade. É a casa perfeita para os modelitos morarem.

Projetado por Tadao Ando (famoso arquiteto japonês autodidata), o museu é composto de 4 andares, num total de 4500 m².

Armani silosO percurso expositivo apresenta uma retrospectiva de quatro décadas do estilo Armani, através de 600 peças de roupa e 200 acessórios.

Armani Silos

Este percurso não segue uma ordem cronológica, mas conta a história e as inspirações do estilista subdivididos por temas: Stars e Daywear. Exotismo, Cromatismo, Luzes.

Conforme você vai subindo, a mostra só melhora! Mas daí você chega no terceiro andar e pah! quase cai rolando de costas de tanta beleza! Eu achei o 3º andar es-pe-ta-cu-lar! Fiquei ali babando um bom tempo…

Térreo: Stars e Daywear

Equilíbrio, discrição, cores neutras e tecidos masculinos trabalhados para que tenham caimento perfeito nas peças femininas.

Primeiro andar: Exotismo

Tecidos fluidos com estampas floreais e inspiração oriental fazem parte desta área de peças super femininas.

Segundo andar: Cromatismo

Desenhos geométricos em preto e branco.

Terceiro andar: Luzes

Sobreposição de tecidos transparentes, como organza e chiffon dão um ar de leveza, mistério e elegância aos vestidos expostos nesse andar.

Armani SilosArmani Silos

Armani Silos

No terceiro andar mesmo, você encontra um arquivo digital com os croquis de alguns vestidos, fotos de desfiles e de campanhas publicitárias. Ótimo para quem quer se aprofundar no mundo Armani.

O espaço também serve para mostrar temporárias de arte e fotografia. Tem também um café bem charmoso no térreo.

Na prática

Valor dos ingressos

O ingresso custa 12 Euros sem áudio-guia e 15 Euros com áudio-guia.

Visitas guiadas

As visitas guiadas particulares (inclusive em português) custam a partir de 130 Euros e duram uma hora e meia aproximadamente.

As visitas guiadas em grupo podem ser feitas em inglês (às 17 horas) ou italiano (às 15 horas) e custam 7 Euros + ingresso.

Para as visitas guiadas, é aconselhável fazer a reserva pelo site: guidedtours@armanisilos.com

Endereço: Via Bergognone, 40

Como chegar: com o tram (bonde) 14 até Piazza del Rosario ou de metrô até a estação Porta Genova e depois à pé.

Val d’Orcia – um passeios pela “Toscana de cartão postal”

Você pode ir para a Toscana e voltar desapontado por não tem encontrado aquela “Toscana de cartão postal” no seu itinerário.

Mas eu posso te garantir que essa Toscana não é só real em fotos e telas de cinema: ela realmente existe! E fica no Val d’Orcia.

Neste post vou mostrar para vocês onde encontra-la e como explora-la.

Val d’Orcia

Val d’Orcia é aquele lugar que vai fazer você se sentir na Toscana dos seus sonhos! Um vale com as colinas mas altas de toda a região, capaz de tirar seu fôlego diante de tanta beleza.

As principais cidades do Val d’Orcia são: Montalcino, Pienza, Castiglione d’Orcia, Radicofani e San Quirico d’ Orcia.

Dica da Ana: A região do Val d’Orcia  não foi feita para se passar correndo, pois é uma viagem de apreciação, perfeita para quem quer uma viagem lenta, ao estilo do slow travel.

As estradinhas que serpenteiam colina acima e abaixo parece que foram construídas de propósito para que o visitante passe por lá devagar, suspirando em cada curva e se surpreendendo com a natureza exuberante e farta, com as vilas e os burgos isolados no meio de vastos campos ou no alto das colinas. Isso sem falar dos girassóis, dos bosques de oliveiras, dos parreirais, dos ciprestes…

O Val d’Orcia pode ser explorado à pé, de carro, de bicicleta e até a cavalo.

São vários itinerários que podem ser percorridos. Para quem gosta de vinho, sugiro que faça o itinerário nos arredores de Montalcino, para quem quer fazer altas fotos, o itinerário certo é o que está entre Radicofani e Contignano, bem em frente ao Monte Amiata (o vulcão inativo mais alto da Itália).

Abaixo, indico os passeios imperdíveis para quem quer visitar essa região, separados por temas:

1 – Termas

Bagno Vignoni (San Qurico d’Orcia)

Uma área termal utilizada desde os tempos romanos. A água salgada que sobe de uma profundidade de 1000 metros a 52 graus bem no centro do burgo. É a famosa e única Piazza d’Acqua (praça de água).

A água tem propriedades curativas, devido à alta concentração de sulfato de magnésio e sulfato de cálcio, e é conhecida por tratas as doenças dos ossos e da pele.

Bagni San Filippo (Castiglione d’Orcia)

Tal centro termal é conhecido desde épocas antigas, dizem mesmo que a origem do centro termal é etrusca.

Cientistas comprovaram que a água desta terma cura doenças de pele, reumatismo, artrite e doenças respiratórias.

2 – Igrejas

Monastero Sant’Anna in Camprena

Este é o monastério onde foi filmado “O paciente inglês”. Hoje, no edifício do monastério funciona uma groturismo e é possível se hospedar lá.

A igreja dedicada a Sant’Anna (1517) ainda é consagrada e mantém suas características originais.

 Abadia de Sant’Antimo

É um monastério construído entre os séculos XI e XII em estilo românico toscano, no vale da torrente Starcia. Leia mais sobre esse lugar que é Patrimônio da UNESCO, clicando aqui.

3 – Produtos eno-gastronomicos típicos

Vinho

O vinho mais conhecido do Val d’Orcia é o Brunello di Montalcino, inventado por Ferrucccio Biondi Santi em 1888.

Mas, além do Brunello, existem outros bons vinhos na região, como o Rosso di Montalcino e o Orcia DOC.

Visite uma das inúmeras vinícolas que elaboram o Brunello. Minhas sugestões (clique no nome da vinícola para ler mais):

  • Castello Banfi: visitas guiadas à vinícola, degustação e almoço
  • Vinícola Máté: degustação de vinhos

Mais produtos tradicionais da Toscana

  • azeite de oliva DOP Terre di Siena, com um gosto amargo e picante
  • mel de castanha, de girassol e de mil flores
  •  salames e queijo pecorino (um queijo de leite de ovelha produzido desde a pré-história, segundo os arqueólogos)
  • açafrão

Na prática

A melhor forma de explorar a região é de carro.

Fiz um mapa para você se perder pelas estradas do Val d’Orcia…afinal, esse é o objetivo, certo? Confira!

Leia mais

Post Índice – Toscana

Castello Sforzesco – arte, história e cultura no centro de Milão

Um castelo em evolução… é assim que eu definiria o Castello Sforzesco. Originariamente construído para ser uma fortaleza, foi reformada para ser a corte dos senhores de Milão e hoje é um lugar onde quem reina é a cultura. São vários museus que podem ser visitados com um único ingresso. Uma verdadeira imersão na história e na cultura.

 

Além do Duomo, o Castello Sforzesco é um outro lugar que não consigo “deixar pra lá” quando visito Milão. Virou uma das minhas paradas obrigatórias e, a cada visita, descubro algo novo e interessante lá dentro.

Completamente reformado para a Expo 2015, ele está na sua melhor forma, mesmo com quase 700 anos de idade! Vale a pena coloca-lo no roteiro!

História do Castello Sforzesco (bem resumida, genteeeee…)

Os Visconti

Galeazzo II Visconti, senhor da zona ocidental de Milão, decide construir uma fortaleza  entre os anos de 1360 e 1370, para se defender de ataques inimigos. Seus sucessores continuam o trabalho iniciado e constroem um castelo (Castelo Visconteo) e um parque.

Quando o último dos Visconti morre sem deixar herdeiros, Bianca Maria, filha ilegítima de Fillipo Maria é declarada sua sucessora. Ela se casa com Francesco Sforza (daí o nome do castelo), um poderoso general do exército e se tornam senhores de Milão.

Os Sforza

Francesco Sforza reconstrói a fortaleza dos Visconti, decora e amplia o castelo e encomenda a famosa torre projetada por Filarete – aquela gigante que vimos logo na entrada do castelo e que se tornou um dos símbolos da cidade de Milão.

Quando o primogênito de Francesco, Galeazzo Maria se casa com Bona di Savoia, transferem  a corte para o castelo, que ganha um aspecto nobre. Após a norte de Galeazzo, Bona se torna regente, mas logo o poder é usurpado de suas mãos por seu cunhado: Ludovico Maria, mais conhecido como Ludovico, Il Moro.

Ludovico (casado com Beatrice d’Este) é um amante das artes e chama ao castelo ninguém menos que Bramante e Leonardo da Vinci para embeleza-lo (já percebeu que obras do gênio te esperam por lá, né?). Nessa época que Leonardo afrescou a famosa e imperdível Sala delle Asse.

Depois disso, Beatrice morre de parto, o exército francês ataca Milão e depois de muitas batalhas, Ludovico morre prisioneiro na França em 1503.

Castelo nas mãos dos estrangeiros

Então, o castelo passa pelas mão de franceses, germanos, austríacos, volta para os Sforza, vai de novo para os austríacos até que chegaaaaaa…. tcharã… Napoleão Bonaparte!

Nesse período houve uma sucessão de destruição e reconstrução do castelo e aquela famooosa torre de Filarete serviu até para guardar munição francesa. E foi assim que boa parte dela foi destruída por uma explosão, causada por um raio.

Quando o castelo volta para os austríacos, é transformado em prisão para os milaneses prisioneiros de guerra. Imagina a raiva que o povo milanês pegou deste castelo?!?

A raiva foi tanta que, com o fim da dominação austríaca, os milaneses depredaram o castelo (gente!!! tem obra do Leonardo aí!!!!).

O Castelo dos milaneses

Foi só depois da Unificação da Itália que o castelo foi sendo restaurado e reconstruído e se tornou um centro de arte, história e cultura.

Bom…depois desta história toda, acho até que a visita ao castelo vai ficar mais interessante né?

Dica da Ana: caminhe calmamente pelos pátios e jardins, admire a fonte da entrada, as torres e aproveite para dar uma volta no Parco Sempione,que fica bem atrás do castelo.

Os Museus do Castelo Sforzesco

Estão alocadas nas dependências do castelo 18 instituições entre museus, coleções, arquivos e bibliotecas. Apesar de muito importantes e interessantes, nem todas, claro, são de interesse do turista que geralmente tem somente algumas poucas horas para visitar o castelo.

Para te ajudar com a visita, fiz um top 5. São 5 atrações imperdíveis do castelo e que absolutamente não podem ficar de fora do seu roteiro.

O que você não pode deixar de ver!

1 – La Pietà Rondanini, de Michelangelo

Na minha opinião, a Pietà mais linda que Michelangelo esculpiu. Toda vez que paro em frente a ela, um choque percorre meu corpo, tamanha é a carga emocional que se desprende daquela pedra.

Diferente de suas obras que retratam o corpo humano em sua anatomia perfeita, nesta obra Michelangelo deu menos importância à perfeição do corpo e esculpiu sentimentos e emoções. E, acredite, ele é capaz disso…

castelo sforzesco 

Maria e Jesus são retratados com seus corpos entrelaçados, logo após a retirada de Cristo da cruz. o  sofrimento de Maria é tanto, que a impressão que temos ao “sentir” a obra é que seu abraço tem o objetivo de devolver o filho querido ao seu ventre…e não à terra.

A obra está incompleta, o que na minha opinião a deixa ainda mais sentimental e misteriosa.

Onde: no antigo Ospedale Spagnolo, no Cortile delle Armi do Castello Sforzesco.

2 – La Madonna in Gloria (Andrea Mantegna)

Uma das mais famosas obras de Andrea Mantegna, artista padovano de época renascentista. Retrara Nossa Senhora ao centro, rodeado por querunbins 4 4 santos (San João Batista, São Gregorio Magno, San Benedetto e San Gerolamo).

Onde: La Madonna in gloria e santi Giovanni Battista, Gregorio Magno, Benedetto e Gerolamo está na sala XXIII della Pinacoteca.

3 – Sala delle Asse

Uma das importantes obras que atestam a presença de Leonardo da Vincia na corte dos Sforza. A Salla delle Asse é o ambiente mais lindo de todo o castelo!

4 – Museu Arqueológico – seção egípcia

Uma coleção de objetos egípcios! Cada múmia de arrepiar os cabelos! Imperdível para quem gosta dos mistérios egípcios.

5 – Museu de Arte Antiga

A coleção considerada a mais importante da região da Lombardia, possui quase dois mil itens da Idade Antiga, Idade Média e do Renascimento.

Na prática

Castello – aberto de segunda a domingo das 7 às 18 horas

Museus – abertos de terça a domingo as 9 às 17h30. Fecha dia 25/12, 01/01. O ingresso custa 5 Euros e dá direito a visitar todos os museus do castelo.

Entrada gratuita: todas as terças-feiras a partir das 14h00, de quarta a domingo a partir das 16h30, todos os primeiros domingos do mês (até 03/12/2017).

Leia também

Como se vestir na neve – dicas práticas e rápidas para ficar quentinho

Como se vestir na neve

Pra quem mora no Brasil, se vestir para neve, não é algo que a gente faça de olhos fechados. Com as dicas abaixo, vamos te ajudar, literalmente, a não entrar em uma fria!

Quanto se trata de uma condição climática tão específica, o objetivo principal da roupa é o conforto térmico e não somente a beleza do look. E, está tudo bem, já que você vai encontrar outras pessoas na mesma situação que você. Com essa prioridade em mente, vamos entender então como se preparar para se vestir na neve.

Quando o roteiro incluir a aventura de esquiar, será necessário certo planejamento pra tudo dar certo no esporte. E mesmo para quem não for praticar o esporte, uma vez nas montanhas, a roupa de esqui acabará sendo muito útil. Existem outras atividades além do esqui, como a caminhada na neve (snowshoeing) ou mesmo a visita às paisagens exuberantes das montanhas.

Vista-se em camadas!

O velho e amigo efeito cebola, neste caso, roupas em camadas garante o conforto térmico, e assim, você não passa frio nos ambientes externos e nem calor nos internos.

As roupas precisam permitir que você se movimente e devem possibilitar a respiração do corpo, uma vez que seu roteiro pode incluir a prática de atividade física.

Outra dica importante, é que o calor é perdido pelas extremidades do corpo, por isso é fundamental que elas estejam protegidas.

1ª camada

A primeira camada é composta por uma roupa térmica e um par de meias para aquecer e segurar o calor do corpo. Essa é a mesma roupa que você usará nos demais dias do roteiro da viagem, porque ela funciona muito bem por baixo das demais roupas de inverno.

Por estar em contato direto com o corpo, essa roupa precisa precisa permitir a transpiração. Antes mesmo de adquiri-la, é possível checar o índice de respirabilidade das peças.

2ª camada

A segunda camada é composta por peças quentinhas e têm exatamente a função de aquecer. Quanto menos volume melhor, já que se trata de uma camada intermediária.

Aqui vai uma dica: use uma luva touch com essa camada, ela possibilita continuar usando os tablets e smartphones e manter as mãos protegidas.

3ª camada

E por último, a terceira camada, que precisa ser impermeável para que você não se molhe quando a neve entrar em contato com você.

As calças geralmente têm elástico, o que acaba facilitando aa sobreposição de peças. Os casacos possuem a indicação de qual é a temperatura suportada por eles. A maioria dos casacos são “recheados” com pluma de ganso para garantir maior proteção contra o frio.

Como esta é uma categoria de roupas em constante desenvolvimento, já existem jaquetas que possuem zíper na axila para possibilitar a saída da transpiração e manter o conforto térmico.

Nesta última camada estão contemplados o gorro de lã ou pele e as luvas mais grossas para proteger do vento.

Calçados

O calçado também precisa ser impermeável e forrado com pele, para proteger da água e do frio. E para sua segurança, é muito importante que seja antiderrapante.

O look completo!

Onde encontrar

Estas roupas específicas de neve podem ser compradas nos ski resorts, grandes lojas de departamento ou alugadas na Itália.

Atualmente, já existe no Brasil o serviço de aluguel desse tipo de roupa (www.roupadeneve.com.br). É sempre válido o exercício de comparar preços e avaliar o seu roteiro para encontrar o melhor custo benefício para o seu caso.

Pode ser que, levando essa roupa daqui, você economize tempo durante a viagem e poderá investi-lo para adquirir outro tipo de roupa, aquela que você vai usar aqui na volta durante o ano inteiro.

Anna Bini Cooking Inn – aula de culinária em Florença

Força. Alegria. Determinação. Autenticidade. Beleza. Simplicidade. Competência. Dedicação…

Os adjetivos para descrever Anna Bini são infinitos, como infinita é sua vitalidade na cozinha. Quando encontrei com Anna pela primeira vez, meu queixo caiu…quase uma semana depois, na nossa despedida, meu queixo ainda estava caído…

Decidi que ela seria uma das minhas musas inspiradoras; sua história de vida cativa, emociona e fortalece todo mundo…principalmente uma mulher, casada e mãe de 4 filhos, como eu!

Porque para Anna não há limites… não há desculpas e os obstáculos? Ah! estão ali para deixar tudo mais divertido…só isso!

Anna Bini

Há mais de 40 anos, Anna Bini foi a primeira mulher a abrir um restaurante italiano em Paris, tudo porque seu filho queria estudar lá e ela precisava de um jeito de mantê-lo no país (e ficar de olho nele, claro, como uma boa mamma italiana).

O momento mais esperado de nossa convivência, era quando nos sentávamos à noite no sofá de sua casa e – com o volume da TV altíssimo – ela começava a me contar suas histórias… Um poço profundo de riqueza, risada e amor. As peripécias de Anna para fazer chegar ao restaurante parisiense as iguarias italianas são de rolar no chão de tanto rir!

Anna já deixou os 80 anos pra trás há algum tempo, mas sua alma empreendedora ainda grita e pede passagem…e foi por isso que ela decidiu abrir a escola de cozinha ANNA BINI COOKING IN, no centro de Florença, para ensinar a tradicional culinária toscana para pessoas como eu, como você.

Culinária em Florença – ANNA BINI Cooking In

A escola Anna Bini fica bem perto do centro de Florença, colado com os Jardins mais lindos da cidade: Giardini dei Boboli. Resolvi levar algumas leitoras que viajaram comigo em outubro para um dia decurso de culinária toscana na escola de Anna.

Filó, Cyntia e Paula, algumas leitoras que participaram da viagem 2017 – Culinária na Toscana

Quando chegamos, ela está na porta (vestida de cashemere rosa), de braços abertos para nos receber. Recebemos nosso avental e nosso chapéu de chef e nos preparamos para aprender a fazer massa.

Que alegria!!! Culinária em Florença

Todos os utensílios de culinária que utilizamos são rosa! Os objetos de decoração também! Tudo organizado harmoniosamente, com a típica elegância toscana.

Aprendemos a fazer massa fresca e depois moldamos ravioli recheados de ricota e espinafre. Com o restante da massa, fizemos tagliatelle e deixamos secar.

Nossa obra prima – ravioli recheado de ricota! Culinária em Florença

Depois, fizemos um molho de tomate básico e Anna nos ensinou mais 5 variações que podemos fazer com ele.

Todo mundo experimentando o molho da Anna – Culinária em Florença
Ouviria as histórias dela todos os dia da minha vida… – Inspiradora! Culinária em Florença

Logo ante do almoço, enchemos nossas taças de prosecco e fomos ouvir as famosas histórias da vida da Anna…ela nos divertiu até que Lorenzo, seu filho e excelente cozinheiro também, viesse nos chamar para a mesa.

O almoço estava perfeito! Além da nossa obra-prima culinária, Anna preparou um segundo prato de carne delicioso, com acompanhamento de couve-flor e, para finalizar, tiramisù!

Na práticaCulinária em Florença

Como participar de um curso com a Anna

Você pode entrar em contato direto com a escola, ou pode mandar email para atelie@anagrassi.com.br e nós faremos a inscrição para você!

O curso, com o almoço incluído, dura uma manhã ou uma tarde inteira e custa a partir de 95 Euros por pessoa.

Endereço: Via del Ronco, 12 – interno 9 – Florença, Toscana

Site: http://www.annabinicookingin.com/

Leia também

Aula de culinária na Toscana, com receita bônus!

Gostou deste pin? Salve ele no seu Pinterest!

Museus FERRARI, conheça a história do carro mais desejado do mundo!

Museus Ferrari

Gostando ou não de carros, é impossível ficar indiferente ao fascínio das obras de arte vermelhas da Ferrari. A marca mais famosa do mundo atrai uma legião de fãs e seguidores em todo o globo, e foi construída com anos de paixão, dedicação e muitos sonhos.

As sedes dos Museus Ferrai ficam em Maranello – Modena e é um destino imperdível para os apaixonados pela marca e pelo mundo da Fórmula 1.

A região tem muita coisa para oferecer, além de uma cozinha especialmente saborosa. Mas se seu objetivo for apenas ver a FERRARI, um dia é mais que suficiente.

Então, vem comigo conhecer um pouquinho dos museus Ferrari exclusivos dedicados ao mito e sua história!

Museu Casa Enzo Ferrari

Sua primeira parada vai ser em Modena, no MUSEU – CASA ENZO FERRARI, ou simplesmente MEF, cujo foco é a história do criador do mito, o grande Enzo Ferrari.

Com uma estrutura moderna e sustentável, o museu nasce em torno daquela que foi a casa e oficina da família Ferrari, a qual anos mais tarde seria vendida por Enzo para a realização de seu sonho:  aquele de ter uma ESCUDERIA de Fórmula 1.

Ao entrar no pavilhão de 2500 m² somos envolvidos por uma atmosfera de música, vídeo, nostalgia e magia criada cuidadosamente para fazer com que os visitantes conheçam a história do grande Enzo, desde sua infância difícil, até se tornar piloto e depois criar sua própria escuderia de Fórmula 1.

Enzo Ferrari, o criador do mito

Vale lembrar que mesmo sendo um grande visionário, a vida não foi fácil para ele, que viveu duas guerras, perdeu pai e irmão em um único ano e ainda, teve dificuldades para conseguir emprego – aliás, a própria FIAT em Torino, rejeitou sua candidatura.

Mas nada disso foi suficiente para frear seus sonhos.

O pavilhão aberto é um desfile dos clássicos Ferrari que contam a evolução da marca em sintonia com a vida de seu criador até chegar na belíssima Ferrari Enzo.

Impossível não encher os olhos com as Ferraris em toda sua opulência, mas mais impossível ainda é não se emocionar com a história de Enzo contada ao som de “Vincerò”, na voz de PAVAROTTI, outro grande ícone da cidade de Modena.

Os motores

O passeio continua pela oficina da família Ferrari, hoje MUSEU DOS MOTORES FERRARI, onde encontramos os motores Ferrari de todos os tempos.

E nada mais justo que encontrarmos todos os mais famosos e preciosos motores Ferrari expostos dentro da oficina, ao alcance das mãos – mas sem tocar, por favor – em toda sua excelência. A visita termina na réplica do escritório de Enzo Ferrari, com ele ‘trabalhando’.

Um passeio para fazer com toda a família, seja pela beleza das Ferraris de todos os tempos –  reunidas em um único salão, em uma viagem entre o clássico e o moderno- seja para se deixar inspirar pela história e determinação do homem que deu origem à marca mais desejada no mundo.

Museu Ferrari

Ao terminar a emocionante viagem pela história de Enzo Ferrari, o próximo destino é o Museu Ferrari, antigamente chamado de Galeria Ferrari, que fica em Maranello, há 20 minutos de Modena e quase ao lado da fábrica Ferrari.

Ao chegar em Maranello, antes mesmo de ir para o Museu, não deixe de notar a rotatória do ‘cavalinho’ (Monumento al Cavallino Rampante) e à sua direita você verá uma enorme estrutura de alumínio em forma de tubo. Ali é uma das sedes da fábrica na cidade e esse pedaço específico se chama Tunel do Vento, onde é testada a aerodinâmica de todas as Ferraris.

Prepare os olhos e o coração para ver um desfile de Ferraris de vários modelos e cores, em uma sinfonia de motores e ‘cavalos’ potentes correndo livres pelas ruas de Maranello.

Chegando ao museu, aí sim você vai entrar no mundo Ferrari!

São dois andares: começando no térreo com carros de Fómula 1, que fizeram parte da Escuderia mais famosa do mundo, simuladores de corrida (que você pode usar) e uma mini Ferrari oficial store.

No andar de cima seus olhos serão deliciados com a beleza, sinuosidade e sensualidade dos carros mais lindos do mundo. Em uma exposição que vai desde os clássicos – como a Testarossa –  até o último modelo – a Ferrari 488 – e as únicas e especiais como La Ferrari, Ferrari Enzo e alguns protótipos.

Uma coisa bacana é que a maioria dos carros expostos não são de propriedade do museu, mas sim de colecionadores que cedem suas máquinas temporariamente. Por isso, ir ao museu várias vezes significa que você sempre verá coisas diferentes, pois, os carros são substituídos de tempos em tempos.

A Sala dos troféus

E quando você tiver certeza de que não existe nenhum carro mais lindo no mundo, e que foi o passeio mais emocionante da vida, nesse momento você vai chegar na mágica sala dos troféus (se você é apaixonado por Fórmula 1, se prepare para um ‘cisquinho’ cair em seus olhos).

Essa sala apresenta todas as Ferraris vencedoras de prêmios de fórmula 1 (algumas do Shumacher) em uma disposição cênica linda, acompanhada dos troféus e capacetes dos maiores pilotos da Escuderia de todos os tempos.

Na entrada da sala, existe uma cabine na qual você pode selecionar seu modelo de Ferrari preferido, apertar um botão e ouvir a música do seu motor. Ao fundo da sala, enormes telões nos deliciam com momentos únicos da Fórmula 1.

Ao sair do museu, você estará ainda mais encantado com o universo Ferrari e já vai querer começar a montar um cofrinho para comprar a sua própria. Mas, enquanto isso não acontece, que tal terminar o dia dirigindo uma Ferrari?

Sim! É possível dirigir uma Ferrari pelas ruas e colinas de Maranello e vai ser uma das experiências mais emocionantes que você já teve!!

Visita à fábrica Ferrari e Pista de Fiorano

Além de conhecer os museus, pilotar um simulador de Fórmula 1 e uma Ferrari de verdade, você ainda pode conhecer um pouco da fábrica e da pista de Fiorano.

A pista de Fiorano é a pista exclusiva para treinos dos pilotos da Ferrari. Uma de suas particularidades é que cada curva simula uma pista importante para os GPs do mundo. A pista também é cedida para os novos compradores de Ferrari 0km testarem seus ‘brinquedinhos de luxo’ antes da compra.

Esse passeio é realizado em um shuttle exclusivo da Ferrari, com uma guia oficial e o micro-ônibus vai passear em todo o traçado da pista.

Mas, atenção, em nenhum momento do passeio é permitido descer do ônibus ou fazer fotos. Você terá que ver com os olhos e guardar no coração.

Eu e minha Ferrari!

Na prática

QUANDO – Os museus funcionam todos os dias exceto natal e ano novo, das 9h30 as 18h00 (de abril a outubro até as 19h)

MUSEU – O ingresso para cada museu custa € 11,00 por pessoa ou  você pode adquirir o combo por € 22,00 e visitar aos dois museu. É possível comprar online pelo site http://museomaranello.ferrari.com/it/tariffe-e-biglietti/ ou, na entrada de qualquer um dos museus.

FABRICA – O ingresso por pessoa custa € 15,00. Compre pelo site: http://museomaranello.ferrari.com/it/tour-fabbrica-e-pista/

PILOTE UMA FERRARI – Você pode pilotar uma Ferrari em Maranello ou em Milão. Os preços variam de acordo com o percurso escolhido e começam a partir de € 59,00. Entre em contato através do email passeiosexclusivos@italiana.blog.br, para agendar seu passeio.

COMO CHEGAR

DE TREM – Pegue o trem FrecciaBianca Milano-Modena direto, na ‘Stazione Centrale’ (€27,50 por pessoa, classe econômica – somente ida). Chegando em Modena, pegue o shuttle Ferrari cujo ponto fica bem em frente à saída da estação e pode te levar aos dois museus e trazer novamente à estação (€12,00 por pessoa).

DE CARRO PARTICULAR – A partir de Milão apenas 1h30 de viagem, perfeito para um bate e volta. Você ainda pode contratar um transfer particular. Entre em contato através do email passeiosexclusivos@italiana.blog.br, para agendar seu passeio.

ITALIAna fez o test drive!!!

5 dicas essenciais para dirigir na neve com segurança

dirigir na neve

No ápice do inverno italiano, os destinos mais procurados são aqueles de neve: estações de esqui, resorts e lindas cidades montanhas da Itália, como Cortina d’Ampezzo, Piani di Bobbio, Ponte di Legno, entre outras que são invadidas por turistas em busca de um pouco de emoção e vistas de tirar o fôlego.

Mas, no período de inverno, alguns cuidados para dirigir na neve com segurança, especialmente pelas estradas estreitas, sinuosas são fundamentais.

dirigir-na-nevePor isso, entrevistei  Kleber Ricardo Moro, especialista em direção defensiva e coach de pilotagem de Ferrari, da Scuderia Moro Milano.

Com mais de 20 anos de experiência em pilotagem, e 11 anos de conhecimento específico das estradas italianas, por onde realizou vários percursos de moto e de Ferrari, Kleber enumerou 5 dicas importantes para você dirigir na neve sem medo e com a máxima segurança.

5 dicas para dirigir na neve com segurança

Alguém viu meu carro por aí? 5 Dicas para dirigir na neve

#1 Pneus de neve ou correntes

No período de 15 de novembro a 20 de abril, é obrigatório circular com veículos dotados de pneu invernal (gomma invernale) ou corrente para neve (catena di neve).

Kleber explicou que existe uma diferença nas condições para uso de um e de outro.

Basicamente, o pneu invernal garante uma maior aderência nos trechos cobertos por neve fresca. Já a corrente é mais indicada para percursos específicos onde a neve tenha congelado, se transformando em gelo e tornando a pista extremamente escorregadia e sem qualquer aderência.

Ocorre que o pneu de neve pode ser usado mesmo em uma estrada normal, já a corrente somente pode ser usada na neve ou no gelo, uma vez que em uma estrada normal ela vai tornar a direção pesada, lenta e em pouco tempo pode arrebentar.

Assim, o ideal é pedir que o carro seja equipado com as duas coisas para que, na eventualidade de encontrar um trecho de estrada ‘congelado’, seja possível instalar a corrente.

Mas, se tiver que optar por apenas uma delas, o coach recomenda que se opte pelo pneu invernal que pode ser utilizado 90% do tempo de sua viagem. Além disso, a instalação da corrente de neve, para quem não tem prática é bastante difícil.

Portanto, alugue um carro com ‘gomma invernale’!

#2 Controle de tração

Ainda no momento do aluguel do carro, dê preferência para veículos com controle de tração.

No inverno além da neve, você também vai encontrar estradas molhadas pela chuva ou pela elevada umidade, ou ainda trechos de neve congelada.

Esse opcional vai garantir que durante as acelerações normais de percurso, as rodas do veículo não girem com velocidades diferentes uma da outra, devido a pontos de diferente aderência no asfalto, e vai tornar a direção mais segura e estável.

Meu companheiro de aventura pelas montanhas nevadas! 5 Dicas para dirigir na neve

 

#3 Frenagem suave

Com as estradas molhadas, cobertas de neve ou congeladas, ainda que parcialmente, é fundamental frear de modo suave.

Mesmo com o controle de tração uma frenagem brusca, especialmente em curvas, pode fazer com que os pneus percam a aderência e o carro acabe deslizando e ‘girando’ na pista.  Portanto, evitar freadas bruscas é essencial, para que seu carro tenha maior estabilidade.

Trânsito na neve! Atenção redobrada – 5 dicas para dirigir na neve

 

#4 Velocidade

Em  qualquer situação é, importante dirigir com prudência e respeitando a velocidade imposta pela sinalização.

Na Itália a maioria das autoestradas têm velocidade limitada a 130Km/h, algumas delas possuem asfalto drenante e exigem a redução da velocidade máxima para 110Km/h em caso de asfalto molhado.

Todavia, em caso de estrada com neve, o coach da Scuderia Moro Milano aconselha velocidades não superiores a 60Km e, em trechos com muita neve pode ser necessário usar velocidades ainda mais baixas 30Km, 20Km e até 10Km em percursos de montanha fechada, com movimento de carros.

Isso é importante porque com a aderência reduzida dos pneus, em razão da neve, o tempo de frenagem acaba sendo maior e fica mais difícil controlar o veículo. Portanto, uma velocidade mais baixa é a garantia de sua viagem será tranquila e segura.

#5 Distância

Depois de um tempo dirigindo na Itália, você vai reparar que a regra da distância de segurança é bem pouco observada pelos italianos. Na verdade eles têm o péssimo hábito de dirigir colados uns aos outros.

Esse costume é um perigo já em uma condição normal de trânsito, mas em uma estrada com neve, água ou gelo é fundamental manter uma boa distância de segurança entre seu carro e o carro da frente.

O especialista Kleber aconselha uma distância de, no mínimo dois carros, entre você e o carro da frente, para ter um maior tempo de reação ou frenagem caso surja uma situação de emergência.

Adepto da direção defensiva, além dessas 5 DICAS BÁSICAS, o coach da Scuderia Moro Milano ressalta que o mais importante é ser prudente e consciente enquanto estiver dirigindo.

 

Em uma condição extremamente adversa –  como é a de uma estrada com neve – devemos manter sempre um comportamento preventivo e pensar que o motorista da frente pode cometer um erro a qualquer momento. (Kleber Moro)

Portanto, você deve estar extremamente atento a todos os acontecimentos ao redor do carro,  com uma boa distância e uma velocidade moderada para ter tempo de reagir em segurança sem causar um dano maior e claro, nada de usar telefone, responder mensagens ou usar qualquer outro equipamento que possa diminuir sua atenção no trânsito!

A Ana já realizou um coaching de direção de Ferrari e de direção defensiva na neve com o especialista Kleber Ricardo Moro e viajou tranquila pelas estradas de Cortina d”Ampezzo no último inverno, então, siga essas dicas e ‘se jogue’ na neve!

 

Kleber foi meu coach em duas ocasiões: antes do meu test drive de Ferrari (leia o post aqui e assista ao vídeo aqui) e antes que eu partisse para explorar os Alpes, em uma viagem de 1200 Km dirigindo sozinha em pleno inverno italiano!

Suas dicas foram preciosas e me ajudaram a dirigir com mais autoconfiança e consciência preventiva. (Ana Grassi)

 

Na prática

Coach Kleber Moro: info@driveferrari.it

Scuderia Moro Milão (test drive Ferrari): www.scuderiamoromilano.com

Gostou deste post? Salve ele no seu Pinterest!

4 atrações de Nápoles que não podem ficar fora do seu roteiro

4 Atrações imperdíveis em Nápoles

Começo esse post dizendo que é impossível e injusto escolher apenas 4 coisas para ver em Nápoles, porque é uma cidade de infinitas possibilidades.  Um concentrado de arte, sabores, experiências, contrastes e pessoas únicos que merece ser vivido sem pressa.

Mas se tiver mesmo que escolher algumas poucas coisas para fazer nesse cidade colorida e acolhedora, seguem as 4 atrações que mais me encantaram durante meus dois dias em Nápoles.

1. San Gregorio Armeno – A Rua dos Presépios Napolitanos

NápolesEntre tantas coisas pelas quais Nápoles é famosa, uma das mais marcantes e que mais se identifica com a personalidade dos napolitanos, são os presépios. E a via San Gregorio Armeno se transformou em um verdadeiro shopping a céu aberto com lojas de vários artesãos (as chamadas bottegas).

Cada pedaço dos presépios é realizado artesanalmente. A riqueza de detalhes e perfeição das personagens é absolutamente encantadora. Pode-se passar horas observando cada personagem, fonte, estrelas e anjos que retratam com delicadeza o cotidiano do povo napolitano.

Outra coisa interessante é que, muitas vezes os personagens têm seus rostos representados com o rosto de personalidades como o Papa, Maradona (sim, napolitanos veneram Maradona  – e não vou me estender nesse assunto) e outros artistas ou personalidades italianos e napolitanos famosos.

Caminhar por essa rua, que fica no centro histórico antigo de Nápoles – mesmo permeada de turistas – é uma verdadeira imersão no estilo de vida napolitano, . Ao longo do passeio é possível entrar nos jardins das casas dos artesãos, completamente decorados com presépios. O clima de Natal é sentido em todos os dias do ano.

Além dos presépios, os artesãos produzem muitos objetos ‘porta-fortuna‘ (que trazem sorte), como o corno (chifre), ferraduras e tantos outros elementos da cultura mística local. Cada um com um objetivo diferente e, o mais importante: você não pode comprar esses objetos para si; para surtir efeito, ele precisa ser recebido de presente.

Dois dias em NápolesTudo isso cria uma atmosfera mágica que faz da via San Gregorio Armeno um ponto de parada obrigatório para quem visita Nápoles.

Na prática

As lojinhas funcionam durante todo o ano e abrem, normalmente, das 9h30 as 19h00.

2. Capella di San Severo e o Cristo Velado

Capella di San Severo, localizada no centro antigo de Nápoles é uma capela cercada de mistérios. Ela foi construída para servir de templo para a maçonaria. Em seu subterrâneo abriga o que foi um dia o laboratório de Raimondo de Sangro, o Príncipe de San Severo,  o primeiro Grão Mestre maçom de Nápoles.

De Sangro foi um excêntrico nobre apaixonado pela alquimia. Suas experiências científicas macabras lhe renderam a fama de ‘Príncipe Maldito’, e deram origem à muitas lendas.

San Severo é repleta de afrescos e decorada com 18 estátuas espetaculares em mármore que, em sua maioria, representam parentes próximos do príncipe. Um lugar absolutamente intrigante e cuja beleza enche os olhos e merece ser vista em sua visita a Nápoles.

Segundo a crença da população local, o Príncipe utilizava os corpos de pessoas pobres e escravos para realizar seus experimentos mais estranhos. Diz-se, por exemplo, que ele matou sete cardeais para fazer cadeiras com seus ossos.

Há quem diga que, a fim de obter estátuas perfeitas para sua Capela, injetava produtos químicos nas veias de pessoas para que se transformassem em pedra.

De fato, no subterrâneo da capela de San Severo, encontramos os esqueletos de um homem e de uma mulher grávida, cujas veias, artérias e alguns órgãos como coração e olhos encontram-se perfeitamente preservados, Tais esqueletos foram chamados pelo príncipe de ‘máquinas anatômicas’.

De acordo com a lenda, o Príncipe, com a assistência do médico Giuseppe Salerno, teria injetado uma substância misteriosa nos corpos, ainda vivos, desses dois elementos, a qual entrando em suas correntes sanguíneas os teria levado à uma morte e metalizado e preservado suas veias e artérias, após a morte.

Ao longo dos anos muitas hipóteses foram levantadas, entre elas a de que os esqueletos haviam sido cobertos por uma rede falsa de artérias e veias. Todavia, nos anos 50, exames realizados afirmaram que o sistema sanguíneo dos esqueletos era real e, de fato, haviam sido metalizados e conservados através de substâncias químicas.

Porém lenda mais célebre é a que gira em torno do Cristo Velado. A escultura realizada pelo artista napolitano Giuseppe Sanmartino em 1753 representa, magnificamente, Cristo deposto da cruz, deitado sobre uma espécie de colchão e coberto por um véu transparente, através do qual se observa nitidamente os olhos, a boca, o nariz e cada detalhe do corpo, músculos e chagas de Cristo.

Diz a lenda que depois de pronta, a estátua foi envolta em um véu verdadeiro e banhada em uma substância química que fez com que se transformasse em mármore e se unisse perfeitamente à escultura.

Realmente, olhando de perto é tão perfeito, tão delicado e leve que parece ser um véu de tule caído sobre o corpo sem vida de Cristo. Porém, trata-se de pura maestria do artista que, a partir de um único bloco de mármore extraiu tanta força e delicadeza da imagem dramática do Cristo deposto.

Na prática

Horário: Aberta todos os dias, EXCETO 3ª Feira, das 9h30 as 18h30 – última entrada as 18h00 (aconselho conferir os valores e os horários de fechamento excepcional em função de feriados no site oficial http://www.museosansevero.it/it/informazioni/orari-e-tariffe)

Valor por pessoa: €7,00

Como chegar: A partir da estação central de Napoli, pegue a linha 1 do Metrô e desça na parada PIAZZA DANTE. A partir dessa parada, caminhe em direção a Port’Alba e através da rua dos Tribunais.

3. A Pizza Napolitana

Como boa brasileira, a primeira vez que provei uma pizza italiana, estranhei bastante. Achei que a massa era muito baixa, o recheio era muito pouco e com pouca variedade (não pense em encontrar uma ‘pizza portuguesa com presunto, ovo, cebola, queijo etc).

Com o tempo me acostumei e encontrei duas ou três pizzarias que me agradavam em Milão e Modena. Porém, sempre me disseram que pizza boa mesmo, se comia em Nápoles.

De fato, Nápoles é mundialmente famosa por ter a melhor pizza do mundo. Há muito tempo eu queria experimentar para saber se era lenda ou se era verdade e essa foi a ocasião ideal. Durante o passeio em Via San Gregorio Armeno uma das artesãs locais indicou uma pizzaria chamada ‘La Figlia del Presidente’.

Lá fomos eu e minhas amigas. Chegando ao local, a primeira impressão foi um pouco desanimadora. Não era exatamente a imagem do lugar que esperávamos. Parecia um bar, onde se via o pizzaiolo trabalhando e pessoas que pegavam pizza para levar para casa através de um balcão.

Mesmo assim o local estava lotado a ponto de precisar aguardar em uma lista de chamada por quase 15 minutos. E, mais uma vez, Nápoles me surpreendeu. Depois de descer uma escada, um grande salão subterrâneo com várias salas se abriu à minha frente.

Ao entrar descobri que o nome da pizzaria se deve ao mestre pizzaiolo Ernesto Cacialli, que em 1994 recebeu a visita de Bill Clinton em sua pizzaria quando este visitava a cidade por força do G7.

Naquela ocasião Ernesto Cacialli ficou conhecido como o pizzaiolo do presidente. Alguns anos depois, sua filha, Maria Cacialli, em homenagem ao pai abriu a sua pizzaria, seguindo rigorosamente a tradição, usando ingredientes locais e de alta qualidade.

Optei pela clássica pizza napolitana com molho de tomates San Marzano, mozzarella di buffala campana e basilico (manjericão) e, de novo, me apaixonei pela cozinha napolitana. Eu tenho uma opinião de que, o que faz boa uma pizza italiana é o molho. Bem, a pizza da ‘Figlia del Presidente’ era perfeita por inteiro: massa, queijo, molho.

Além do sabor delicioso, o preço é muito acessível. Dá quase vergonha de pagar tão pouco por uma pizza tão boa (os valores do menu variam de €3,50 a €7,00).

Definitivamente a pizza napolitana é a melhor pizza que existe!

Na prática

Se você vai provar a pizza napolitana pela primeira vez, peça a Margherita ou a Buffalina, clássicas e perfeitas. Além disso, como o lugar está sempre lotado, uma boa ideia é reservar antes para não ter que esperar horas na fila.

Horário: De 3ª a Sábado das 12h00 às 16h00 e das 19h00 as 24h00 – 2ª e Domingo, somente das 12h00 às 16h00

Endereço: Via Grande Archivio, 23/24 – 80138 – Napoli (Italia)

4. Catacumbas de San Gennaro (São Januário)

São Januário (San Gennaro para os napolitanos) é o Santo Padroeiro da cidade. Segundo a crença popular o então Bispo de Benevento, na tentativa de proteger os cristãos, foi condenado à morte e jogado em uma jaula de leões.

Porem, após uma benção do santo os leões se ajoelharam diante dele, que saiu ileso da jaula. Furioso, o governador da Campânia ordenou sua decapitação de Gennaro em 305 d.C. 

São muitos os milagres atribuídos ao Santo, mas o mais notório é a liquefação de seu sangue que ocorre anualmente. E, sempre de acordo com as crenças locais, quando ela não ocorre nas datas previstas é um sinal de mal augúrio.

De acordo com a guia do passeio, no século V d.C o Duque de Nápoles, Giovanni I, ordenou que os restos mortais de San Gennaro fossem transferidas para as hoje conhecidas como Catacumbas de San Gennaro. Segundo ela, o povo napolitano precisava de um mártir para intensificar a fé na igreja católica e com esse ato, o Duque conseguiu aumentar a fé popular.

As catacumbas de San Gennaro, estão situadas no Bairro Sanità dentro do complexo arqueológico de sepulturas chamado Catacumbas de Nápoles, cuja construção teve início no século II d.C.  Nos últimos anos, uma associação independente reiniciou as pesquisas arqueológicas e a manutenção no local, com a instalação de luzes estrategicamente colocadas de modo a proporcionar uma visita intensa.

Quando as catacumbas começaram a ser construídas o conceito de sepultamento era diferente daquele que conhecemos hoje, Naquela época, os ‘cemitérios’ eram subterrâneos .E assim, as catacumbas se desenvolvem em vários andares subterrâneos em uma sucessão de salas amplas e altas com várias espécies de gavetas onde eram depostos os corpos.

Mas não se trata de um simples cemitério. Além de séculos de história e arte, as catacumbas contam a história de um povo e abrigam suas tradições e crenças religiosas. Em um complexo estranhamente lindo, misterioso e lúgubre.

Dentro das catacumbas, escavada nas pedras existe uma pequena capela consagrada, onde até hoje são celebradas missas em datas especiais.

A associação Sanità oferece ainda o percurso ‘Catacumbas de San Gaudioso’ e ‘Nápoles Sacra’ ambos fazendo parte do mesmo complexo arqueológico.

Uma experiência que nos faz pensar na vida, na evolução e no valor das coisas.

Na prática

Horário de abertura: Todos os dias das 10h00 as 17h00 (aconselho conferir os valores e horários de fechamento excepcional em função de feriados no site oficial: http://www.catacombedinapoli.it/it/pianifica-visita-guidata-napoli)

Visitas guiadas em inglês e italiano de hora em hora

Valor por pessoa: €8,00 Catacumbas de San Gennaro ou Catacumbas de San Gaudioso e €15,00 Nápoles Sacra

Endereço: Via Capodimonte, 13, 80136 Napoli

 

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Ponte di Legno – charme e aventura nos Alpes Italianos

Ponte di Legno

Ponte di Legno

Ponte di Legno é a principal base dos amantes de esporte de inverno que todo ano visitam Adamello Ski, o maior complexo de pistas de esqui do norte da Itália.

É uma das principais metas dos turistas em busca de neve. E olha, se é paisagem branquinha que você quer, garanto que lá você vai encontrar!

A nevasca da chegada. Alguém viu a rua por aí? – Ponte di Legno

Conforme fui me aproximando da cidade, os flocos de neve foram aumentando em tamanho e quantidade. Durante 5 dias nevou sem parar!!!

Meu objetivo ali era esquiar. Ou tentar, pelo menos…

A história do esqui eu conto depois tá? Rsrsrs… – Ponte di Legno

Onde dormir – o hotel La Tana dell’Orso

Cheguei no La Tana dell’Orso debaixo de uma nevasca ma-ra-vi-lho-sa e já dei de cara com o único defeito que encontrei no hotel: o estacionamento era ao ar livre! Mas isto não é nem de longe um problema para os alpinos, que acham a cobertura até desnecessária. Pra que, né? O que tem de mais uma nevinha em cima do carro de manhã?

Para chegar à recepção tive que encarar “montanhas” de neve – Ponte di Legno

Meu carrinho duas horas após te-lo estacionado – Ponte di Legno

O hotel e o restaurante ficam em prédios separados – Ponte di Legno

A pista de esqui passa no quintal do hotel. Se o objetivo for esquiar, basta sair com os esquis nos pés e aproveitar! Ponte di Legno

O quarto

Uma vez dentro do meu quarto forrado de madeira, aconchegante e quentinho foi difícil criar coragem de sair. La Tana dell’Orso significa ” A toca de urso” e a vontade que dá é de hibernar mesmo.

Dá só uma olhada:

Quartinho aconchegante… Ponte di Legno

O quarto não é grande, mas é muito acolhedor e, além do armário e da escrivaninha tem um cantinho com bule e chás para você se esquentar quando chegar congelada da rua.

A vista do quarto era a mais linda de todas:

Todo o hotel segue a decoração alpina, com as paredes forradas de madeira, poltronas aconchegantes e cantinhos que convidam ao repouso.

O SPA

Depois que eu torci os dois joelhos esquiando (para de rir!) decidi passar um dia inteirinho no SPA do hotel e não me arrependi.

Tem tudo o que você precisa para relaxar: sauna, piscina aquecida, massagens e salas de cromoterapia.

Porém, para ver o que tem de mais interessante no SPA você vai precisar de um roupão e muita coragem. Abra a porta e saia correndo no frio congelante de -10º C até a hot tub quentinha que está ali te esperando. Você pode também querer dar uma passadinha na sauna seca, que fica numa chalé de madeira perto da banheira. Eu passei algumas horas nesse vai e vem…

A pista de esqui passa ao fundo – Ponte di Legno

O café da manhã e o restaurante

O café da manhã do hotel é muito bom, com doces e geléias caseiras, típicas do local.

No dia que cheguei decidi jantar no hotel e comi muuuuito bem. Minha única dica é: não peça muita coisa! Eu pedi o antepasto e o primeiro prato e quase não consegui terminar (e olha que vocês já estão cansados de saber o quão comilona eu sou!), já que a comida da montanha é mais pesada e os pratos mais fartos.

O que fazer

O centrinho de Ponte di Legno é um charme só e o comércio tem de tudo. Imagina que foi a última cidade que me hospedei antes de voltar ao Brasil e foi lá que fiz compra para toda a família; encontrei perfumes, livros, brinquedos e muitos produtos da gastronomia local a preços justos.

Tenha o cuidado de não visitar o centro logo após o almoço ou de segunda-feira, quando o comércio está fechado.

Produtos típicos locais

Eu fui abduzida por uma tradicional loja de produtos típicos locais, a Salumeria Buccella. Os donos (pai e filha) me mostraram as deliciosas guloseimas fabricadas naquela região. Mas o que me chamou a atenção mesmo não foram os saborosos embutidos e as deliciosas geleias, mas sim um licor amarelo feito de ovo chamado BOMBARDINO BOOM e que, segundo os locais, cura de gripe a cólicas, de vermes a ressaca. Um verdadeiro milagre alquímico que eu não pude de deixar de trazer para casa (e nunca beber).

Naquela manhã, o movimento na loja era grande e eu resolvi ajuda-los no atendimento aos clientes. Subi em escadas para alcançar as prateleiras mais altas, fiz pacotes e até traduzi para o Signor Buccella o que os clientes ingleses queriam comprar. Uma experiência inesquecível!

Fábrica de queijo

Uma outra experiência inesquecível foi a que me proporcionou a visita à fábrica de queijos de Andrea Bezzi.

Andrea é produtor do queijo Silter, o mais famoso da região do Val Camonica. O amigo que nos apresentou me disse para chegar bem cedo na fábrica. Obedeci.

Às 8 em ponto estava congelando do lado de fora da porta fechada da fábrica.Logo vi a Ape de Andrea se aproximando carregada de leiteiras que, apesar do frio, mantinham-se morninhas ao toque. Era o leite recém obtido da ordenha matutina.

A Ape ainda carregada – Ponte di Legno

Ajudei a descarregar a Ape (trabalhei nessa viagem, viu?) e colocar o leite nos recipientes adequados e, então, Andrea começou a me contar da sua paixão: suas vacas.

As vacas que mandam nele. Se elas precisam ir para as montanhas altas pastar, ele pega a família e passa 3 meses lá. Se elas precisam voltar, a família volta com elas. Simples assim.

Ele me explica sobre a delicada fabricação do queijo Silter e começa a me oferecer os produtos fresquinhos que já estão prontos: primeiro uma coalhada, depois o iogurte e depois a panna (o creme do leite) com um cafézinho. Tudo delicioso.

Então vamos para a sua loja e o seu depósito secreto, onde esconde seu tesouro: peças enormes de queijo que estão ali curando há anos!!

Onde comer

Além do restaurante do hotel La Tana dell’Orso, recomendo outros 3 lugares onde comi muito bem por um preço muito justo.

Ristorante San Marco

Marco é um chef apaixonado pelo seu trabalho e pelos produtos da região. Você pode ler o review do restaurante clicando aqui.

Refugio Valbione

Para chegar até lá é preciso pegar o teleférico Valbione, que te leva praticamente até a porta do restaurante . Boa comida de montanha com uma vista impressionante.

Refugio Passo Paradiso

Se quiser ir ainda mais alto, almoce no restaurante mais alto existente por ali, que fica ao lado da maior geleira dos alpes italianos (ghiacciaio Presena). Para chegar lá, pegue a cabinovia Tonale-Vigili-Pontedilegno e vá até o final.

Aqui a comida é self service e o preço muito bom.

Na prática

Localização: Ponte di Legno é facilmente alcançada a partir de Milão (170 Km) ou Brescia (140Km).

Quanto tempo ficar: Recomendo que fique pelo menos 3 dias para aproveitar a cidade, além de praticar esportes de inverno. Leia aqui sobre Adamello Ski

Onde dormir: Hotel La Tana dell’Orso – Via Case Sparese, Località Val Sozzine

Onde comer: Ristorante San Marco – Piazzale Europa, 18 – Ponte di Legno. Leia aqui sobre o Ristorante San Marco

Loja de produtos típicos gastronômicos: Salumeria Buccella, Corso Trieste, 2, Ponte di Legno

Andrea Bezzi, queijos Silter: Vicolo Plaz dell’Orto,15

Endereço dos teleféricos: Seggiovia Valbione e Cabinovia Pontedilegno-Vigili-Tonale: Via Nazionale (com estacionamento no local)

Informações turísticas: Ponte di Legno Corso Milano 37 – Ponte di Legno

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Dois dias em Nápoles: perigoso? Não! Muito divertido!!!!

Dois dias em Nápoles

Dois dias em Nápoles

Depois de passar quinze dias incríveis e intensos entre Roma e Toscana, precisaria ir até um vilarejo próximo a Nápoles para buscar um documento para um cliente que queria fazer sua cidadania italiana.

A princípio não fiquei muito entusiasmada, pois minhas referências sobre Nápoles não eram das melhores. Alguns amigos que já haviam estado lá, disseram que a cidade servia apenas de passagem para chegar em Positano, e que se um dia eu fosse até lá, deveria tomar muito cuidado, porque era perigosa, suja, feia e eu pensei: MEU DEUS, Vou ter que ir sozinha até esse lugar!

Por sorte, minhas amigas Ana Grassi e Cyntia Braga, sugeriram que fôssemos juntas e ficássemos não um, mas dois dias em Nápoles. Me investi de coragem, compramos as passagens de trem e embarcamos para mais essa aventura. Chegamos em pouco mais de uma hora.

A doce chegada a Nápoles

Apesar de a primeira impressão logo na chegada à estação central ter sido de um lugar com muita confusão, meu espírito aventureiro me fez deixar de lado todo o medo decorrente dos relatos de amigos,  e me entreguei à cidade. E foi a melhor coisa que eu poderia ter feito!

Antes mesmo de chegar ao hotel me deparei com uma confeitaria especializada em ‘sfogliatelle‘, um doce típico napolitano à base de massa folhada e recheado com ricota.

dois-dias-em-napoles-1
A sfogliatella na versão salgada – Dois dias em Nápoles

Eu já havia experimentado algumas vezes em Milão, mas não tinha gostado muito. Todavia, como a confeitaria ‘Cuori di Sfogliatella‘ era famosa e a Ana garantiu que eram deliciosos (e, como sempre, ela tinha razão), parei para conferir. E esse foi o primeiro passo para o começo do meu amor por Nápoles!

Nesse momento, já sabia que minha ‘dieta’ napolitana seria à base desse doce.

Descobrindo Nápoles

Após um check in muito rápido no hotel Ibis Styles, eu e as meninas nos ‘jogamos’ pelas ruas de Nápoles.

Aliás o hotel foi outra grata surpresa da viagem, pois, além de uma localização ótima para locomoção (ao lado da Estação Central e da estação de metrô Garibaldi), oferece quartos e serviço muito bons para um hotel econômico.

dois-dias-em-napoles-17
IBIS Style – Dois dias em Nápoles

Começamos a caminhar, com destino à famosa via dos presépios napolitanos. Nossa vontade era a de explorar e viver a cidade de peito aberto, livre de roteiros ou preconceitos, com o único objetivo de aproveitar tudo o que Nápoles podia oferecer.

No meu coração, inicialmente, senti um pouco de medo que foi imediatamente superado pela curiosidade e pela magia da cidade e de seus habitantes.

Caminhando por suas ruas, logo entendi que a Itália que vemos nos filmes, aquela de italianos “tutti buona gente” fica nessas cidades do sul. E Nápoles, certamente, é um dos melhores exemplos.

dois-dias-em-napoles-10
Esse senhor era uma simpatia! Passa o dia conversando com os “fregueses” – Dois dias em Nápoles

Imagine uma cidade colorida, com pessoas simples, alegres e acolhedoras e de hábitos extravagantes. Essa é Nápoles, uma  cidade única e capaz de despertar reações extremas do tipo: ‘ame ou odeie’. Eu, me alinho àqueles que a amam.

Ao visitá-la pela primeira vez, é impossível não notar um grande contraste entre construções suntuosas e decadentes. As cores das banquinhas de frutas e verduras que alegram a cidade e misturam-se com aquelas das roupas penduradas em quase todas as janelas e com o cinza de prédios, aparentemente abandonados.

dois-dias-em-napoles-2Caminhar por suas ruas é uma experiência quase surreal. É preciso estar atento aos motorinos, que circulam por todos os lugares. E quando digo todos significa calçadas, estacionamentos e até pelas ruas, rigorosamente, sem capacete.

As casas ao nível da rua tem suas janelas e portas espalancadas, quase como um convite para entrarmos na vida privada de seus moradores. Durante o passeio pelas ruas e vielas vamos tendo contato com o cotidiano desse povo tão peculiar. A imagem clássica da senhora italiana apoiada na janela ou na varanda, observando quem passa é completamente napolitana.

dois-dias-em-napoles-3Ao longo das ruas o perfume de comida, doces, pães é inebriante e se mistura ao perfume do mar. E o mar, bem, esse se embala entre castelos, vilas e até um vulcão adormecido.

Repentinamente sinto um cheiro forte de pimentão assado, paro e vejo uma senhora que prepara a comida para o dia seguinte com as portas abertas, praticamente no meio da rua, e me acolheu com um sorriso aberto. E aqui, eu já estava rendida: Nápoles em apenas 1h havia roubado meu coração!

dois-dias-em-napoles-4

Ao caminhar pelas ruas estreitas, as pessoas passam por você sempre com um grande sorriso, cumprimentam, oferecem um café, convidam para entrar em suas casas. A sensação é de estar em uma cidade do interior com poucas famílias, mas estamos em uma grande cidade italiana de fato, a terceira cidade mais povoada da Itália.

A receptividade dos napolitanos é algo sem precedentes, especialmente para alguém como eu que mora em Milão e está acostumada com a cerimônia dos milaneses até para tomar uma café. Fiquei encantada!

Observada pelos olhos de uma Curitibana, erradicada em Milão, Nápoles realmente pode parecer um ‘pouquinho’ bagunçada, especialmente no trânsito. A sensação é de que não existem regras que não possam ser quebradas. Eu não ouso me imaginar dirigindo por lá.

Boa parte do tempo que estive na cidade, andei de metrô, – cujas estações são absolutamente incríveis, modernas e lindas e acentuam o contraste napolitano de ruas estreitas e prédios antigos -, mas em algumas ocasiões tive que andar de táxi e isso se revelou uma divertida aventura.

A rua dos presépios – Via San Gregorio Armeno

Chegando na Via San Gregorio Armeno, me senti como uma criança visitando a Vila do Papai Noel. Não conseguia escolher um lugar para olhar.

dois-dias-em-napoles-8
Via San Gregorio Armeno – Dois dias em Nápoles

A rua, estreita e em subida, culminando com o lindo campanário de San Gregorio Armeno, é tomada em todos os lados por artesãos, seus presépios e elementos da superstição napolitana, todos feitos à mão, onde as cores vivas e a mistura de sacro e profano, embalada pelo dialeto napolitano, é a representação mais perfeita da alegria desse povo. Ali é Natal e festa o ano inteiro!

dois-dias-em-napoles-9
Os presépios artesanais – Dois dias em Nápoles

Foi impossível sair de San Gregorio Armeno, sem antes comprar um ‘corno’ ou ‘chifre’ que para os locais, simboliza o desejo de sorte, proteção contra maus agouros e perigos, assim como a figa para nós brasileiros.

E como nos explicaram o ‘corno’ tem que ser um presente para que faça seu efeito. Por isso, esse foi um dos momentos mais marcantes da viagem, pois, eu e as meninas trocamos esse presente e com ele, os desejos de uma amizade duradoura e de muita sorte e felicidade recíproca, em um daqueles raros instantes em que você sente na sua alma a intenção verdadeira de alguém. Independente de crenças, nosso ‘cornos’ servem para lembrar que  ‘Sempre teremos Nápoles’ para coroar nossa amizade.

dois-dias-em-napoles-6
Este chifre é um objeto típico napolitano para afastar o negativo e atrair a sorte – Dois dias em Nápoles

A verdadeira pizza napolitana

Depois de algumas horas passeando pela cidade chegou o momento de almoçar. E eu e as meninas, antes mesmo de sair de Roma, tínhamos como objetivo experimentar a verdadeira pizza napolitana.

Foi assim que com a indicação de uma das vendedoras da rua dos presépios chegamos à pizzaria La Figlia del Presidente, e ali pude comprovar o que sempre me disseram: sim, a pizza napolitana com sua massa de borda alta, molho de tomate san marzano e a ‘tal’ mozzarella di bufala campana, é a melhor do mundo!

dois-dias-em-napoles-16
Ai essa pizzaaaaaaa – Dois dias em Nápoles

Nápoles subterrânea

Depois de provar a verdadeira pizza napolitana, o próximo destino foi uma viagem no tempo para conhecer, literalmente, à fundo, a história de Nápoles. Desde a fundação de Partenopea pelos Gregos no século VII a.C, passando pelos Etruscos e Romanos até chegar nos dias atuais.

O passeio, guiado por uma simpática napolitana, começou pelos pátios da Igreja e do Claustro de San Lorenzo Maggiore, e continuou descendo por aproximadamente 10 metros de profundidade onde foi possível ver de perto como viviam os antigos gregos e romanos que fizeram dessa terra sua casa.

É impossível estar ali embaixo e não se imaginar como um grego ou romano, caminhando pelas ruas de pedras enormes, ainda originais datadas do século V a.C, e vivendo os antigos mercados de peixe, lavanderias, restaurantes e tavernas. Uma inteira cidade 10 metros abaixo da terra.

E eu, sigo me apaixonando por Nápoles, nesse caso ‘Neapolis’.

O Cristo Velado

Desde o dia em que soube da existência da escultura do Cristo Velado de Giuseppe Sanmartino (1753), sabia que eu precisaria ir ver esta obra de perto.

Ao entrar na pequena e misteriosa Capella di San Severo meus olhos escorreram rapidamente todas as 18 espetaculares estátuas que a decoram, juntamente com diversos afrescos, em busca dele, o Cristo Velado e logo o encontrei, ali no meio deposto como um anjo em seu repouso eterno.

cristo_velato
Cristo Velato na Capela de San Severo – Dois dias em Nápoles

Embora esculpido em mármore, a perfeição de seus traços e o realismo e movimento do véu caído sobre seu corpo não deixam espaço a qualquer sensação de ‘frieza’, ao contrário é real, é forte, é intenso. Por alguns instantes, esqueci que estava acompanhada e me ‘debulhei’ em lágrimas, contemplando cada pedacinho dessa obra-prima.

Apenas outras duas obras me deram essa emoção: A Pietà do mestre Michelangelo e a linda Primavera de Botticelli, verdadeiras poesias em forma de arte.

E somente por isso, já valeria a pena ter estado em Nápoles.

Castel dell’Ovo

Mas, como dizem os milaneses, Nápoles ‘é tanta roba’, essa expressão significa que é ‘muita coisa’, que é especial, que tem muito para oferecer, que não acaba nunca.

E por isso, o dia terminou com um passeio na beira-mar aos pés do Castel dell’Ovo. Além da  beleza do castelo que fica em uma pequena ilha, e do mar, a região é repleta de restaurantes e bares. O que tornou a experiência ainda mais interessante, pois, observar os napolitanos e sua alegria e modos exuberantes em uma noite de sábado era tudo o que faltava para tornar Nápoles um daqueles lugares para os quais, com certeza, quero voltar.

dois-dias-em-napoles-18
A noite em Nápoles – Dois dias em Nápoles

Catacumbas de San Gennaro

O segundo dia em Nápoles foi um pouco mais ‘desacelerado’, estava chovendo, a Cyntia deveria partir logo após o almoço e estávamos as três bem cansadas.

Então, a melhor opção foi um passeio panorâmico com o ‘ônibus vermelho’. Sim, nos rendemos à linha de turismo. Mas foi bem bacana, pois, pudemos ver um pouco da cidade inteira, apesar da chuva.

dois-dias-em-napoles-13Depois de constatar que a cidade é mesmo linda por inteiro, com a vista do mar salpicada pelas cúpulas que renderam a Nápoles o apelido de ‘Cidade das 500 Cúpulas’, a parada escolhida foi para visitar as Catacumbas de San Gennaro. Uma visita guiada realmente intrigante entre as tumbas do século II d.C. e que abrigam a sepultura de San Gennaro, padroeiro da cidade (não é à toa que Gennaro é um nome napolitano por excelência).

dois-dias-em-napoles-15 dois-dias-em-napoles-14Os subterrâneos cheios de história e superstição, contam a evolução de um povo e acolhe também a pequena Basílica de San Agrippino, onde até hoje são celebradas missas.

Chiaia – O bairro mais elegante de Nápoles

Depois que nos despedimos de Cyntia, eu e Ana resolvemos fazer um programinha mais ‘light’ e procuramos um cinema.

Então, descobrimos o Cinema Metropolitan, no ‘quartiere’ Chiaia, centro histórico ‘novo’ e considerado o bairro mais elegante da cidade, onde encontramos as grandes marcas de alta moda e restaurantes famosos.

Fomos de metrô o que foi perfeito, e nos permitiu passear, novamente pelas ruas da cidade, agora, em um lado muito mais glamouroso. E claro Nápoles impressiona novamente, já na saída da estação de metrô chamada Municipio, me deparei com a Piazza Município e a belíssima fonte de Netuno. Do outro lado, o grandioso Castel Nuovo e ao fundo o mar, o lindo mar.

dois-dias-em-napoles-11O caminho, de aproximadamente 15 minutos de caminhada entre vias estreitas e o vai e vem napolitano, permitiu observar a majestosa Galeria Umberto I, a via Chiaia, cheia de lojas e restaurantes e bares elegantes e suas encantadoras ruazinhas laterais, como o ‘vico Belledonne’ e a Piazza dei Martiri, considerada uma das mais belas de Nápoles.

O bairro é lindo, muito organizado, e com uma vida noturna bastante ativa. Em pleno domingo à noite, não havia um único bar ou restaurante vazios, o cinema estava lotado e os calçadões para pedestres completamente ocupados de casais e famílias, inclusive com crianças.

E como falo de Nápoles, o quadro não estaria completo se não tivesse algo muito inesperado acontecendo, Afinal, em que outro lugar do mundo um burrinho (de verdade) estaria caminhando bem no meio da rua mais chic da cidade zurrando em meio às pessoas, sem causar estranheza aos passantes?

dois-dias-em-napoles-7Sim, Nápoles vai deixar saudades, foram dois dias de emoções intensas e inesquecíveis que mudaram para sempre minha concepção sobre a cidade e me fizeram colocar mais um pedacinho da Itália dentro do meu coração.

DICA: Quando for para Nápoles, se entregue para as experiências que a cidade pode oferecer, sem preconceito. Caminhe, converse com as pessoas, experimente os pratos aparentemente improponíveis e VIVA esse lugar lindo e único. E claro, reserve pelo menos 3 dias para tudo isso, pois, dois dias em Nápoles não são suficientes para essa cidade apaixonante.

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Ponte di Legno – Tonale: o maior e mais importante complexo de pistas de esqui dos Alpes italianos

Ponte di Legno-Tonale é um enorme e tecnológico complexo de esportes de inverno do Norte da Itália. Localiza-se entre as regiões da Lombardia e do Trentino Alto-Adige, dentro de parques nacionais selvagens e incontaminados. Um mundo de neve…

Ponte di Legno-Tonale

Ponte di Legno-Tonale é uma área gigantesca que compreende dois parques nacionais – Parque Nacional do Stelvio e Parque do Adamello – e cujo eixo turístico principal é Ponte di Legno-Passo Tonale. A natureza é exuberante e será fácil você encontrar pelo caminho cervos, cabras, antílopes e marmotas.

adamello-ski-12
Vista da janela do meu quarto – La Tana dell’Orso, Ponte di Legno

Ponte di Legno é a capital turística desse complexo e uma das cidadezinhas mais famosas dos Alpes.

Passo del Tonale era a divisa entre a Itália e o Império Austro Húngaro e a Guerra Branca aconteceu ali entre os anos de 1915 e 1918. É possível ver ainda restos de trincheiras, fortes e vilas militares durante os percursos de trekking ou itinerários de bicicleta.

Eu me hospedei em Ponte di Legno, no hotel La Tana dell’ Orso e, na minha opinião, ali é o melhor local para ficar. O hotel é bem localizado, o centrinho com bons restaurantes e lojas está a menos de 2 Km de distância  e a pista de esqui passa, literalmente, no quintal do hotel.

Adamello SkiO centro é bem pequeno e dá para fazer tudo a pé, mas também é muuuito charmoso, com vários cafés e lojas de produtos típicos das montanhas.

 adamello-ski-2adamello-ski-4

Esportes o ano inteiro

Ponte di Legno-Tonale é o lugar certo para os amantes de esportes, de aventura e para quem gosta de viver a natureza de uma maneira estimulante.

Nem só de esqui vive o complexo! Durante todo o ano são inúmeras as propostas de esporte ao ar livre: esqui, esqui alpino, snowshoeing, mountain bike, alpinismo, trilhas de downhill, caça, pesca, golfe, rafting… a emoção não para!

Para você ter uma ideia, ali passa a prova de ciclismo mais importante de toda a Itália: o Giro d’Italia; e é ali que estão as duas subidas mais temidas de todos os mortais: passo Gavio e passo Mortirolo. Longas e muito inclinadas.

Escola de esqui

Mas, como eu estava lá no inverno, claro que decidi praticar os esportes invernais! Me matriculei numa escola de esqui para minhas primeiras aulas. Olha, isso merece um post separado…mesmo sendo bailarina e tendo as pernas fortinhas, garanto que não foi nada fácil aprender a me equilibrar com os esquis nos pés.

Só pra resumir aqui: na pista de iniciantes mesmo, o instrutor tirou os bastões da minha mão e aí o negócio pegou. Desci a montanha desgovernada e acabei torcendo os dois joelhos…

Mas sobrevivi e amei a experiência. Está nos meus planos voltar para a escolinha…

adamello-ski-14

Para se matricular nos cursos da escola “Sci Ponte-Tonale”, clique aqui

As pistas

Ponte di Legno – Tonale possui 110 Km de pistas de esqui interligadas entre si. Isso quer dizer que você não precisa tirar os esquis dos pés para ir de uma pista a outra!

Para informação sobre as condições da pista em tempo real, clique aqui.

As pistas de Ponte di Legno são mais difíceis e aconselhadas para esquiadores que já tenham uma certa experiência, pois são desenhadas em meio aos bosques. Estas pistas são ligas às pistas de Temù, que são mais panorâmicas e largas, ideais para iniciantes.

adamello-ski-10O ponto mais alto (3016 metros) da cadeia de montanhas é Presena, a 11 Km de Ponte di Legno. Lá encontra-se a pista mais perigosa e longa do mundo: a pista Paradiso, uma pisa para quem sabe esquiar muuuuuuito!

adamello-ski-6Também é ali, que em dias claros você poderá avistar a mais extensa geleira dos alpes italianos. Infelizmente quando eu fui, o tempo estava muuuito nublado e nevava demais. Fiquei sem ver! Se você for e conseguir fotografar, me mande a foto, per favore!

O segundo ponto mais alto para a prática de esqui é Passo Tonale (2600 a 1900 metros). É o ponto mais agitado também e onde você vai encontrar escolas e lojas para aluguel de equipamentos para esquiar.

adamello-ski-7O lugar ideal para ir em famílias e com crianças, inclusive bebês. Existe uma área chamada Fantasky, com baby sitters que cuidam dos bebês para os pais poderem esquiar juntos. O Snowpark é dedicado para crianças maiores, que já tem idade para começar a escolinha de esqui.

Para se esquentar no alto das montanhas, existem Refúgios quentinhos, com ótima comida e um vinho quente delicioso! Não deixe de provar! Eu gostei muito do Refúgio Ristorante Capanna Valbione.

adamello-ski-11

adamello-ski-5
Almocei com uma vista do lago semi congelado – Adamello Ski

Na prática

Skipass: para usar todos os teleféricos  e pistas do complexo, é necessário adquirir  o Skipass. É possível compra-lo somente para algumas horas ou para toda a estação invernal. Para comprar e ver os valores atualizados, clique aqui.

Snowpark: Clique aqui para conhecer o Snowpark Tonale

Escola de esqui Ponte di Legno – Tonale: clique aqui para conhecer os pacotes e cursos oferecidos

Onde comer: o melhor restaurante da cidade é, sem dúvida, o restaurante do chef Marco Bezzi, o San Marco, como ele também gosta e ser chamado, rsrsrs…Leia aqui o review do restaurante.

Ristorante Valbione – é um refúgio em cima da montanha. Para chegar até lá, basta pegar o teleférico Valbione, que para bem pertinho da entrada do restaurante.

Onde dormir : La Tana dell ‘Orso, Ponte di Legno. Leia aqui em breve o review do hotel.

Salvar

Salvar

Salvar

Visitar a Itália: vamos compartilhar nossos sonhos?

Visitar a Itália

Eu sabia! Eu tinha certeza que no meu caminho iria encontrar pessoas tão apaixonadas pela Itália quanto eu! Hoje quero conversar com vocês sobre a a sua oportunidade de visitar a Itália.

E assim que deixei a advocacia de lado e transformei minha PAIXÃO em PROFISSÃO (leia minha história aqui), os “tão apaixonados pela Itália quanto eu” foram chegando devagarinho….

Há 3 anos, quando comecei o blog ITALIAna, meu maior sonho era ajudar a realizar o sonho dos meus leitores de ir para a Itália.

 

A Itália não é um destino…é lugar onde seus sonhos estão guardados, esperando para se tornarem realidade… (Ana Grassi)

Da paixão para a profissão

Para alcançar meu objetivo não medi esforços: aumentei o número de viagens anuais para a Itália (hoje a cada 3 meses que passo no Brasil, fico 1 mês na Itália fazendo pesquisa de novos destinos), fiz vários cursos para entender melhor a blogosfera e, pelos meus cálculos, passei 1248 horas sentada na frente do computador escrevendo posts e editando fotos.

Desta forma, fui recheando o blog ITALIAna de dicas, experiências e relatos de viagem. Aos poucos fui conquistando leitores queridos, que viraram amigos e alguns já viraram até amigos de trabalho (leia aqui sobre Vannessa, Cyntia e Victor).

Por isso, quando recebo relatos de meus leitores contando como foi a viagem deles para a Itália e como o blog os ajudou, me emociono e me motivo ainda mais para continuar trabalhando com a profissão que escolhi com o coração.

E nada, na-da, n-a-d-a me faz mais feliz do que receber esses depoimentos!

Abaixo, deixo o relato de Ana Paula Rossa, leitora que realizou o sonho de visitar a Itália em 2016 e depois me fez chorar de emoção e alegria. Espero que sirva de inspiração para vocês!


O sonho de visitar a Itália realizado

o que conhecer na Itália
Ana Paula feliz (e linda!) da vida… – Visitar a Itália

“Há um ano atrás eu estava arrumando as malas para a viagem que mudaria minha vida: Itália!

Fomos em Janeiro para Roma com um bate e volta para Assis. Ir para Itália sempre foi um sonho…

Meu marido e eu somos descendentes de italianos (Rossa i Benedetti) e por sermos católicos ativos, nosso desejo de ir para Roma era imenso! Porém, sempre olhávamos os orçamentos de uma viagem para Europa e pensávamos ser algo que beirava o impossível.

Mas, certo dia encontrei um certo blog. Um blog que mais do que dicas, me deu coragem e instrumentos para que meu sonho se tornasse realidade.

No blog, peguei detalhadamente as informações de como ver o Papa. E eu o vi! O vi, peguei na sua mão e o olhar misericordioso de Francisco me encontrou.

viagem para a Itália
Neste blog, eu aprendi a não comer em locais pega turistas e tive as melhores experiências gastronômicas da minha vida. E pasmem: sem gastar nenhuma fortuna!

Através do blog eu também conheci Assis, antes mesmo de ir para Assis! E, quando cheguei lá, Ana Grassi, eu chorei feito criança, como você…Nunca chorei tanto!

visitar a Itália
A Basílica de São Francisco de Assis – Visitar a Itália

Segui o itinerário proposto no post direitinho: fomos de trem, pegamos o ônibus e descemos no topo da montanha, fui na papelaria, visitei todas a igrejas e rezei, rezei muito pela sua vida.

Essa era a única forma de recompensá-la naquele momento, pedindo para que Deus lhe abençoasse muito pois se não fosse o post do seu blog, talvez não teríamos ido pra Assis.

Enfim, nunca me senti tão em casa em um lugar como em Roma e, todo dia eu desejo de voltar é imenso.

Ainda fomos para Paris e Barcelona mas, depois de Roma… tudo ficou completamente sem graça.

Esse textão eu quis escrever para agradecer publicamente a Ana pelo bem que ela me fez e, para dizer que tudo é possível quando o sonho é verdadeiro!!!

viagem para a Europa
As ruas medievais de Assis – Visitar a Itália

Feliz 2017!!

Nesse finalzinho de ano, ofereço para vocês minha eterna gratidão por estarem aqui comigo. E desejo que cada um de vocês possa realizar o sonho de ir para a Itália em 2017!

Espero o depoimento de vocês aqui! E vamos compartilhar nossos sonhos…

Obs: na foto da capa está Camila fotografando a vista a partir da cidade de Montalcino. Ela participou de uma das Viagens ITALIAnas!

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Quer se inspirar com mais histórias dos leitores?

Ana Paula Fantin conta como encontrou a si mesma na Itália

Filomena conta sua viagem de estudo para Roma

Ana Renata viajou com sua filha e dá ótimas dicas!

Nazaré e Juliana Sícoli superaram o medo de viajar sozinhas

Você também tem uma história inspiradora para nos contar? Mande seu depoimento para ana@italiana.blog.br e, se for selecionado, poderá ter a sua história publicada aqui no blog ITALIAna!

Gole dell’Alcantara – canyons vulcânicos perto de Catânia, na Sicília

Durante os dias que passei na Catânia, encontrei a Fábia e a Gabi (do blog Estrangeiras) que tinham visitado uns canyons vulcânicos a poucos quilômetros de distância de Valverde (onde eu estava hospedada), chamado Gole Alcantara e afirmaram: “Ana, você não pode deixar de ir! E se você for, também queremos ir de novo!”.

Não tive dúvidas: no dia seguinte peguei meu carro, encontrei as meninas e fomos para lá.

Os canyons Gole Alcantara

O Rio Alcantara é um dos mais fascinantes da Sicília. Nasce a 1250 metros de altitude e corre por 50 Km até chegar ao Mar Jônio, passando por vilarejos, bosques e plantações de azeitona.

gole-alcantara-7

Há milhares de anos atrás o rio foi obstruído pela magma do Etna e lentamente foi redefinindo o seu curso por entre a pedra lávica e dando origem a paredes de basalto que ora se parecem com um leque aberto, ora com tubos de órgão musical.

Esse processo de erosão criou um canyon espetacular, que é atravessado pelo rio e possui paredes altas (gole) de até 50 metros de altura, com largura de 2 a 5 metros: são as famosas Gole dell’Acantara.

gole-alcantara-9
A lava se resfriou lentamente ao longo dos anos, criando formas prismáticas pentagonais e hexagonais, muito parecidas com as estruturas moleculares dos materiais que a constituem (ferro, magnésio e cálcio).

gole-alcantara-17

O Parque Botânico e Geológico

Para visitar essa maravilha natural é necessário entrar no Parco Botanico e Geologico delle Gole dell’Alcantara, pagando um bilhete de 13 Euros.

Gole AlcantaraEntrando no parque há a opção de assistir um documentário 4D que conta como  o canyon se formou ao longo dos anos.

Depois, começa um passeio pela “Area Preistorica“, onde encontram-se réplicas mecânicas de dinossauros, elefantes anões e outros animais que viveram no Vale Alcântara há milhares de anos atrás.

gole-alcantara-4
A vista lá de cima – Gole Alcantara

A cada passo que você dá parque adentro, a paisagem fica mais bonita, pois é possível admirar os canyons do alto. Para os apaixonados e românticos de plantão, existe um jardim – a Terrazza dell’Amore – que é o lugar perfeito para fazer declarações e juras de amor… Com a vista mais bonita eveeeeerrrr!

gole-alcantara-3
Entrada do Parque – Gole Alcantara

Depois da caminhada – e sem juras de amor 🙁 – , peguei o elevador para chegar ao leito do rio, no exato lugar em que forma-se uma prainha para tomar sol e… brrrrr…entrar na água gelada, que raramente supera os 10 graus de temperatura.

gole-alcantara-5
Prainha de água gelaaaaaada… Gole Alcantara

Eu entrei! E aproveitei para ir até uma cachoeira que caía linda e congelantemente dos canyons.

Fiz um pequeno e compreensível escândalo ao entrar na água que, inicialmente, doía taaanto em contato com o corpo que a experiência mais parecia uma técnica medieval de tortura.

gole-alcantara-14

Acostumada com a água, garanto que foi uma das melhores experiências da minha vida! Daquelas de lavar a alma mesmo! Por isso recomendo que você entre na água sem pensar duas vezes! E pode espernear à vontade!

Na Prática

Quando: o ano todoGole Alcantara
Ingresso: 13 Euros
Serviços: estacionamento, bar, restaurante e banheiro
Se quiser visitar somente a parte inferior dos canyons, é possível. Paga-se 1 Euro e encara-se uma escadaria de 200 degraus.
Como chegar: Pela estrada A18 até saída Giardini Naxos, depois, seguir em direção a Francavilla di Sicilia.

Se preferir um passeio em pequenos grupos, com guia, clique aqui para ver a minha sugestão de um passeio operado pela Viator

Salvar

Natal em Milão – saiba onde encontrar as mais lindas decorações

Natal em Milão

Ah o Natal! Para mim sempre foi a festa mais esperada do ano, com tantas cores, luzes e aquela vontade de ser melhor, nem que seja por apenas uma noite.

Sempre amei os filmes de ‘espírito do natal’, o quebra-nozes e aquela neve linda que caia pela janela – ops, nos filmes claro!

natal-em-milao-1

E, embora não tenha tido muita neve nos últimos anos em Milão, é esse clima que encontro nos Natais aqui, reforçado pelas clássicas feirinhas ou ‘mercatini’ de Natal. Todo ano eles se proliferam pela Europa inteira, enchendo suas luzes de cheiros e sabores.

Esse ano resolvi registrar algumas das minhas feirinhas preferidas, para mostrar o clima do Natal Italiano (e, como boa glutona que sou, experimentar todas as delícias italianas). Vem comigo!

Duomo de Milão

Circundando o grandioso Duomo de Milão encontramos uma das mais frequentadas e mais lindas feirinhas de natal da cidade.

Este ano, a feira foi montada com cerca de 80 casinhas de madeira, decoradas com branco, dando ideia de neve. O que criou ma atmosfera natalícia delicada e elegante, acompanhada de músicas natalícias que tocam em toda a praça e da iluminação clássica de natal da La Rinascente (loja de departamentos de marcas top de linha como Armani, Louis Vuitton, Louboutin e tantas outras).

natal-em-milao-14

A grande maioria das barracas é de alimentos típicos de várias regiões, transformando a praça em um verdadeiro tour gastronômico pela Itália. A minha preferida é a da Sicília e as fotos são auto explicativas.

Além de alimentos também podemos encontrar vários artesãos locais com algumas opções de presentes originais de última hora, outras nem tanto.

Esse ano o mercadinho se estendeu até a Piazza Liberty (em frente à boutique Nespresso), com uma pracinha do Papai Noel, uma pequena pista de patinação no gelo e um lindo carrossel.

O passeio pela feira é coroado pela imponente árvore de natal que, este ano foi montada pela Pandora (marca de joias famosa pelos braceletes com pingentes) e foi batizada de ‘JOY’, com o intuito de celebrar a alegria de presentear, a alegria de se doar e a alegria de viver.

natal-em-milao-23O lindo pinheiro foi decorado com 54 mil leds e 400 bolas de Natal nas cores prata e vermelho. Sinceramente, na minha humilde opinião, uma das mais bonitas nos últimos 8 anos. Mas deve ser admirada quando está escuro para valorizar as luzes.

natal-em-milao-22Para terminar é preciso entrar na galeria Vittorio Emanuelle II. Mantendo a tradição dos últimos três anos, o pinheirinho da galeria é da Swarovski e foi decorado com 10 mil ornamentos de cristal da marca (absolutamente espetacular, como sempre!) que junto com a iluminação da cúpula, tornam o passeio um verdadeiro deleite para os olhos.

natal-em-milao-21

Na prática

Quando: 11/12/2016 a 08/01/2017 de 2a feira a Domingo das 09h00 as 21h00

Dica: Chegue antes das antes das 20h00, pois, depois desse horário algumas barraquinhas começam a fechar.

Entrada: Gratuita

Como chegar: Com a linha vermelha do metrô, desça na estação DUOMO

Villaggio delle meraviglie (Vila das Maravilhas)

É uma das minhas preferidas e também uma das mais lúdicas. Uma verdadeira vila das maravilhas que é montada todos os anos nos Jardins Indro Montanelli localizados em Porta Venezia, bem no centro da cidade.

A atmosfera mágica com luzes e casinhas de madeira, criada em torno do bom velhinho e de seus ajudantes, duendes e fadas, para mim tem um gostinho special.

natal-em-milao-12

Como sempre a parte gastronômica é o foco principal. Todos os anos eu visito essa feira só para ir na barraquinha dos churros espanhóis que não são recheados, mas são entregues separados do recheio e você mesmo mergulha seus churros no delicioso doce de leite ou na nutella derretida.

Ao contrário dos outros mercadinhos que são voltados para o artesanato local, o Villaggio delle Meraviglie é repleto de barraquinhas de jogos – como aqueles de feirinhas de igreja – completamente voltados para crianças (de todas as idades).

O Villagio ainda conta com um pequeno parque de diversões itinerante, com montanha russa, trem fantasma, pula-pula, cinema 4D e vários brinquedos ideais para quem tem filhos pequenos.

Além do Palácio do Homem de Neve e a pista de patins no gelo (a maior de Milão, segundo os promotores do parque – e com certeza a maior se comparada com a do Duomo e da Piazza Gae Aulenti) que garante diversão para todos.

Mas claro, o ponto alto do passeio é a Casa do Papai Noel e a Casa da Befana (a bruxinha boa que traz doces para as crianças boazinhas e carvão para aquelas que não se comportaram bem, no dia 06 de janeiro que, para nós no Brasil é o dia dos Reis Magos).

Na prática

Quando: 03/12/2016 a 08/01/2017 de 2a feira a 6a feira das 15h00 as 20h00 e sábados e domingos as 10h00 as 20h00. A Pista de Patinação no gelo funciona todos os dias das 10h00 as 21h00 e é a pagamento.

Dica: Chegue antes das antes das 18h00, pois, depois desse horário algumas barraquinhas começam a fechar.

Entrada: Gratuita

Como chegar: Com a linha vermelha do metrô, desça na estação PORTA VENEZIA (entradas Corso Venezia e Via Palestro)

Piazza Gae Aulenti

Esse ano, pela segunda vez, a praça mais moderna da cidade (meu sonho é morar ali um dia!), ao ladinho da estação de trem e metrô, Garibaldi, também se vestiu para o Natal.

natal-em-milao-9

A disposição das poucas casinhas de madeira decoradas, ao redor da praça a tornam, para mim, uma das mais elegantes e intimistas. Além disso a árvore toda decorada com luzinhas azuis e o balé de águas com luzes coloridas da fonte central da praça, e a música natalina criam uma atmosfera mágica.

natal-em-milao-3

Também nela o ponto alto são as barraquinhas de alimentos típicos, eu chamo especial atenção para a barraquinha de sopas, quentão e chocolate quente…delícia!

natal-em-milao-8

A pista de patins no gelo e as atividades e laboratórios infantis ao longo do dia, com personagens temáticos que tornam o passeio ainda mais gostoso. E para terminar, nada melhor do que uma passeadinha na Corso Como, e seus bares e restaurantes.

Na Prática

Quando: 12/12/2016 a 07/01/2017 de 2a feira a Domingo das 10h00 as 20h00

Dica: Chegar antes das 19h00

Entrada: Gratuita

Como chegar: Com a linha verde do metrô desça na estação GARIBALDI

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Mala inteligente de inverno

mala de inverno

Mala de inverno

Se em viagens de verão já existe a tendência de levar na mala mais do que o necessário, na mala de inverno esse exagero pode se agravar pelo medo de passar frio!

E o segredo para não levar excesso no inverno é ter uma mala onde as peças se coordenem entre si. Neste post vou ensina-la a preparar uma mala de inverno inteligente.

Roupas adequadas

As roupas de frio que encontramos em países com inverno rigoroso são adaptadas para esse clima. E as que encontramos no Brasil não são suficientes para nos aquecer adequadamente. Por isso, ficar de olho no tecido da roupa é uma decisão muito importante!

A lã é uma fibra natural e um excelente isolante térmico, capaz de manter a temperatura do corpo e, por isso, é  muito recomendada para invernos rigorosos.

As lãs merino, cashmere e mohair são muito agradáveis ao toque, não pinicam e são sofisticadas.

O cashmere é proveniente da Mongólia e seu comprador mais importante é a italiana Loro Piana (https://www.loropiana.com/). Com certeza vale visitar uma de suas lojas!

Além da lã, existem os tecidos com alta tecnologia e, neste caso, o poliéster é um dos mais utilizados. As roupas possuem uma etiqueta interna com informações importantes, como a composição do tecido e até a temperatura para a qual o casaco foi planejado. Explore todas essas informações antes de comprar.

Levar de casa x comprar no destino

Não é necessário comprar todas as roupas que você vai usar na viagem apenas quando chegar ao destino. Até porque, do desembarque até sua agenda permitir que você saia para comprar, existe um período de tempo em que você precisa estar aquecida.

As calças, saias e vestidos que você tem, podem ser usadas com meia-calça. Leve daqui a meia-calça mais quentinha que você tiver (ou que você puder comprar). E no destino você pode adquirir uma meia-calça térmica específica para o inverno (como as de cashemere, por exemplo).

Caso você não tenha o casaco 7/8 específico para invernos rigorosos, leve o seu casaco mais quente ou adquira um aqui antes de ir. E aproveite a viagem para adquirir um lá, assim você poderá guarda-lo para viagens futuras (essa é uma compra que faz sentido).

Sugiro que você adquira um em cor neutra. As cores neutras não são apenas preto e bege. São também cores neutras: cinza, chumbo, creme, marinho, vinho, marrom e roxo.

Sugestão de peças para a mala de inverno

mala-de-inverno-5

Para você não passar frio e fazer bonito na viagem (e nas fotos!), segue uma lista de sugestões para 15 dias na Itália, no Inverno. Você adapta-la conforme o seu roteiro e a sua necessidade:

  • 4 calças
  • 2 saias
  • 2 cardigans
  • 1 camisa branca
  • 1 camisa cinza
  • 4 suéteres de cashmere (azul claro, verde, cinza e bege)
  • 5 camisetas de manga comprida (2 pretas, 2 brancas e 1 verde)
  • 3 camisetas de manga curta (1 listrada, 1 preta e 1 bege)
  • 1 vestido cinza
  • 1 blazer cinza
  • 1 casaco 7/8 bege
  • 1 jaqueta impermeável
  • 1 jaqueta esportiva
  • 2 pashminas
  • 1 bota cano alto
  • 1 scarpin
  • 1 tênis
  • 1 bota impermeável
  • 1 bolsa grande
  • 1 bolsa média colorida (com alça transversal)
  • 1 bolsa de mão (clutch)
  • Luvas
  • Meias, Meias-calças e blusas segunda pele
  • Gorro

Dicas de ouro da Amanda

  • Manter as extremidades aquecidas é muito importante para segurar o calor do corpo. Portanto pés, mãos e cabeça precisam estar sempre protegidos quando você estiver em áreas externas;
  • Nas áreas internas, sempre terá aquecimento, e por isso é importante pensar nas camadas de roupas, porque você vai ficar tirando e colocando as peças sempre;
  • As blusas segunda pele (ou térmicas) são ótimas opções para compor a primeira camada. E se esquentar durante o dia, você pode tira-la e coloca-la na bolsa, pois ocupam pouquíssimo espaço;
  • Atualmente já existem luvas touch screen, que não impedem de usar tablets e smartphones, coloque um par na mala;
  • Aproveite os itens específicos de frio (gorro, luva, pashmina, meia-calça) para brincar com cores e estampas!
  • Construa a mala já pensando nas camadas de roupas. Isso vai fazer tudo funcionar e você vai repetir peças, sem repetir o look!

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Orta San Giulio – um dos burgos mais lindos da Itália

orta san giulio

O Burgo de Orta San Giulio

Há apenas uma hora de Milão, Orta San Giulio é uma pequena cidade com menos de 1500 habitantes, à beira do Lago D’Orta na região pré-alpina do Piemonte.

É considerada um dos burgos mais belos da Itália (faz parte do circuito “I borghi più belli d’Italia” –  que é uma associação que promove os pequenos centros italianos caracterizados pela importância histórica, cultural e artística).

20141201_115421

A característica mais marcante são as ruas estreitas e as grandes villas que contam a história de um passado  glorioso, de uma cidade que foi habitada desde o Neolítico, passando pelos Romanos, pelo período medieval sendo refúgio de nobres, chegando aos dias atuais como recanto de tranquilidade e luxo.

20141201_121251 20141201_115610

Ao longo do passeio é possível observar toda a beleza do lago e avistar a linda Ilha natural de São Julio (San Giulio) onde é possível chegar de barco (como o dia estava chuvoso, acabei não fazendo esse passeio – e agora tenho mais um motivo para voltar lá).

Orta San Giulio

Uma lenda conta que a ilha foi habitada por monstros e serpentes até a chegada de São Julio, que atravessou o lago sobre seu manto, usando seu cajado para guiá-lo sob a tempestade.

Chegando lá, fundou sua igreja, a Basilica di San Giulio, onde foi sepultado e de onde levou a evangelização para toda a região. Verdade ou, simplesmente lenda, o fato é que a ilha é linda e cercada de magia.

Atrações

O centro histórico da cidade merece especial atenção pela beleza, organização e as lindas construções repletas de afrescos.  Aliás, Orta é conhecida como ‘paese dipinto’ ou ‘cidade pintada’, pela grande quantidade de afrescos em suas construções.

Orta San Giulio Orta San Giulio

Além da praça, que é considerada a sala de visitas da cidade, a encantadora igrejinha de Santa Maria Assunta, no alto de uma das principais vielas de Orta San Giulio é uma atração à parte. O caminho é um convite para visitá-la.

Orta San Giulio

Mas Orta San Giulio ainda oferece mais atrações, perfeitas para dias de primavera, como o lindo Sacro Monte D’Orta, um parque com vista panorâmica do Lago D’orta,  emoldurada por 20 capelas com mais de 300 estátuas de terra cota em tamanho natural que contam a história de São Francisco de Assis e cujos personagens foram inspirados em moradores locais da época de sua construção.

Orta San Giulio Orta San Giulio

Infelizmente no dia em que fui passear pela cidade choveu e o passeio terminou cedo deixando um gostinho de ‘quero mais . Retornei para o hotel em que estava hospeda, o delicioso Relais&Chateaux Villa Crespi, o qual é hoje, uma das grandes atrações da pequena cidade, seja pela construção imponente, seja pela cozinha duas estrelas do famoso Chefe Antonino Cannavacciuolo, mas sobre essa experiência, eu conto semana que vem em meu próximo post.

NA PRÁTICA

Como chegar

O melhor modo de chegar em Orta San Giulio é de carro. A estrada é linda, e além disso, o percurso de trem é um pouco complicado e exige pegar ônibus em conexão, o que torna a viagem muito longa

Onde comer e se hospedar

Á cidade é ideal para um bate e volta a partir de Milão, por ser muito próxima Porém, se quiser dormir, eu aconselho o Relais&Chateaux Villa Crespi,  a vila é super especial e charmosa (perfeira para casais em lua-de-mel) e o restaurante 2 estrelas Michelin vale a pena  cada minuto de viagem.

Reserve o Villa Crespi pelo Booking com pagamento no checkout e cancelamento gratuito

Quando ir

Definitivamente na primavera (maio e junho), pois, o passeio de barco pelo lago, as paisagens e vilas ficarão ainda mais especiais.

Esquiar perto de Milão: Piani di Bobbio – um bate e volta perfeito

Esquiar perto de Milão

Quando vim pela primeira vez para a Itália, um dos tantos sonhos que carregava na bagagem era aquele de ver a neve (e não consigo não pensar na musiquinha da Frozen quando digo essa frase, rsrs). E tive a sorte de presenciar uma das maiores nevascas de Milão até aquele ano. A sensação de andar com a neve, praticamente na altura do joelho foi deliciosa!

Mas, como nunca estamos satisfeitos com aquilo que temos, meu próximo sonho passou a ser esquiar. E aqui tenho que fazer a premissa de que não sou muito ‘jeitosa’ para esportes de um modo geral. Mesmo assim meu marido, um exímio esquiador, me levou para esquiar perto de Milão, os famosos ‘Piani di Bobbio’.

ESQUIANDO PELA PRIMEIRA VEZ

Mesmo com minha total falta de jeito, me diverti muito e, ao final do dia já estava arriscando pequenos saltos que, obviamente, foram conquistados com muitos hematomas. Segundo meu “coach”, para dizer que se aprendeu a esquiar, é preciso cair ao menos 200 vezes (como eu devo ter caído 100 vezes, somente na 1a hora, tenho certeza de que, ao menos o básico eu aprendi), mas valeu muito à pena.

Hoje continuo não sendo uma profissional do esqui (na verdade estou mais para especialista em tombos espetaculares), mas adoro esquiar nas tantas e lindas pistas de esqui da Europa, porém o completo de Bobbio, vai ter sempre um lugarzinho especial em meu coração.

E a sensação de cortar a neve com os esquis nos seus pés, sentir o vento que bate nos seus ouvidos quase como música, tendo como paisagem as lindas montanhas nevadas lombardas, tudo isso acompanhado da adrenalina da velocidade da descida, é algo que eu realmente desejo que todos experimentem, pelo menos uma vez na vida!

ESQUIAR PERTO DE MILÃO – O COMPLEXO DE PIANI DI BOBBIO

Localizado entre Lecco e Bergamo, o complexo de esqui Piani di Bobbio, fica muito perto de Milão, há menos de 1 hora de carro. E isso é fantástico para quem tem pouco tempo para ficar na Itália e não quer deixar de ter a experiência de esquiar na Europa. O bate e volta ideal para ver a neve e ‘se jogar’ no mundo incrível e viciante do esqui.

esquiar-perto-milao-6
Mapa das pistas de esqui – Esquiar perto de Milão

São 35Km de pistas, com vários níveis de dificuldade sendo 5 de nível fácil, 7 de nível intermediário e 5 de nível difícil.

O complexo é conhecido pelas pistas, particularmente, largas e suaves e é indicado especialmente para quem está começando no esporte mas também para aqueles que querem se manter treinados, sem precisar ir muito longe em busca de uma pista de esqui.

Justamente por ter pistas fáceis e suaves é também perfeito para quem quer fazer um passeio de família com crianças, que vão adorar descer as pistas sentadas no chamado ‘slittino‘.

Além das pistas eu, pessoalmente, fiquei encantada com a funivia que leva do ingresso na pequena cidade de Barzio, até a primeira pista de Bobbio a 1700m de altura. A vista é absolutamente linda e, somente isso já vale o passeio.

Pianni di Bobbio - Bellissimo!!!!! - alto assim, e ainda faltava muuuuuuuuuuuito para chegar ao topo...che paura!
Pianni di Bobbio – Bellissimo!!!!! – alto assim, e ainda faltava muuuuuuuuuuuito para chegar ao topo…che paura! – Esquiar perto de Milão

VAMOS ESQUIAR

Com exceção ao meu irmão mais novo, que depois de 20 min de aula na pista ‘baby‘, saiu logo procurando as pistas vermelhas e pretas (para que não conhece, são aquelas mais perigosas), e ninguém acreditava que era sua primeira vez com um par de esquis nos pés, a maioria das pessoas pensa logo que vai ser impossível esquiar logo no primeiro dia, sem nunca ter aprendido.

Bem, posso garantir que não é assim. Como já disse eu sou uma negação para esportes, e mesmo assim, depois de apenas 4 horas recebendo instruções de como freiar, acelerar, virar e cair, consegui ficar em pé em cima do meu esqui e descer algumas vezes a pista, sozinha!

Os meus conselhos de leiga são: mantenha os joelhos semiflexionados, não tenha medo porque a neve é ‘fofinha’ e, mais importante que saber frear, é saber cair. Ou seja, quando perceber que está atingindo uma velocidade muito alta ou que perdeu o controle do esqui, caia de lado na neve (eu chamaria isso de ‘freio de emergência’ rsrs), foi o que me salvou por diversas vezes.

Mas, o melhor conselho que posso dar para quem nunca esquiou, é contratar as aulas de uma das várias escolinhas de esqui do lugar. Você pode contratar um instrutor, no momento da chegada e ter aulas com ele até o se sentir confortável para descer sozinho pelas pistas.

esquiar-perto-milao-4

ROUPAS E ACESSÓRIOS

Bem, uma das coisas que aprendi é que, embora o esporte seja feito na neve, não precisamos estar muito cheios de roupas. Porque é extremamente cansativo e você vai terminar o dia suando. Então, o importante é usar uma segunda pele por baixo de tudo e a roupa de cima deve ser impermeável, e por favor, não esqueça das luvas e do óculos de sol.

Sobre o esqui, capacete, e demais equipamentos para esquiar, a menos que sua intenção seja passar todas as suas férias esquiando, você não precisa se preocupar em comprar ou trazer de casa, isto porque, ao chegar na pequena cidade de Barzio, que fica aos pés do complexo Piani di Bobbio e mesmo na chegada no complexo de esqui, você vai encontrar várias lojas de aluguel desses acessórios.

Este ano, um novo serviço oferecido pelo complexo é o aluguel de acessorios para esquiar online onde com, a partir de 25€ para um dia inteiro, você reserva o kit completo, antes mesmo de ir e simplesmente retira na chegada, sem perder tempo em filas enormes.

NA PRÁTICA

Quando ir?

Normalmente, a estação de inverno das pistas inicia em dezembro e vai até abril. O horário de abertura é das 8h00 as 17h00, diariamente.

Pessoalmente, eu prefiro ir de 3a a 5a feira, por serem dias menos movimentados e assim é possível aproveitar melhor as pistas e evitar os estacionamentos superlotados.

Quanto custa?

O SKIPASS para um dia, para adulto tem o custo de €35,00

Como chegar de carro?

 No seu GPS coloque: Cabinovia di Barzio – Via S. Eustacchio – 23816 – Barzio (LC), ou entre em contato conosco (ana@italiana.blog.br) para indicação de serviços de transporte particular com motorista.

Como chegar com meios públicos?

Na Stazione Centrale de Milão, pegue o trem para descer na Estação de Lecco. De acordo com os valores pesquisados no site oficial trenitalia (http://www.trenitalia.com/), o valor ida e volta é de, aproximadamente, €15,00 por pessoa.

Chegando na Estação de Lecco, o ônibus da Linha 35, ‘ direção Lecco-Barzio

Bus della neve

Se você procura uma solução mais econômica, partindo de Milão com destino final na entrada do Complexo de Esqui Piani di Bobbio, o chamado ‘BUS DELLA NEVE’ foi criado para você.

Este é um serviço oferecido pelo complexo aos sábados e domingos durante a temporada de inverno, com o custo de €35,00 com o skipass, para adulto, incluso. (http://www.pianidibobbio.com/it/bus-della-neve)

Pontos e horários de saída:

Milano Piazza Lanza – Foro Bonaparte  (ao lado do Teatro Piccolo) – Saída às 7h30

Estação de Sesto 1o Maggio (Praça 1o Maggio, próximo aos pontos de ônibus) – Saída às 8h00

Ponto e horário de retorno:

Estacionamento da Cabinovia di Barzio às 17h00.

* Todos os valores e informações sobre horários e datas foram obtidos nos sites oficiais das empresas mencionadas, em 24/11/2016
* Para informações sobre datas e horários de abertura, e valores atualizados do Complexo Piano di Bobbio na data da sua viagem, consulte o site oficial Piani di Bobbio: http://www.pianidibobbio.com/it/

Gostou deste artigo? Essa informação foi útil para você? Então, inscreva-se aqui no blog para receber todas as novidades e informações sobre a Itália, curta nossas páginas e compartilhe com seus amigos para que todos possam experimentar a deliciosa sensação de esquiar na Itália!

Dirigir na Itália – documentos necessários para dirigir com tranquilidade

Dirigir na Itália

Quem nunca sonhou em dirigir na Itália pelas colinas toscanas? Com tantos filmes sobre a Itália explorando esse tema, é quase impossível planejar uma viagem para o Bel Paese sem pensar em dirigir pelas estradas italianas por ao menos alguns dias.

Mas, você sabe o que precisa para poder dirigir dentro das leis italianas?

Como as locadoras de veículos italianas, em geral, exigem dos brasileiros apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no momento da retirada do veículo, é comum que todos pensem que apenas esse documento seja suficiente para poder dirigir na Itália, MAS NÃO É!

Isso acontece porque para as locadoras é suficiente um documento de identificação que diga que o locador está apto para dirigir. Pois, no contrato de locação de veículo existe sempre uma cláusula na qual o locador afirma possuir todos os requisitos e documentos necessários e válidos para dirigir em solo italiano e que se responsabiliza, de modo exclusivo, por eventual multa em virtude da falta de documentos obrigatórios que são de sua responsabilidade. E, como se costuma dizer no “mundo jurídico”: ‘Dormientibus non sucurrit ius’ (O Direito não socorre aos que dormem).

Documentos necessários

O artigo 135 do Código da Estrada, que regula as normas de comportamento no trânsito italianas, estabelece que um estrangeiro, proveniente de uma região fora da União Europeia, para poder dirigir regularmente em solo italiano deve estar munido da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) + PID (Permissão Internacional para Dirigir), válidas.

A falta de um dos documentos mencionados pode causar muito transtorno para o locador, isto porque se for parado pela polícia (e não tiver a sorte de pegar um guarda ‘complacente’ que aceite apenas um ou outro documento), não poderá mais dirigir o carro, portanto, o veículo ficará apreendido e o custo da apreensão será repassado pela locadora ao locador, e ainda poderá receber uma multa que, pelo código atual pode variar de €400,00 a €1.600,00.

dirigir na Itália
Ana Grassi dirigindo uma Ferrari na Itália com os documentos em dia! Quer ter essa experiência também ? Clique aqui – dirigir na Itália

A PID nada mais é do que a tradução, em várias línguas, da CNH. Porém, infelizmente, ela não apresenta a tradução na língua italiana. Nesse ponto é conveniente observar que o mesmo artigo 135 do já mencionado código da estrada italiano fala que é necessário possuir a ´permissão internacional para dirigir´ ou a ´tradução oficial em língua italiana´ da sua carteira de motorista.

E isso gera muitas dúvidas para quem vem para a Itália, pois, se de um lado com a leitura pura e simples da lei a conclusão lógica e imediata é de que a PID é suficiente (e deveria mesmo ser), uma vez que se trata de um documento aceito internacionalmente, por outro lado é preciso ter em mente que esse mesmo artigo será interpretado por um guarda de trânsito italiano e, se ele entender que precisa da tradução italiana, poderá criar alguns problemas.

Particularmente eu, que visito a Itália há 12 anos e vivo no país há quase 8 anos, (e conheço o modo de trabalhar e interpretar dos policiais italianos), tive experiências pessoais amargas por não ter a tradução do documento, quando visitava o país e, mesmo argumentando que não era necessária a tradução, tive minha CNH e PID apreendidas e não pude mais dirigir o carro, pela falta desse documento.

Diante disso, em que pesem as polêmicas que possam existir, em razão das experiências de diversas pessoas que já dirigiram apenas com a PID eu, de modo pessoal, aconselho fortemente a estar munido de CNH, PID e da tradução juramentada de ambas.

Portanto, para evitar qualquer tipo de problema, e viajar tranquilo curtindo a Dolce Vita italiana pelas lindas estradas do país, você precisa sim da Permissão Internacional para Dirigir e da Carteira de Motorista (preferencialmente traduzidas por um tradutor juramentado de sua região) além, claro, do seu passaporte.

EM TEMPO: Aos 02.11.2016, foi firmado um acordo entre Brasil e Itália para a conversão da carteira de motorista brasileira em italiana, sem a necessidade de realizar testes teóricos e práticos. Esse acordo afeta os brasileiros que residem na Itália há mais de 1 ano e não os que visitam o país como turistas. Muitas pessoas acreditam que, com a assinatura desse acordo não será necessária a PID para turistas. Todavia, é importante salientar que:

1) O acordo ainda não entrou em vigor (conforme informação da embaixada brasileira em Milão, entrará em vigor 60 dias após a sua aprovação pelos dois países.

2) Ainda não tivemos acesso ao texto do referido acordo, e não podemos afirmar se ele revogará o disposto do art.135 do cds, portanto, no momento de publicação desse post – NOV.2016 -, ainda prevalece a necessidade de CHN + PID + tradução juramentada, como melhor entendimento.

dirigir na Italia

COMO FAZER A SUA PID (PERMISSÃO INTERNACIONAL PARA DIRIGIR)

Você precisa solicitar a PID ao DETRAN da sua região. Cada Estado tem suas próprias regras para valores, solicitação e prazo de entrega, porém, a grande maioria disponibiliza online o módulo de requisição e a guia para pagamento. Após o pagamento basta retirar sua PID no posto de atendimento mais próximo, no prazo estabelecido ou aguardar que o documento chegue em casa por correio.

PRAZO DE ENTREGA DA PID (PERMISSÃO INTERNACIONAL PARA DIRIGIR)

Conforme informações obtidas nos sites oficiais do DETRAN o prazo para entrega ou retida da PID varia de 24h a 10 dias úteis após o pagamento da guia, portanto, convém sempre verificar com o DETRAN da sua região os prazos vigentes e forma de retirada, para programar sua viagem.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

* CNH (carteira nacional de habilitação) com foto e em curso de validade.

* Alguns estados também exigem identidade, CPF e comprovante de endereço

ONDE FAZER

No DETRAN da região onde você está habilitado.

CUSTO

A taxa para a emissão da PID, também é diferente em cada Estado e varia de R$46,48 (DETRAN-PR)* a R$230,00 (DETRAN – DF)*

*Valores obtidos nos sites oficiais do DETRAN e válidos em 13.11.2016

IMPORTANTE

* A validade da PID será igual à validade da sua CNH, portanto, certifique-se de que sua CNH estará valida durante o período da sua viagem, ou se convém renovar antes de pedir a PID.

* Quando for dirigir na Itália, lembre-se de que deverá apresentar a CNH junto com a PID.

* Além da PID e da CNH é importantíssimo que você esteja com seu passaporte com o visto/carimbo de entrada válido (brasileiros não precisam de visto específico para entrar na Itália, porém, podem ficar no país por até 90 dias após a data de entrada carimbada em seu passaporte).

Gostou deste artigo? Essa informação foi útil para você? Então, inscreva-se aqui no blog para receber todas as novidades e informações sobre a Itália, curta nossas páginas e compartilhe com seus amigos para que todos possam fazer uma viagem de cinema para esse país que tem tudo o que há de mais incrível no mundo.

Baglio Sorìa Resort e Wine Experience em Trapani – Sicília

BAGLIO SORÌA

O caminho para chegar até Baglio Sorìa é estonteante. Saio da autoestrada e sigo por uma estradinha ladeada por vinhedos, num sobe e desce de suaves colinas.

Chego no final da tarde, estaciono o carro e Nino se aproxima com um sorriso largo, recolhe minha bagagem do porta malas, a acomoda no seu carrinho de golf e me leva ladeira acima para o hotel.

Ele me pergunta se eu gosto de por-do-sol e eu digo que sim, claro! Ele então me diz para fazer o check in rapidamente e esperá-lo no portão.

Em 15 minutos eu faço o check in, largo minha mala no quarto e desço correndo para não perder o espetáculo.

Subimos mais um pouco com seu carrinho até a colina mais alta da propriedade (onde existe uma área de degustação de vinhos fantástica); ele estaciona e me diz: “agora basta ficar em silêncio e esperar”.

baglio-soria-07

O céu começa a se tingir de tons de azul e laranja e vermelho e violeta e me emociono com a beleza psicodélica daquele por do sol único, que sem sombra de dúvidas foi o mais lindo que já vi. Para melhorar o que parecia que já era perfeito, ouço bem pertinho os sininhos e o balido das ovelhas sendo pastoreadas. Pura emoção!

Volto com Nino em silêncio e o agradeço pela gentileza de compartilhar esse momento comigo.

Depois de 3 dias hospedada no hotel, percebi que Nino é o faz tudo e a alma de Baglio Soría. Sempre sorridente, prestativo, atencioso e pronto para dar maravilhosas dicas da região. Aproveitei sua presença ali ao máximo e, devido às suas dicas locais visitei as salinas de Trapani, conheci as mulheres que trançam o alho e comi o melhor doce em Erice.

baglio-soria-09 baglio-soria-08

O HOTEL

A propriedade de Baglio Sorìa é mais do que um hotel, é um maravilhoso exemplo de arquitetura siciliana camponesa, muito difundida na Sicília Ocidental entre 1500 e 1700.

O esquema típico do Baglio consistia numa construção fechada externamente, com um átrio interno. O acesso era feito por um portão que dava acesso às construções (magazines, estalas, casa do donos da propriedade e seus servos) e serviam como muros, o que mantinha a comunidade de trabalhadores unidas e protegidas de eventuais intrusos.

baglio-soria-13

A família Firriato revitalizou Baglio Sorìa, preservando a história da região e permitindo aos seus hóspedes viver um passado distante de uma forma moderna e elegante.

Todo final de tarde, antes de assistir ao por do sol, passava algumas horas na maravilhosa piscina do hotel e, muitas vezes, era presenteado com uma tigelinha de amoras recém-colhidas por Nino.

baglio-soria-14 baglio-soria-03

O QUARTO

Fiquei em quarto com cama de casal, no primeiro andar da propriedade, onde originariamente moravam os donos da propriedade.

O quarto é espaçoso e muito aconchegante. A decoração moderna e elegante.

baglio-soria-02

CAFÉ DA MANHÃ E JANTAR

A cozinha de Baglio Sorìa é confiada a um dos chefs mais talentosos da região: Gaetano Basiricò, que reinventa pratos tradicionais da cozinha siciliana com produtos de alta qualidade.

Jantei no restaurante durante toda a minha hospedagem e tive a oportunidade de experimentar deliciosos e perfumados pratos de peixe, que foram harmonizados com os vinhos elaborados por Firriato.

baglio-soria-12 baglio-soria-16

O staff do restaurante é atencioso. Ponto extra para o mâitre e sommelier,  com suas simpáticas e certeiras dicas de harmonização dos pratos com os vinhos.

O café da manhã é farto, com doces, geléias e pães artesanais.

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS

Estando num wine resort, não poderia deixar de participar de uma degustação de vinhos organizada pelo hotel. Escolhi a degustação chamada “Vinio e Cibo”, onde cada um dos 6 vinhos é acompanhado de produtos típicos da região.

Começamos aprendendo sobre a diversidade de terroirs existente na propriedade, que permite a elaboração de vinhos com características diversas entre si.

baglio-soria-05 baglio-soria-11

baglio-soria-06

É possível fazer a reserva da degustação clicando aqui.

LOCALIZAÇÃO

Baglio Sorìa fica nas colinas de Trapani, uma excelente localização para explorar a cidade e seus arredores. A região já foi conquistada por fenícios, romanos, árabes e aragoneses. Os sinais da conquista desses povos podem ser percebidos na arquitetura, na culinária e na arte.

Uma visita às salinas de Trapani não pode faltar no seu itinerário. Assim como uma visita ao brugo medieval de Erice, à cidade de Trapani e às ilhas Egadi.

Do hotel é possível fazer bate e volta para todos esses lugares e eu recomendo que sua estadia não seja inferior a 3 noites, para que possa explorar com tranquilidade as atrações do local e do hotel.

NA PRÁTICA

Sitewww.firriato-baglio-soria-trapani.it/

EndereçoContrada Sorìa – Trapani

Mala Inteligente para o outono na Itália

mala outono italia - amandaO post de hoje é de Amanda Morè, que colabora com suas valiosas dicas sobre o que levar pra Itália na mala no outono.

Amanda Morè é consultora de estilo e trabalha com mulheres que lutam contra o tempo e gostariam de gastar menos com roupas, se vestir mais rápido e aprender a usar todo o potencial do próprio guarda-roupa.
Para continuar acompanhando suas dicas, visite o site www.amandamore.com.br e o instagram @amandamore.estilo

“Depois de decidir fazer uma viagem incrível para a Itália, a mala não deve ser motivo de desespero!

Aqui está um segredo para simplificar essa missão: sua mala precisa ser inteligente!

Definição de mala inteligente é aquela que você vai levar o suficiente, tudo precisa combinar com tudo, você se sente bonita e segura, e se despede da sensação de que precisa levar o guarda-roupa inteiro.

Você precisa ser racional, talvez aquela sua peça preferida não faça sentido nessa viagem e você não precisa ficar triste por não levá-la dessa vez, na volta, aproveita para montar looks incríveis com ela e matar a saudade.

Lembre-se: a mobilidade por lá é o que faz sentido. E quanto menor for a sua mala, mais fácil será sua vida durante a viagem.

Seguem algumas dicas para ilustrar como essa coisa toda funciona na prática.

Comece olhando a previsão do tempo das cidades que você vai visitar. Dependendo da antecedência, se não há a previsão ainda, a média histórica já nos ajuda bastante.

Para a nossa mala para o outono na Itália, considerei uma viagem entre 12 e 26 de outubro em que a temperatura vai variar de 7°C a 23°C em todo o percurso, com possibilidade de chuva.

Para facilitar que as peças combinem, escolha cores neutras e alguma coisa colorida ou estampada, para as fotos ficarem interessantes e você não cansar do visual nesse período.

mala outono italia

Esta é a lista de sugestões de peças:

  • 1 cardigan neutro e 1 colorido
  • 1 sueter neutro
  • 1 blazer
  • 1 jaqueta esportiva
  • 1 casaco ou jaqueta impermeável
  • 1 casaco
  • 1 camisa
  • 2 blusas de manga comprida
  • 7 blusas (manga curta/regata)
  • 4 calças
  • 1 saia neutra
  • 1 short colorido
  • 1 vestido neutro
  • 1 par de luvas
  • 2 pashminas (1 neutra e 1 colorida)
  • 1 lenço leve
  • 1 bota sem salto
  • 1 tênis de passear (que não é o da academia)
  • 1 sandália
  • 1 sapatilha
  • 1 sacola de couro
  • 1 bolsa média
  • 1 clutch
  • meias-calças em cores neutras
  • roupa de dormir, meias, lingerie e acessórios à vontade

 

mala outono italia

A inteligência da mala mora nas possibilidades de coordenação das peças.

A saia pode ser usada com meia-calça se estiver mais frio, ou sem, se estiver mais calor. Assim como a meia-calça pode ser usada com as calças, para esquentar ainda mais se for necessário.

Na viagem, não precisa arriscar coisas novas, leva o que você já sabe que funciona! E dê preferência às peças que amassam menos.

 

look-dia-frio

 

Dicas de ouro da Amanda para mala outono Itália

  • Se você tiver tempo, recomendo que você coloque tudo em cima da cama, para provar e fotografar cada look e identificar muitas possibilidades de combinação das peças, assim você ganha tempo na viagem e se algo não funcionar ao vestir junto, dá tempo de substituir.
  • Separe as coisas em várias necessaires (produtos de higiene, de beleza, etc). Porque se você colocar tudo em uma necessaire grande, vai ficar um “blocão” difícil de acomodar na mala. Várias pequenas se encaixam melhor.

Como colocar as roupas dentro da mala

5f139c78-a5d1-46bb-9950-224e677e92ab

Na hora de guardar tudo, esta é uma ordem que funciona:

  • calçados
  • jaquetas pesadas
  • calças
  • blusas

Dentro dos calçados podem ir as meias e os acessórios, para ganhar espaço.

colocar os calçados dentro de saquinhos de TNT. Às vezes vale a pena colocar cada pé em um saquinho, para facilitar o encaixe de tudo.

Não sei se você sentiu falta, mas não coloquei nada para proteger a cabeça do frio. Foi de propósito! Rsrsrs…

Se você sentir necessidade de segurar o calor do corpo usando algo na cabeça, recomendo q você compre lá, assim você traz uma lembrança que terá utilidade depois em outros passeios. Muitas vezes, viagem é sinônimo de compras.

Aproveita para comprar lenços, acessórios de produção local, alguma peça específica da cultura e lembre-se sempre de pensar como isso vai funcionar na sua vida depois! Não tem lembrança melhor que essa, peças que contam histórias!”

Salvar